Atualidades da Dra. Carla de J. Rodrigues, 25 de novembro de 2001:

Determinação genética da inteligência

 

Com o passar do tempo novas polêmicas vão se abrindo ao publico que acompanha, de longe, os avanços e descobertas do Projeto Genoma.

Hoje os cientistas americanos acreditam terem descoberto a determinação genética da inteligência através do estudo de crianças consideradas muito inteligentes em comparação com as "normais".

Com tal informação será possível determinar o QI de uma criança recém - nascida e possivelmente até potencializá-lo. Os estudos apontam que mais de um gene é responsável pelos pequenos "superdotados". A teoria aceita que explica a ação desses genes é a de produzirem células nervosas envolvidas na interconexão entre os dois hemisférios cerebrais. Esse simples artigo abre margem a muitas discussões:

1. Um novo preconceito - o genoísmo - será inerente às sociedades subseqüentes aos avanços e intervenções da tecnologia nos fenômenos naturais?

2. As informações serão corretamente aplicadas, como direcionadas às detecções e correções de mutações genéticas já conhecidas, impedindo que as crianças nasçam com deficiências?

3. Quem terá acesso a essa medicina?

4. Os cientistas conseguirão reduzir (esse sendo um fator benéfico no caso de ambientes hostis, ou maléfico no caso de pré-determinar as respostas da criança conforme os interesses da classe dominante) a influência do meio externo sobre o desenvolvimento neurológico e motor da criança?

Dra. Carla de J. Rodrigues; Fisiopediatria - Pesquisa em Saúde Infantil, São Paulo/SP, Brasil.
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