Conflito Iraque X Estados Unidos

Antecedentes

·        Revolução islâmica no Irã

·        Guerra Irã e Iraque

·        Invasão do Kuwait

·        O desejo de Bush(filho) terminar a obra do pai

·        A questão econômica

·        O terrorismo (atentado de 11/09/2001)

 Fatores envolvidos:                                     

Conseqüências:                                                                                                                        

O Verdadeiro motivo a briga pelo petróleo

Na avaliação de alguns países, acadêmicos e organizações estrangeiras, a ação dos Estados Unidos contra o Iraque não tem como objetivo principal desarmar Saddam Hussein, e sim controlar reservas de petróleo no país. Os iraquianos têm pelo menos 112 bilhões de barris de petróleo cru em suas reservas, um número inferior apenas aos recursos da Arábia Saudita, o maior produtor mundial.

Os americanos, em contrapartida, são os principais consumidores de petróleo do planeta, abrigando as sedes de algumas das principais empresas multinacionais do setor. Em caso de vitória dos EUA numa eventual guerra, as companhias americanas poderiam participar da exploração do território do Iraque - e isso provocaria uma grande transformação no bilionário mercado mundial do petróleo.

Negócios - Com as empresas americanas em ação noooo país, a produção iraquiana poderia aumentar. Além disso, um governo aliado aos EUA poderia suceder Saddam Hussein, o que alteraria a divisão de poder dentro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Os EUA importam 60% de todo o petróleo que consomem. Com preços mais baixos na Opep, o país compraria mais combustível pagando menos.

Atualmente, a produção petrolífera iraquiana está com sua capacidade reduzida. Em função da série de sanções comerciais impostas pela ONU, o país exporta 1,1 milhões de barris por dia, sempre sob supervisão dos órgãos internacionais. Os EUA são os maiores compradores (800.000 barris por dia), mas sempre em negócios indiretos, envolvendo empresas européias. Assim, o produto sai mais caro.

Consórcio - A intenção dos americanos de intervirrrr na produção de petróleo iraquiana pós-Saddam é comprovada pelo próprio Departamento de Estado do país - a criação de um grupo de estudos sobre o futuro do Iraque tem como prioridade a discussão sobre petróleo. Os líderes da oposição iraquiana a Saddam já visitaram Washington e fecharam acordo para criar um consórcio internacional para o setor.

Se Saddam Hussein for morto ou deposto, o consórcio deverá reformar e modernizar as instalações já existentes e explorar novos poços de petróleo no país. Na última década, empresas de outras potências econômicas, como França, Itália, Rússia e China, tentaram assegurar sua participação num eventual consórcio petrolífero no Iraque. Os EUA, porém, já garantiram a liderança do plano.                                                                                                                 

 

 Os EUA e Saddam (amigos antes, inimigos agora)

Há duas décadas, os Estados Unidos tentavam se aliar a Saddam Hussein; na década passada, erguiam uma coalizão com 33 países para destruí-lo. Assim, uma relação que começou com perspectivas de ampla cooperação e proximidade política tornou-se o principal confronto internacional dos dias atuais. Os americanos tentaram encerrar o ciclo em 2003, com Saddam derrotado e seus militares a cargo da reconstrução do país.

A aproximação entre EUA e Iraque na década de 80 foi idealizada pelo governo de Ronald Reagan e seu vice, George Bush. Na avaliação deles, o Iraque e seu novo líder Saddam poderiam simbolizar um novo tipo de estado árabe, moderado e alinhado com o Ocidente. Os americanos colaboraram com o Iraque na guerra contra o vizinho Irã, país que viu radicais islâmicos anti-EUA tomarem o poder.

Visita - Na metade da década de 80, Reagan envvvviiou um de seus aliados políticos, Donald Rumsfeld, para Bagdá. Sua missão era conversar com Saddam e melhorar a relação entre os países. Alguns anos depois, Rumsfeld fazia parte de equipe de governo que participou da Guerra do Golfo. Em 2002, como secretário de Defesa, tornou-se um dos principais defensores da nova guerra contra Saddam.

A curiosa mudança de posições teve sempre como pano de fundo o polêmico regime de Saddam Hussein, que chegou a conquistar elogios internacionais por programas humanitários e de educação. Porém, descobriu-se depois que o regime iraquiano promoveu reformas às custas do sofrimento de boa parte da população, que perdeu seus direitos individuais, foi oprimida e acabou ainda mais miserável.

Arsenais - O ponto de virada na cooperação entreeee EUA e Saddam foi registrado na segunda metade dos anos 80, quando Saddam usou armas químicas contra sua própria população. A reação interna e externa ao caso afastou os dois governos. A tensão se intensificou quando descobriu-se que Saddam tentava obter armas nucleares. No entanto, os EUA só mudaram de lado no dia 2 de agosto de 1990.

A invasão do Kuwait por tropas iraquianas evidenciou o risco que Saddam Hussein representava. Os EUA saíram em defesa do país invadido e iniciaram a Guerra do Golfo. Apesar da vitória, não foram a Bagdá para derrubar Saddam. "Poderíamos ter avançado até lá em 48 horas, e fazer daquilo tudo um inferno", disse Donald Rumsfeld. "Mas aí estaríamos fazendo um tirano bruto e derrotado se transformar num mártir."