ANÉIS DE
SEGURANÇA VÃO PROTEGER OS LOCAIS DE COMPETIÇÕES DO PAN-2007
Esquema prevê até uso de atiradores de elite para evitar
ataque terrorista
O
plano de segurança dos Jogos Pan-Americanos de 2007, sob análise do Ministério da
Defesa, prevê a transformação dos locais de competição em áreas superprotegidas
contra ataques de terroristas, traficantes ou simples manifestações de
descontentes com os jogos. A idéia é implantar o que foi batizado de Anéis
Concêntricos de Segurança, conforme documento interno do Comitê Organizador do
Pan (CO-Rio) aos qual O GLOBO teve acesso.
Segurança terá soldados
do Exército e PMs
Pela projeto, Maracanã, Riocentro, Vila Pan-Americana, Autódromo Nelson Piquet,
Engenhão e demais áreas dos jogos serão declarados zonas de exclusão aérea,
sendo permitido apenas o acesso de aeronaves credenciadas. Esses setores e mais
os hotéis da Barra da Tijuca e da Zona Sul onde ficarão os dirigentes
esportivos serão protegidos por soldados da PM e do Exército e seguranças
particulares. O esquema prevê a inda o uso de atiradores de elite, que ficarão
postados em pontos estratégicos nos locais dos jogos.
O raio de alcance de cada anel por instalação esportiva ainda está sendo
estudado. O trabalho fica pronto no fim de setembro quando o CO-Rio vai
concluir o manual de operação das instalações do Pan.
Segundo a proposta, a supervisão do esquema de proteção dos locais de provas
será descentralizada. Cada área contará com o que foi batizado de CRSJ (Centro
Regional de Segurança dos Jogos). Eles ficariam subordinados a um comando
central de inteligência responsável por filtrar informações da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin), do Ministério da Defesa e da PM, entre
outras entidades.
O projeto, orçado inicialmente em R$260 milhões, prevê ainda um rígido controle
de acesso do pessoal credenciado, entre jornalistas, funcionários e
voluntários. As credenciais de serviço ganharão código de barras para a
confirmação da identidade do portador. E também identificarão as áreas em que
os portadores têm permissão de circular.
Voluntários saberão lidar com situações de risco
O documento revela preocupação especial com a movimentação do público. Para
isso, entre os voluntários será formada uma equipe de Serviços ao Espectador. Eles
serão treinados para identificar e lidar com situações de risco para o público,
como brigas ou superlotação. A equipe terá que ter na ponta da língua todas as
informações sobre as instalações esportivas. Segundo o documento, “no Brasil,
os espectadores não estão acostumados com uma rede organizada de pessoas
fornecendo informações (...) precisas e confiáveis (....) para estabelecer um
ambiente seguro”.