BILHETINHO DE AMOR

Quando cada uma de minhas crianças estavam na escola, eu embalava seus
lanches. E em cada lanche que eu embalei, inclui um bilhetinho. Escrito
freqüentemente em um guardanapo, o bilhetinho poderia ser um agradecimento por um momento especial, um lembrete de algo que nos deixou felizes, ou um pequeno incentivo para uma prova ou competição.

No ginásio adoravam seus bilhetes e quando voltei a ensinar, colocavam os mesmos bilhetes em meus lanches. Mas as crianças crescem e quando meu filho mais velho, Marc, entrou na faculdade eu continuei a tradição até o dia em que se formou.

Quando se formou, Marc conseguiu um bom trabalho e foi morar longe de mim. Seis anos depois, Marc ligou e perguntou se poderia mudar para casa por alguns meses.

Duas semanas depois que Marc chegou em casa para descansar por algum tempo, teve que voltar ao trabalho - tinha sido convocado para fazer um trabalho especial. Como eu ainda preparava o lanche de seu irmão mais novo, eu também embalei um para o Marc. Fiquei muito surpresa quando recebi uma ligação de meu filho de 24 anos de idade, queixando-se de seu lanche.
- Mãe, eu fiz alguma coisa errada? Não sou mais seu filho querido? Você não me ama mais?

Foram algumas das perguntas que ele fez até que, sorrindo, lhe perguntei o que eu fizera de errado.
- Meu bilhetinho, mãe! - respondeu - Onde está meu bilhetinho?

Este ano, meu filho mais novo se forma, e tem dito que está muito velho para receber bilhetinhos. Mas como seu irmão e sua irmã, receberá aqueles bilhetinhos até o dia em que se formar; o lanche eu preparo para ele mais tarde.

Tradução de SergioBarros do texto de Antoinette Kuritz


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