Joana D’Arc 

Joana D’Arc nasceu em 1412, na pequena aldeia de Domrémy, filha de uma modesta família camponesa extremamente religiosa. Em 1425, aos seus 13 anos, a jovem Joana afirma ouvir vozes divinas as quais ordenavam-lhe que salvasse a França do domínio inglês. A primeira voz, segundo a mesma no
depoimento do seu julgamento, era da figura do Arcanjo São Miguel, lhe dando instruções de como agir para libertar a França da Inglaterra. Nessa época vivia-se o período da Guerra dos Cem Anos  Em 1429, após aguardar 5 anos em silêncio, Joana decide atender as vozes. Procurou o capitão Roberto de Baudricourt, que lhe ofereceu uma escolta até a corte do Rei francês - Carlos VII (que ainda não tinha sido coroado). Quando Joana vai conhecer o delfim, aconteceu a famosa entrevista, onde ela o reconheceu entre todos os homens presentes sem nunca antes ter-lhe visto. Foi então que o convenceu a participar das operações que visavam levantar o cerco que os ingleses faziam a Órleans.
Joana recebe uma pequena parte da tropa francesa e segue - vestida com roupas masculinas - em sua missão para libertar a cidade de Órleans, em apenas oito dias derrota os invasores . Depois disso Joana teve várias vitórias. Um dia, ao tentar liberar uma ponte que se encontrava em mãos inimigas, nas redondezas da cidade, foi capturada e entregue a João de Luxemburgo, comandante da tropa borgonhesa. A corte francesa não tinha mais interesse na continuidade das batalhas de Joana, e Carlos VII não tomou nenhuma medida para libertá-la.
Ela foi levada para Rouen e submeteram-na ao julgamento da Igreja. Joana foi acusada de ter usado roupas masculinas, de ter profetizado, de ter dado certeza de que suas visões eram revelações divinas e de estar convencida de sua salvação. É presa em 23 de maio do mesmo ano e entregue aos Ingleses. Foi processada e submetida a um tribunal católico em Rouen, onde é condenada à morte depois de meses de julgamento. Foi acusada de Heresia, Bruxaria e Magia e queimada viva em praça pública. Em 1456, quando os franceses já tinham recuperado praticamente todo o território nacional foi "reabilitada" ou seja, aceita como cidadã normal perante a sociedade. Em 1908, foi reconhecida como abençoada. Em 1920 foi canonizada como Santa Joana D´Arc pelo Papa Benedito XV.


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