A Evolução

Segundo a teoria evolucionista, com o surgimento do primeiro ser vivo iniciou-se o processo de evolução. Processo que transformou aquela primitiva forma de vida na grande variedade de espécies vegetais e animais que hoje conhecemos. Já vimos como parece difícil crer num surgimento espontâneo da vida quando analisamos alguns fatos. Vamos agora dar uma olhada no que teria ocorrido em seguida.

A Lei do Mais Forte

Mais uma vez, antes de analisarmos uma teoria, precisamos conhecê-la. Como, segundo a teoria, ocorre a evolução? Podemos destacar dois processos.

O primeiro, mais suave, depende de algo que chamamos de "seleção natural". Baseia-se no fato de os pais transmitirem suas características aos filhos. Ou seja, no fato de que os filhos "puxam" os pais. Há um caso interessante de uma cidade onde havia uma espécie de mariposas bem característica.

Elas podiam nascer de duas cores, claras ou escuras. Como eram mariposas diurnas, as mariposas claras predominavam, porque as escuras, muito visíveis durante o dia, eram presas fáceis para os predadores. Já as claras tinham uma facilidade muito maior de se esconder, por isso viviam mais, tinham mais chances de ter filhos, que por sua vez seriam em sua maioria também claros.

Até que um dia foram construídas indústrias nos arredores daquela cidade. Sem a moderna tecnologia para o controle de poluição, não demorou muito pra que as árvores e toda a paisagem da região se tornasse escura.

Agora quem tinha mais chances de sobrevivência eram as mariposas escuras, que em poucos anos se tornaram maioria.

É claro, este é apenas um exemplo muito simples do que poderia ter ocorrido em milhões de anos de transformações no meio ambiente. Mas já serve para que você saiba do que estamos falando. Este é o primeiro método de evolução, a seleção natural.

O segundo processo causa uma mudança muito mais violenta, mas precisa também ter sido muito mais significativo no início da evolução.

Pense naquela primeira célula viva boiando no Oceano (ou em algum outro ambiente, dependendo da versão da teoria que você escolher). Numa forma de vida tão primitiva (e que surgiu por acaso, não se esqueça) é de se esperar que algumas coisas não funcionem muito bem. Quantas falhas não devem ter ocorrido nas suas milhões de reproduções. Quantas cópias imperfeitas do DNA. Em sua grande maioria, mutações fatais, que faziam com que os descendentes não pudessem sobreviver. Mas, como o número de mutações é muito grande e o processo se repete por muito tempo, um dia um desses "erros" dá certo, e acaba por produzir uma nova célula com uma característica diferente que lhe dará mais chance de sobreviver. Pronto, foi dado um grande salto no processo evolutivo! A soma dessas mutações, auxiliada pela seleção natural, dará origem a organismos multicelulares e às primeiras formas de vida complexas.

Os Elos Perdidos

Os dinossauros existiram. Isto é um fato comprovado pela descoberta de uma infinidade de fósseis, não há como negar. A evolução crê que os répteis tenham sido as primeiras formas de vertebrados complexos, os primeiros animais com sistemas orgânicos semelhantes aos grandes animais de hoje. E deles descenderiam todos os vertebrados.

Logo, em algum ponto do processo uma determinada espécie de lagarto "se transformou" numa ave. Claro, não uma mudança mágica, um processo de milhares de anos.

Imagine então aquela primeira ave com penas, como conhecemos hoje. Seu pai não podia ser simplesmente um lagarto cheio de escamas. Seu pai tinha talvez "quase penas", um misto de escamas e penas já tão semelhantes a penas que ninguém diria que um dia seus ancestrais houvessem sido répteis. Seu avô possuía também essas "quase penas", um passo atrás no processo. Era pouco mais parecida com escamas do que as de seu pai, mas ninguém podia perceber a diferença. Observe então que, na história da família de nosso primeiro pássaro, quem sabe o seu tatatatatatatatatatatatatatatatatataravô tenha tido escamas autênticas. Ainda assim, já tinha características físicas que o assemelhavam a um pássaro. Todo os outros possuíam um misto de escama e pena, que a cada geração se pareceria mais com uma pena e menos com uma escama. Eram animais meio pássaro meio réptil.

Quando Darwin formulou sua teoria, ele observou provas da existência do lagarto (a forma mais primitiva) e da ave (a mais evoluída), mas não encontrou nenhum fóssil ou outra prova qualquer da existência dos mutantes intermediários. A situação se repetia em todos os casos estudados, sempre encontrando-se um fóssil de uma espécie muito primitiva e de outra já bastante evoluída, mas nenhum elemento intermediário entre eles, nenhuma forma de ligação entre uma e outra.

Darwin chamou estes "buracos" no processo de "Elos Perdidos" e disse que, conforme avançava a arqueologia, as formas intermediárias seriam encontradas.

Mas até hoje nenhum dos Elos Perdidos de Darwin foi encontrado, e não temos nenhuma ligação consistente entre diferentes espécies. Os fósseis nos mostram espécies separadas e independentes, como se cada espécie fosse única, e não houvesse ligação nenhuma entre o surgimento de todas elas. É exatamente como deveria parecer, se há um Criador que fez cada espécie em sua forma final, completa e não dependente de uma evolução.

Penas e Escamas

Agora lembre-se do seguinte: para que a evolução ocorresse, era necessário que a característica em mudança representasse uma vantagem para a espécie. É o caso da cor das mariposas que dava a elas maior chance de sobrevivência.

Você já observou uma pena de perto? É um intrincado sistema de tranças que permite à ave voar, mas que possue outra importante característica. Não se embaraça. Se você tomar tempo para estudar de perto a estrutura das penas e a forma como as aves cuidam delas, vai notar que tem uma forma e trançado projetados especialmente para não se embaraçar.

Você consegue também imaginar a diferença de estrutura entre uma escama e uma pena. Uma escama tem um formato arredondado ou triangular, com uma base grossa e resistente. É também de uma rigidez considerável. Já uma pena é macia e flexível, tem uma fina haste central, donde partem os filamentos que a constituem

Agora imagine um lagarto-ave, no meio do processo de evolução. Talvez já salte de galho em galho e consiga planar, ou até voar, mas tem ainda um misto de escama e pena. Já não tão rígido quanto uma escama, mas não tão flexível quanto uma pena. Já adquiriu o formato de filamento, mas ainda é um pequeno fio, semelhante a um espinho, sem aqueles fiozinhos que em seu trançado especial constituem uma pena.

Para que serviriam estes estranhos espinhos? Provavelmente fariam com que nosso animal se enroscasse nas árvores, não daria sustentação aerodinâmica, como uma pena, nem proteção, como uma escama.

Se esta característica não representa nenhuma vantagem de sobrevivência (me parece que traz até algumas desvantagens), não serve para o processo evolutivo. Nosso estranho réptil-ave não teria muita chance de sobreviver por milhares de anos, porque uma pena é um complexo sistema que não funciona pela metade. Meia pena seria pior do que nenhuma.

Ratoeira

Imagine uma ratoeira comum. É um mecanismo muito simples, composto de apenas três partes: Uma base onde são fixadas as peças, uma haste com uma potente mola e um gatilho (onde se coloca o queijo). Agora tente tirar uma peça da ratoeira e fazê-la funcionar.

Com certeza você não vai conseguir. Uma ratoeira não funcionaria sem a base, sem a haste ou sem o gatilho. É um sistema que foi reduzido a suas três partes mínimas, e essas partes dependem uma das outras. Um gatilho e uma base sem a haste de mola não tem a menor utilidade (bom, talvez você consiga usar como peso para papel, mas isto me parece um tremendo mau gosto).

Outro exemplo interessante é o de um tripé. Ninguém monta um tripé com duas pernas e sai pra procurar uma terceira. O tripé só funciona se estiver completo, e suas partes isoladas não tem valor algum.

Assim também, nossa pena-escama não funcionou porque a pena é um sistema que depende de todas as suas partes. Existem outros.

Basta estudar a estrutura do corpo dos grandes vertebrados para descobrir uma série de sistemas que não teriam qualquer utilidade incompletos ou em formação. Os três ossos do seu ouvido, por exemplo, que utilidade teria este sistema incompleto? Se você começar a olhar para as complexas reações químicas que ocorrem em seu corpo, para o trabalho conjunto de órgãos diversos, para a complexa estrutura do olho, para o delicado e magnífico funcionamento das estruturas de uma célula, você vai encontrar com facilidade uma porção destes sistemas, que poderíamos chamar de irredutíveis. Não serão estes fortes indícios de um Criador, que planejou cada órgão do corpo completo, com uma função e importância específica?

Observe também que, se estamos em constante evolução, deveríamos esperar encontrar, nas espécies vivas de hoje, uma infinidade de órgãos em formação, que estariam completos dentro de alguns milhares de anos

Outro ponto que merece nosso estudo é a idéia de que as mutações genéticas contribuíram com o processo evolutivo. Não se conhece hoje mutação genética benéfica a uma espécie, pequenas mutações que ocorram em um indivíduo são sempre prejudiciais, grandes são fatais. Aliás, existe sim um tipo de mutação que, em tese, não é prejudicial. Aquele provocado pelo homem através da engenharia genética. Isto porque, para que haja vida na complexidade em que a conhecemos é necessária uma mente planejadora, que conduza o processo. (melhorar)

Idades

Um argumento muito utilizado em defesa do evolucionismo é a idade de alguns fósseis, datados de milhões de anos pelo teste do Carbono 14. Você sabe como funciona o teste do Carbono 14?

As moléculas de Carbono 14 são isótopos do Carbono 12 (o Carbono comum). São radioativas e se formam na alta atmosfera. Quando uma planta respira, ela absorve Carbono. Para cada 1 trilhão de átomos de Carbono 12 ela absorve um de Carbono 14. Quando ela morre, para de absorver Carbono 14. Os animais absorvem Carbono 14 das plantas que comem, na mesma proporção.

A quantidade de Carbono 14 absorvida cai pela metade a cada 5.600 anos. Assim, contando-se o número de átomos de Carbono 14 e Carbono 12 num fóssil, crê-se que podemos calcular sua idade com razoável precisão. Este teste tem sido amplamente utilizado desde 1946.

Ao contrário do se pensa, o Carbono 14 não serve para datar fósseis de milhões de anos. Sua precisão máxima, segundo a Ciência, é de 70 mil anos. Outros métodos tem precisão máxima de 15 mil anos. Assim, quando a imprensa noticia uma descoberta de milhões de anos atrás, na verdade está falando de uma descoberta que eles acham ser de tantos milhões de anos atrás, mas não existe nenhuma prova concreta disto.

E os fósseis de 70 mil anos atrás? Segundo os modelos Criacionistas a Terra tem apenas 6 ou 7 mil anos ou, para alguns criacionistas, 10 mil anos. Como se explica um fóssil de 40 mil anos?

O teste de Carbono 14 tem como base de cálculo as condições do nosso planeta hoje. Mas essas condições nem sempre foram as mesmas.

Temos poucos fatos para analisar, mas são bastante conclusivos. A Bíblia nos diz que, quando Deus criou o mundo, não chovia. "Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra." Podemos imaginar que a atmosfera de um mundo sem chuva fosse bastante diferente da nossa. Haveriam nuvens no céu? Como seria a camada de ozônio naquela época? Que quantidade de vapor d’água se encontraria na atmosfera?

Todo o conhecimento científico se baseia em observação (chama-se isto de empirismo). Aquilo que não pode ser comprovado por uma experiência não é conhecimento científico. Agora pense nisto: a formação de todos os materiais anteriores ao Dilúvio (há 4 ou 5 mil anos) aconteceu numa atmosfera que devia ser bastante diferente da nossa. E ninguém estava lá pra ver.

Como saber então, a quantidade de Carbono 14 existente naquela atmosfera? O fato é que não se sabe. Ninguém pode reconstituir em laboratório as condições da época para fazermos uma experiência. E se o teste do Carbono 14 baseia-se no fato de ser absorvido um certo número de átomos da atmosfera, então ele não tem valor algum se desconhecemos a atmosfera da época.

Mas existem outros processos de datação além do Carbono 14. Um deles se chama Dendrocronologia.

Você já observou o tronco de uma árvore cortada? Ele possui anéis, círculos um dentro do outro, não é verdade? Você sabia que um novo anel destes cresce a cada ano?

Se você cortar uma árvore e quiser conhecer sua idade, bastará contar a quantidade de anéis que ela possui. Será a sua idade em anos. Foram encontradas algumas árvores muito antigas, que, pela Dendrocronologia teriam nascido a mais de 10 mil anos atrás. Logo a Terra tem mais de 10 mil anos.

Será mesmo?

Os anéis não existem apenas para marcar a idade das plantas, embora nos sirvam muito bem para isto. São a própria estrutura que constitui o tronco da planta, são necessários à transmissão da seiva pelo tronco todo, são essenciais à sobrevivência da planta.

Imagine agora o Criador planejando este mundo. Ele deseja criar uma imensa árvore em um determinado lugar. Como deverá criá-la? Ele deseja uma árvore adulta, de um tamanho considerável. Se ele criá-la sem anéis, ela não vai sobreviver. Mas uma sequóia adulta possui milhares de anéis! Então o Criador faz uma sequóia, com os milhares de anéis que ela precisa para viver, e se alguém cortar aquela sequóia agora, dirá que ela tem milhares de anos. Mas acaba de ser criada.

Percebe onde tudo se encaixa?

Na ocasião da Criação, todos os seres criados foram feitos adultos, com aparência de velhos. Era uma situação incomparável, que não pode ser reproduzida hoje. Logo, os testes de laboratório em materiais da época não tem valor algum, porque desconhecemos o ambiente e o modo como o material foi formado.

Fatos

Se tomarmos a teoria Evolucionista e a Criacionista sem os fatos científicos que conhecemos, poderíamos fazer uma série de previsões. Podemos então comparar tais previsões com os fatos atestados e observados pela Ciência. Por exemplo:

Tópico O que diz a Evolução O que diz a Criação O que a Ciência observou
Vida A vida surgiu e evoluiu a partir da não-vida pela evolução química, ao acaso. A vida só provém de vida anterior. Foi criada originalmente por um Criador inteligente. "Vida só provém de vida" (Pasteur)
Fósseis Os fósseis mostrariam:

1- Origem gradual de formas simples de vida.

2- Formas intermediárias entre uma espécie e outra (os Elos Perdidos).

Os fósseis mostrariam:

1- Aparecimento súbito (na criação) de formas variadas e complexas de vida.

2- Nenhum elo de ligação entre espécies independentes.

Os fósseis mostram:

1- O súbito aparecimento de formas complexas e variadas de vida, sem ancestrais definidos.

2- Espécies independentes, sem nenhum elo de ligação.

Espécies Aparecimento gradual, ainda hoje, de novas espécies. Espécies em processo de formação, com órgãos e partes incompletas. Nenhum aparecimento de espécies novas. Todos os órgãos e sistemas completos e nenhum em formação ou transformação. Grande variedade de espécies, mas nenhum surgimento de novas espécies. Não existem órgãos ou ossos formados de modo incompleto (nem mesmo nos fósseis).
Mutações Poderiam ter um resultado benéfico, gerando novas características. Mutações são prejudiciais à vida e não resultam em novas espécies. Pequenas mutações são prejudiciais. Maiores são letais. Não há nenhuma prova de que resultaram em novas espécies.

Mais uma vez concluímos que, ao que parece, crer no surgimento espontâneo da vida e no processo evolutivo parece um ato de fé ainda maior do que crer num Criador inteligente.

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