DESGASTE
Olhando no espelho, desfilam reflexos
afoitos;
Feito crianças em fila, a atropelarem-se,
Pelo melhor lugar defronte ao palco;
São cenas de um passado recente
que inconseqüente,
nem lutou para auto conjugar-se
num futuro mais-que-perfeito.
O mesmo espelho que outrora,
teimava em refletir uma felicidade tórrida
repleta de brilho no olho e futuros à
imaginar,
tempos de verbo e espelhos,...
que mistura insólita!
e se é para fazer versos
de uma tristeza que não cicatriza
o poeta em seu refrão no papel,
Idealiza:
“Mescla de anjo e pecado,
onde fostes buscar o ardor?
N’algum lugar do passado,
sucumbistes ao sonhador,
que inerte, e ainda calado,
resgata em vão, os pedaços
De seu mais precioso amor “!
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