Devaneios
O poeta balbucia teu nome
quase imperceptível, suspira.
Eis que, viras deusa.
Agora és musa, que inspira.
O poeta, trêmulo, reinventa
o amor. A arte de amar
e, sublime, põe-se a deleitar
sobre as lembranças que ostenta.
O poeta sonha entre devaneios.
E no sonhar ousa. abusa.
Instigado por ti, que és musa,
Desperta ao tocar teus seios.
Ah, despertar. Me inquieta!
roubastes-me a ilusão
da mais profunda fusão
Do maior querer do poeta.
|