PARA ALGUÉM
QUE NÃO CONHEÇO,...
Sinto que estás
tão perto
que quase posso tocar-te,
nem mais,
és
só imaginação?
és
real?
Um alguém,
porém um
alguém real.
De uma leveza
que eu não sei descrever,
um ser tão
ímpar que me custa crer estar só.
Comportas o brilho
da estrela
e a solidão
do poeta, contemplas o amanhecer e
saúdas a noite,
meio fada,
pôr momentos te
surpreende este mundo.
Queria que
surgisses agora num ímpeto de segundo,
sem conseqüências
à serem pensadas,
apenas queria
que surgisses,
tal como és!
Quiçá
fosse o bastante
para que eu pudesse
envelhecer e,
se pôr
qualquer motivo
surgisse
uma lágrima,
então
poderia beijá-la,
para presunçosamente
arrebatar
de vez as tristezas que
habitam
teu âmago, ou
ao menos
dividi-las.