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Família Vidal                            

Saiba mais

  • Prof. Artur Nunes Vidal, natural de Fermentelos, nasceu em 9 de Novembro de 1882 e faleceu em 6 de Maio de 1952. Fez exame de instrução primária em Oliveira de Bairro em Junho de 1893. Realizou o exame de admissão no Liceu de Aveiro e regressou a Fermentelos em 31 de Janeiro de 1900 e em Outubro matriculou-se na Escola Distrital de Habilitação para o Magistério Primário, onde terminou o curso de professor primário em Julho de 1902. Após ter leccionado em várias escolas desta zona dedicou-se à escrita, publicando várias obras, momeadamente "Árvore de Linhagens dos Fermentelenses no século XIX", "Fermentelos" e as "Lembranças de Fermentelos"... As suas obras ficaram ligadas à História de Fermentelos, como padrão imortal da sua glória

  • Instituições
      Junta de Freguesia de Fermentelos...
  • A freguesia de Fermentelos foi elevada á categoria de Vila, pelo decreto nº 15456, de 5/5/1928, assinado pelo então Ministro do Interior e Presidente do Ministério, General José Vicente de Freitas (1869-1928) e publicado no Diário da República, nº107, de 11 de Maio de 1928, tal como na acta da Junta de Freguesia, 
    de 20/5/1928. Mas, Fermentelos só se tornou uma freguesia independente depois de 1832, pois até essa altura as divisões admnistrativas praticamente não existiam, porque nesta   sociedade, as povoaçõas eram governadas por um nobres, denominado por rico-homem. Este tinha sob seu domínio várias povoações, exercendo o seu poder através do Juíz de Fora, por ser um cargo exercido por um individuo de fora da terra. Por sua vez, o Juiz de Fora reunia vário lugares ou casais num só grupo que lhe prestava contas, chamando-lhe concelho.
    Portugal permaneceu com esta organização até à proclamação da organização admnistrativa pelo decreto nº23 de 16/5/1832, acabaram os ricos-homens, Juízes de Fora, almoxarifados e o País foi dividido em distritos, concelhos e freguesias, que deviam prestar contas ao Estado. Surgindo assim, a Junta de Freguesia de fermentelos...
     

    Escolas primárias...

    A freguesia de Fernentelos tem desde de 1855 ensino primário, com a criação da primeira escola primária masculina. Antes desta data, haviam os mestres das primeiras letras que ensinavam àqueles que lhes pagassem, até que nesse ano foi criada  a Escola Masculina de Fermentelos. Esta não tinha edifício próprio, até que em 1902, passou-se a leccionar num edifício apropiado.
    Em 1857, foi criada a Escola Feminina de Fermentelos, que mudava frequentemante de local..., até que pelo decreto nº 5787-A, de Maio de 1919, foram extintas todas as Escolas masculinas, femininas e mistas de Portugal e criada em cada freguesia uma Escola de Ensino Primário Geral, para ambos os sexos.
    No entanto, em 1927 é publicado o decreto nº 13791, que extingiu as escolas de ensino primário e criou novamente as Escolas masculinas, femininas e mistas...
    Após, vários decretos de alteração da duração da escolariedade e da divisão do ensino por sexos, em 1973 passa de novo haver um Ensino Primário Geral, culminando com a construção de outra escola primária « Escolas do plano centenário ».
    Actualmente, encontram-se ainda em funcionamento, tendo a escola primária nº1(cima) sido demolida para dar lugar a um novo edifício, mas que manteve o modelo anterior...
     

    Tunas e as Bandas Filarmónicas...

    Segundo Artur N. Vidal, " Foi sempre Fermentelos amigo dos sons musicais, agradáveis ao ouvido e desde que me lembro, ainda mesmo quando éramos poucos casais, aqui houve divertimentos conforme a época em que se vivia".*
    A primeira Tuna foi organizada por José Fernandes Rosário, em 1899 ... , a segunda Tuna foi organizada por Artur N. Vidal.. e a terceira  foi organizada  novamente por Artur N. Vidal com novos elementos.

    Em 1868, havia um concerto de violas, clarinetes, cornetins.., chamado " Ramalda ", até que o 
    P. Alexandre Moreira da Silva Vidal convenceu os seus elementos a formarem uma música e aceitou a tarefa de os reger. 
    Os instrumentos foram adquiridos por Jacinto da Calva, sendo distribuidos pelos músicos que de imediato aprenderam a escala...
    Em 13 de Junho de 1870, a banda de música estreou-se numa festividade em Óis da Ribeira e de seguida teve o primeiro confronto musical com a banda de música de Águeda na festa da Senhora da Saúde.
    No entanto, um desentendimento com  Jacinto Calva e alguns elementos, levou a que aquele retira-se os instrumentos á música, até que um grupo de notáveis se comprometeu a comprar os instrumentos.
    Em 1887, uma comissão adquire a actual bandeira da Banda Marcial e em 1899 Manuel José de Oliveira entrega a regência a seu filho, José Oliveira P. de Sousa, mas em 1909 uma série de desavenças levaram à saída dos Oliveiras. 
    Também por esta altura, surgiram uma série de episódios que ameaçaram a sobrevivência da Música, até que a situação acalmou com o regente Luís Ferreira de Abrantes, mas a sua ida para o Brasil e substituição pelo seu irmão, Manuel F. Abrantes, levou à divisão da Música, pois alguns elementos preferem a regência de Jeremias Pires Brigeiro, dando origem ás actuais,  "Rambóia" e a "Banda Nova". 

    Os músicos da Banda Nova ficaram sem instrumentos, mas foram a Cedrim e pediram emprestados a Artur N. Vidal os instrumentos da sua dissolvida banda, satisfeitos vem tocar para a rua com pinhas acesas..., daí o nome de "Pinha". Esta teve como seu primeiro regente e fundador Jeremias Pires Brigeiro em 5 de Novembro de 1921. 
    Por subscrição pública escolhe uma bandeira e após o falecimento de Jeremias teve como regentes José de Oliveira, Artur N. Bártolo, Daniel Pires Rosa, António Duarte Neves e o actual João Constantino Duarte Neves...
    Durante a regência de Artur Nunes Bártolo construiu-se a sede da Banda Nova inaugurada em 
    3 de Maio de 1959 *, mas as suas fracas condições, levam a que em 1977 se inicie a construção de um novo edifício, segundo projecto do Eng. Nuno Martins, tornando-se a sede da Associação Cultural e recreativa de Fermentelos em 1978.
    Por sua vez, o símbolo desta Associação* poi elaborado pelo fermentelense Comissário Belarmino, que se descreve: " Na sua forma genérica, apresenta o emblema com uma figura do século XII. Nas colunas inscreve-se a designação "Associação Cultural e Recreativa". Nos capitéis temos a designação "Banda Nova". Sob o arco que encima as colunas, situa-se a figura duma pinha... por que é conhecida a Banda Nova, por oposição à "Rambóia"... No interior das colunas, situa-se uma figura alada com uma tropeta e, na sua frente , as figuras dum pato e dum peixe..." *
    A Banda é constituida por 77 elementos de ambos os sexos e de desiguais idades, na sua maioria formados na permanente Escola de Música, sob direcção do contramestre António Pepino,sendo uma autêntica fornecedora para algumas Escolas oficiais...
    Principalmente pela sua qualidade técnica e artística e, a escolha criteriosa do reportório, a Banda Nova tem uma média anual de 40 serviços para festas e romarias, e fez várias deslocações ao estrangeiro : em 1979, deslocou-se à Venezuela...; em 1992 , esteve nos Açores..., e 1994, no Liechtenstein..., Expo98..., Praça da Alegria...
    A par dos serviços que a banda efectua fora da sede, vem realizando com mais frequência dentro das suas instalações ampliadas e renovadas recentemente, uma série de concertos de Primavera, Páscoa, Verão, Outono, Natal, Inverno e outros, com a participação da Banda Juvenil e da Escola de Música... E também, organiza convívios, bailes, o Festival da UBA, festas, marchas populares e tem a capacidade de promover encontros com outras bandas...
    A Associação Cultural e Recreativa Banda Nova de Fermentelos, foi declarada instituição de utilidade pública por despacho do Primeiro Ministro de 15 de Setembro de 1992, com a publicação no Diário da República nº226-II Série, de 30 de Setembro de 1992. 
    Encontra-se inscrita como CCD no Instituto Nacional para o aproveitamento dos tempos livres dos trabalhadores do Inatel e é co-fundadora da Associação de Bandas Civis do Distrito de Aveiro...
    Possui gravações em audio e vídeo de uma parte das músicas que constituem o reportório da sua banda de música, tal como a sua página da Internet...

    A Banda Marcial de Fermentelos, ficou marcada pela regência de 52 anos, o regente, António Lemos da Rosa, grande figura da Banda Velha. A sua saída foi devidamente preparada e antecipada por razões de saúde , sendo escolhido o sucessor Dr.Silas Granjo, já falecido ..., sendo regida actualmente por João Simões.
    Em 1981, A Banda Marcial lança-se em três projectos: a nova sede, novo instrumental e substituição de 14 músicos, então a sede foi construida, o instrumental foi renovado em 1988 e da banda há executantes em todas as bandas militares e, com músicos jovens na banda juvenil e Escola de música.., tendo cerca de 80 executantes....
    Actualmente, tem-se destinguido por actuações nas Sala dos Capelos da Universidade, na queima das fitas... e pelo lançamento de material audovisual com as melhores partituras... da banda.
     

    Retirado do Site: http://ijtn.no.sapo.pt/

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    A UNIVERSIDADE DOS MEUS SONHOS: A ESTRELA CADENTE DO CARIRI

                 Ontem participei de dois grupos que estão discutindo nomes e as propostas para desempenharem no cargo de Reitor da Universidade Regional do Cariri (URCA). E já no final da noite senti uma vontade imensa de escrever sobre a universidade que gostaria de ajudar a construir um dia – quem sabe! E nesse sentido, eu me posiciono como uma pessoa que não tem compromissos com nomes, mas com propostas sérias, éticas e sensíveis. Gostaria de um dia poder pertencer a uma universidade holística, humana, ética, participativa, ou seja, uma universidade que contemple a esperança, o compromisso com a verdade que liberta o homem da sua condição racional-instintiva. Em outras palavras, uma universidade voltada  tanto para a diversidade do saber quanto do suspiro gostoso do viver. Uma universidade que não negue essa realidade pragmática, utilitária, funcional e corporativa. Mas, que também não fique escrava e submissa aos valores ditados pela consciência moral capitalista. Gostaria de pertencer e ajudar a construir uma universidade que se sustente por uma base ética e amiga. Onde todos que estão nela possam se sentir verdadeiramente responsáveis pelo destino da humanidade. E que essa humanidade seja de fato a totalidade da vivência de cada ser vivo humano e o seu meio ambiente. Gostaria de construir uma universidade onde a ciência seja irmã da filosofia. E a filosofia não esteja separa da religiosidade da existência. Onde a física e a metafísica sejam complementares tanto quanto a partícula-matéria e a onda-anti-matéria em seus respectivos domínios de existência. Onde o esforço de cada cientista seja direcionada para o salto da consciência na criação da luz da sabedoria; onde cada aluno participe com a intenção voltada para o crescimento da vida e da sua preservação em todas as suas dimensões e lugares.  Gostaria de pertencer a uma universidade onde os professores contemplem o horizonte da verdade e nele veja o pôr do sol e o nascimento de um novo dia para o novo conhecimento despertado em cada um. Que cada professor seja mestre de si mesmo, antes de ser mestre do outro. Que a tarefa de cada um seja plantar um novo mundo. E que a verdade não seja nem absoluta e nem relativa, mas construída a cada passo, a cada sentimento, a cada pensamento na estrada longa da vida. Uma universidade que se ocupe de tudo em prol da verdade, do saber e do Amor. E para tanto escolha seguir caminhos nunca andados e idealizados. E assim que se abra verdadeiramente para o mistério da nossa existência. Uma universidade aberta para a multidimensionalidade do ser. E, portanto, interdisciplinar de fato, na teoria e na prática. Uma universidade que pesquise a verdade mesmo onde não se acredite que ela esteja. Uma universidade do inesperado e dos fenômenos invisíveis para a razão especulativa instrumental-funcional. Uma universidade que adote a transcendência órfã. Gostaria de ver uma universidade de fato! Que ela não seja para os pobres e nem para os ricos, mas para todos que desejam uma transformação social e existencial no sentido positivo da transcendência sagrada.

                Por tudo isso, eu vivo sonhando acordado desde 1988 quando tive a felicidade de sair dos domínios fechados da razão e alcancei com muito esforço e disciplina a intuição latente e envolvente dentro de mim. Eu quero aprender amar mais do que ser amado; comprender mais do que ser compreendido; doar consciência e Amor mais do que receber; transcender mais do que viver; sentir a existência mais do que pensar a sobrevivência; plantar a semente da felicidade mais do que trabalhar utilitariamente para conseguir o pão de cada dia. Nessa universidade que eu sonho e imagino acontecer um dia, Deus terá um lugar especial, ou seja, habitará a consciência intuitiva de todos os pesquisadores! Nessa universidade a pesquisa pura terá um lugar ao sol; a filosofia estará presente em cada corredor da universidade; o desejo de conhecer aproximará disciplinas diferentes; modos diferentes de ver a realidade; o “PhDeus” se converterá em Filho de Deus e com humildade se integrará aos demais. Nessa nova universidade, a política partidária se transformará em política unitária e todos perceberão a importância de se fazer ciência política e não apenas “política”; a história terá um papel fundamental para refletir sobre o destino que o homem persegue desde os tempos remotos e junto com a filosofia revisarão o processo de crises e ascendências do saber científico; a geografia estudará e mapeará as utopias ou lugares imaginados mas não concretizados pelo homem que tem sede de evolução; a biologia estudará o campo morfogenético sutil dos chakras e descobrirá uma nova realidade além da genética – quase imperceptível mas realmente presente nos diversos corpos que possuimos; a matemática descobrirá uma nova lógica: a lógica do coração; o Direito perceberá a verdadeira dimensão da Justiça: a caridade; a sociologia contribuirá juntamente com a antropologia com a descoberta de um novo campo social: a fraternidade cooperativa universal; a física, em particular, a física quântica mostrará que uma nova base axiomática se faz necessário para repensarmos o processo de desconstrução e construção do conhecimento científico; a engenharia inovará e incorporará o homem em suas inovações descobrindo o equilíbrio entre o orgânico e o organizacional – o tempo deixará de existir e a energia será o novo paradigma e referência para a compreensão do trabalho e da organização da vida coletiva. Em suma, na universidade dos meus sonhos a realidade sairá de dentro da caverna de Platão e fará parte da imaginação criadora de cada pesquisador. Em outras palavras, deixaremos de ser moradores do universo e assumiremos definitivamente a identidade existencial-espiritual de pesquisadores e criadores do universo. O valor mais importante será aquele identificado com o salto qualitativo entre a consciência comum e a  consciência de si. O respeito por tudo será um princípio básico nessa nova universidade. O Reitor dessa universidade será um defensor das leis cósmicas da vida. Os mestres e doutores serão discípulos da vida: os alunos serão nossos irmãos. Pois, é a  vida interior que nos ensina tudo! Assim afirmou magistralmente Kafka: “Da vida se tira vários livros, mas dos livros se tira pouco – bem pouco! – a vida”. A linguagem dessa nova ciência-universidade será aquela oriunda do nível de consciência do Amor Cósmico pregado por Cristo há dois mil anos. Assim, uma estrela cadente lançada por Deus anunciará o nascimento dessa nova universidade (como aconteceu ontem a noite no momento em que o professor Rodolfo J. Sabiá estava palestrando no Crato Tênis Clube). “Quando sonho sozinho o meu sonho é apenas um sonho, mas quando muitos sonharem o mesmo sonho de Amor à Vida e a Verdade, o meu sonho se tornará realidade criadora”. Vamos sonhar e se encantar juntos? – Crato, 4 de Dezembro de 2002.

     Prof. Bernardo Melgaço da Silva – e-mail: bernardomelga@hotmail.com – tel.: (88)9201-9234

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    Instituição Artur N. Vidal

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