O BUDISMO
Você é Buda?
Budismo é uma palavra ocidental para designar o conjunto de práticas, prédicas e vivências dos ensinamentos de Siddharta Gotama, o Buda.

Quem foi Buda?

Buda era um príncipe e muito cedo percebeu a miséria em que viviam os súditos e a opulência dos Monarcas, o exemplo vinha de casa. Não foi difícil para ele entender que quando o povo estiver bem provido, satisfeito, livre do  medo e da ansiedade, o país estará em paz e por conseguinte desaparecerá o  crime.

Um pouco da História

   Siddharta nasceu no sexto século antes da Era Cristã. Nessa época a Índia vivia uma febre de desenvolvimento  nos mais variados campos, no campo das idéias, das artes, das ciências e até das guerras.
   É nesse amaranhado cultural que surge um cidadão que mais adiante veio a ser chamado de " Senhor Buda", o Buda ou, simplesmente, o Iluminado, o Desperto.
   É bom que se esclareça, de imediato, que Buda não é  nome de ninguém, designa um estado, uma qualidade, aquele que atingiu o budato. Deriva-se da raiz sânscrita budbuddh, que significa despertar, iluminar. Logo Buda é aquele que alncançou este patamar, este estado, este estágio que de acordo com os  cânones do Budismo, está latente em todo ser humano, mais prescisamente em todos os seres vivos: seres vivos (animal, vegetal) e seres do reino mineral.
   O Budismo formulou seu pensamento no sentido da palavra Sabedoria, no caminho do discernimento, lembrando  aos praticantes que esta sabedoria vem de saber o que saber tem a ver diretamente com sabor e portanto prazer.
   O Budismo prega a unidade e independência de toda a vida, nada é separado de nada. De fato, ele descobriu o caminho só, mas já havia estudado e praticado outras formas de  "caminho" com outras pessoas.
   Vamos ao nascimento: Por volta do ano 523 a.C., no Norte da Índia, havia um pequeno reino de guerreiros da etnia dos Sákias, o país era Kapilavastu, hoje a  região pertence ao Nepal. Siddharta era o nome próprio,  Gotama, ou Gautama, ou ainda Gáutama, era o sobrenome. Com o passar do tempo o menino ficou conhecido como o Sakyamuni - o sábio dos sákias.
   O rei  chamava-se Suddhodana e a rainha, que estava grávida, Maya. Decidiram passar as férias no palácio de verão, a pedido desta. No caminho, num bonito recanto do bosque Lumbini, ela sentiu as dores do parto e, às margens de um rio, deu à luz um menino.
   Inicialmente lhe serviu de berço uma folha de  lótus. Diz a lenda que nesse momento choveram pétalas de flores do céu, o ar inebriou-se  de um perfume até então nunca sentido, os anjos vieram cantar e toda a natureza se regozijou, pois nascera "a luz da Ása ".
   Sete dias depois a mãe morreu. Justifica-se com o fato de que a mulhar pariu um Buda e aquela que assim o faz fica tão pura, tão imaculada que não pode dar à luz outra criança.
   Para saber o futuro do seu primogênito, o rei foi visitar um asceta nas fímbrias do Himalaia, e o eremita afirmou que o menino ou se transformaria num senhor de exercítos, num monarca universal, ou então seria um Buda, um iluminado, um grande e sublime ser que ensinaria ao mundo o caminho da luz.
   O rei não gostou nem um pouco, seu filho jamais  seria um religioso. A partir daí o menino foi cercado do maior luxo possível, cresceu nas mordomias que a corte lhe permitia, desfrutando as benesses do poder. Aprendeu um pouco das ciências, necessário para um futuro grande rei.  Vivia imerso num pequeno paraíso, a todo custo eram evitados sofrimento e  dissabores, o jovem não deveria saber das mazelas do mundo, da fome que grassava em seu reino e nos vizinhos, da miséria que mergulhava os pobres e da opulência onde nadavam os ricos.
   Um belo dia, a segurança falhou. Num passeio à cidade, o jovem observou um velho decrépito, faminto e surpreendeu-se de que nunca havia pensado na  velhice. Numa segunda vez, ele encontrou um doente, um moribundo no  meio da rua e lembrou-se que, já homem, seu pai e os amigos  lhe ocultavam tais fatos. Tempos depois ele teve seu terceiro "insight". No caminho de volta, após um maravilhoso passeio, deparou-se com um morto, um corpo jazia inerte na estrada, ele  perguntou o que era e então responderam que a morte é o destino de todos nós, que ninguém escapa, apesar de todo o prazer ou riqueza. Por fim veio o último "estalo": no passeio definitivo ele encontrou um asceta meditando. Ao perguntar, informaram-lhe que era um monge mendicante, um religioso que escolheu o caminho da libertação interior e exterior.
   Dito e feito, não deu outra, aquela  última visão foi decisiva, seu caminho estava escolhido.
   Na noite em que seu filho nasceu, ele partiu para uma nova caminhada. Foi até o quarto onde a mulher se embevecia com o rebento e batizou o menino com o nome de Rahula(pronuncia-se Rarula) que quer dizer 'obstáculo". Despediu-se da mulher após conversar um pouco. Chamou o  fiel servo e partiu num veloz cavalo branco madrugada a dentro. À meia-noite exatamente ele cruzava os muros do palácio. Após muito cavalgarem, trocou as vestes reais com as do criado e partiu para a vida religiosa.

VOLTAR