Textos Complementares
Por
um processo de erradicação do analfabetismo político
As transformações sociais, políticas e econômicas
do mundo globalizado tem traduzido uma diversificação de idéias
e novas visões da realidade. Tal realidade vai configurar
um papel extremamente importante no sentido da escolha de
representantes que irão defender os interesses da população.
Para isso é de grande valia efetivar um processo de esclarecimento
do povo em relação ao dever e direito do voto.
É urgente e necessário um processo de união
de todas as facções que defendem o interesse da sociedade
como um todo, objetivando o esclarecimento das pessoas de
uma cidadania completa e participativa. É extremamente necessário
discutir a vida política do país, pois quem não se interessa
por política sofre seus revezes de maneira tão tresloucada
no momento em que acordos são costurados e não têm o objetivo
de satisfazer os interesses dos cidadãos. É também válida
uma maior aproximação daqueles que entendem o contexto político
moderno da população despreparada e usada como massa de manobra
dos poderosos. É urgente que a comunidade pensante distribua
melhor seus conhecimentos com a população como um todo, não
que a população não saiba votar, mas muitas vezes a pobreza
faz com que seu voto seja transformado em mercadoria e seja
dado a pessoas que, antes de tudo, fazem parte de um contexto
de entreguismo e submissão aos interesses dos grandes grupos
mundiais do sistema capitalista que têm trucidado povos, sufocado
culturas e, sobretudo, escravizado as populações.
Se os setores mais importantes da sociedade
civil organizada procurassem verificar o contexto de popularização
da política e fizessem da conscientização um costume eficaz
e voltado para todos, sem distinção, talvez não estivéssemos
convivendo com a série de falcatruas, acordos desleais e concretização
de atitudes de desrespeito aos trabalhadores que temos constatado
na política nacional, regional e local. Os exemplos de descompromisso
com o trabalha-dor no contexto atual tem sido cada vez mais
comprovados por alguns daqueles que têm um mandato que seria
empregado na conquista dos anseios populares. Infelizmente
não é isso que acontece, pois grande parte dos que chegam
ao poder desprezam aqueles que os conduzem no momento em que
transformam os setores de educação, saúde, moradia e segurança
em meros discursos atrativos em campanhas eleitorais e vagos
no momento da ação.
É de extrema importância que a população
seja esclarecida da ação daqueles que neles votaram, pois
o voto não encerra o papel do cidadão. Antes de tudo é um
processo democrático de construção da sociedade. Os meios
de comunicação devem urgentemente mostrar a cara destes verdadeiros
traidores dos interesses populares, pois a democracia plena
não tem lugar para um processo de obediência cega aos interesses
políticos e econômicos dos que estão no poder.
Aprender política
O aprendizado político é urgente e necessário
e deve ser feito não só na escola, mas em todos os setores
da vida social. Cada momento em que as atitudes dos parlamentares
que votam nos interesses do governo e, por conseqüência nos
interesses dos organismos inter-nacionais, temos a prova inequívoca
de que é necessário mostrar aos cidadãos os efeitos de uma
falta de esclarecimento político e social. Estamos vivendo
num mundo em que a formação política é cada vez mais necessária.
Temos muitas representações sindicais sérias,
mas estas precisam estar mais próximas do povo, esclarecendo
e mostrando a verdadeira face de seus representantes, pois
o povo precisa beber a fonte de conhecimento e do esclarecimento
social.
Temos traidores e esses traidores precisam
ser conhecidos. Que tal mostrar as ações desses que votam
contra o povo e esquecem de seu dever maior que é buscar uma
ação plena de defesa dos interesses da sociedade como um todo?
O estudo e conhecimento político não é tarefa
apenas de estudiosos e cientistas, é dever e direito do povo
conhecer, fazer e lutar por uma política plena, sem exclusões.
O desafio está lançado: que tal uma brigada de erradicação
do analfabetismo político?
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