(Ufpe 96) Na(s) questão(ões) a seguir
escreva nos parênteses a letra (V) se a afirmativa for
verdadeira ou (F) se for falsa.
1.
Na manhã de 13 de fevereiro de 1825, na porta da Igreja
do Pátio do Terço, em Recife, Frei Caneca foi despojado
de suas ordens e executado. Considera(m)-se atividade(s)
revolucionária(s) do Frei:
( ) jornalista, redator de O Diário Novo, jornal
praieiro, responsável pela agitação intelectual da Revolução
de 1848 em Pernambuco;
( ) Frei Caneca participou da revolução de
1817 cujo ideário republicano era semelhante ao da Revolução
de 1824;
( ) Frei Caneca dirigiu, durante o Primeiro
Reinado, um período revolucionário intitulado "Sentinela
da Liberdade na Guarita de Pernambuco";
( ) Frei Caneca insurge-se contra a Constituição
Outorgada, logo após a dissolução da Constituinte em
1823;
( ) Dirigiu e foi redator principal do jornal
o Tífis Pernambucano que combatia o absolutismo do Imperador
Pedro I e incitava à rebelião.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS
2 QUESTÕES.
(Ufpe 98) Na(s) questão(ões)
a seguir assinale os itens corretos e os itens errados.
2.
O mapa a seguir apresenta o Brasil pré-independente,
no século XIX. Algumas províncias estão coloridas e
se destacam das restantes. Sobre as coloridas, analise
as proposições a seguir:
(0)
As províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e
Cisplatina foram as primeiras a aderir ao movimento
de independência.
(1)
Todas as províncias destacadas no mapa foram visitadas
pela esquadra de Cochrane, militar que combateu na guerra
da Independência do lado brasileiro.
(2)
Nas províncias do Grão-Pará, Maranhão e Bahia a resistência
contra a independência foi mais forte, ocasionando lutas
que se prolongaram além do 7 de setembro de 1822.
(3)
As províncias destacadas representam o "partido
brasileiro", que reunia aristocracia rural, os
comerciantes nativos e os burocratas, e não defendiam
a separação de Portugal.
(4) A província Cisplatina
conseguiu sua independência mais cedo que o próprio
Brasil. Antes de 1822 a Cisplatina já se chamava Uruguai.
3.
O processo de desenvolvimento da indústria brasileira
não foi acompanhado de uma efetiva política protecionista
aduaneira. Quais teriam sido as razões?
(0)
O Brasil como nação independente optou pelo liberalismo
econômico.
(1)
A partir da presença da família Real no Brasil e durante
todo o século XIX a doutrina econômica que comandou
a industrialização foi o mercantilismo.
(2)
Os interesses britânicos criaram obstáculos a realização
de uma política protecionista alfandegária.
(3)
A ideologia nacionalista encontrou grande ressonância
no Império Brasileiro levando o Governo a praticar o
liberalismo econômico.
(4) A política econômica
do Brasil durante todo o século XIX foi preferencialmente
agrícola. Basta dizer que a Sociedade Auxiliadora da
Indústria Nacional ocupava-se com o aperfeiçoamento
técnico da agricultura.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(Ufba 95) Na(s) questões
adiante escreva, no espaço apropriado, a soma dos itens
corretos.
4.
Finalmente, seguindo um plano já traçado de antemão,
em 2 de julho de 1823, Madeira de Melo e seus homens
deixavam Salvador, pressionados também pela esquadra
inglesa comandada pelo Almirante Cochrane, que veio
oficialmente em auxilio a Labatut.
(MENDES JR., p. 159)
Em
relação ao processo histórico cujo desfecho está descrito
no texto anterior, pode-se dizer:
(01)
No Nordeste brasileiro, particularmente na Bahia, a
disposição do povo até pela luta armada foi decisiva
para a consolidação da Independência.
(02)
As guerras pela Independência configuram a luta dos
brasileiros contra os representantes do colonialismo
lusitano, ainda presentes em diversas províncias do
Brasil.
(04)
A luta travada pelo povo baiano buscou resgatar o ideal
da Conjuração dos Alfaiates de fazer da Bahia uma república
independente e democrática.
(08)
A união de algumas províncias do Norte e Nordeste em
torno da Republica do Equador foi decisiva para a vitória
dos revolucionários.
(16)
Os revolucionários de 1823 lutavam por uma constituição
que garantisse a soberania do povo, que fosse republicana
e que extinguisse a escravidão.
(32)
O processo de independência do Brasil culminou com a
implantação da forma de governo monárquico-parlamentarista,
inspirada no modelo adotado na América Hispânica.
Soma ( )
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS
2 QUESTÕES.
(Unirio 2002) "A partir
do século XIX, a importância comercial e estratégica
do Rio de Janeiro para a Inglaterra foi aumentando.
O Rio oferecia um porto seguro, 'de fácil acesso, imediatamente
reconhecível pela extraordinária terra ao seu redor'
e 'bastante amplo', conforme descrição de James Horsburgh,
um hidrógrafo da Companhia das Índias Orientais. Após
tornar-se a capital do Brasil em 1763, a cidade apresentava
um rápido crescimento populacional e também comercial.
Nessa época, o Rio de Janeiro
era o segundo centro naval e comercial mais importante
do Império Português, sendo Lisboa o primeiro".
(MARTINS, Luciana de Lima, "O Rio de Janeiro dos
Viajantes: o olhar britânico (1800-1850):" Rio
de Janeiro: Jorge Zahar Editor: 2001, p.69)
5.
Explique as razões político-comerciais que favoreceram
a primazia inglesa no Brasil na primeira metade do século
XIX.
6.
Cite uma mudança cultural ocorrida no Rio de Janeiro,
em decorrência do estreitamento das relações comerciais
com a Inglaterra, na primeira metade do século XIX.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(Ufba 94) Assinale as proposições
corretas, some os números a elas associados e marque
no espaço apropriado.
7.
Brasileiros!
Salta
aos olhos a negra perfídia,
são
patentes os reiterados
perjúrios
do Imperador,
e
está conhecida nossa ilusão
ou
engano em adotarmos
um
sistema de governo defeituoso
em
sua origem,
e
mais defeituoso em suas
partes
componentes...
O
sistema americano deve ser
idêntico;
desprezemos
instituições
oligárquicas,
só
cabidas na
encanecida
Europa.
Manifesto
de Proclamação da Confederação do Equador, em 12 de
julho de 1824.
(MENDES JR., v. 2, p. 169)
Com
base no texto anterior e nos conhecimentos sobre o processo
de independência do Brasil, pode-se afirmar:
(01)
A "negra perfídia" e os "perjúrios do
Imperador" referidos no Manifesto demonstram o
desagrado dos brasileiros para com as atitudes autoritárias
tomadas por D. Pedro I, após a dissolução da Assembléia
Constituinte.
(02)
O movimento revolucionário pernambucano que criticou
o centralismo político imposto pela primeira Constituição
pretendia reunir as províncias do Nordeste num governo
republicano e federativo.
(04)
O "sistema de governo defeituoso em sua origem"
decorreu da participação dos deputados brasileiros nas
Cortes Constituintes de Lisboa e conseqüente aprovação
de uma única constituição para o Reino Unido.
(08)
O sistema de governo mencionado no texto foi considerado
pelos manifestantes "mais defeituoso em suas partes
componentes", porque estabelecia eleições baseadas
no sufrágio universal e igualdade entre os três poderes.
(16)
A reação conservadora e aristocrática vivida pela Europa,
após a derrota de Napoleão Bonaparte, foi contestada
peIa onda revolucionária liberal de 1830, que se refletiu
no Brasil, através das críticas ao centralismo e autoritarismo
de D. Pedro I.
(32)
A onda revolucionária liberal européia de 1848 refletiu-se
no Brasil, através da vigência dos princípios federalistas
estabelecidos com a maioridade de D. Pedro II.
Soma ( )
8.
(Ufpe 96) Qual das alternativas a seguir contém as atividades
produtivas que mais utilizaram a mão de obra escrava
nos períodos Colonial e Imperial, no Brasil?
a)
Cultura de subsistência nas colônias de parceria, na
região Sul, e criação de gado nas terras gaúchas.
b)
Extração de pau-brasil, culturas do fumo e do algodão.
c)
Produção de açúcar, cultura do café e mineração.
d)
Pecuária e mineração.
e) Comércio, construção
de estradas de ferro e produção de açúcar.
9.
(Uepg 2001) A incerta linha de Tordesilhas foi suplantada
pela expansão das bandeiras paulistas, pelos criadores
de gado, pelas forças militares e pela mineração. A
partir do século XVIII a configuração territorial do
Brasil passou a se aproximar bastante da atual, com
exceção das fronteiras do Sul. Sobre as questões territoriais
no sul do Brasil, assinale o que for correto.
01)
No século XVlll, Portugal e Espanha disputaram os territórios
das Sete Missões, ocupados por índios e jesuítas, e
a Colônia do Sacramento, fundada no Rio da Prata, hoje
território uruguaio.
02)
A Colônia do Sacramento, base estratégica para o contrabando
da prata oriunda da Bolívia e do Peru, foi incorporada
ao Brasil em 1821, com a denominação Província Cisplatina.
04)
A Província Cisplatina jamais se integrou ao Brasil
em virtude da origem espanhola de seus habitantes e
os conflitos de interesses na região do Prata.
08)
Em 1827, a Província Cisplatina tomou-se a República
do Uruguai. Duas forças políticas disputavam o poder:
o Partido Blanco, dos pecuaristas, que se apoiava na
Argentina, e o Partido dos Colorados, dos comerciantes
de Montevidéu, que era simpático ao Brasil.
16) A Inglaterra, favorável
à formação de uma grande república no Rio da Prata,
colocou-se sempre contra a intervenção do Brasil nessa
região.
10.
(Unesp 94) A respeito da independência do Brasil, pode-se
afirmar que:
a)
consubstanciou os ideais propostos na Confederação do
Equador.
b)
instituiu a monarquia como forma de governo, a partir
de amplo movimento popular.
c)
propôs, a partir das idéias liberais das elites políticas,
a extinção do tráfico de escravos, contrariando os interesses
da Inglaterra.
d)
provocou, a partir da Constituição de 1824, profundas
transformações na estruturas econômicas e sociais do
País.
e) implicou na adoção da
forma monárquica de governo e preservou os interesses
básicos dos proprietários de terras e de escravos.
11.
(Fuvest 95) A organização do Estado brasileiro que se
seguiu à Independência resultou no projeto do grupo
a)
liberal-conservador, que defendia a monarquia constitucional,
a integridade territorial e o regime centralizado.
b)
maçônico, que pregava a autonomia provincial, o fortalecimento
do executivo e a extinção da escravidão.
c)
liberal-radical, que defendia a convocação de uma Assembléia
Constituinte, a igualdade de direitos políticos e a
manutenção da estrutura social.
d)
cortesão, que defendia os interesses recolonizadores,
as tradições monárquicas e o liberalismo econômico.
e) liberal-democrático,
que defendia a soberania popular, o federalismo e a
legitimidade monárquica.
12.
(Unicamp 95) Durante o processo de Independência da
América Latina, diferentes significados foram atribuídos
à idéia de liberdade. Explique o significado da liberdade
para:
a)
Simón Bolívar, um dos líderes da Independência da América
espanhola.
b)
Toussaint Louverture e Dessalines, líderes da Independência
do Haiti.
c) Pedro I, imperador do
Brasil.
13.
(Unesp 93) "Brasileiros! Salta aos olhos a (...)
perfídia, são patentes os reiterados perjuros do Imperador,
e está conhecida a nossa ilusão ou engano em adotarmos
um sistema de governo defeituoso em sua origem e mais
defeituoso ainda em suas partes componentes. As constituições,
as leis e todas as instituições humanas são feitas para
os povos e não os povos para elas. Eis, pois, brasileiros,
tratemos de constituir-nos de um modo análogo às luzes
do século em que vivemos (...), desprezemos as instituições
oligárquicas, só cabidas na encanecida Europa."
(MANIFESTO DOS REVOLUCIONÁRIOS
DA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR, 1824)
Com
base no texto, indique:
a)
o tipo de governo qualificado como 'defeituoso';
b) o sistema de governo
proposto pelos revoltosos.
14.
(Fuvest 92) Procure interpretar a "charge"
de Miguel Paiva, analisando sua versão da Independência
do Brasil.
15.
(Fuvest-gv 91) Explique o processo político que resultou
na abdicação de D. Pedro I em 1831.
16.
(Fuvest 91) Ao proclamarem a sua independência, as colônias
espanholas da América optaram pelo regime republicano,
seguindo o modelo norte-americano. O Brasil optou pelo
regime monárquico:
a)
pela grande popularidade desse sistema de governo entre
os brasileiros.
b)
porque a República traria forçosamente a abolição da
escravidão, como ocorrera quando da proclamação da independência
dos Estados Unidos.
c)
como conseqüência do processo político desencadeado
pela instalação da corte portuguesa na colônia.
d)
pelo fascínio que a pompa e o luxo da corte monárquica
exerciam sobre os colonos.
e) em oposição ao regime
republicano português implantado pelas cortes.
17.
(Unicamp 91) Caio Prado Júnior, falecido em novembro
de 1990, foi um dos mais importantes historiadores brasileiros
deste século. No livro FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO,
de 1942, escreveu:
"O
início do século XIX não se assinala para nós unicamente
por esses acontecimentos relevantes que são a transferência
da sede da monarquia portuguesa para o Brasil e os atos
preparatórios da emancipação política do Brasil. Ele
marca uma etapa decisiva em nossa evolução e inicia
em todos os terrenos, social, político e econômico,
uma fase nova."
Para cada um dos "terrenos"
mencionados por Caio Prado Jr. ("social, político
e econômico") indique e analise uma transformação
importante ocorrida no século XIX.
18.
(Cesgranrio 95) A concretização da emancipação política
do Brasil, em 1822, foi seguida de divergências entre
os diversos setores da sociedade, em torno do projeto
constitucional, culminando com o fechamento da Assembléia
Constituinte.
Assinale
a opção que relaciona corretamente os preceitos da Constituição
Imperial com as características da sociedade brasileira.
a)
A autonomia das antigas Capitanias atendia aos interesses
das oligarquias agrárias.
b)
O Poder Moderador conferia ao Imperador a proeminência
sobre os demais Poderes.
c)
A abolição do Padroado, por influência liberal, assegurou
ampla liberdade religiosa.
d)
A abolição progressiva da escravidão, proposta de José
Bonifácio, foi uma das principais razões da oposição
ao Imperador D. Pedro I.
e) A introdução do sufrágio
universal permitiu a participação política das camadas
populares, provocando rebeliões em várias partes do
país.
19.
(Faap 96) Nas lutas conhecidas como Guerras da Independência
e no reconhecimento externo da Independência, o Brasil
foi auxiliado pelo(a):
a)
França
b)
Espanha
c)
Itália
d)
Estados Unidos
e) Inglaterra
20.
(Faap 96) O fuzilamento de Frei Caneca está ligado ao
seguinte fato da História do Brasil:
a)
Inconfidência Mineira
b)
Confederação do Equador
c)
Revolta dos Canudos
d)
A Praieira
e) Revolução Farroupilha
21.
(Ufes 96) "Confederação do Equador: Manifesto Revolucionário"
Brasileiros
do Norte! Pedro
de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal,
a quem vós, após uma estúpida condescendência com os
Brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador, quer
descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento
de um europeu no Brasil. Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem
costumes que tem algum direito à Coroa, por descender
da casa de Bragança na Europa, de quem já somos independentes
de fato e de direito? Não há delírio igual (... )."
(Ulysses de Carvalho
Brandão. A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR. Pernambuco: Publicações
Oficiais, 1924).
O
texto dos Confederados de 1824 revela um momento de
insatisfação política contra a
a)
extinção do Poder Legislativo pela Constituição de 1824
e sua substituição pelo Poder Moderador.
b)
mudança do sistema eleitoral na Constituição de 1824,
que vedava aos brasileiros o direito de se candidatar
ao Parlamento, o que só era possível aos portugueses.
c)
atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a Constituinte
de 1823 e outorgar uma Constituição que conferia amplos
poderes ao Imperador.
d)
liberalização do sistema de mão-de-obra nas disposições
constitucionais, por pressão do grupo português, que
já não detinha o controle das grandes fazendas e da
produção de açúcar.
e) restrição às vantagens
do comércio do açúcar pelo reforço do monopólio português
e aumento dos tributos contidos na Carta Constitucional.
22.
(Uel 94) A Confederação do Equador, em 1824, se caracterizou
como um movimento de
a)
emancipação política de Portugal.
b)
oposição à Abertura dos Portos.
c)
garantia à política inglesa.
d)
apoio aos atos do imperador.
e) reação à política imperial.
23.
(Ufmg 95) A opção pelo regime monárquico no Brasil,
após a Independência, pode ser explicada
a)
pela atração que os títulos nobiliárquicos exerciam
sobre os grandes proprietários rurais.
b)
pela crescente popularidade do regime monárquico entre
a elite colonial brasileira.
c)
pela pressão das oligarquias aliadas aos interesses,
da Inglaterra e pela defesa da entrada de produtos manufaturados.
d)
pelo temor aos ideais abolicionistas defendidos pelos
republicanos nas Américas.
e) pelas transformações
ocorridas com a instauração da Corte Portuguesa no Brasil
e pela elevação do país a Reino Unido.
24.
(Ufpr 92) O processo de independência política do Brasil
garantiu o rompimento das antigas estruturas econômico-sociais
do período colonial? Justifique.
25. (Ufpr 94) Quais as razões da renúncia de
D. Pedro I ao trono brasileiro em 1831?
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