Eletrônica
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Os resistores são medidos em ohms.
1.000 = 1K     , 1.000.000 = 1M      (megohm)

Os capacitores são medidos em Farads. Mais usualmente em Micro Farads.
1 Farad = 1.000.000 uF (microfarads); 1 uF = 1.000 nF (nanofarads) e
1 nF = 1.000 pF (picofarads) 


Os indutores são medidos em henries.

1 Henry = 1.000 mH (milihenries) e 1mH = 1.000 uH (microhenries)


               Uma analogia pode nos ajudar a entender a relação entre  as  várias  grandezas   eletroeletrônicas;  O  curso de água de um rio pode muito bem  exemplificar  a  relação tensão,  corrente  e  potência.  Podemos  além  disso visualizar as características da  resistência, capacitância e indutância.

Tensão - A corrente de água exerce uma certa força a fim de avançar pelo leito do rio, esta  pode ser  maior  ou menor como se pode ver pela velocidade da água. A força que impulsiona os elétrons que chamamos  de tensão.  Esta  é  medida  em volts.

Corrente - A mesma  corrente de  água  possui  um  volume  que  pode  variar de acordo com  a  profundidade  e largura do rio. Este volume é comparável à corrente elétrica,  visto que esta  representa  a   quantidade  de  elé- trons  impulsionados. Esta corrente é medida em amperes.

Potência  - É a capacidade de realizar um  trabalho.  A  água  de um  rio  pode  ser  represada  e  utilizada   para acionar turbinas de geradores  e  outros  equipamentos.  Para   isso a  corrente  de  água  precisa  ter   força  e volume, não é diferente no caso da corrente elétrica com  sua  tensão e  corrente. Assim  a  potência elétrica  é o resultado da multiplicação da tensão pela corrente e é dada em Watts.

Corrente contínua - É a forma de eletricidade que flui  sempre  em  uma  mesma  direção  (do  negativo   para  o positivo). Pode-se comparar à corrente de um  rio,  que sempre flui da nascente para o mar.

Corrente alternada - Neste tipo de corrente elétrica o fluxo  alterna  sua direção  continuamente (60   hertzs = 60  inversões  por  segundo). Se comparássemos a corrente contínua a  uma  serra-circular, a  corrente  alter- nada sería  comparável a um serrote. Assim  na  corrente  alternada  não temos um  polo positivo e outro nega-  tivo, mas fase e neutro, (o neutro é o conectado à terra) porque o negativo e positivo se alternam continuamente.

Resistência - Se em um determinado ponto do  leito do  rio  for  colocada  uma grande pedra ou outro obstáculo, este sem dúvida oporá resistência à passagem da  corrente de  água. Este efeito é identico ao que o material  de um resistor faz.  O material do qual o  resistor é  feito oferece  resistência à  passagem   dos  elétrons.   Assim estes têm dificuldade em  fluir. Esta dificuldade é chamada de resistência ou resistividad e e  pode  ser   medida em Ohms. Tipos diferente de  materiais  oferecem resistências diferentes. A mistura  niquel-cromo e o  carbo- no são muito usados na confecção de resistores.

Capacitância - Quando se represa a água de um rio, esta pode estar disponível até mesmo quando o rio pára  de correr. A quantidade de água represada depende da  capacidade  de  reter  água da  referida  represa.   Similar- mente o capacitor  tem a característica de armazenar energia e de de volve-la  ao  circuito. Sua  capacidade   ou capacitância é medida em farads  ou  mais  comumente  pelo seu submúltiplo o microfarad.

IIndutância - Se fizermos a água passar por um longo tubo teremos um efeito parecido  à  indutância. Visto que o próprio tubo tem de encher-se antes de  permitir  que  a  água  chegue à  sua  extremidade  de saída,  ele   não  permite uma  passagem imediata da água. Mas quando se interrompe  o  fluxo  de  água  entrante,  a  água   que preenchia o tubo continua fluindo por um tempo. Ésta  é  uma  comparação  bastante  simplista  e  serve  apenas  para  visualizar o  funcionamento  básico  de  um  indutor tambem conhecido como bobina.
Transformador  -  Se o tubo anteriormente  mencionado  tiver  as  extremidades diferentes  entre  sí,   podemos compará-lo a um transformador.  Se  na  extremidade mais larga injetarmos água sob pressão  teremos  aí  um  fluxo com  uma  corrente grande devido à  largura do   tubo   mas   com   baixa velocidade (tensão).  Na  extremi- dade mais estreita a mesma água agora terá  maior  velocidade  mas  um volume de corrente menor. Este  sería o exemplo de  um  transformador  elevador  de tensão. Num enrolamento poderemos ter 5 amperes de  corrente com uma  tensão de 12 volts, mas no de saída  poderemos  ter  120  volts  e  uma  corrente  de  0,5 amperes.  Em  termos  de potência não houve alteração:  12 V . 5 A = 60 W  e  120 V . 0,5 A = 60 W.  Estes  valores  são  apro- ximados visto que  há  perdas  no  processo.
Voltando à analogia do tubo. Se o invertermos teremos uma função inversa. O mesmo ocorre  com  o   transfor- mador. Se trocarmos a entrada pela  saida  poderemos introduzir 120  V 0,5A  e obter na saida 12 V 5 A.

Obs.: A corrente elétrica no transformador deve ser alternada.

SEMICONDUTOR - O semicondutor mais simples é o diodo. Este é comparável a uma válvula unidirecional, ou que deixa passar a corrente apenas em um sentido.
O transistor podería ser comparado a uma vávula unidirecional  controlada,  ou  seja  havería  um   controle  do fluxo através da vávula. Este controle no transistor é a base. O emissor pode ser visto como a entrada  do  fluxo, enquanto o coletor é a saida. A característica da amplificação é  como  se o controle da  vávula  fosse  feito  com uma alavanca cujo ponto de apoio fica próximo à válvula e com um leve toque na extremidade mais longa  pudés- semos controlar um grande fluxo. No  tran sistor com uma diminuta quantidade  de  energia  na   base  pode-se controlar um grande fluxo  de  energia entre o emissor e o coletor. 



SEGUNDA PARTE:

PRATICANDO UM POUCO COM TENSÃO, CORRENTE, POTÊNCIA E RESISTÊNCIA:

Condutor, resistor e resistência:
(Veja as fórmulas e tabelas na coluna à esquerda.)

Dentre os condutores há, bons condutores (prata, cobre, aluminio, etc)  e  maus  condutores  (grafite,  carbono, níquel-cromo, etc). Existem ainda os semicondutores, cuja condução pode ser controlada  (como  nos  transisto- res) e os não-condutores ou isolantes (borracha, mica, etc). Mesmo os bons condutores oferecem uma  pequena resistência à passagem de corrente. Por exemplo um fio de cobre  de 1mm  (#18)  oferece  uma  resistência  de 20,73 ohms por quilometro de extensão.
O resistor é o componente normalmente usado para limitar a passagem de corrente em circuitos eletro-eletrô- nicos. O resistor é fabricado com materiais maus-condutores e seu tamanho depende em parte da potência  que terá de dissipar.
O filamento de uma lampada é confeccionado com tungstênio, que é um material condutor. Embora o  filamento tenha resistência, sua finalidade principal é gerar luz. Sua resistência torna-se um fator de desperdício,  visto que grande parte da energia será transformada em calor e apenas uma pequena parcela em  luz.  Uma  lampada de 60 watts e 120 volts  será percorrida  por  uma  corrente  de  (I = P / E = 60 / 120 = 0,5)  500  miliamperes  e sua resistência é de (R = E / I = 120 / 0,5 = 240)  240 ohms. Já um ferro de solda faz o contrário,  ele  aproveita o fato de a resistência  gerar  calor,  para  derreter  solda.  Os  cadinhos  e  fogareiros  elétricos  utilizam  este mesmo princípio.


Vamos então realizar um pequeno circuito que nos ajudará na prática a mexer com  a  eletricidade; Usaremos uma pilha e um resistor. O nosso esquema fica como a figura ao lado:

Qual a função do resistor no circuito?  Se colocássemos um fio no lugar do resistor estaríamos colocando  em curto a pilha e toda a corrente da mesma se escoaría pelo  fio  descarregando  totalmente  a  pilha.  Calculando, chega-se à conclusão  que o resistor serviu para limitar a passagem  de corrente em 100  miliamperes.

A nossa pilha é de 1,5 volts e o resistor de 15 Ohms. Achamos a corrente circulante:  I = E / R = 1,5 / 15 = 0,1  amperes ou 100 miliamperes (observe as setas que indicam o sentido da corrente).  Já  o  resistor deve  supor-  tar uma potência (em  calor)  de: P = E . I = 1,5 . 0,1 = 0,15 watt  ou 150  miliwatts.  Como a  potência dos  resis- tores é dada em frações então teríamos 1/6 de watt, mas por medida de segurança devemos aplicar um resistor que suporte  um  pouco  mais  de  potência,  como um de 1/4 de watt.
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Os elementos básicos de um circuito eletrônico são:
Resistor, capacitor, indutor e semidondutor.
Outros Temas
Resistência específica  de certos materiais:

Prata               0,015
Ouro                0,024
Cobre              0,017:
Aluminio          0,0292
Ferro               0,13
Antimônio        0,417
Niquel-cromo   1,1
Grafite           13,0

Lei de Ohm:

R=Resistência =Ohms
E = Tensão = Volts
I = Corrente =Amperes

R = E / I
I = E / R
E = R . I
Ligação em série:

R tot. = R1 + R2 + Rx

Ligação em paralelo de 2 resistores:

R tot. = (R1 . R2) / ( R1 + R2)

Ligação em paralelo de vários resistores:

R tot. = 1 / (1/R1 + 1/R2 + 1/R3 + 1/Rx)
Potência:

P = Potência = Watts

Fórmulas de Potência e derivadas:
Ligação paralela de 2  capacitores:

C tot. = C1 + C2 + Cx
Tensão de isolação:
E tot. = (E1 . E2) / (E1 + E2)

Ligação série de 2 capacitores:

C tot. = (C1 . C2) / (C1 + C2)
Tensão de isolação:
E tot. = E1 + E2
Em que situação necessitaríamos limitar a passagem de corrente em um circuito?

No circuito ao  lado  além  do  resistor  e  da fonte  de  energia  (uma  bateria  de  9V)   temos  também  uma   lampada.  O problema é que a  bateria é de 9  volts e a lampada é para 3 volts. Ligando a lampada em 3  volts  ela consome 150 mA, o que significa que ela tem uma resistência  interna  (seu  filamento  é  resistivo)   de  20  ohms    (R = E/I = 3 / 0,15 = 20).   A  potência  que  seu filamento suporta é de: P = E . I = 3 . 0,15 = 0,45,  ou  seja  450  miliwatts.  Se  a  ligarmos  em   9  volts  multiplicaremos essa potência (faça o cálculo: 9  / 20 = 0,45   e   9 .  0,45 = 4,05  ou  mais  de  4  watts). 
Se o filamento suporta apenas 450 mW a lampada irá queimar. Deveríamos portanto limitar a  corrente so- bre a lampada em 150 mA. Como fazer esse cálculo? Basta achar o valor da resistência e  potência  do  re-  sistor R em série com a lampada. O  que  precisamos  para  achar  o  valor  de  um  resistor?  (R = E / I)   Já  sabemos que  que a  corrente  é  de 150 mA  (0,15 A),  falta  a  tensão. Ora se a tensão  sobre a lampada é  de 3  volts  e  a tensão da  fonte é 9 V,  a  tensão  sobre  o  resistor será: 9 - 3 = 6V, e o resistor terá o valor  de: 6 / 0,15 = 40  ohms. Falta agora acharmos sua poten- cia  de  dissipação  de  calor:   P = E . I = 6 . 0,15 = 0,9 watts.  Por medida  de  segurança  podemos  usar  um resistor de 1,5 ou 2 watts.
para acender. Se o ligássemos a uma fonte de 3  volts ele acendería mas,  por não haver  limitação  ele logo queimaría por  excesso  de  corrente.  Assim,   vamos utilizar um resistor cuja resistência será de (R = E / I = 3 / 0,005 = 600) ohms e uma dissipação de (P = E . I = 3 . 0,005 = 0,015) miliwats. Como  é  muito  pouca potência  (1/66)  usaremos   um  resistor   de  1/8  de watt, um valor comercial fácil de encontrar . 
Obs.: Não se esqueça que o led é um diodo e por  isso tem polaridade, sendo o positivo o lado do chanfro. 
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A primeira montagem.
Mas vamos àquele circuito que na prática todo mundo faz,  quando começa em  eletrônica;  acender um  led. Alguns já tentaran acender um led  sem  usar  resis- tor, o led  acendeu,  mas  logo  queimou.  Porquê? Os circuitos  anteriores  já  nos  mostraram  uma   coisa fundamental; em um circuito eletrônico é necessário limitar a corrente utilizando resistores.  Qual a  ten- são necessária  para acender um led? Qual a corren- te? Bem, sabe-se que um led necessita de pelo menos 1,6 volts e uma corrente de no mínimo 5 miliamperes