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Em
meio a toda essa efervescência underground, muito espontâneamente
começaram a surgir bandas com sons peculiares. Uma das primeiras foi o Green
River, que é hoje considerada a clássica banda grunge. Eles faziam
uma mistura barulhenta de Hard Rock fortemente influenciado pelo Black Sabbath
com uma estética e atitude Punk e umas pitadas do que já rolava pelo underground
americano. Basicamente, o objetivo era ser pesado, agressivo e barulhento...e
eles eram!
Teoricamente,
o que se começou a fazer de diferente foi inverter a escala de notas das
canções dos Sex Pistols e a dar um ar mais compassado, mais Sabbathiano
por assim dizer. Foi essa sonoridade que veio a ser chamada mais tarde
de "grunge", coisa que na época ninguém pensava em nomear. O primeiro
registro do fato foi a coletânea "Deep Six", lançada pela
C/Z Records em 1986 com o Skin Yard, The Melvins,
Malfunkshun, Soundgarden, U-Men e Green River.
Um presságio do que havia de vir.
Havia
em Olympia um cara chamado Bruce Pavitt que editava por
conta própria um fanzine em forma de fita cassete com coletâneas de bandas
nacionais. Após lançar 9 zines e 3 cassetes, Bruce se mudou para Seattle,
empolgado com o que estava acontecendo por lá. Reúne algumas bandas locais
e da região e lança em 86 o primeiro disco da Sub Pop, Sub Pop 100.
Passando
por uma crise financeira, Bruce reencontra seu velho amigo Kim Thayil,
agora guitarrista de uma banda chamada Soundgarden, que lhe aconselha
a tornar-se sócio de Jonathan Poneman, um DJ que tinha seu próprio
programa de rádio, dinheiro e que queria muito bancar o primeiro disco
do Soundgarden. Foi então que Jon e Bruce juntaram forças e a Sub
Pop Records passou e existir como uma empresa.
Os
dois primeiros EPs lançados foram "Dry As A Bone" do Green
River, em julho de 87 e "Screaming Life" do Soundgarden.
Diante de uma identidade musical se desenvolvendo na região, a Sub
Pop começou com o seu projeto de dominação mundial, contratando todas
as bandas que estavam fazendo o "som peculiar" de Seattle.
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