O grupo começou em 1982, época de consolidação do pop nacional. O sucesso chegava também para Lulu Santos, Marina Lima, Paralamas do Sucesso, Leo Jaime, Ultraje a Rigor, Ritchie, Metrô, Titãs, Lobão, Eduardo Dusek, Barão Vermelho e Blitz.

http://.....O nome
Inicialmente o grupo chamava-se KID ABELHA E OS ABÓBORAS SELVAGENS e era formado por Paula Toller, George Israel, Pedro Farah, Beni e Leoni. Este último saiu do grupo, em fevereiro de 86, depois de se desentender com Paula Toller.
O nome do grupo foi escolhido quando eles entregaram uma fita demo na Rádio Fluminense. O programador Luís Antônio Melo gostou e quis começar a tocar logo a música ("Distração"), mas o grupo não tinha nome ainda. Tinham uma lista de prováveis nomes, como o primeiro da lista era KID ABELHA, esse foi o nome que o programador escolheu.
No final da década passada , o grupo tirou o "Abóboras Selvagens" de seu nome. Em 1995, durante a turnê de "Meio Desligado", o grupo mudou novamente de nome, tirando o "Abelha" e, ficou se chamando somente KID.
Em 1996, com o lançamento do disco "Meu mundo gira em torno de você", a pedido do público, o grupo voltou a se chamar KID ABELHA.

http://.....Os fundadores
A primeira formação do KID tinha Paula Toller, Leoni, George Israel, Pedro Farah e Beni. Abaixo você fica sabendo um pouco de Pedro Farah e Beni, que saíram da banda ainda no início.
Pedro Farah, guitarrista, deixou a banda no fim de 82, logo depois do lançamento da coletânea "Rock Voador" e foi morar no exterior. O KID ficou sem guitarrista fixo até encontrar Bruno Fortunato, em 83.
Beni, baterista, deixou o KID depois do lançamento do disco "Seu Espião", em 84. Beni saiu para trabalhar numa carreira "normal" mas acabou voltando ao meio artístico como produtor. Beni produz o Biquíni Cavadão desde que o grupo começou, em 86.
Júlio Gamarra substituiu Beni, mas depois virou percussionista e Claudinho Infante entrou no seu lugar.


     
 


http://.....O começo
Chegaram as rádios em 82, depois que apresentaram uma fita demo na Rádio Fluminense e conseguiram emplacar o primeiro sucesso, "Distração". A fita tinha outras três músicas: "Vida de cão é chato prá cachorro", "Pintura íntima" e "Por que não eu?".
A música "Distração" teve boa repercussão e a Warner convidou o KID para participar de uma coletânea chamada "Rock Voador", lançada no fim de 82.Quem se destacasse seria convidado a gravar um compacto.

O grupo entrou com "Vida de cão é chato prá cachorro", que tocou bem.
Em dezembro de 1982, o KID abriu um show do bluesman carioca Zé da Gaita, no Circo Voador.
Já em 83, foram contratados e gravaram um compacto, com produção de Lulu Santos. A música "Pintura íntima" estourou e o compacto vendeu mais de 100 mil cópias.

                                                             

O sucesso foi imediato, fazendo o KID freqüentador assíduo das paradas de sucesso durante anos seguidos. O KID é o grupo da geração 80 do pop brasileiro que mais tocou nas rádios. Só o primeiro LP "Seu Espião" (84) emplacou 7 músicas e vendeu mais de 150 mil cópias.
Junto com a Blitz, o KID foi o grupo de maior sucesso da época, sendo um dos responsáveis pela vitória da chamada "Geração 80".
Paula Toller foi o primeiro símbolo sexual do movimento.

http://.....A Crítica
A crítica , porém foi dura e impiedosa, classificando-o de descartável, comercial, alienado e até oportunista. A dualidade entre o sucesso de público e o fracasso de crítica foi uma constante na carreira do grupo
O KID participou de momentos importantes como o Rock'n Rio de 85, do Alternativa Nativa de 88 e do show de comemoração dos 5 anos da MTV, em 95. E continuou com sucesso, fiel ao seu pop suave, ao contrário de outras bandas que a cada moda buscam uma nova identidade. Opinião da crítica especializada, publicada no Estadão em 93, no lançamento do disco "Iê Iê Iê".
Numa matéria de O Globo, em abril de 94, sobre o movimento pop dos anos 80, a crítica admite que o grupo teve o seu valor: "...o Kid Abelha, execrado pela imprensa paulista mas importantíssimo na tarefa de amaciar o gosto médio para o BRock, mais pesado e politizado". Na mesma matéria o barão Roberto Frejat fez questão de destacar o pioneirismo do grupo, ao lado dos mestres Lulu e Marina.


Uma resposta à crítica
A relação difícil com a crítica especializada, levou o KID a gravar, em 1987, uma música intitulada "Tomate", na qual o grupo se propunha a jogar primeiro o tomate nos críticos. Nesse disco, "Tomate", mixado em Londres e puxado pelo grande sucesso "Amanhã é 23", pela primeira vez a crítica falou bem sobre alguma coisa do grupo. A revista BIZZ (atual Show Bizz) considerou boa a música "Dança", que não chegou a fazer sucesso.

A grande virada - O pulo dos ..."abelhas"
Curiosamente, o reconhecimento da crítica só chegou com o afastamento da grande mídia. Em dezembro de 1994, doze anos depois, a crítica rendeu-se ao KID: o grupo lançou o disco acústico "Meio Desligado", com uma releitura de alguns de seus maiores sucessos.
Lulu Santos, Ritchie, Sérgio Dias e Wagner Tiso fizeram participações especiais.
O disco foi eleito um dos dez melhores de sua categoria, pelo jornal O Globo. Mas por sua sofisticação, acabou só tocando nas rádios consideradas elitistas, sumindo das de rock e das populares. Apesar disso, o disco é um sucesso, vendeu 200 mil cópias ultrapassando os dois anteriores e devido a sua qualidade ainda continua em catálogo, apesar de ter sido lançado há três anos.
Em junho de 95, o KID estreou o badaladíssimo show "Meio Desligado" no Rio, no Jazzmania. O show, baseado no disco homônimo, foi muito bem recebido pela crítica: o severo JB (Jornal do Brasil) o classificou de ótimo. O público também aprovou: lotou as duas semanas previstas. Em julho houve mais duas semanas de show e em agosto outra. Foi um dos maiores sucessos da temporada.
Unanimidade e mercado externo
O disco e o show "Meio Desligado" transformaram o KID em unanimidade de crítica e público. As músicas foram hiper executadas nas chamadas rádios elitistas (no Rio: Manchete FM, Globo FM, Tupi FM etc.): só na Alvorada FM, houve três especiais num prazo de três meses. Os críticos rasgam elogios e se redimem das severas análises da década passada.
O disco e o show "Meio Desligado" transformaram o KID em unanimidade de crítica e público. As músicas foram hiper executadas nas chamadas rádios elitistas (no Rio: Manchete FM, Globo FM, Tupi FM etc.): só na Alvorada FM, houve três especiais num prazo de três meses. Os críticos rasgam elogios e se redimem das severas análises da década passada.
A unanimidade rendeu mais: abriu o mercado internacional ao trabalho do grupo. No segundo semestre de 95, o KID se apresentou nos EUA numa mini-turnê, tocando em Miami, Boston, Nova Iorque.


Da crítica, quem diria, elogio
A crítica, agora rendida ao trabalho do grupo, rasgou elogios ao novo disco. Ao contrário do começo da banda, quando tudo relativo ao KID era considerado ruim, agora o grupo recebe elogios.
A crítica, agora rendida ao trabalho do grupo, rasgou elogios ao novo disco. Ao contrário do começo da banda, quando tudo relativo ao KID era considerado ruim, agora o grupo recebe elogios.

O Globo: o crítico do O Globo Arthur Dapieve no seu livro "BRock: o rock brasileiro dos anos 80", lançado em dezembro de 95, faz uma reavaliação do trabalho do KID: "Algumas coisas que me pareciam desagradáveis então, hoje são ótimas. É o caso de grupos como Kid Abelha e Nenhum de Nós, que fizeram pop da melhor qualidade." Além disso, cita Paula Toller como única mulher da geração 80, composta "por jovens homens de classe média". O crítico Luiz Henrique Romanholli escreveu: "...parece uma volta ao começo, com deliciosos rocks de espinha na cara; por outro, é bem mais relaxado, brasileiro e maduro do que os anteriores da banda. Descontando o acústico "Meio Desligado", claro." E termina assim: "A versão de Na rua, na chuva, na fazenda" não ficou no nível da original (seria como melhorar "Help", por exemplo), mas tem o mérito de não ser uma mera xerox. O cover é bom. Tão bom como o disco."

IstoÉ: mas foi a crítica que saiu que na IstoÉ que resume toda a história do KID: "Em doze anos de carreira, o Kid Abelha ganhou discos de ouro, foi endeusado pelos fãs e crucificado pela crítica até, que os próprios detratores descobriram que o grupo não era tão ruim assim. Em vários álbuns, constatou-se que a turma de Paula Toller - famosa pelas belas pernas - contribuiu com canções gostosas para a epopéia do pop tupiniquim. Nesse oitavo disco de estúdio, a história não é muito diferente. Paulinha sossega ânimos com sua voz doce, faz lembrar de algum namoro antigo em musiquinhas descompromissadas e cumpre a missão de divertir. Pop é isso.

http://.....Sucesso
O disco "Meu mundo..." vendeu 400 mil cópias, teve três edições e emplacou mais três músicas: "Como é que eu vou embora", "Te amo pra sempre" ( trilha da novela "Anjo de Mim") e o remix de "Pintura íntima".

Em junho de 96, Paula Toller embarcou para Madri (Espanha) para gravar as vozes do disco em espanhol que o KID lançou em maio de 97. O objetivo é conquistar a América Latina, Estados Unidos latino e Espanha.
O disco tem o astro pop espanhol Alejandro Sanz fazendo duo com Paula em "Nada por mi". "Kid Abelha", o disco, foi produzido por Paulo Junqueiro, que é diretor artístico da Warner. As músicas foram versadas por Ignacio Ballesteros e Nacho Maño, Ignacio ajudou Paula com o sotaque durante as gravações. A música de trabalho é a versão de "Como é que eu vou embora", que virou "¿Por qué me quedo tan sola?" .
O disco não é vendido no Brasil. Para conseguí-lo, só importando de algum país de língua espanhola.

http://.....Tributos

Roberto Carlos: em 1994 o KID participou do projeto "Rei", idealizado por Frejat, gravando a música "As curvas da estrada de Santos". O projeto, disco e show, foi uma homenagem ao rei Roberto Carlos, pioneiro da música pop brasileira nos anos 60. Além do KID, participaram do projeto Barão Vermelho, Lulu Santos, Marina Lima, Blitz, Biquíni Cavadão, João Penca e seus Miquinhos Amestrados,
Paulo Miklos (do Titãs), Skank, Carlinhos Brown, Tony Platão, Banda Vexame, Cássia Eller e Chico Science &
Nação Zumbi. Todos gravaram músicas do rei, dando novas versões aos seus antigos sucessos.

Cazuza: em agosto de 95, o KID participou do tributo a Cazuza: um show realizado no ATL Rall, pelos 5 anos da morte do cantor, para um especial da Globo e que virou disco. O KID cantou "Solidão que nada" e "De quem é o poder". Estavam presentes também Lobão, Lulu Santos, Cássia Eller, Zélia Duncan, Paulo Ricardo, Sandra de Sá, Pedro Mariano, Barão Vermelho e Skank. Gravaram em estúdio: Caetano Veloso, Simone, Ney Matogrosso e Renato Russo. A direção musical foi de Nilo Romero, cinco anos depois, em 2000, o Kid volta a participar de um tributo realizado pelo canal Multishow, no show tocaram, Ney Matogrosso, Leoni, Paulinho Mosca, Baby do Brasil, Sandra de Sá, Kid Abelha e Barão Vermelho, banda que tocou junto com o Kid a música Betty Balanço.

Gilberto Gil: O KID gravou a música "Esotérico" no "Song Book Gilberto Gil volume 2". A regravação foi um sucesso, transformando "Esotérico" em mais um hit do KID ABELHA.

Mutantes: em 1996, participaram do disco tributo aos Mutantes, "Triângulo sem bermudas", produzido pelos abelhas George Israel e Kadu Menezes. O KID gravou "Quem tem medo de brincar de amor": a versão do grupo foi ultra elogiada pelo crítico do JB Jamari França e pela Folha. Participaram também , entre outros, Lulu Santos, Gilberto Gil, Jorge Mautner, Barão Vermelho, Pato Fu, Ney Matogrosso, Daúde e Tony Garrido, Paulinho Moska e Celso Fonseca, Planet Hemp, Edgard Scandurra e Taciana.


Legião Urbana: O Kid Abelha participou de um festival patrocinado por uma rádio de Belo Horizonte - 98FM - onde tocaram as melhores bandas do pop rock nacional, entre elas Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Titãs, Patu Fu e claro o Kid Abelha, os shows foram 11 e 12 de setembro, foi a décima edição do festival (POP ROCK BRASIL) onde as bands fizeram uma homenagem a Legião Urbana, cada banda teria que tocar uma música do Legião Urbana.
Pelo fato de não terem tempo pra ensaiar o Kid tocou uma música da Laura Palsinni, Soletude. obs: o público foi ao delírio.