Dentre os três profissionais, apenas dois buscaram definir as etiologias da depressão pós-parto. Segundo Parry (1999) e Cury (2001), geralmente as causas são psicológicas, sociais e biológicas, sendo especificadas por Parry (1999) como fatores hormonais, psicossociais e predisponentes. Há possibilidade hoje de prevenir casos de depressão puerperal.
Podemos detectar a pré-disposição do indivíduo para desenvolver o transtorno, com a EDPS, Escalda de Depressão Pós Parto de Endinburgh. Sendo detectada a pré-disposição, pode-se aplicar um tratamento preventivo. Apenas Parry (1999) propõe uma prevenção através de remédios como Lítio, para não lactantes, antipsicóticos para mulheres na gravidez, Progesterona para distúrbios mais agitados e Estrógeno no caso de psicose. Concluímos assim, que a prevenção é disponível apenas para uma pequena parcela da população já que, muitos são privados de conhecimento e acesso, não podendo assim, identificar uma possível favorização ao desenvolvimento do transtorno.
Para a identificação dos transtornos temos diversos sintomas apresentados. Parry (1999) cita de forma geral transtornos de ansiedade, TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), de humor, esquizofrenia e orgânicos. Cury (2001) e Skazufka (2000) especificam a mudança significativa de peso e apetite, insônia, fadiga ou excitação exagerada, sentimentos de culpa e inutilidade, pensamentos limitados e de morte. Consideramos uma problemática na identificação dos sintomas, o fato desses chegarem muito perto da classificação de depressão em geral. Também dificulta na classificação a grande diversidade de sintomas apresentados pelos estudiosos, pois podem ser apenas transtornos isolados ao invés de casos de depressão puerperal.
A única profissional que apresenta uma forma de tratamento é Parry (1999). Este funciona à base de remédios como antipsicóticos, antidepressivos, adesivos de estrógeno e progesterona. Apoio estrutura e educação ao paciente e a família também são fundamentais.
Concluímos após a realização do trabalho que os estudos e informações disponíveis sobre depressão puerperal não apresentam padronização de definição das causas e sintomas da doença. Cada profissional apresenta suas teorias e as defende com fundamentos verossímeis. Tudo o que se encontrou e descobriu relacionado à depressão puerperal é útil e válido, porém, ainda é um campo vasto em que se podem fazer muitos estudos. Muitas informações e explicações ainda precisam ser desenvolvidas e provadas para que se possa lidar com o transtorno de forma mais eficiente.