1. Introdução  

   O tratamento de águas residuárias por digestão anaeróbia é tradicional para esgotos domésticos e data de mais de 100 anos. Entretanto, tem evoluído rapidamente para reduzir custos e aumentar a eficiência. Para alcançar essa evolução, é da maior importância um conhecimento básico e profundo na natureza química do resíduo. A água residual da mandioca tem o nome técnico de Manipueira.  No Brasil o tratamento anaeróbio da Manipueira de fecularias de mandioca começou antes que esse conhecimento do resíduo existisse, sendo essa a razão pela qual o processo implantado em indústrias não conseguiu boa eficiência e foi gradualmente sendo abandonado. O estudo da fermentação da manipueira, as bases técnicas para estabelecer os alicerces de um tratamento adequado e eficiente, tiveram início na UNESP com apoio da FAPESP e continuou até o presente, com um projeto de apoio a Transferência de Tecnologia para Pequena Empresa que enfocou a Indústria Plaza de Santa Maria da Serra, SP. Iniciou com projeto de Iniciação Científica sobre "Estudo da Degradação  Microbiológica de Resíduos de Fecularia". Em 1984 um estagio de Pós doutorado na Espanha permitiu selecionar o modelo de reator mais adequado para as características do resíduo. Continuou pelas décadas seguintes, cada Bolsista da FAPESP esclarecendo um ponto específico e permitindo uma caminhada lenta mas segura, no sentido de uma instalação piloto em uma empresa. Ao instalar um piloto junto à uma empresa, um grande risco é colocado sobre o projeto. Tudo passa a ser questionado à luz do setor empresarial. O projeto da Plaza reúne inovação na área de tratamento de águas resíduos de industrialização de mandioca e na área de Informática.  Na área de tratamento, usa um sistema de separação de fases para contornar a alta digestibilidade do amidos com consequente acidificação e perda de controle do tratamento. Esse sistema foi ajustado às características da manipueira para estabelecimento dos coeficientes técnicos. Na informática a utilização da tecnologia de automação de processos aplicando microcomputadores e o desenvolvimento de programas computacionais para o monitoramento e controle, vem demonstrar eficiência e otimiza a relação custo/benefício. Controlar processo através de microcomputadores que atualmente possuem capacidade de conexão a diferentes sistemas de comunicação de dados tais como Internet, telefonia, etc. apresenta muitas possibilidades de “assistência” em termos de acompanhamento, diagnósticos, interferências, modificações de produto, etc. sem a presença física do especialistas no “chão de fábrica”.


2.
Andamento das pesquisas

    O sistema de controle instalado junto aos bioreatores, coletam informações regularmente a intervalos de 0,5 horas e diariamente fecham arquivos com estes dados, que são recuperados no CERAT. Após análises são disponibilizados em boletins semanais.

 

3.Diagrama com os equipamentos instalados

   

 

 

 

 

 

 

 

Variáveis medidas:

·        Volume de alimentação do Reator 1

·        Volume de neutralizante adicionado ao Reator 1

·        Volume de neutralizante adicionado ao Reator 2 (Titulação)

·        Volume de efluente transferido ao Reator 2

·        Volume de biogás produzido no Reator 2

·        Valor do pH do efluente.

·        Fotografia digital do sistema.

 

4. Equipamentos

* Fotos