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A semana de provas havia chegado, e, como sempre, Hermione havia programado as revisões dos três.
- Fred e Jorge que são sortudos! reclamou Rony estão trabalhando varinhas falsas e por isso, conseguiram com Dumbledore que perdessem os exames!
- Verdade disse Harry, concentrado em um resumo sobre múmias.
- Mas vai ser bom disse Gina quer dizer, se eles conseguirem vender para a Zonkos, vamos conseguir um bom dinheiro.
- Ah lembrou Rony pediram para te dar essa, Harry. Os dois disseram que se parece com a sua!
- Parece mesmo! opinou Harry, guardando o presente entre as vestes.
- Será que podemos voltar para as revisões? perguntou Hermione, aborrecida.
- O que significam essas datas marcadas em tons diferentes? perguntou Rony, examinando seu calendário de provas.
- O dia das provas, além de trabalhos e apontou uma data, que parecia ser em dois dias nosso primeiro compromisso é a redação de Flamel.
- Redação de Flamel? perguntou Harry, surpreso não pode ser! Me esqueci disso!
- Bem, você tem dois dias para entregá-la respondeu Hermione, cheia de censura.
Sem ao menos se despedir dos amigos, Harry puxou uma lista de assuntos de Alquimia de Hermione e se dirigiu à biblioteca.
- Espere um pouco, vou ver se eu acho esses livros para você disse Madame Pince à um Harry ofegante.
A bruxa desapareceu entre as prateleiras e Harry se deixou desabar sobre uma cadeira próxima. Então ele fixou o olhar na seção reservada. Aconteceu muito de repente: ele sentiu uma fina pontada na cicatriz.
- Ai! exclamou ele, cheio de dor na voz.
- Você está bem? indagou Madame Pince, depositando meia dúzia de livros grossos na sua mesa.
- Sim gaguejou Harry, nervoso não foi nada.
- Aqui estão seus livros, mas, eles não podem sair daqui. Consulte-os aqui mesmo e se retirou.
Harry se sentou e folheou cada um deles. Sentindo-se demasiado farto, entregou-os para a bibliotecária.
- Você achou? indagou Madame Pince.
- Não, prefiro tirar essa dúvida diretamente com o professor Flamel. Obrigada, Madame Pince.
Harry ainda escutou a bruxa resmungar algo sobre tempo perdido. Ele se dirigiu em direção à sala de Alquimia, escolheu o caminho certo e disse a senha para a entrada.
O professor Flamel estava sentado em sua mesa, parecendo bastante distraído.
- Com licença, professor, eu vim tirar umas dúvidas sobre a redação com o senhor.
- Ah, claro, Harry, pode perguntar respondeu o professor cordialmente.
- Bem, eu...
Mas Harry não pode tirar suas dúvidas, porque da boca do professor saltou uma enorme cobra verde e manchada. O corpo do professor caiu duro no chão e se contorceu. Harry berrou de pânico, tentando sair da sala.
A cobra tomou formas humanas e Lord Voldemort apareceu diante dele. Com um estalar de seus dedos, a sala transformou-se em brasas.
- Olha só, meu amiguinho Potter ironizou Voldemort.
- O que você fez com o professor Flamel? rosnou Harry.
- Conhece a palavra matar? e deu uma risada alta e assustadora é tão divertido! Já matei a mãe de Claire, a Hufflepuff, minha irmã bastarda, agora o professor Flamel!
- PARE COM ISSO! ordenou Harry, cheio de lágrimas nos olhos, tomando o corpo de Flamel junto ao seu.
- Isso não é hora de sentimentalismos! bradou Voldemort, rispidamente eu vim aqui para matar você, e dessa vez não vai ter nada que me impeça!
Ele riu novamente e pegou sua varinha:
- Como prefere morrer? Eu deixo você escolher a forma menos dolorosa.
Harry soltou o corpo do professor e pegou sua varinha, encarando Voldemort.
- AVADA KEDAVRA! um jato verde saiu da varinha do menino e lançou-se sobre o coração de Voldemort. Mas não teve nenhum efeito.
- Você é bonzinho demais para executar esse feitiço, Harry Potter. Mas eu não.
Quando Voldemort ergueu a varinha em direção a Harry, alguém gritou a senha para entrar na sala do outro lado. Harry identifico a voz de Severo Snape. Voldemort desapareceu e levou consigo suas chamas.
- HARRY POTTER! berrou Snape O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?
E sua expressão passou de raiva para assombro, porque ele viu o corpo de Nicolau Flamel caído no chão. O professor tirou o pulso e se certificou:
- Ele está morto... você é um assassino, Harry Potter...
Sem dizer nada, conjurou uma grande maca para o falecido, tomou a varinha de Harry e o arrastou em direção a uma sala que ele conhecia muito bem.
- Senha? perguntou o gárgula.
- Rixisneilumps respondeu Snape. A sala de Dumbledore se abriu para eles. O diretor apreciava uma música de câmara, sorridente.
- Severo, Harry! O que os traz aqui?
- Não chame mais essa pessoa pelo nome rosnou Snape hoje ele fez uma coisa que até mesmo seus pais devem ter se revirado nos seus túmulos.
- O que Harry fez? perguntou Dumbledore, sério.
Snape estalou os dedos e a maca que carregava Flamel pousou sobre a mesa do diretor.
- Flamel... ele não está...
- Está morto respondeu Snape duramente e eu encontrei Harry Potter em sua sala.
- MENTIRA! berrou Harry, chorando EU NÃO MATEI O PROFESSOR!
- Acalme-se, Harry disse Dumbledore vamos, deite-se aqui em minha cama enquanto eu e Severo conversamos.
Contra vontade, Harry deitou-se e fingiu dormir, apenas para escutar a conversa dos professores.
- Convoque uma reunião urgente entre os professores, aqui em minha sala, o mais rápido possível. Eu vou despachar uma coruja para Perenelle.
- Sim, senhor disse Snape, eficiente mas, só uma pergunta, diretor, que o senhor não quis me responder no começo do ano.
- À vontade, Severo.
- Depois que Potter destruiu a Pedra Filosofal, não era para Flamel e Perenelle morrerem?
- Certamente sim. Mas Nicolau me confidenciou que tinha algum elixir guardado para os dois.
Harry escutou o barulho da porta batendo e uma pena se movendo rapidamente em um pergaminho. Em seguida, uma série de soluços:
- Flamel... meu bom amigo Nicolau Dumbledore estava chorando, e isso fez Harry se sentir muito mal.
Aos poucos, Harry pode identificar as vozes aflitas dos professores. Dumbledore precisou espocar várias bombinhas de sua varinha.
- Apenas Sibila Trewlaney e Rúbeo Hagrid estão ausentes, diretor informou Snape.
- Obrigado, Severo devolveu Dumbledore.
Silêncio, prezados professores. Hoje aconteceu um ato muito trágico e doído para todos nós. O professor Flamel não está mais entre nós, ele faleceu.
Houve um silêncio repentino e diversos murmúrios.
- Sim. Papoula, por favor, quero que você nos diga como o nosso professor morreu.
Passos. Barulho. Suspiro.
- Um feitiço negro, certamente respondeu Madame Pomfrey, por fim.
- Certo. Severo, conte em quais circunstâncias encontrou Nicolau.
Snape desfiou a história, acrescentando detalhes demasiados exagerados.
- Pois bem. Harry Potter estava com Nicolau, mas eu não creio que ele possa ter matado.
- Por que não, diretor? indagou Claire R.
- Porque... Nicolau Flamel é tio-tataravô de Harry Potter.
O coração de Harry afundou. Então ele se lembrou de quando sonhava com uma família sem ser os Dursley, e quando finalmente a descobre, seu tio-tataravô está morto.
- Co...como? gaguejou a profª. Sprount.
- Perenelle Flamel era irmã da tataravó de Harry, apesar do menino desconsiderar a existência dela, Hilda Mary Potter.
- Esse não é o momento adequado para se discutir a árvore genealógica dos Potters, Alvo interrompeu McGonall.
- Tenho provas que Harry Potter é um assassino, professor! bradou Snape a varinha!
- Isso mesmo! disse Flitwick, em sua vozinha fina o feitiço Prior Incantato!
- Você pode executá-lo, Flitwick? indagou Madame Hooch.
- Perfeitamente. Por favor, profº. Binns, pode me ajudar a subir na mesa?
Harry entreabriu a porta lentamente. Ele viu Snape colocando sua varinha em cima da mesa e Flitwick se preparando para executar o feitiço.
- Prior Incantato! da varinha de Flitwick saiu uma espécie de vapor que entrou na varinha de Harry, que mostrou aos professores o último feitiço que Harry tinha executado.
- Avada Kedavra.
Os professores se entreolharam, aflitos.
- É um feitiço negro disse o profº. Flitwick, quebrando o gelo.
- E a Constituição de Hogwarts mantém a pena de expulsão para o aluno que executar esse tipo de feitiços lembrou o profº. Binns.
- Não podemos, não podemos murmurou Dumbledore.
- Por que não? perguntou Snape ele quebrou uma regra gravíssima, além de matar. Apenas por que ele é Harry Potter? NÃO! EU EXIJO A EXPULSÃO DE HARRY POTTER!
Dumbledore apertou o peito, exausto e triste.
- Não me cabe decidir. Cancelem os exames do fim do mês em luto à morte do professor Flamel. Minerva, explique aos alunos que o professor morreu de velhice. E marquem uma reunião com o Conselho Escolar para decidir o futuro de Harry.