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Walton fez uma pausa teatral e suspirou:
- Nunca foi fácil... Sr. Harry Potter, o senhor está expulso da Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts.
Harry abriu a boca. Tudo passou muito depressa pela sua cabeça: os amigos perdidos, nunca mais ele seria um bruxo formado, todo seu mundo que se perdia, a volta para a casa dos Dursley!
Snape não deixou de comemorar. Dumbledore olhou para Harry, tristemente, e todos os professores preferiram não olhar para o garoto, que tinha seu rosto manchado por lágrimas.
- Bem, antes da cerimônia de partir a varinha, gostaria de acertar umas coisas. Os demais conselheiros estão dispensados decretou Walton.
Os nove conselheiros restantes se levaram e saíram em direção à porta, sem olhar para Harry, que viu a maioria deles serem cumprimentados por Lúcio Malfoy.
Walton se juntou a Dumbledore e chamou Harry no móvel.
- Me desculpe, mocinho, a opinião dos demais prevaleceu desculpou-se Walton.
- Eu sei respondeu Harry.
- Meu Deus, o que diria Tiago? indagou-se Dumbledore, fazendo Harry se sentir pior e baixando os olhos.
- O que Lúcio Malfoy está fazendo aqui? perguntou Harry de repente.
- Parece que Draco Malfoy o informou que você seria julgado, Harry, e ele fez questão de vir disse Dumbledore, com uma careta.
- Ele vai ficar feliz em me ver expulso.
- Não vai respondeu Dumbledore, sério todos vão sentir como você foi importante para Hogwarts.
- Bem pigarreou Walton, para retomar a vez de falar é sabido que o senhor mora com trouxas, verdade?
- Sim respondeu Harry sem pestanejar infelizmente.
- E não há ninguém que o possa acolher até o período letivo acabe?
- E porque eu não vou embora logo para a terra dos trouxas? indagou Harry, se martirizando eu não vou mais voltar para cá mesmo...
- Há uma chance, Harry tranqüilizou Dumbledore remota, mas há. Eu e Simon faremos de tudo para tê-lo de volta.
- Quantas vezes já julguei Tiago Potter? e deu uma risada porque não ajudaria o filho dele?
Enxugou uma fina lágrima e disse:
- E então? Sabe com quem ficar?
Por um instante, Harry pensou em Sirius. Seria muito bom passar esse tempo com ele. Balançou a cabeça para espantar os pensamentos: afinal, Sirius Black ainda tinha seu nome sujo.
- Não respondeu Harry tristemente.
- Sim sorriu Dumbledore Hagrid.
- Rúbeo Hagrid? O guarda-caças? É uma ótima idéia! aprovou Walton.
- Então, eu vou poder ver meus amigos? perguntou Harry, esperançoso.
- Claro respondeu Dumbledore, sorrindo.
- Só tem um problema, Harry: vamos ter que quebrar a sua varinha. Mas depois que você voltar, compremos outra na Olivaras, não é? disse Walton confiante.
Dizendo isso, saiu para confidenciar com Binns, que pareciam ser muito amigos.
- É uma pena mesmo... suspirou Dumbledore não há varinha mais poderosa que essa...
Então Harry olhou para Dumbledore assustado. Por um instante, se lembrou da solução, que ele só poderia contar ao diretor:
- Podemos procurar uma sala mais vazia?
- Claro, Harry.
Os dois entraram em uma sala deserta e se acomodaram em poltronas imponentes.
- Há uma solução. As varinhas Weasley!
- O quê? perguntou Dumbledore, sem entender.
- Os gêmeos Weasley, diretor! Lembra que estão fazendo varinhas falsas? Então, me deram uma que parece muito com a minha!
Dumbledore sorriu de tal maneira que Harry pensou que ele seria capaz de beijá-lo.
- E onde está essa varinha, Harry?
- Aqui, comigo sorriu Harry, ao mostrar a varinha.
- Certo, certo... então fique aqui, que eu vou chamar os professores e Simon para partir a varinha. Entregue a falsa e não fale sobre isso à ninguém. Ninguém mesmo.
- Sim, senhor respondeu Harry prontamente.
Dumbledore saiu da sala e Harry tentou parecer triste ao máximo. Até uma lágrima ele deixou rolar. Agora estou vivendo num mundo de mentiras... como preferia não ser assim...
- Eu... Simon Walton, declaro iniciada a cerimônia do rompimento da varinha de Harry Potter.
Todos os professores se olhavam, sérios. Harry mantinha os olhos baixos e Snape sorria largamente.
- Por favor, gostaria que cinco dos professores assinassem como testemunhas. E que ambos advogados também. Claro, o réu.
McGonagall, Flitwick, Sprount, Claire R. e Madame Hooch assinaram. Em seguida, Snape e Dumbledore. Então, Harry se aproximou, com as mãos trêmulas e assinou:
Harry James Potter
- Pois bem! disse Walton, com a voz trêmula vamos partir logo a varinha.
Harry agarrou sua varinha verdadeira e pegou a falsa, tomando cuidado para não se confundir:
- NÃO! berrou Harry POR FAVOR, NÃO!
- Não torne isso difícil, Harry Potter disse Walton facilite as coisas, vamos!
- Potter disse Snape entre dentes entregue a varinha senão vai se ver comigo...
- NUNCA! gritou Harry mais alto, salpicando o professor de cuspe VOCÊ SABE QUE EU NÃO TENHO PARA ONDE IR, OS DURSLEY...
- PROBLEMA DOS DURSLEY! berrou Snape ainda mais alto do que Harry NÃO FAÇA PAPEL DE RIDÍCULO, POTTER!
- Sim, sim acrescentou Flitwick, nervoso vamos, Potter, me dê sua varinha.
Harry tapou os olhos com as mãos, fingindo chorar. Madame Pomfrey acariciou sua cabeça maternalmente. Na verdade, Harry estava olhando por dentro das vestes para poder entregar a varinha falsa.
- A...aqui está gaguejou Harry.
- Obrigado, obrigado agradeceu Walton, nervoso.
E de dentro das vestes tirou um pequenino martelo dourado, em ouro maciço. Havia um pequeno H marcado na parte em que ele bateria na varinha falsa.
- Eu, Simon Walton, decreto que Harry Potter está expulso dessa escola, sendo que sua varinha será quebrada, perdendo todos seus poderes de bruxo.
Ajeitou-a caprichosamente em uma mesa e Harry lançou-a um último olhar saudoso. Então, lentamente, como se fosse em câmera lenta, Walton levantou o martelo e o bateu com força na mesa, quebrando a varinha em duas partes exatamente iguais.
- Bem, isso é só. Podem se retirar, senhores.
Dumbledore se aproximou de Harry, fingindo uma solidariedade muita bem fingida.
- Não se preocupe, Harry, vamos conseguir a sua volta.
- Eu não seria tão confiante, diretor bradou Snape.
- Não só sou, mas acredito cegamente que Harry ainda vai trazer muitas taças para a Grifinória, Severo respondeu Dumbledore, extremamente calmo e confiante.
Aconselho a você sair daqui e ir arrumar suas malas. Falarei com Hagrid, amanhã pela manhã você já pode se mudar para a cabana.
- Aproveite bem sua última refeição em Hogwarts, Potter sussurrou Snape, em um tom cantarolado afinal, a cama de Hagrid é desconfortável e a comida dele parece ração de hipógrafo.
E saiu, rindo a plenos pulmões. Uma risada fria e cruel, sem alguma piedade. Uma risada cortante, que destroçava, que deixou Harry exatamente como sua partida varinha falsa.
Harry desceu silencioso, ainda acompanhado por McGonagall, vestindo a capa vermelha.
- Ração de hipógrafo! disse McGonagall para a Mulher Gorda.
- É um prazer revê-la, professora disse a Mulher Gorda, abrindo passagem para os dois.
Praticamente todo o salão comunal da Grifinória parou para ver que Harry havia chegado.
- Sei que as perguntas são muitas interrompeu McGonagall, antes que qualquer aluno pudesse perguntar algo as respostas serão esclarecidas no jantar. Obrigada.
E saiu pelo buraco. Todos os olhos pararam sobre Harry, inclusive três pares de olhos bem conhecidos:
- HARRY! gritaram os três ao mesmo tempo.
O menino continuou a subir as escadas, fazendo um discreto sinal para que eles o seguissem.
- Por onde você esteve durante todo esse tempo? perguntou Hermione, enquanto se jogava nos braços dele.
- Na ala hospitalar respondeu Harry, sério Dumbledore me internou lá. Suspeitam que eu matei o profº. Flamel.
Harry contou a história para todos os amigos, que abriam cada vez mais as bocas:
- Vocês não acreditam em mim confirmou Harry, magoado.
- Acreditamos sim, Harry impediu Gina, afagando seus cabelos acreditamos mais em você do que em qualquer outra pessoa Rony e Hermione balançavam a cabeça, confirmando.
- Obrigado Harry deu um breve sorriso, mas ficou sério depois mas não iria melhorar nada a minha situação.
- O que aconteceu? indagou Rony, preocupado com o tom do amigo.
- Eu fui expulso de Hogwarts.
Hermione deixou seu corpo cair para trás, desabando em uma cama. Gina escondeu seu rosto e rompeu em lágrimas e Rony ficou boquiaberto.
- Ex...expulso? perguntou Rony.
- Sim respondeu Harry partiram minha varinha e tudo mais. Snape os convenceu, ele sabe que eu não fiz nada!
- Eu odeio Snape! bradou Hermione chorosa.
- E você vai voltar para os trouxas, Harry? disse Gina, com lágrimas cristalinas correndo pelos olhos nunca mais vamos nos ver?
- Claro que vamos, Gina falou Harry estarei durante esse tempo na casa de Hagrid. Dumbledore e Walton disseram que eu tenho uma pequena possibilidade de voltar para cá.
- Mas a varinha não será a mesma disse Rony, triste sua varinha era muito, muito boa.
- Eu sei suspirou Harry, sentindo uma dor fininha por dentro. Será que mentir faz isso?, indagou-se ele mas posso achar outra na Olivaras.
- Você seria um grande bruxo, Harry disse Hermione, levantando-se e enxugando os olhos de verdade.
- Mas eu não sei um terço do que você sabe! protestou Harry.
- Eu já lhe disse uma vez e vou dizer de novo: os livros e inteligência não importam, o que conta é o temos aqui e colocou sua mão sobre o peito de Harry.
Os quatros se abraçaram em um só abraço e passaram muito tempo ali.
Quando Harry entrou, os alunos tiveram a mesma atitude que os grifinórios: pararam para vê-lo entrar. O menino tinha todo o apoio de Rony, Mione e Gina, mas, claro, enfrentar um Salão Principal lotado onde todos o olhavam como um extraterrestre, nem mesmo o apoio de Cornélio Fudge bastava.
Malfoy tinha um brilho a mais nos olhos, encantado. Parecia que Snape tinha soltado algo para seu aluno predileto.
- Não ligue, os ignore aconselhava Rony ao pé do seu ouvido.
Harry se sentou ao lado de dois gêmeos que o olharam mais desconfiados do que o comum:
- Sabe surpreendeu Harry eu não mordo.
- Desculpe, Harry começou Jorge.
- Mas estão dizendo umas coisas... explicou Fred.
- O que? perguntou Harry.
Dumbledore bateu com uma faca em seu copo, fazendo um barulhinho para chamar a atenção.
- Prezados alunos, tomei conhecimento de alguns boatos que estão rondando a escola, e eu gostaria de chamar o senhor Harry Potter para conversarmos sobre.
Harry deixou os amigos e alcançou a mesa dos professores, parando ao lado de Dumbledore.
- Algum aluno gostaria de perguntar algo para o Sr. Potter?
Malfoy levantou sua mão preguiçosamente:
- Potter, é verdade que você foi expulso de Hogwarts?
Harry o olhou friamente:
- Sim, é verdade.
Murmúrios se espalharam no Salão Principal como rastilho de pólvora. Os alunos protestavam, indignados, enquanto os sonserinos comemoravam sem nenhum pudor.
- Silêncio! ordenou Dumbledore sim, Sr. Longbottom?
- Bem gaguejou Neville o Harry foi expulso porque ele tentou seqüestrar o profº. Dumbledore e engravidou a Hermione?
- Claro que não, Neville, francamente! ralhou Harry, olhando para Mione, que corou.
- O Harry vai voltar para a terra dos trouxas e explodi-los em pedacinhos? perguntou uma terceiranista da Corvinal.
- A parte de explodi-los, não, infelizmente. Mas eu vou ficar por perto.
- O Draco Malfoy vai morar com você em Hogwarts? perguntou Ana Abbout, da Lufa-lufa.
- Graças a Deus, não.
- O profº. Snape foi quem te condenou? gritou uma grifinória do sétimo ano.
- Em parte... e completou sim.
Harry respondeu mais uma porção de perguntas, algumas muito absurdas (As detenções ajudaram? É verdade que você pegou detenção por causa de Rony Weasley, que tentou te matar em um carro?), outras até certas (Você vai voltar para Hogwarts?).
- Já chega pediu Dumbledore essa é a última noite de Harry em Hogwarts, ele vai passar uma temporada com Rúbeo Hagrid. Aqueles que acharem justo, uma salva de palmas para ele.
Rony, Hermione e Gina foram os primeiros a aplaudir. Aos poucos, alunos de todas as casas (até mesmo alguns poucos sonserinos) foram aplaudindo e se levantando, os aplausos ecoando pelo salão, junto com os assobios lançados pelos gêmeos Weasley.
Harry nunca pensou em sua vida que fosse tão amado. Os mesmos professores que o tinham expulsado o aplaudiam. Ele olhou em volta, sem saber se chorava ou ria.
O sabor da comida daquele jantar parecia estar especial, por ser (talvez) a última refeição dele em Hogwarts. Sentindo-se demasiado exausto por causa dos últimos acontecimentos, resolveu se recolher, sendo o primeiro grifinório a chegar no Salão Comunal, o que provocou uma visão estranha ao o ver silencioso.
Harry subiu para o seu dormitório, juntando todas as suas coisas e a trancafiando no malão. Seus olhos pararam nos álbuns de fotografia qual era dono: o primeiro de fotos dos seus pais e o segundo fotos suas e de seus amigos. Harry folheou o segundo sem alguma pressa.
- Ei disse Rony, que havia chegado e se jogou na cama em que Harry estava sentado o que você está fazendo, Harry?
- Olhando essas fotos suspirou Harry vou sentir saudades.
Rony tirou o álbum das mãos dele delicadamente e o ajeitou no malão:
- Não se torture, Harry. Vem, eu vou te ajudar a arrumar suas coisas.
Os dois passaram muito tempo arrumando as coisas, então, por fim, faltava apenas só as vestes negras que Harry trajava.
- O que é isso? perguntou Rony, ao ver a varinha verdadeira de Harry.
- A varinha que você me deu, Rony! disse Harry, suando frio e arrancando a varinha da mão do amigo não se lembra?
- Mas por que você ficou com ela todo esse tempo? indagou Rony, pressionando Harry.
- Para poder me lembrar de vocês explicou Harry vamos logo, me ajude a procurar algo que tenha ficado de fora.
Harry abriu o armário e se deu com uma caixinha vermelha cor-de-tijolo, escrita Ronald Weasley. Curioso, Harry procurou pelo amigo, que procurava dentro do banheiro. Abriu a caixa e sufocou uma risada.
Rony guardava simplesmente todos os bilhetes que Hermione havia mandado para ele. O menino lembrou de bilhetes do primeiro ano até o que ela mandou para Rony quando Harry se hospedava na casa dos Weasley.
- No banheiro não tem nada e vendo Harry com a caixa, ficou mais pálido do que Malfoy Harry! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM ISSO?
- Desculpe disse Harry, não segurando mais o riso mas isso é muito curioso... isso é a peça fundamental!
- Do que você está falando? gaguejou Rony, tentando juntar os bilhetes e guardá-los novamente.
- Você ama a Hermione! riu Harry.
Rony deixou a caixa cair assustado.
- Eu? Imagina, Harry, nunca eu amaria ela, a Mione é só minha amiga.
- Não precisa mais fingir, Rony. Eu sou seu melhor amigo, poxa!
- Eu acho que você precisa trocar seus óculos. E outra, você foi expulso do colégio, sabia?
- Não me faça lembrar Harry tampou a caixa, ainda olhando uma carta que Mione dizia estar preocupada com Harry, porque ele não respondia às cartas (segundo ano deles em Hogwarts) onde estão as meninas?
- Hermione está estudando. Parece que é um jeito dela ficar mais calma. E Gina está chorando no dormitório das meninas.
Harry se precipitou para frente, mas Rony o impediu:
- Ela não quer deixar ninguém entrar. Colocou um feitiço de proteção e deu a senha às colegas dela. Você só entra se tiver a senha.
- Bem, não tem mais nada para fazer. Então eu vou dormir bocejou Harry.
- Espere! impediu Rony novamente eu queria lhe dar uma coisa.
- O que? disse Harry, sentando-se novamente.
- Não é muita coisa, sabe, mas o que importa é que foi de coração.
- Deixe de enrolar, Rony, me diga logo o que é!
Rony tirou do bolso uma pequena esfera de vidro. Uma pequena miniatura do castelo de Hogwarts, que nevava quando balançava.
- É lindo, Rony, obrigado.
- Você não notou nos detalhes sorriu Rony, apontando.
No lugar onde estava escondida a Pedra Filosofal, uma pequena foto de Mione e da Câmara Secreta, de Rony. O rosto de Sirius e Lupin apareciam no Salgueiro Lutador, o de Gina na torre da Grifinória, enfim, amigos de Harry estavam estampados nas janelinhas do imponente castelo.
- Eu mandei fazer especialmente para você. Gostou?
Harry não
disse nada, porque não havia palavras para agradecer.