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»O PONTO DE MUTAÇÃO*

 

O livro nos mostra várias perspectivas do mundo que está a nossa volta.
Uma delas é a de que o mundo e tudo o que existe nele, funcionaria como uma máquina, rompendo a ligação com a naturalidade, Descartes foi o pioneiro nesta visão.

Durante trezentos anos, talvez isso tenha funcionado para explicar a realidade.

Isso não mais funciona, agora o mundo está muito saturado, quase chegando a um limite, devido a má utilização dos conhecimentos e descobertas, e o que deveria se buscar era um equilíbrio.

Mas existem coisas que impedem este tipo de harmonia, como por exemplo os políticos que tem uma visão mecânica do mundo, e os grandes grupos empresariais que não vêem uma vantagem neste equilíbrio, em vez dos conhecimentos e descobertas serem utilizados para o bem de todos, ricos ou pobres, brancos ou negros, etc.

Na verdade são usados para melhorias militares ou em proveito de poucos.

O homem sempre quis entender e dominar a "Mãe Natureza", como o próprio nome já induz feminilidade, talvez represente a fragilidade da Natureza perante o poder destrutivo do homem, com um simples toque ele pode acabar com o mundo, assim como Hiroshima e Nagasaki.

Outra perspectiva é a visão do que é a luz, de como somos formados, aprofundando-se cada vez mais, chegamos ao átomo, e assim se tenta imaginar a imensidão que há entre o núcleo de prótons e nêutrons e os elétrons na eletrosfera, assim podemos dizer que a luz passa por este espaço, já que não é matéria.

Se compararmos um átomo com algo visível, fica difícil imaginar nosso corpo e o universo formados por esta estrutura. O elétron também é interessante, pois está sempre em movimento, sendo impossível prever exatamente onde está localizado em um determinado instante, é como se aparecesse em um lugar e depois em outro mas sempre ao redor do núcleo quando estável, o que podemos fazer para localizá-lo é determinar uma certa região onde vai aparecer.

Um jeito possível de se imaginar em um universo tão extenso com milhares de átomos, seria considerando relações, assim como quando você sentado em um banco, seu corpo está criando uma relação interativa com o banco, assim também é com os planetas, um único planeta não iria compor um sistema, pois não haveriam relações, é como se a matéria necessitasse sempre de um conjunto para criar, manter um equilíbrio, assim como a música, poucas notas tocadas separadamente não criam uma sinfonia mas se as combinarmos daí a teremos.

Se o homem não começar a pensar de uma maneira diferente, acabará por se eliminar.

*por Humberto Bicca Neto

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CAPRA, Fritjof, O Ponto de Mutação. São Paulo, editora Cultrix, 1997.

 
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