Nomenclatura

Historicamente o que nos veio denominado como monotipia estava na existência desde a época de Rembrandt (1616-1669). A referência à monotipia aparece com diferentes nomes: Adam Bartsch (1821) catalogando as cópias chamou a técnica como "imitando a água-tinta", Edgar Degas e Paul Gauguin chamaram de "desenhos impressos" em 1880-18890, eles referiam-se aos monocromos; também em torno dos artistas de 1880 no círculo de Frank Duveneck em Florença e em Veneza chamaram-nos "Bachertypes", porque foram impressos por Otto Bacher em sua prensa portátil. Similarmente o ilustrador americano William H. Chandlee, que fez monotipia em uma superfície de vidro, chamou as cópias de "vitreographs", assim como as "litografias", que são impressas na pedra.

Por volta de 1960, Henrys Rasmusen, autor do primeiro livro importante sobre monotipia (Printmaking with monotype), escreveu que alguns artistas preferiam o termo "monoprint" para distinguir do termo comercial compondo o termo conhecido como monotipia. Mais tarde, em 1975, David Kiehl, um curador das cópias, sugeriu uma diferença entre monoprint e monotype. Monoprint, de acordo com Kiehl, é uma imagem original "puxada" de uma placa gravada. Subsequentemente, Jane Farmer, uma curadora independente, escreveu em 1978, na exibição do catálogo sobre monotype, que ela achou definições para monoprint e monotype. Monoprint ela definiu como uma impressão original onde parte da imagem fosse repetível em uma matriz fixa e parte não fosse (o termo print pode ser, traduzindo, impressão, estampa, gravura, daí a dificuldade de passar o termo para o português; sendo assim vou mantê-lo em inglês quando citado daqui para a frente). Para monotype, ela definiu como única impressão onde a imagem de forma alguma é registrada, não conseguindo repetir a matriz ( definição esta mais próxima de nosso processo e que traduzindo o termo- monótipo- seria a nossa monotipia ).

Essas definições transformaram-se em padrão para distinguir as duas técnicas. Entretanto, é difícil empregá-las hoje, devido às novas maneiras e invenções atuais de impressões. As monotipias também podem ser um tanto quanto enganosas, porque duas ou três imagens podem ser frequentemente "puxadas", chamadas fantasmas. Embora muito menos intensas que a primeira cópia (original), tendem a serem mais sutis, sendo frequentemente mais desejáveis que a primeira impressão.