Gravura em Metal

A Gravura em Metal, também chamada Gravura em Encavo (do francês Gravure en Creux), com relação à sua origem e à sua utilização como meio de expressão gráfica e de impressão sobre papel, não nos fornece indícios precisos que comprovem os detalhes de sua invenção. A gravação em metal estava no princípio ligada ao trabalho de ourivesaria, como obra de entalhe e desse modo voltada à ornamentação.

O desenvolvimento de processos gráficos a partir do século XV, foi impulsionado por novas necessidades na realização de imagens impressas. A procura de técnicas que permitissem um trabalho gráfico da imagem impressa de alta qualidade e resistente às grandes tiragens e edições, encontrou no meio ligado à ourivesaria o ambiente necessário para o emprego de matrizes de metal e para o aparecimento das técnicas da gravura em metal.

A Gravura em Encavo, assim denominada como oposição à Gravura em Alto Relevo, deposita a tinta nos sulcos realizados pela gravação. A matriz nesse caso é o metal, sendo o cobre geralmente utilizado. O processo de entintagem e impressão é sensivelmente diferente da Gravura em Relevo, que se aproxima de condições tipográficas. A impressão da imagem gravada em encavo baseia-se na retirada da tinta que se encontra nos sulcos gravados, o que exige uma considerável pressão mecânica e portanto equipamento adequado que difere do tipográfico, ou de uma impressão manual, como ocorre na xilogravura.

As nomenclaturas e as diferenciações dos inúmeros procedimentos que caracterizam o que genericamente chamamos Gravura em Encavo são fundamentadas a partir de características básicas de suas variantes técnicas processuais: a Gravura em Metal, por se utilizar de um metal como matriz; a palavra Calcogravura – do latim calco – significando comprimir; o Talho Doce, do francês taille-douce; e também por especificidades técnicas como Gravura a Buril, a Água-Forte, a Água-Tinta, que podem referir-se tanto à técnica quanto ao instrumento utilizado na gravação.