Gravura Planográfica

A Gravura Planográfica, que agrupa vários tipos de processos, é denominada desta forma pelas características técnicas que diferem das Gravuras em Relevo e Encavo. Essa diferenciação baseia-se no fato de que a Gravura Planográfica não se realiza com gravações propriamente ditas, mas basicamente por isolamento das áreas da matriz para a realização da imagem.

A Litografia e a Serigrafia são dois processos de criação e aprimoramento relativamente recentes e que se estabelecem por esta denominação de Gravura Planográfica. Ao contrário dos processos mais antigos, a descoberta e o desenvolvimento do processo litográfico é perfeitamente conhecido. O seu descobridor foi Alois Senefelder que deu o primeiro nome à sua invenção de Poliautografia (1796/1798), tendo logo depois adotado a denominação de Litografia (lithos, do grego, pedra; grafein, a ação de escrever). O fundamento do processo é aparentemente bastante simples: a rejeição da água pela gordura e vice-versa. O termo correto é Litografia e não Litogravura, pois a pedra matriz não é gravada como acontece na gravura em encavo e relevo. A sensibilização da pedra para poder receber a tinta e fazer a impressão sobre papel é muito complexa e envolve diferentes estapas de realização. A prensa para impressão também difere das utilizadas nos outros processos da gravura.

A Serigrafia remonta a vários séculos de uso entre os chineses e japoneses, basicamente para o trabalho têxtil. Sua implantação na Europa parece ser de origem britânica, em torno de 1890. As primeiras aplicações gráficas foram americanas, entre 1906 e 1910, chegando à França e Suíça em 1928. O desenvolvimento de novos materiais sintéticos favoreceu muito o desenvolvimento deste processo no que diz respeito tanto à sua qualidade gráfica como à ampliação de recursos técnicos atualmente empregados. O princípio técnico básico da Serigrafia (sericum, do latim, seda; do grego, graphein, a ação de escrever) é a utilização como matriz, de uma tela de seda, hoje em dia nylon, estendida sobre um bastidor de madeira, onde as áreas de impressão na tela, de acordo com a imagem a ser impressa, devem permanecer com sua trama completamente livre, de modo que a tinta seja transportada para o papel. Para fechar a trama que não deve passar a tinta, utiliza-se um processo semelhante ao fotográfico (que aqui não convém explicar).