MICO-LEÃO-DOURADO Leontopithecus rosalia
Apenas se encontram na floresta tropical húmida atlântica desde o nível do mar até à altitude de 300 metros, numa pequena região a sul do estado do Rio de Janeiro (Brasil). A pelagem do corpo é vermelho-dourada e exibem uma longa juba da mesma cor. Alimentam-se de frutos, seiva, folhas, flores, néctar, insectos adultos e suas larvas, aranhas, rãs arborícolas, pequenos lagartos, ovos e crias de aves. São primatas de hábitos diurnos, que repousam no interior de cavidades nas árvores, durante a noite. São arbóreos, preferindo o patamar dos três a 10 metros, na copa das árvores. Vivem em grupos familiares de dois a 11 indivíduos. Usam uma gran- de diversidade de vocalizações para comunicar. Apenas a fêmea dominante do grupo é, normal- mente, reprodutora. Esta inibe, por meio do seu comportamento, a actividade reprodutora das fêmeas subordinadas. No entanto, quando na presença de machos não aparentados com o grupo, a fêmea domi- nante pode permitir que uma das filhas se reproduza. O período de gestação é de 125 a 132 dias, após os quais nascem uma a duas crias, que são amamentadas durante três meses. No Brasil, os nascimentos ocor- rem de Setembro a Março; no Hemisfério Norte (em cativeiro), dão-se principalmente de Janeiro a Ju- nho. Existe cooperação de todos os membros do gru- po na criação dos juvenis e é o macho quem mais se ocupa do seu transporte. Os machos atingem a matu- ridade sexual aos 24 meses de idade e as fêmeas aos 18 meses. Estatuto de conservação e fatores de ameaça: É uma espécie criticamente em perigo (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Pertence ao Ap. I da CITES. Está ameaçada de ex- tinção pela destruição do habitat e pela caça. Esta foi uma das primeiras espécies simbólicas (“flagship species”) para a conservação in situ e é um dos melhores exemplos do sucesso da rein- trodução de uma espécie. Desde o início do pro- grama, em 1984, já foram libertados 147 animais, em áreas privadas na periferia da Reserva do Poço das Antas, no Brasil. Em 2002, essa população atingiu os 360 indivíduos. Continuam a ser reali- zadas e monitorizadas reintroduções de animais provenientes de zoos. A população total em es- tado selvagem está estimada em 1000 indivíduos, apenas, mais de um terço dos quais resultante de reintroduções. fonte: Zoo Lisboa