Huna  e  o  Xamanismo  Havaiano

1.                Origem e definição.

 

2.                Conceitos básicos da Huna.

 

3.                Xamanismo Havaiano.

 

       Desenvolvimento:

1.     Origem e definição.

 

A.     Segundo Max Freedom Long

B.    Segundo Serge King

C.    Segundo Leinani Melville

D.    Segundo James Churchward

 

2.    Conceitos básicos da Huna.

 

A.   Os três eus, espíritos ou aspectos e seus elementos:

A1. Eu básico, Unihipili ou Ku

A2. Eu Médio, Uhane ou Lono

A3. Eu Superior, Aumakua ou Kane

 

B.  Corpos ou kino:

B1. Kino (corpo físico)

B2. Kino-aka do unihipili

B3. Kino-aka do uhane

B4. Kino-aka do Aumakua

 

C.  Energia Vital:

C1. mana

C2. mana-mana

C3. mana-loa

 

D. Substância aka

 

 

1.    Origem e definição.

Como todo conhecimento antigo, a origem da Psicofilosofia Huna é controvertida, e é vista de forma diferente por vários autores, como:

 

1.Max Freedom Long: Diz que se originou de um povo que partiu do Egito através do Mar Vermelho, e que, em canoas chegou ao Havaí, por meio de várias viagens.

Define Huna como o Conhecimento Secreto dos antigos havaianos.

 

2.Serge King: Diz que se originou de estelares, os quais vieram da Constelação da Plêiade, tendo um dos grupos se estabelecido na Terra, num continente no Oceano Pacifico, o qual era denominado de Mu e seus habitantes de Povo de Mu. Este continente submergiu e formou-se a Polinésia. Criaram uma língua que é falada em toda Polinésia, com diferentes dialetos.

Define Huna como Conhecimento Oculto, não no sentido de querer se ocultar algo, mas no de se adquirir uma compreensão para percebê-lo.

 

3. Leinane Melville em seu livro “Children of the Rainbow”, diz que os nativos contavam que seus ancestrais tinham originariamente descido do céu. Os havaianos primitivos eram do Havai’i. Eles haviam nascido no Havai’i no princípio da era humana. De acordo com os antigos cânticos da criação, foram a primeira raça humana a ocupar essa terra.

O povo de Mu era definido pelos tāhuna (tahuna é plural de tahuna em língua polinésia)  como predecessores, pessoas pequenas, que formaram a primeira civilização do mundo; pessoas silenciosas que se moviam quietamente e trabalhavam sem barulho, pessoas reservadas que preservaram o seu conhecimento em silêncio. Referem-se a eles como uma raça de pessoas lendárias, que viveram no Havaí, há muito tempo.

Os homens sábios do antigo Havaí, que criaram o nome Teave, esconderam dentro da sua Huna (abismos profundos) o simbolismo esotérico do seu significado.

Baseado em pesquisas e traduções de cânticos antigos fica claro que a denominação foi criada no continente perdido de Mu, hoje conhecido pelo nome científico de Lemúria.. Eles foram os antepassados dos havaianos de hoje e deram origem à civilização mais antiga do mundo e à sua estrutura religiosa(trecho do livro Children of the Rainbow de Leinani Melville).

Define Huna como “abismo profundo”, isto é, a sabedoria de que eram possuidores os sábios do Antigo Havai’i.

 

4. James Churchward em seu livro “Continente Perdido de Mu” fala sobre um antigo continente no Oceano Pacífico que era habitado por um povo com uma civilização mais evoluída do que a atual e que submergiu devido a grandes cataclismos por volta de treze mil e quinhentos atrás.

Baseou seus estudos na tradução de escritas em tabuinhas feitas de argila, que encontrou num mosteiro na Índia. A escrita era em uma língua praticamente desconhecida. O monge responsável pela guarda desse segredo ensinou-lhe a língua e traduziram juntos  todas elas.

Posteriormente encontrou em mais de duas mil pedras, escritas na mesma língua e descobertas no México por Nínive, a mesma história das encontradas na Índia. Deu a esse continente o nome de “Continente de Mu” e a seus habitantes o nome de “Povo de Mu”. Não fala especificamente sobre a Huna, mas do conhecimento de um povo muito antigo e evoluído que viveu no Continente de Mu, até sua catástrofe. 

A nosso ver, a teoria de Churchward e Leinani Melville são as que mais se aproximam das lendas havaianas narradas no Tumuripo – O Cântico da Criação -, deixado pelos mestres kahunas. Se bem que, Serge King também fala da origem desse povo como estelares.

 

2.   Conceitos Básicos da Huna.

O princípio básico da Psicofilosofia Huna é não ferir, isto é, não causar sofrimento a si mesmo, aos outros e à natureza.

Podemos evitar isso não nos omitindo nas situações que exigem de nós atitudes coerentes, que promovam o nosso equilíbrio e do meio em que vivemos. Não devemos  nos exceder nas ocasiões em que depende de nós um bom senso para que tudo transcorra serenamente. Não podemos permitir que sejamos usados para ações que causem prejuízos por exacerbação das mesmas. Qualquer ação que pratiquemos depende de uma intenção; assim, é a intenção a mãe de todos os problemas e virtudes que acontecem. Concluímos então, que é na intenção que está tudo que praticamos na vida e é nela que devemos focalizar toda nossa atenção para que não caiamos na omissão e no excesso que nos conduzem ao desequilíbrio físico e mental, quando praticamos ações que provocam sofrimento e danos a nós mesmos e em geral.

Assim sendo, é a intenção o alvo do “orai e vigiai” para que possamos crescer e evoluir na constante busca da felicidade. A Huna tem princípios e ensinamentos que nos ajudam nessa busca de uma maneira mais suave e simples, deixando de ser o sofrimento o paradigma de crescimento e evolução.

Para conseguirmos exercer esse princípio básico, se faz necessário o conhecimento dos elementos da psicofilosofia Huna.

Para enumerar esses elementos conceituaremos a Huna em três partes:

Uma teórica, uma prática e uma mitológica.

 

1. Na parte teórica nos diz que o ser humano é formado de três espíritos ou aspectos independentes entre si, mas interligados nas ações, quando um depende do outro para se desenvolver e de um corpo físico quando reencarnados.

Existe uma energia que chamamos de “mana” que é o elemento de coesão entre os três, tendo cada um sua própria mana. O corpo é uma imagem manifestada dessa coesão por meio de uma substância, a substância aka.

É a substância básica que permeia todo o universo físico e dela é formada toda manifestação material. Significa luminosa, transparente, sombra, reflexo, espelho e essência. É espelho quando reflete padrões de pensamento nos níveis psíquico e físico. Em relação ao pensamento puro é uma simples sombra. Age como um continente para mana quando formada ou moldada pelo pensamento consciente ou subconsciente.

Com as características refletivas dessa matéria capacitam o xamã havaiano a mudar condições, mudando os pensamentos e as memórias.

Essa substância de origem divina em consonância com a energia mana, torna possível as manifestações. Para que isso ocorra, cada espírito possui um corpo-aka que lhe é peculiar e tem funções determinadas. Sendo a Huna uma teoria de transformações, costumamos denominar cada um desses elementos pelos seus nomes em Língua Havaiana.

Podemos sintetizá-los da seguinte maneira:

Unihipili ou eu básico corresponde ao subconsciente da Psicologia ocidental, mas é diferente. Possui um corpo etérico - kino-aka - e uma energia vital – mana. Sua função principal é a memória e a motivação é o prazer.

Uhane ou eu médio corresponde ao consciente ou ego da psicologia, mas não é semelhante. Possui um corpo etérico - kino-aka – e uma energia vital – mana-mana. Sua função principal é a de tomar decisões e sua motivação é a ordem.

Aumakua ou Eu Superior, corresponde ao superconsciente, fazendo-se uma analogia com a psicologia ocidental. Possui um  corpo etérico - kino-aka – e uma energia vital – Mana-loa. Sua função principal é a criatividade e sua motivação é a harmonia. É o único que está ligado ao corpo físico, mas não faz parte dele.

Quando reencarnado o ser humano possui o corpo físico – kino -.

Esses conceitos chegaram até nós por intermédio dos estudos de Max Freedom Long.

Essa conceituação se sintetiza na prática, no que chamamos de “Prece-Ação”.

Serge King e outros também buscaram na antiga tradição havaiana os elementos teóricos de seus estudos.

Como todo sistema é arbitrário e relativo por ser interpretativo, a Huna também o é. Isso nos dá a liberdade de sermos ou não adeptos dela, conforme a interpretação que damos a esses conhecimentos e ensinamentos.

 

2. Na parte prática, temos entre outros elementos, a Prece-Ação já citada acima, com a qual obtemos bons resultados. É usada  principalmente, para curas e alívio de qualquer tipo de sofrimento, podendo, no entanto, ser feita para se obter qualquer coisa desejada. Obtém-se resultados eficazes, pelo fato de trazer um enfoque diferente de como se deve fazer uma prece. Isso só se torna possível depois de conhecermos os conceitos da Huna.

A leitura atenta e livre dos Evangelhos nos mostra que esses princípios da Huna não passaram despercebidos por Jesus.

A parte prática da Huna está essencialmente centrada no xamanismo. O xamanismo ensinado pela Huna refere-se ao Xamanismo Havaiano. Tudo começou quando se reuniram grandes mestres kahunas para sintetizarem os ensinamentos em alguns princípios que pudessem traduzir o pensamento e as atitudes que deveriam ter aqueles que se dedicassem a usar a Huna como uma prática de vida.

O termo xamã deriva da Língua Tungue falada na Sibéria e hoje está mundialmente difundido como significando curandeiro.

Em havaiano, segundo Serge King a palavra para xamã é kupua e define xamã como um curandeiro de relacionamentos entre a mente e o corpo, entre pessoas e o ambiente, entre seres humanos e a natureza e entre a substância e o espírito. É um co-criador.

Os mestres kahunas sintetizaram o xamanismo havaiano em sete princípios, aos quais juntaram corolários, atributos, talentos e cores.

 

3. A mitologia havaiana ensinada pelos kahunas do Antigo Havai’i é constituída por um panteão com doze deuses principais, por uma corte angelical, deuses secundários, heróis e espíritos ancestrais que atingiram alto grau de evolução.

É constituída de sete céus divididos em três planos divinos e quatro espirituais, recebendo os sete a denominação de Po.

A mitologia dá à Huna um sentido místico e religioso. É uma filosofia  de cunho monoteísta apesar dos deuses citados, pois existe a crença em um Ser Supremo (Teave), de quem tudo se originou. É o Pai a que se referia Jesus. Criou o Deus manifesto Tane e a Deusa Na’Vahine. É o Deus Pai/Mãe (Tane/Na’Vahine), o organizador do universo e gerador dos deuses e dos seres existentes manifestados na Terra. O plano das manifestações é chamado de Ao.

Os kāhuna criaram regras e normas disciplinares e possuem um livro sagrado, o Cântico  da Criação o (Tumuripo). Os havaianos até a chegada dos missionários nas ilhas guiavam-se por leis e normas rígidas que eram obedecidas rigorosamente; essas leis e normas estão nos ensinamentos denominados (Kapu).

Leinani Melville traz em seu livro “Children of the Rainbow” um histórico sobre esse povo, seu continente e sobre o povo do Havaí que conhecia sua tradição; seu aprendizado começou na sua infância entre as velhas tutu (velha kahuna), dentre elas sua avó e também, com uma kahuna vidente aprendeu o significado simbólico e teórico, o que passamos a transcrever de seu livro.

Os Mu conheciam sua terra natal por diversos nomes. Havai’i agora pronunciado Hawai’i era apenas um deles. Era às vezes chamado de Havai’i – ti - Havai’i, onde a vida surgiu e se desenvolveu.

Havai’i originariamente, referia-se ao enorme continente que existiu em tempos pré-históricos no Oceano Pacífico e não, ao belo cordão de ilhas esmeraldas que hoje são conhecidas como Ilhas Havaianas.

Foi neste continente perdido, que os extintos Mu viveram. As atuais ilhas, são os antigos picos das montanhas do continente que submergiu, que foi partido em pedaços por terremotos, destroçado por maremotos de vagalhões gigantescos, despedaçado por erupções vulcânicas. A tradição foi passada por alguns habitantes de Mu, que sobreviveram ao  cataclismo que destruiu a antiga civilização. Esses poucos sobreviventes preservaram as tradições de seus antepassados e as passaram para a geração seguinte. Esse costume continuou por séculos, até mesmo por milhares de anos, até que o Capitão James Cook, o navegador Inglês, descobriu os remotos descendentes de Mu, vivendo nas selvas do Havaí.

O Havai’i era às vezes chamado de A Terra de Rua (Ta aina o Rua). Rua significa crescimento e desenvolvimento pelo fogo. O povo de Mu muitas vezes, chamava sua terra natal de Ta Rua ou Rani (buraco, ou cratera do céu). Era mais popularmente conhecida como Ta Rua.

Baseado em pesquisas e traduções de cânticos antigos fica claro que a denominação foi criada no continente perdido de Mu, hoje conhecido pelo nome científico de Lemúria. Aquele continente hoje submerso, era às vezes, chamado pelos antigos havaianos, de A grande ilha escondida de Tane. Mais popularmente era conhecida pelos nomes de Ta Rua ou Havai’i-ti, Havai’i, onde a vida surgiu para a existência e expandiu-se em crescimento. Os primeiros habitantes daquela terra esquecida eram conhecidos como os Mu.

 

3. Xamanismo Havaiano

O xamanismo havaiano tem crescido principalmente pelo trabalho de Serge King que além de praticá-lo, difundiu-o através de seus livros, palestras e cursos. Mora no Havaí, onde dirige uma Associação Huna denominada Aloha.

Classifica os xamãs havaianos em duas classes:

Xamã Guerreiro e Xamã Destemido, cujos trabalhos estão de acordo com o modo de cada um agir.

Prega a expansão do xamanismo nos centros urbanos procurando levar a um maior numero de pessoas os benefícios advindos da ação desses mestres, a quem chama de “xamã urbano”.

Seu trabalho está baseado no resultado de um conclave de grandes mestres kahunas, verdadeiros xamãs que sintetizaram essa psicofilosofia, usando palavras que quando compreendidas e apreendidas de maneira mística e esotérica promovem ações que refletem em benefícios. São assim descritos:

 

Os Sete Princípios Xamânicos, seus Corolários e Talentos

1º. Ike - O mundo é o que você pensa que é.

Corolário: Tudo é sonho. Todos os sistemas são arbitrários.

Utilização do poder do pensamento.       

 

2º. Kala - Não há limites.

Corolário: Tudo está interligado.

Tudo é possível

Separação é apenas uma ilusão útil.

Utilização das ligações energéticas.

 

3º. Makia - A energia segue o curso do pensamento.

Corolário: A atenção segue o fluxo energético.

Tudo é energia.

Utilização do fluxo de energia.

 

4º. Manawa - Seu momento de poder é agora.

Corolário: Tudo é relativo.

Utilização do momento presente.

 

5º. Aloha - Amar é ser feliz com...

Corolário: o amor aumenta quando o julgamento diminui.

Tudo está vivo, atento e reativo.

Utilização do poder do amor.

 

6º. Mana - Todo poder vem de dentro.

Corolário: Tudo tem poder.

O poder vem da permissão (da criação). 

Utilização do poder da permissão (da criação).

 

7º. Pono - A efetividade é a medida da verdade.

Corolário: Existe sempre outra forma de se fazer algo.

Utilização do poder da flexibilidade.

A cada princípio, corresponde um atributo; representam qualidades especiais a serem desenvolvidas e são percebidos de maneira diferente do que comumente fazemos.

 

Os Princípios e Seus Talentos:

1º. Ike - Visão; é uma maneira diferente de se perceber as coisas; é a visão metafísica da realidade.

A visão comum das coisas chama-se Ike Papakahi; é a visão do primeiro nível; nível objetivo.

A visão metafísica chama-se Ike Papalua; é a maneira de se perceber a realidade atuando num segundo nível, de onde se controla o primeiro; é um nível subjetivo.

 

2º. Kala - Esclarecimento; é a maneira que se tem para agir fazendo com que se consiga claramente a união do seu eu com o universo; é a transformação do homem em um ser holístico.

 

3º. Makia - Focalização; focalizar em sua mente suas intenções, objetivos, metas e propósitos é uma maneira de se conseguir uma revisão permanente de suas motivações, o que lhe dá maior eficiência em suas ações e uma maior capacidade de frustrações; a focalização de Makia está nos dois  níveis..

 

4º. Manawa - Presença; sendo o presente o nosso tempo, o aqui/agora e o agora/aqui são situações das quais tiramos todo proveito para nosso entendimento e compreensão e quanto mais atentos estivermos, mais presentes nos faremos e mais frutos colheremos de nossas ações.

 

5º. Aloha - Bênção; em todas nossas intenções, atitudes e ações, se conseguirmos reforçar o bem presente ou potencial, quer pela palavra, imagem ou ação, poderemos sentir a bondade, enxergar a beleza e apreciar a perícia com que se age; assim, estaremos abençoando. O xamã age de maneira diferente porque é capaz de abençoar o bem potencial através de desejos de sucesso às pessoas a quem se dirige.

 

6º. Mana - Permissão; para que qualquer coisa tenha poder, é necessário que lhe atribuamos este poder que queremos transmitir, isto é, autorizamos que tenha este poder. Isso pode ser feito com pessoas e objetos; só se consegue isso com a energização do que queremos atribuir poder.

Assim como podemos dar poder, também podemos tirar.

O xamã guerreiro personifica o mal lhe dando poder, aprendendo como conquistá-lo; o xamã destemido tira o poder do mal despersonificando-o e aprendendo sobre ele, conseguindo a harmonia, fazendo assim, que o mal desapareça.

 

7º. Pono - Tecelão de sonhos; o xamã tece seus próprios sonhos desenvolvendo suas habilidades e assim, poderá ajudar os outros a tecerem seus sonhos. Ele usa essa habilidade para fazer suas curas que têm um sentido diferente das curas comuns. Por exemplo, um massagista, massageando o corpo de um paciente está usando suas mãos para curar o corpo físico do paciente. O xamã massagista, massageando, estará usando o corpo físico como ferramenta para tecer um novo sonho e curar o espírito. São duas situações em que as ações são semelhantes, mas as intenções e atitudes são diferentes.

No primeiro caso, houve uma cura corporal e no segundo, ao tecer um sonho propiciou uma cura física e mental; provocou uma modificação espiritual que manterá o indivíduo com novas intenções e atitudes de vida criando uma nova crença.

Esta situação é eficaz e a eficácia está na capacidade de tecer sonhos do xamã e das mudanças sofridas que manterão o indivíduo com suas novas crenças.

 

Sebastião de Melo

 

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