Foto espetacular da Lua cercado por um halo (produzido por cristais de gelo) obtida em 13/mar/2003 em Ontario, Canadá, sem uso de instrumento óptico. Também estão identificados alguns planetas e estrelas próximo da Lua. (Crédito Lauri Kangas) |
Com auxílio de um simples telescópio
são observáveis muitas das crateras, vales e fendas na Lua, como a cratera
em forma de anel chamada Copernicus e fendas profundas próximos a cratera
Triesnecker. Para reconhecer os acidentes geográficos (crateras, mares,
fendas e outros) é necessário um mapa lunar e um pequeno telescópio. Por
causa da excentricidade da órbita lunar (0,0549) podemos observar até 59%
de sua superfície.
Contrário do que muitos pensam, a observação durante a lua cheia não é o melhor período porque a iluminação incide de frente e desse modo quase não há sombras; os desníveis não se destacam. Por exemplo, uma cratera que, com iluminação rasante, mostra-se em evidência, pode tornar-se irreconhecível com a Lua cheia. Portanto, os melhores períodos para observar a Lua são durante as fases crescente e minguante, quando o jogo de sombra transforma a superfície num verdadeiro espetáculo, até com um simples binóculo! |
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Foto da Lua obtida por telescópio e uma câmera digital. A região é do pólo norte (no topo) e Mare Imbrium (no centro); também são visíveis os Montes Apenninus (embaixo) e o Vallis Alpes (próximo ao limite dia-noite). (Crédito Peter Armstrong) |
Esquema fora de escala mostrando as fases lunares. As fases se devem à iluminação que a Lua recebe do Sol e como esta é refletida para a Terra. Como a Lua se desloca em torno da Terra e esta ao redor do Sol, vemos a fração iluminada da Lua mudar constantemente. Costuma-se dividir em quatro as fases da Lua: nova, quarto crescente, cheia e quarto minguante. (Crédito Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro) |
As principais fases da Lua são: lua nova, quando a
face iluminada não pode ser vista da Terra porque a Lua está na
mesma direção do Sol; lua quarto crescente, quando metade do globo
iluminado pode ser visto e já nasce ao meio-dia; lua cheia, o globo
lunar totalmente iluminado está voltado para a Terra, nascendo às
18:00 horas; lua quarto minguante, o oposto da lua crescente, nascendo
à meia-noite e mostrando apenas metade do globo lunar.
O ciclo completo de 29 dias e as diversas fases são as mesmas, em determinado instante, para qualquer região da Terra, seja do hemisfério sul, seja do hemisfério norte. |
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Foto da Lua em fase cheia obtida por um telescópio amador e camera fotográfica em 21/ago/2002, na região de Kirkland, EUA. (Crédito Jay Potts) |
Estas fotos do eclipse lunar de 15/mai/2003 foram obtidas por um jornalista da Argentina, enquanto viajava pela Patagônia em busca de céu limpo. (Crédito Guillermo Oyhenart) |
Somente durante a fase de lua nova é que ocorrem os eclipses solares, e na fase de lua cheia os eclipses lunares. O eclipse lunar acontece quando a Lua entra na sombra da Terra, que se extende por mais de um milhão de quilômetros, durando no máximo quase 4 horas; os eclipses lunares podem ser: parcial (quando apenas parte da Lua está na sombra), penumbral (quando a Terra oculta a metade do Sol) e total (quando a Terra oculta todo o Sol).
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Esquema do eclipse lunar. Quando isso ocorre a Lua está alinhado com o Sol e a Terra, que projeta uma sombra no espaço. Uma região dessa sombra onde metade do Sol é visto é chamado de penumbra, e a região onde todo o Sol é eclipsado é chamado de umbra. O eclipse lunar só ocorre na fase da lua cheia. (Crédito Richard Snow) |
Estas imagens mostram um eclipse lunar total na suas diversas fases. Foram obtidas . A Lua entrou na penumbra às 17:44, na umbra às 18:42 e o total desde 19:50 à 20:52. Voltou a umbra às 21:59 e na penumbra às 22:58. O tempo está no chamado horário Universal (GMT). Fotos obtidas em 9/jan/2001 por um astrônomo usando um telescópio na Islândia. (Crédito Reynir Eyjólfsson) |
No eclipse total a superfície lunar fica vermelho devido a atmosfera terrestre que dispersa os raios do Sol, filtrando os raios azuis de luz e permitindo que os vermelhos e alaranjados passem desimpedidos. Já o eclipse penumbral é menos conhecido, poque a sombra da Terra é bem fraca tornando difícil a observação. Porém, por que não há eclipses toda lua nova ou toda lua cheia? Porque o plano orbital da Lua não coincide com o plano da órbita da Terra em torno do Sol, estando inclinado 5,14°. A Lua também exerce uma decidida influência sobre a Terra, sendo que em alguns lugares a sua gravidade chega a causar uma diferença de mais de 15 metros entre a maré alta e a maré baixa. |
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Image do lado oposto da Lua obtida pela missão Apolo 11 em 16/jul/1969. O grupo alinhado de crateras (à esquerda) tem mais de 54 km de comprimento e está próximo de uma cratera de 16 km de diâmetro. A ausência de sombras é devido ao ângulo elevado do Sol. (Crédito NASA) |
Esta excelente imagem obtida pela missão Apolo 11 mostra a superfície da Lua no local de pouso. Muitas rochas pequenas e crateras podem ser vistas até o horizonte lunar. (Crédito NASA/JSC) |
Locais
de pouso das sondas tripuladas americanas Apolo (em vermelho) e de algumas
das sondas automáticas soviéticas Luna (em verde). (Crédito
Núcleo Interactivo de Astronomia)
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VIAGEM
AO MARE ORIENTALE
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Na região do Mare Orietale há uma enorme bacia, formada por uma cratera de impacto de cerca de 1.000 km de diâmetro entre o lado visível e o lado oculto da Lua |
Bela imagem da Terra vista da superfície da Lua, acima de uma grande rocha. Imagem obtida pela missão Apolo 17, por enquanto a última missão à superfície do satélite. (Crédito NASA) |
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Mapa topográfico da Lua obtida pelo altímetro à laser da Clementine, mostrando o lado visível (esquerda) e o lado oculto (direita), onde a cor vermelha indica regiões elevadas e a cor violeta as regiões baixas. Note a diferença marcante entre os dois hemisférios, enquanto no lado visível estão a maior parte das depressões no lado ocultao estão as regiões mais altas; a exceção é grande bacia no próximo ao pólo sul (Aitken) vista no lado oculto da Lua. A escala é em km. (Crédito Lunar and Planetary Institute) |
Esta imagen foi obtida pela missão da Apolo 17
em órbita da Lua em 1972, próximo as crateras Eratosthenes (no centro)
e Copernicus (no horizonte à direita). (Crédito NASA)
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Vista do Hadley Delta fotografada pela equipe da missão da Apolo 15 em 31/Jul/1971. A montanha no fundo (centro da foto) foi chamada de Silver Spur (Dente Prateado) pelos astronautas. A montanha eleva-se 4.000 m acima da planície. (Crédito NASA) |
É óbvio que com exceção da Terra, a Lua é o astro do Sistema Solar que mais temos conhecimentos, contudo ainda conserva o segredo de sua origem e de sua estrutura interna, e a polêmica questão da água. Portanto, em certo sentido a Lua ainda guarda segredos apesar da exploração espacial; ainda podemos vê-la e ficar admirando-a, enquanto são feitas novas descobertas. Ainda são verdadeiras as palavras de R. J. Allenby, ex-diretor-assistente de ciência lunar da NASA, ditas há decadas: "É provável que a coisa mais significativa que tenhamos aprendido é que a Lua é um corpo muitíssimo complexo - não a simples 'bolha' que muitos pensavam que fosse. " |
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IPrimeira imagem do lado oculto da Lua, obtida pela Luna 3 em 7/out/1959 a uma distância de 63.500 km. (Crédito NASA) |
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Gráfico comparativo da Lua com alguns satélites naturais. A Lua se destaca pelo tempo que gasta (quase 28 dias) apesar de está mais próximo da Terra do que a maioria dos satélites neste gráfico. Ocorre que todos, com exceção da Lua, estão em torno dos planetas gigantes (ou gasosos) que possuem gravidade maior que a Terra, e com isso uma velocidade orbital maior. Por exemplo, Titã está quase 3 vezes mais distante de Saturno do que a Lua da Terra, mas gasta quase metade do tempo (16 dias) do período orbital da Lua. (Crédito Ielcinis Louis) |
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Esquema da distância média da Lua da Terra e comparação de diâmetros. A distância média entre a Terra e a Lua é de cerca 30 vezes o diâmetro da Terra, e a Terra tem 3,67 vezes o diâmetro da Lua. Nesta gravura 1 pixel equivale a 600 km. (Crédito Jeff Root) |
Imagem da Terra e da Lua obtida pela Nozomi em 18/jul/1998 de uma distância de 160.900 km da Terra e 515.000 km da Lua. Vibrante e brilhante, a reflexão das nuvens e dos oceanos da Terra contrastam fortemente com a obscuridade e tons cinzentos da superfície lunar. A sonda Nozomi se despede de seu lar em direção ao planeta vermelho, Marte. (Crédito Nozomi MIC Team/ISAS) |
DADOS NUMÉRICOS DA LUA | |
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS | |
Data da descoberta | ----- |
Massa (Terra =1) | 0,0123 |
Volume (Terra=1) | 0,0203 |
Densidade (g/cm³) | 3,35 |
Gravidade (Terra=1) | 0,1650 |
Temperatura Média | -23º C |
Componentes Principais da Atmosfera | (Nenhum) |
CARACTERÍSTICAS ORBITAIS | |
Distância Média da Terra (km) | 384.400 |
Distância Máxima de Terra (km) | 405.500 |
Distância Mínina de Terra (km) | 363.300 |
Diâmetro Médio (km) | 3.470 |
Período de Revolução (dias) | 27,32 |
Período de Rotação (dias) | 27,32 |
Inclinação da Órbita (graus) | 6,68 |
Excentricidade da Órbita | 0,0549 |
Velocidade Orbital (km/s) | 1,02 |