Lucky Luciano, Mafioso Gen. Felix, Chefe do GSI Tarso Genro, Ministro da Justiça

O Crime Organizado

O crime organizado é um empreendimento não-ideológico que envolve várias pessoas em íntima interação social, afiliadas numa base hierárquica com a finalidade de afiançar lucro e poder ocupando-se em atividades legais e ilegais. A permanência é assumida pelos membros, que se esforçam em manter o empreendimento integrado e ativo na perseguição de suas metas. O crime organizado se esforça por monopolizar numa base industrial ou territorial. Ele é caracterizado por uma vontade em usar a violência e o suborno para alcançar seus fins ou manter a disciplina. A associação é restringida, embora os não-membros possam ser envolvidos numa base de contingencia. Regras explícitas são obrigadas por sanções, que incluem o assassinato. O crime organizado é um provedor de bens e serviços ilegais, como jogos, drogas, sexo comercial, e empréstimo-predador (usura); ele também se envolve em extorsão empresarial e de trabalho. A Máfia, uma aliança secreta e internacional de muitos grupos pequenos ou de famílias que se originaram na Sicília, é o proeminente empreendimento do crime organizado. O crime organizado de natureza ideológica teve recentemente um exemplo notório no Brasil, onde o governo Lula com seu Partido dos Trabalhadores (PT) montou o que talvez seja - com exceção da 'nomenklatura' soviética - a maior quadrilha jamais montada com o objetivo de garantir a continuidade no poder de um mesmo grupo político.
Em Abril de 2006, o Ministério Público Federal do Brasil - através do Procurador Geral Antonio Fernando Souza, produziu um documento de 136 páginas devastadoras para o Partido dos Trabalhadores (PT) e o governo do presidente Luiz Inacio Lula da Silva. O documento acusa a cúpula do PT de formar uma "sofisticada organização criminosa", que se especializou em "desviar dinheiro público e comprar apoio político", com o objetivo de "garantir a continuidade do projeto de poder" do PT. O documento pode ser conhecido baixando-se diretamente o arquivo Mensalão (no formato PDF do Adobe) do site da Procuradoria Geral da República.
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Do Observatório de Inteligência
Por Orion Alencastro

A propósito do vergonhoso caso dos cartões corporativos distribuídos pelo governo do exmo. sr. presidente Luiz Inácio da Silva, há que se fazer honrosa ressalva em defesa do Exército Brasileiro, por dever de consciência cívica de nacionalidade e para que a respeitada instituição, leal aos superiores valores da Nação e da Pátria, e à honra da Bandeira Nacional, não se confunda com a figura do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional e subordinados fardados, manuseadores do erário público.

General a serviço do (des)Governo petista
General do PT, Jorge Armando Félix, sempre preocupado com a segurança e sigilo dos passos de Luiz Inácio da Silva e familiares. Será que ele sabe quem é Paulo Okamoto na contabilidade do chefe? Será que ele sabe quem foi o mandante da morte do prefeito Celso Daniel e que almejava o cofre de 80 milhões de dólares? O titular do GSI é o senhor Jorge Armando Félix, general-de-exército reformado, conhecido na linguagem popular das esquerdas, de petistas e palacianos de Brasília como "general de pijama", exercendo a função com todos os direitos, vantagens e agrados do cargo no staff presidencial, e acumulando merecidos proventos de militar da reserva. Diante de tantas suspeitas, roubalheiras e abusos criminosos no uso dos cartões corporativos é importante ressaltar que o emérito militar da reserva não possui nenhum poder sobre a Força Terrestre e singulares. No entanto, tem à sua disposição mais de uma centena de militares comissionados na Presidência da República, distribuídos em Brasília, Florianópolis, São Paulo e São Bernardo do Campo para missões de segurança e condução dos veículos dos membros da família Da Silva.

O Palácio dos Horrores suplica a sua urgente reforma encomendada a Oscar Niemeyer para exorcizar seus fantasmas.
Depreende-se que seus atos, obrigações e missões, bem como os de seus subordinados envolvendo o uso de cartões corporativos, de maneira nenhuma devem ser confundidos com os militares diretamente subordinados ao comando do Exército. Estes, distantes dos palácios e das intimidades públicas, estão cumprindo exemplarmente seus deveres constitucionais, a despeito da total ausência de atenção e respeito do Comandante-em-Chefe das Forças Armadas. Se arrependimento matasse, Luiz Inácio nunca teria ido ao local do crime contra a Pátria.

Proteção total à família Da Silva
O ministro Félix cumpre o papel de oferecer toda e qualquer blindagem possível aquele que o nomeou para as funções de confiança. A prioridade é proteger o seu chefe e a família Da Silva, garantindo-lhes segurança pessoal, sigilo nas questões particulares que envolvam a "segurança nacional", conforme as suas próprias palavras. O titular do GSI, mesmo tendo conhecimento das atividades imorais, amorais, anti-éticas e anti-estéticas do grupo familiar que se sustenta nas prerrogativas do manto da segurança nacional, deve se esmerar para não deixá-las vir a público.

O escritório dos acertos do Sr.Da Silva
O general do governo do PT que tem sob sua jurisdição a Agência Brasileira da Inteligência coloca em risco a sua saúde física e mental ao absorver conhecimentos e analisar informações sigilosas que não se coadunam com a respeitosa figura de um Presidente da República que, até há pouco tempo, desfrutava um secreto escritório particular na cidade de São Paulo.

Fiel estimulador do terrorismo agrário, exige respeito às suas propriedades desmatadas.
Podemos imaginar o incômodo de um soldado com excelente folha de serviços aos país tendo que se sujeitar a engolir a seco e justificar, diante da imprensa, a hemorragia do dinheiro da República na farra de mais de 11 mil cartões corporativos, ao lado da apoplética ministra-chefe da Casa Civil e do ministro de "Agitação e Propaganda" (Comunicação Social), cujos passados não merecem ser lembrados, em respeito unilateral pela Lei da Anistia. O temor oficial é que o aprofundamento nas investigações do uso geral dos cartões corporativos evidenciem até a compra de automóveis, motocicletas, motores de popa, embarcações de recreio, construção de piscinas, eletrodomésticos, tudo com notas fiscais fraudulentas. Tarso Genro, o ministro que tenta esconder a verdade e coordena a KGB tupiniquim.

Relações criminosas do Palácio do Planalto
O mais difícil para o ministro-chefe da Segurança Institucional é disfarçar a sua contumaz e angustiante fisionomia ao ter que calar sobre a manipulação dos movimentos sociais, estimulados e sustentados financeiramente pelo Palácio do Planalto e com anuência do presidente. A Força Nacional de Guerrilha Rural e Urbana, comandada pelo MST, nunca foi revistada pela polícia. O ministro Félix e a Abin sabem muito bem que uma revista cuidadosa flagraria as armas utilizadas pela guerrilha treinada pelas FARC, em suas invasões de terra. Quem sabe, no dia em que invadirem as terras da família Da Silva e dos seus "cumpanhêros", as armas apareçam e a sociedade brasileira finalmente seja informada do arsenal em posse dos sem-terra.

Senado e Congresso: aqui se encontram os sanguessugas da Pátria.
O chefe do GSI também deve acompanhar constrangido os ajustes de facilidades promovidos pelo seu inescrupuloso chefe, que negocia as riquezas nacionais, a caixa preta do BNDES e o patrimônio público, permitindo o subfaturamento na exportação de minérios em prejuízo da soberania nacional, os avanços das ONGs transnacionais e as dos serviços secretos externos que adulam os governantes. Há que se acrescentar, ainda, as intimidades com a Vale do Rio Doce, Santander, OHL, CBMM-Araxá, Telefonica, Telemar, Gerdau e tantas outras madrinhas da familia Da Silva, conhecidas da imprensa brasileira e internacional.

Patrimônio do "Poderoso Chefão"
É lamentável e triste para os homens de bem da Nação assistir um antigo chefe militar se prestar a um papel desses, omitindo-se diante do inexplicável banquete patrimonial da família Da Silva, durante os 5 anos de governo. No cardápio, Amazônia, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Madri e ilhas, e o destaque para os vultuosos empreendimentos imobiliários no ABC, sob direção do filho mais "notável". Este panorama é conhecidíssimo dos seus agentes de segurança, da inteligência, dos companheiros dos partidos aliados e de pauteiros da imprensa.

Uma das inúmeras propriedades dos Da Silva, a casa do filho "gênio" em São Bernardo do Campo.
Como deve ser indigesto garantir a Segurança Institucional do país frente o enriquecimento da legião que aparelhou o Estado, a exemplo dos 40 denunciados à Justiça que, ainda orientados pelo ex-chefe da Casa Civil, agem nos subterrâneos dos palácios do Planalto e da Alvorada, e nas sombras do presidente da República! A situação do Sr. Luiz Inácio da Silva só não se complica em função da aliança de onze partidos, encabeçada pelo "socialista" PT, dos invertebrados deputados, dos frouxos senadores da República, dos intelectuais e artistas embalsamados pelas verbas oficiais e da imprensa silenciada pela publicidade oficial.

Por migalhas, derrubaram o presidente Collor. Hoje, absolvido, senador da República, renasce das cinzas.
Nunca neste maravilhoso país roubou-se tanto em tão pouco tempo! Esta é uma constatação difícil de ser desmentida pelo chefe do GSI, o general do Governo do PT, pelo punhado de valorosos patriotas servidores da Agência Brasileira de Inteligência, da Polícia Federal e da Receita Federal, e por que não, do Ministério Público da República, a despeito da velada polícia política organizada para a defesa e permanência do mandatário. Este é o (des)governo que a cada dia se notabiliza na imprensa e vai ganhando a opinião pública como o mais imoral e corrupto da história da Pátria, desde D.João VI.

Collor: migalhas que não atraem gangsters
O general do PT não pode discordar que, por muito menos, montou-se um complô para a deposição do presidente Fernando Collor, composto pelas esquerdas, organizações do falecido vice-rei Roberto Marinho e empresários.

O Pacificador alerta para o necessário retorno ao eixo da Pátria.
Hoje, a conjuntura é outra. O escamoteado gangster, seu Chefe, se sustenta na subordinação aos banqueiros, nas transnacionais, nos controladores externos, nos aparelhadores do Estado e nos políticos corrompidos, se ancora no Taliban tupiniquim dos movimentos sociais e se garante externamente dependurado no Foro de São Paulo, com toda a simpatia das organizações terroristas e narco-traficantes que o integram e passeiam livremente pelo país. O verdadeiro sistema de segurança institucional não é o coordenado pelo general do PT, está implantado ao sabor doutrinário gramscista do "politicamente correto" que logrou as bençãos de uma legião de 62% de eleitores de consciência dispersa e encantados pela flauta mágica do embusteiro das bolsas-miséria, adulador do carrasco de Havana e capacho do coronel Chávez, seus colegas da lista de magnatas da Revista Forbes.

O general do PT não é do Exército
Seria prudente e saudável para o elevado conceito e imagem do Exército de Caxias se o governo e a imprensa dispensassem o tratamento de general ao chefe do GSI, omitindo a nomenclatura da sua graduação militar para ninguém confundir e interpretar que o "Grande Mudo" verde-oliva esteja de acordo com as irresponsabilidades administrativas, a corrupção, o solapamento da democracia e as ameaças à soberania nacional do sonso Governo da República. (OI/Brasil acima de tudo)

Os crimes do colarinho-branco

'Crime de colarinho-branco' é um clichê usado para descrever as violações não-violentas da lei, muitas das quais também são caracterizadas como fraude. Ele é normalmente cometido em escritórios de empresas por empregados da companhia junto com seu trabalho ou por indivíduos trabalhando em seu próprio negócio. Por definição, o crime de colarinho-branco exclui atos ilegais tais como o roubo, furto e outros crimes de "rua" às vezes chamados crimes de 'colarinho-azul'. Pessoas de um estado socio-econômico mais alto (daí a frase colarinho-branco) supõe-se ter acesso a ativos e registros da companhia e assim são mais prováveis de perpetrar um crime de colarinho-branco.

Edwin Sutherland, criminologista Americano e então presidente da Sociedade Sociológica Americana, primeiro usou o termo 'crime de colarinho-branco' em seu discurso presidencial de 1939 para aquela organização. Sutherland contestou que a visão popular de crime como principalmente uma atividade das classes-baixas estava baseada no fracasso em considerar as atividades dos barões do latrocínio e dos capitães da indústria que violavam a lei com virtual impunidade. Ele mais adiante manteve que as violações das regras de tais agências regulatórias como o Instituto de Resseguros (IRB), o Departamento Nacional do Trabalho (NLRB), a Comissão Federal do Comércio (FTC), e outras deveriam ser consideradas crimes de colarinho-branco. Com o tempo, o 'crime de colarinho-branco' passou a referir à muitos tipos de atividades ilegais, como a fraude empregatícia; a fraude da declaração financeira; a fraude de investimentos ou a fraude securitária; o suborno; a fraude ao consumidor; a fraude da declaração de renda; a fixação de preços por cartéis e monopólios; a propaganda enganosa; a invasão de redes de computadores; a poluição ambiental; o lobby ilegal; as contribuições ilegais de campanhas políticas; a lavagem de dinheiro; e a falsificação e a adulteração de documentos e registros.

Em 2002 várias corporações importantes - inclusive a companhia de energia Enron e a gigante das telecomunicações WorldCom, foram acusadas de emitir relatórios financeiros inexatos num esforço para impulsionar o preço de suas ações num mercado cadente e então tentar esconder a evidência da fraude. Estas e outras companhias foram forçadas à falência, e alguns dos seus executivos de topo foram enviados à prisão por comportamento criminoso. A confiança do investidor, já baixa na ocasião, foi corroída mais adiante por estes desenvolvimentos. O Presidente George W. Bush respondeu prometendo liquidar com o crime do colarinho-branco, e o Congresso norte-americano passou o Ato Sarbanes-Oxley de 2002, que se aplica às companhias seguradoras e aos seus auditores e é pretendido ajudar a prevenir tais abusos corporativos no futuro.

No Brasil, a máquina de corrupção que o PT montou dentro do governo Lula (o principal beneficiário) - muito mais vasta e mais sofisticada que as traficancias de Fernando Collor e seu tesoureiro PC Farias - era comandada pelo ex-ministro José Dirceu, que junto com o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, e o ex-secretário do PT Silvio Pereira compunham o núcleo central da "gang dos quatro" do esquema criminoso, operacionalizado pelo lobista Marcos Valério. O Ministério Público Federal, em Abril de 2006, apresentou denúncia contra 40 pessoas acusadas de corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e crimes contra o sistema financeiro.



"HÁ UMA MAFIA NO GOVERNO LULA" - Entrevista do Deputado Jefferson ao jornal Argentino La Nacion
Terça-feira, 5 de Julho de 2005

SÃO PAULO, Brasil (La Nacion) - Roberto Jefferson, o homem que ao sentir-se traído decidiu expor as entranhas do governo Brasileiro, e que com suas denúncias de corrupção está causando uma explosão na primeira fileira do presidente Luiz Inacio Lula da Silva, olha fixamente e dispara: "Sabe por que ninguém enfrenta minhas denúncias? Porque eu circulo em torno dos intestinos do poder. Eu os conheço, conheço o poder por dentro". Em uma entrevista com LA NACION no quarto de um hotel em São Paulo afirmou, além disso, que "dentro do governo opera uma mafia", que as denúncias não terminaram e que tem mais informações de 'grosso calibre' que dará a conhecer quando a hora chegar.
O deputado Jefferson, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), sabe do que fala. Como advogado foi um dos companheiros mais fiéis de Fernando Collor de Mello, que renunciou à presidencia para evitar um julgamento político por corrupção. Líder astuto, com 23 anos de mandatos de deputado às costas, foi logo abraçado como aliado por Fernando Henrique Cardoso e, 2 anos atrás, pelo governo Lula. "Eu era um troglodita, pesava 175 quilos, andava armado e era agressivo", admitiu recentemente. "Mudei para melhor (baixei quase 80 quilos). Agora pratico canto lírico", disse ontem à LA NACION.
Enquanto falava, a convulsão política no Brasil alcançava um ponto crítico com a renúncia do secretário geral do governante Partido dos Trabalhadores (PT), Silvio Pereira. E, em conseqüência das denúncias de Jefferson, Lula terminava ontem de definir uma reforma ministerial e uma remoção de diretores de empresas públicas suspeitos, com a finalidade de conter a gravíssima crise que mantem ao país na infamia.
"Eu sabia que existia uma mafia, observei-a, mas não fui cúmplice", insistiu esse carioca da cidade de Petrópolis, que diz que adora tanto Buenos Aires que todas as semanas, nas Quintas-feiras, se hospedava no Hotel Alvear, e que retornava domingo a Brasilia. E, incomodado, disse: "Eu não sou um arrependido".
A história com a qual paradoxalmente este ex-homem de Collor está forçando a depuração do governo pode ser sintetizada assim: há um mês e meio a revista Veja descobriu um vídeo em que um dos diretores dos Correios negociava uma propina e dizia agir em nome de Jefferson. O deputado considerou que o autor da "traição à sua honra" era o então chefe da casa civil, José Dirceu, e decidiu falar. Admitiu ter recebido milhões de reais para a campanha de seus candidatos. Mas não somente isso: revelou que o PT tinha montado um esquema de paga extra para subornar deputados aliados. O dinheiro saía de uma agência de publicidade que recebia fundos das empresas estatais. Agora Jefferson antecipa que a próxima crise explodirá nos fundos de pensão das empresas estatais, controladas indiretamente pelo ministro das Comunicações, Luiz Gushiken, amigo de Lula. Disse que vai até as últimas conseqüências. "Eu sou meio índio. Vou lutar até o final com a faca entre os dentes".

- Deputado, por que decidiu contar tudo agooora?
- Ao pessoal do governo conto essa históriaaa há muito tempo. Eu a contei a diversos ministros, inclusive ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci (que em Março de 2006 renunciou face à violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo). Mas tudo morria em José Dirceu. Eu falei com ele diversas vezes sobre o assunto, até que dei-me conta que ele era o mentor do "mensalão", o chefe máximo.

- Mas o presidente sabia?
- O presidente soube em Janeiro de 2005 todddos os detalhes, quando eu lhe contei. Foi surpreendido e começou a chorar. Se sentiu traído. Disse-me: "Roberto, conta-me os detalhes". Foi como se lhe tivessem dado uma punhalada no peito. Sua reação foi de alguém absolutamente surpreendido, chocado.

- Antes de que você contasse o caso, o presssidente surpreendeu a todos com uma frase forte. Disse que a você lhe dava um cheque em branco. Foi para que você não fizesse as revelações?
- Não, não foi por isso. Eu percebi que o DDDirceu armara uma operação com a Agencia Brasileira de Inteligencia Nacional (ABIN) para jogar toda a culpa da corrupção ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Quando dei-me conta disso, decidi tornar pública a história do "mensalão", que hoje se comprovou com documentos.

- O que era o mensalão?
- Era algo stalinista. A idéia era comprar a burguesia corrupta. A fim de evitar repartir o poder no governo convencendo aos aliados de que o projeto era bom, decidiram atuar de forma diferente: armaram um grande caixa para dar uma mensalidade aos deputados. Eu tenho 23 anos de mandato e nunca em minha vida tinha visto uma prática desse tipo: o PT financiando aos partidos de direita, a burguesia. Dinheiro para os deputados, todos os meses.

- Você é um arrependido da mafia do poder?<<
- Eu não participei em nenhuma atitude que possa desonrar-me. Eu a vi de longe, mas não ingressei no processo de corrupção. Não transformei minha bancada de deputados em um bloco de mercenarios. Acordos eleitorais sim, eu fiz. Mas não aluguei meu bloco. Há uma mafia que opera dentro do governo. Sabia que existia, a observei, mas não fui cúmplice.

- Antes de começar sua declaração no Congreeesso, você disse que tinha em uma pasta as declarações do financiamento de campanha de todos os deputados que o íam interpelar, e que eram todas fraudulentas. Ninguém o contradisse. A política Brasileira está corrompida?
- Todo o sistema eleitoral Brasileiro trabaaalha em negro e é essa a base da corrupção. Embora elegessemos carmelitas descalças, elas se corrompiam imediatamente com esse sistema, porque a raiz da corrupção está no financiamento das campanhas. Ninguém me enfrenta porque sabem que eu os conheço, eu circulo em torno do intestino do poder. A origem do financiamento é a origem da corrupção. Como o governo é eleito com base na corrupção, o governo é corrupto. Surgem então as figuras como o PC Farías ou o Delubio Soares, o tesoureiro do PT. São figuras que circulam na sombra. A campanha eleitoral era o início da corrupção.

- Porque crê que o PT não conseguiu terminaaar com isso, se sua bandeira era a luta contra a corrupção?
- Porque o PT não tem um projeto político, mas um projeto de poder. Eu vi o PT nascer. Combateu a política neoliberal até com lutas físicas na Câmara dos Deputados. Mal chegou no governo praticou a política neoliberal da forma mais descarada e ortodoxa. Jogaram o discurso no lixo e começaram a fazer "caixa" para poderem permanecer no poder.

- O caso tem relação com as denúncias feitaaas contra o PT quando governava municípios e estados?
- Sim, porque o PT não tem escrúpulos para se financiar. No município de Santo André (onde foi assassinado o prefeito do PT em circunstâncias ainda não esclarecidas) os financiadores eram as empresas de onibus e as empresas de coleta do lixo. No Rio Grande do Sul o PT se financiava com a mafia dos jogos de azar.

- Você também negociou com o PT o financiammmento da campanha.
- Eu não sou nem melhor nem pior do que o rrresto. Negociei com o presidente do PT, José Genoino, com Delubio Soares, o tesoureiro do PT e com Silvio Pereira, secretário geral. Tudo o que se discutia recebia logo o sim ou não de José Dirceu. Fizemos um acordo de R$20 milhões de reais, que o PT nos entregaria. Pagaram somente R$4 milhões.

- Onde termina tudo?
- Quando os fundos de pensão começarem a seeer abertos à opinião pública nacional.

- Você se descreveu a si mesmo como troglodddita. Mudou?
- Eu mudei para melhor. Eu era muito gordo,,, pesava 175 quilos. Me submeti à cirurgia da redução do estômago e perdi quase 80 quilos. Era extremamente agressivo e mudei quando me adelgacei. Agora pratico canto lírico.

- Está consciente de que pode perder o mandddato?
- Minha preocupação é mostrar que não sou nnnem um herói nem um vilão. Não sou melhor nem pior do que ninguém, mas não vou sair dessa história como um canalha.



MORTO TRAZ À TONA O ESCÂNDALO DOS 'LARANJAS' BRASILEIROS
Sexta-feira, 16 de Setembro de 2005

BRASIL-EUA (The Chicago Tribune) - A evidência unindo Jonas de Pinho ao escândalo de corrupção política fascinando o Brasil era sólida. Entretanto, assim era o álibi do homem. De acordo com os registros bancários, Jonas retirou uma grande quantia de dinheiro de uma conta suspeita usada por firmas de relações-públicas no centro do escândalo. Os investigadores suspeitam que algum do dinheiro que Jonas tirou foi usado para subornar os deputados federais, para fazer os pagamentos mensais que deram a este escândalo seu nome, 'mensalão'. Só que os investigadores não obterão nenhuma resposta de Jonas de Pinho. Ele está e tem estado morto por anos. Jonas estava bem morto antes que a retirada do dinheiro fosse feita. Ele estava morto até mesmo antes que a conta fosse aberta no Banco Rural na cidade industrial de Belo Horizonte.
Em vida, Jonas era um trabalhador ferroviário com uma esposa, Marlene, e um par de filhos. Na morte ele se tornou um fantasma, uma ferramenta para um agente publicitário nomeado Marcos Valério e o fundo de subornos que ele operava em nome do incumbente no governo Partido dos Trabalhadores (PT). Jonas se tornou - no vernáculo Brasileiro de usar frentes para evitar impostos, esconder lucros e lavar dinheiro - um "laranja". O papel de Jonas, ou pelo menos o papel em nome dele e o número do CIC representado, é somente um minúsculo elemento do complexo e ainda-alargando escândalo que paralizou a administração do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há um ano das novas eleições. Os líderes do incumbente Partido dos Trabalhadores de Lula são acusados de extrair subornos para financiar campanhas eleitorais e de afunilar dinheiro para membros do Congresso para que eles apoiassem a legislação. Vários ministros do Gabinete foram demitidos, inclusive o ajudante de topo de Lula, José Dirceu, embora o trio Gushiken-Meirelles-Palocci continue. O deputado Roberto Jefferson, uma figura central no escândalo e na investigação, foi expelido do Congresso na quarta-feira; pelo menos 18 outros deputados também enfrentam a demissão. E Valério está sendo investigado em acusações de fraude, evasão fiscal e lavagem de dinheiro. Esconder dinheiro atrás de um 'laranja' não se originou com o escândalo do mensalão. O escândalo de corrupção que levou ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello em 1992 exibiu vários 'laranjas' e pelo menos uma conta bancária fantasma escamoteada por um ajudante de tôpo. O dinheiro da conta foi gasto para renovar a residência privada de Collor e comprar automóveis para a família, o jornal do Rio de Janeiro O Globo informou. Até mesmo os Brasileiros comuns acham modos para esconder a renda de um sistema de impostos que impõe uma das cargas tributárias mais pesadas das Americas. Eles espalham o dinheiro nas contas bancárias de amigos e parentes para manter a diferença receitas-despesas abaixo do limite legal. Eles montam falsos clientes e criam notas fiscais falsas, como se viu recentemente com a espôsa e o filho do presidente Lula.
Então houve as fazendas e fazendeiros fantasmas. Em alguns casos, os lavadores de dinheiro compram terra que não existe ou pagam milhões de Reais por sítios minúsculos. Valério tentou explicar suas próprias grandes retiradas bancárias dizendo que ele precisava de dinheiro para operar suas muitas fazendas. Mas sua ex-secretária disse que ela não tinha nenhum registro de qualquer fazenda que ele possuísse e uma investigação de um jornal de São Paulo mostrou que ao menos duas propriedades reivindicadas pela agência de relações-públicas de Valério não existiram. Que Jonas não comprou a fazenda está fora de questão, porém. Ele morreu na Véspera do Ano Novo de 1999, de acordo com uma certidão de óbito de hospital confirmada por um funcionário do estado de Minas Gerais. Ele tinha 81 anos. Todavia, mais de 3,5 anos depois, alguém se identificando como Jonas de Pinho apresentou-se numa filial do Banco Rural e retirou quase $153,000 dolares (cêrca de $66,000 dolares pelas taxas de câmbio atuais) da conta da empresa de publicidade de Valério usada para esconder dinheiro. Pedido para explicar tal retirada grande, o homem disse que era para cobrir a folha de pagamento, de acordo com registros do banco fornecidos à investigadores das CPIs pela agência Brasileira que vigia transações financeiras. Para que era verdadeiramente o dinheiro e quem era realmente o homem fingindo ser Jonas ainda tem que ser esclarecido. A família do homem morto não é falante. E a casa onde Jonas viveu antes que morresse em Belo Horizonte está agora nas mãos de um primo que professou pouco saber sobre o caso (a mesma atitude adotada pelo embusteiro nordestino e sua quadrilha no poder - uma estratégia espúria elaborada pelo douto criminalista ministro da Justiça Bastos). Desde que Jonas morreu, o número da casa mudou. O nome da rua também mudou. O endereço de Jonas de Pinho simplesmente desapareceu.



CUBA PAGOU $3 MILHÕES DE DOLARES PARA A CAMPANHA DE LULA
Domingo, 30 de Outubro de 2005

SÃO PAULO, Brasil (Reuters) - Cuba contribuiu com $3 milhões de dolares para a campanha eleitoral de 2002 do Presidente Brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva - uma violação da lei eleitoral, a importante revista de notícias Veja reportou no Sábado. As acusações podem reacender um escândalo de corrupção do governo que o presidente parecia estar pondo atrás dele em recentes semanas. A campanha de Lula recebeu o dinheiro em Agosto e Setembro de 2002 através de um diplomata Cubano estacionado no Brasil, a revista Veja disse em sua última capa. Lula, um velho amigo do Presidente Cubano Fidel Castro, ganhou a eleição em Outubro daquele ano. Era a quarta tentativa dele pela presidência. Uma porta-voz do governo na capital de Brasília disse não haver nenhuma reação oficial imediata ao relato, que cita um ex-ajudante do ministro da fazenda brasileiro Antonio Palloci quando ele era um prefeito municipal. O diplomata Cubano, Sergio Cervantes, que era íntimo ao governante Partido dos Trabalhadores (PT) negou à revista qualquer financiamento de Havana. "Cuba precisa do dinheiro", ele disse. Foi a última numa série de acusações desde Junho acêrca da compra de votos e financiamento ilegal de campanha pelo Partido dos Trabalhadores que danificou seriamente sua reputação e popularidade. A liderança do partido foi purgada num esforço para superar a crise. "A acusação é muito séria e precisa ser investigada imediatamente", Alberto Goldman, o líder da oposição do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) no Congresso, disse para a agencia Estado. "Mas a lei é muito clara sobre proibir os partidos de receberem fundos ultramar. Se isto for verdade, poderia conduzir ao cancelamento do registro do PT". Veja não disse como o dinheiro chegou ao Brasil mas disse que ele foi controlado em Brasília pelo diplomata Cubano. Ele foi levado de avião de Brasília para a cidade de Campinas escondido em caixas de rum e uísque, então dirigido por carro a São Paulo, onde Delubio Soares, então o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, assumiu o controle dele para o comitê de campanha. Soares foi sacado como tesoureiro do partido seguindo-se acusações que ele operava o fundo de suborno ilegal. No fim de semana passado ele foi expelido do partido. Uma fonte para a história, Rogério Buratti, foi um ajudante do Ministro da Fazenda Antonio Palocci quando Palocci era o prefeito da cidade de Ribeirão Preto antes da vitória de Lula. Buratti não pôde substanciar as acusações mais cedo dele que Palocci estava envolvido num esquema de propina naquele momento. A segunda fonte, Vladimir Poleto, disse que ele viajou com o dinheiro no avião pensando que as caixas continham somente bebidas alcólicas. Foi-lhe falado depois que era dinheiro, ele disse. Lula visitou Castro em Cuba em Setembro de 2003 numa visita de estado oficial.



ALEGANDO AMEAÇAS, FAMILIARES DE CELSO DANIEL DEIXAM O PAÍS
Quinta-feira, 2 de Março de 2006

SÃO PAULO, Brasil (Folha de S.Paulo) - Alegando estarem sofrendo ameaças de morte, familiares do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel (PT), assassinado em 2002, deixaram o País nesta semana sem revelar seu destino, por motivos de segurança. Embarcaram para o exterior o irmão caçula do petista, Bruno Daniel, sua mulher, Marilena, e os três filhos do casal. Não há previsão de retorno. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, nos próximos dias outro sobrinho de Celso, filho do primogênito João Francisco Daniel, também deixará o Brasil. Bruno e João Francisco, que contestam a tese de crime comum defendida pela Polícia Civil, afirmam que sua família tem recebido ameaças desde o depoimento de ambos à CPI dos Bingos, em Outubro do ano passado. Na ocasião, eles reafirmaram que a morte de Celso Daniel está relacionada ao suposto esquema de corrupção operado pela prefeitura do município com o objetivo de arrecadar dinheiro para as campanhas eleitorais do PT. No dia do depoimento (26 de Outubro), eles sustentaram, durante acareação com Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que Carvalho sabia do esquema e tinha feito uma entrega do dinheiro pessoalmente ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Gilberto Carvalho, que também foi assessor de Celso Daniel, e Dirceu negam. O PT concorda com a tese de crime comum defendida pela polícia. Desde Janeiro deste ano, Bruno e a mulher, Marilena, estão sob proteção policial 24 horas por dia. Segundo a Folha, apenas o casal permanecerá junto durante a viagem, enquanto os filhos rumaram para locais diferentes, onde vão estudar mediante bolsas de extensão universitária.



LIBANO PEDE AO BRASIL QUE EXTRADITE SUSPEITA PRESA EM SÃO PAULO
Quarta-feira, 15 de Março de 2006

BEIRUTE, Libano (Reuters) - O Líbano pediu ao Brasil na Quarta-feira que extradite a ex-executiva de um banco presa sob suspeita de ligação com o assassinato do ex-premiê Libanês Rafik al-Hariri, disse um representante do Ministério das Relações Exteriores Libanês. Rana Koleilat, detida desde Domingo em São Paulo, é procurada no Líbano por acusações de fraude, apropriação indébita e falsificação de documentos, ligadas à falência do banco Al Madina, em 2003. "O ministro das Relações Exteriores (do Líbano), Fawzi Salloukh, orientou o embaixador do Líbano no Brasil a pedir às autoridades brasileiras que mantenham Koleilat sob custódia até que o pedido oficial de extradição chegue", afirmou o assessor. O inquérito da ONU sobre o assassinato de Hariri, num ataque a bomba contra sua comitiva, em Fevereiro de 2005, ligou a morte à falência do banco, e disse que os assassinos podem ter sido motivados por corrupção e lavagem de dinheiro. O Líbano não mantém tratado de extradição com o Brasil, mas Salloukh disse à rádio Voz do Líbano que a possível ligação com o assassinato de Hariri pode representar uma solução para o caso. "O Conselho de Segurança da ONU pediu a todos os países que ajudem ao máximo nesse caso", disse ele. Fontes judiciais disseram à Reuters, porém, que as autoridades Libanesas não querem a extradição de Koleilat por causa de acusações de ligação com o assassinato de Hariri. Uma porta-voz da comissão da ONU em Beirute não quis comentar o caso. Koleilat, 39-anos, que era procurada pela Interpol, foi presa num hotel em São Paulo, depois de uma denúncia à polícia. A Libanesa está detida no 89o. Distrito Policial, na região do Morumbi. Ela tinha um passaporte Britânico falso e tentou subornar os policiais, oferecendo R$200 mil reais para que eles a deixassem sair do país, segundo informações da polícia. Ela havia fugido do Líbano no ano passado, depois de ter sido libertada sob fiança. O relatório da ONU disse que os investigadores seguiram "pistas que levaram à falência do banco Al Madina, incluindo ligações com autoridades Libanesas e Sírias, além de com o senhor Hariri". O inquérito implicou autoridades Sírias e seus aliados Libaneses no assassinato. Todos eles negam participação no crime.



CHEFE DA MÁFIA SICILIANA É PRESO APÓS DÉCADAS FORAGIDO
Terça-feira, 11 de Abril de 2006

ROMA, Italia (Reuters) - O chefe da Máfia Siciliana Bernardo Provenzano, procurado há mais de quatro décadas pela Itália, foi preso na Sicília nesta Terça-feira, informou o Ministério do Interior. Foi a maior vitória do país na luta contra a Máfia em mais de 13 anos. Provenzano, 73-anos, era conhecido como o "Fantasma de Corleone", em referência à cidade Siciliana tornada famosa pela série de filmes "O Poderoso Chefão". Ele chefiava a Máfia desde 1993, quando o antigo líder Toto Riina foi preso em Palermo. A última fotografia que a polícia tinha de Provenzano havia sido tirada em 1959, quando ele tinha 25 anos. O mafioso foi capturado em uma fazenda perto de Corleone. A prisão do principal chefe da Máfia, Bernardo Provenzano, foragido havia 43 anos, não significa um golpe mortal contra a organização criminosa e pode detonar uma guerra sangrenta pela sucessão dele, afirmam investigadores. Provenzano, o chefão da Máfia detido na Terça-feira perto da cidade Siciliana de Corleone, pode ter sido a estrela-guia da Máfia, mas toda estrela-guia possui uma constelação. "Não deveríamos cometer o erro de achar que a prisão de Bernardo Provenzano significará o começo do fim da Máfia", disse à Reuters Antonio Ingroia, um juiz da Sicília envolvido no combate ao grupo criminoso. "Provenzano não era a Máfia toda. Ele era um ponto de referência, mas um ponto de referência menos ditatorial e menos cacique que seus antecessores", afirmou Ingroia. Em Corleone, a cidade que ficou famosa na trilogia de "O Poderoso Chefão", a polícia prendeu três homens acusados de ajudar a cobrir a trilha deixada por Provenzano recentemente. Mas, como era de se esperar, os três são pequenos criminosos, e não homens de peso na organização criminosa.
O chefão da Máfia foi levado para fora da Sicília e colocado em uma prisão de segurança máxima perto de Terni, na região central da Itália, afirmou o canal de TV estatal. Segundo Ingroia, a operação policial que levou à prisão de Provenzano havia sido um "sucesso brilhante". No entanto, já podiam ser apontadas duas pessoas qualificadas para tomar o lugar do chefão - Salvatore Lo Piccolo e Matteo Messina Denaro. Como seu mestre e mentor, os dois estão foragidos há algum tempo. Lo Piccolo desde 1983, e Messina Denaro desde 1993. O primeiro, chefe de gangue de Resuttana, um bairro de Palermo controlado pela Máfia, tem 63 anos, é apontado como membro da "velha guarda" e teria sido a pessoa com mais proximidade de Provenzano nos últimos anos. Messina Denaro, da cidade Siciliana de Castelvetrano, tem apenas 46 anos de idade e é chamado de o "chefe playboy" por gostar de carros velozes, mulheres e relógios de ouro.
"Há uma geração de mafiosos com cerca de 50 anos que está pronta para continuar", disse Ingroia. Se haverá ou não uma guerra daqui para frente é algo que depende do que os investigadores chamam de um "equilíbrio interno" na Máfia. Questionado sobre se temia a eclosão de uma guerra, Piero Grasso, o procurador nacional para o combate ao grupo criminoso, respondeu a repórteres: "Eu sou Siciliano. Eu amo minha terra e farei tudo que estiver em meu poder para evitar isso. Mas, dentro em breve, o vácuo deixado pela prisão (de Provenzano) será preenchido". Nos últimos 13 anos, período no qual comandou a Máfia, o chefão instituiu uma forma de liderança "mais gentil", tentando assim tirar o grupo de debaixo dos holofotes e da mira da polícia. "A Máfia de hoje é mais uma federação do que um Estado autoritário", afirmou Ingroia. "Ele criou um tipo de diretoria com algo entre quatro e sete pessoas que se reunia às vezes, quando era necessário, quando havia decisões estratégicas a serem tomadas", afirmou Ingroia. "Mas, em uma organização como a Máfia, um chefe precisa estar um degrau acima dos outros senão ela desmorona. Tudo depende de saber se ele consegue administrar o consenso e de saber se os outros vão concordar ou se rebelar", disse. A mais recente guerra da Máfia que esparramou sangue pela Sicília aconteceu no final dos anos 1980s quando o clã Corleone, chefiado por Toto Riina, Provenzano, Leoluca Bagarella e Luciano Liggio riscaram seus inimigos do mapa. Os vitoriosos se voltaram então para o aparato estatal e mataram juízes, entre os quais Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, em atentados a bomba ocorridos em 1992. Provenzano substituiu Riina quando este foi detido, em 1993, após ter passado 23 anos fugindo da polícia. O novo chefão decidiu à época que seria melhor para a Máfia ser mais discreta. Agora, os investigadores esperam para ver se a "Pax Mafiosa" permanecerá de pé ou se ruirá.



PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA DENUNCIA 40 PESSOAS POR ENVOLVIMENTO COM MENSALÃO
Terça-feira, 11 de Abril de 2006

BRASILIA, Brasil (Folha On Line) - O Procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma denúncia contra 40 pessoas envolvidas no chamado esquema do mensalão. Entre os denunciados estão os ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken, além do ex-presidente do PT, José Genoino, do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, do ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, do empresário Marcos Valério, do publicitário Duda Mendonça e sua sócia Zilmar Fernandes, e dirigentes do Banco Rural. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi feita ao STF no dia 30 de Março, mas só foi revelada hoje. O presidente da CPI dos Correios, Senador Delcidio Amaral (PT-MS), e o relator, Deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), entregaram hoje o relatório da comissão ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas da União e à Polícia Federal. O encaminhamento servirá para avaliar os pedidos de indiciamento e dar continuidade às investigações da CPI. A PGR também apresentou denúncia contra os parlamentares acusados de envolvimento com o "valerioduto", como João Paulo Cunha (PT-SP), José Janene (PP-PR), Pedro Henry (PP-MT), José Borba (PMDB-PR), Professor Luizinho (PT-SP), entre outros. Na denúncia, eles são acusados pela Procuradoria-Geral da República de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão ilegal de divisas, corrupção ativa e passiva e peculato. De acordo com a investigação do procurador-geral, o esquema do mensalão era uma organização criminosa dividida em três núcleos: o político-partidário, o publicitário e o financeiro. O núcleo político partidário pretendia garantir a permanência do PT no poder com a compra de suporte político de outros partidos e com o financiamento irregular de campanhas. Esse núcleo seria responsável por repassar as diretrizes de atuação para os outros dois núcleos. O segundo seria responsável por receber vantagens indevidas de integrantes do governo federal e de contratos com órgãos públicos. O terceiro núcleo teria entrado na organização criminosa em busca de vantagens indevidas e facilitava as operações de lavagem de dinheiro, afirma o Procurador-geral. O procurador também denunciou os beneficiários do esquema: parlamentares de cinco partidos (PP, PL, PTB, PMDB e PT). Eles vão responder por corrupção passiva e peculato. O Procurador-geral disse que ofereceu a denúncia antes da conclusão do relatório da CPI para que não houvesse influência do debate político-partidário constante do relatório. "A denúncia coincide com o trabalho da CPI". Segundo ele, as informações do relatório ainda podem ser inseridas na ação penal. O inquérito prossegue com investigações remanescentes, o que pode gerar novas denúncias, informou a PGR.


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