O homem só existe porque tem um passado. É o relato de como ele chegou até aqui que o faz inteiro. Sem isso não teríamos referência,
não saberíamos o que somos e de onde viemos.
    Desde quando nós sentávamos à beira do fogo e olhávamos para o céu procurando direções, tínhamos noção da importância de nossa história.
    Os mais velhos a passavam para os mais novos em um relato oral.
    Daí nascia lembranças alegres e as lembranças tristes, daí vinha o orgulho de pertencer àquele lugar, de ser parte daquele povo. A história do Rio de Janeiro é assim, cheia de conquistas, de povos que tentaram ficar e outros tiveram que partir. Na verdade,
o que sabemos é: que todo carioca tem um certo amor pelo lugar.
     O panorama artístico deste efervescente período marca o início das manifestações que originariam o nosso carnaval atual. O primeiro samba gravado, "Pelo Telefone", é de 1917. A Portela, ainda um bloco, surge em 1923; a Mangueira em 1928; e o primeiro grupo autodenominado escola de samba, em 1929. Em 1926, a intelectualidade se reúne com artistas populares: Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Prudente de Morais Neto com Pixinguinha, Donga e Patrício Teixeira. O Brasil começa a descobrir o Brasil. Nas artes plásticas, a Semana de Arte Moderna de 22 desencadeia um debate nacional sobre o tema.
Carnaval
                         O Cristo Abre os Braços Sobre a Cidade...
    Estátua do Cristo Redentor
    Em 1930, Getúlio Vargas ascendeu ao poder, na liderança de uma revolução contrária ao domínio das oligarquias rurais. O Governo Vargas favoreceu as atividades industriais.
    O crescimento do setor e as novas leis de proteção ao trabalhador atraíram muita gente do campo para as grandes cidades, sobretudo para a capital. As mansões da Zona Sul cederam lugar a prédios multifamiliares. A década de 30 dá lugar a uma nova estrutura social iminentemente urbana e industrial e marca a inauguração do monumento que tornaria o Rio famoso no mundo inteiro: o Cristo Redentor.
Corcovado
Ontem, Hoje e Sempre Incomparável
A transferência da Capital para Brasília não diminuiu o brilho da Cidade do Rio de Janeiro, que continua como centro convergente das artes em geral e manifestações culturais. Continua incomparável.

"Cidade de sol e bruma
Se não és mais
Capital Desta Nação,
Não faz mal:
Jamais capital nenhuma,
Rio, empanará teu brilho,
Igualará teu encanto.
Louvo o Pai, louvo o Filho e louvo o Espírito Santo."

                                                       Manuel Bandeira
HISTÓRIA