Caso "A"

 

Paciente nos procura com uma gagueira severa. É feita uma avaliação completa. O paciente havia feito tratamento de 4 anos com terapia e fonoaudiologia, com melhora de 30%.

O paciente não sabe quando se tornou gago (a mente tem a tendência de mascarar e esconder os problemas graves no inconsciente).

É dada uma explicação de como é feita a hipnose, desmistificando-a , pois todos tem a impressão de que a pessoa dorme profundamente e fica à mercê do hipnotizador. Muito pelo contrário, a pessoa fica extremamente ligada e acordada e a censura do paciente impede que ele faça qualquer coisa contrária à sua moral.

Iniciamos uma regressão, onde a primeira coisa que o paciente percebeu era uma cor vermelha muito intensa, que nem ele nem eu conseguimos identificar de pronto. Foi feita então uma ampliação da visão (técnica hipnótica) onde então o paciente se viu sentado em um velocípede azul com rodas amarelas e olhando para o chão vermelho, piso de cimento com vermelhão. Estava então com 4 anos de idade e pedalando para a casa do vizinho onde não havia ninguém em casa. A criança entrou, mexeu em tudo, movido pela curiosidade e espirito de aventura, normal para a idade, até que mexeu em uma tomada. A criança estava descalça e molhada, pois estava anteriormente brincando com um esguicho. Levou um tremendo choque, que foi aumentado por estar descalço e úmido, e desacordou. Pela técnica de regressão, o paciente revive exatamente o que viveu na ocasião do trauma, com todas as sensações do momento, inclusive o desmaio. Ficou desacordado não sabe por quanto tempo, nem se lembra se acordou sozinho ou se foi encontrado por alguém, mas a partir desse momento estava gago.

A partir daí já sabíamos então o porquê dele ser gago e quando ficou gago. Mas o que fazer? Aí é que entra a técnica e a experiência do terapeuta. Rapidamente pensei na técnica a ser usada: fiz com que ele voltasse ao ponto de partida, ou seja, em cima do vermelhão, indo para a casa do vizinho. Deixei que tudo fosse exatamente igual à ida anterior. Somente quando ele foi colocar a mão na tomada, isolei "mentalmente " usando uma técnica da programação neurolingüística e ele não tomou o choque. Fiz com que ele voltasse para casa, que a mãe desse bolo de chocolate para ele e comecei a viagem de volta para o aqui e agora.

A técnica me faz contar até dez e ir sugerindo ao paciente que ele estava bem, sem dor de cabeça, que normalmente acontece, que ele estava cada vez mais consciente e se sentindo sempre muito bem. Quando cheguei a dez, pedi que abrisse os olhos e me dissesse como estava se sentindo e ele disse que se sentia um idiota! "Sou gago há 23 anos, gastei uma fortuna e você foi direto ao ponto e me curou!".

Tenho feito o acompanhamento do paciente mensalmente há 6 meses, pela Internet, e a gagueira não voltou mais. Alguns hábitos da gagueira ficaram, como já era de se esperar, pelo não desenvolvimento da musculatura da mandíbula, mas encaminhei o paciente a um fonoaudiólogo, o qual indicou diversos exercícios que estão resolvendo esses problemas secundários.

 

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