História da Umbanda
A Umbanda é uma religião brasileira ou,
afro-brasileira, pois nela se encontram varias partes de varias religiões e
cultos. Sendo que a maior parte vem da África; é a raiz mais forte.
No tempo da escravidão, os negros escravos,
eram proibidos de cultuarem os seus deuses africanos, pois a ignorância da
igreja católica daquela época, dizia que os Orixás, não passavam de demônios.
Por isso o sincretismo religioso com os santos da igreja católica, pois os
negros escravos eram obrigados a se converterem ao catolicismo, muitas vezes até
mesmo no tronco, com o apoio de alguns sacerdotes da religião católica, dizendo
ser uma espécie de exorcismo. Quando os escravos se passavam por convertidos,
eles comparavam a história ou lenda de um Orixá, com a história ou lenda de um
santo católico, e, também o que cada um representava. Pois uma religião de
apenas dois mil anos como a católica, não pode destruir a crença em uma religião
de mais de dez mil anos, que é a crença na religião dos Orixás. Desta forma, os
negros diziam ser católicos, mas continuavam a cultuarem os seus deuses bem
escondidos, pois se fossem descobertos, poderiam ser até mesmo mortos. A Umbanda
é uma religião que tem como força vital, todas as energias da natureza, depois
do grande poder supremo, Olorum, que é o deus maior, a energia suprema. Todos os
Orixás possuem um domínio em determinado elemento da natureza, por isso, a
importância de se preservar e respeitar tudo que possua vida, pois sem os
elementos da natureza, não seria possível a nossa existência.
A Umbanda além de ter sincretizado os santos
do catolicismo, também absorveu alguns elementos de outras religiões, sendo que
o que julgo correto, são os fundamentos africanos e indígenas.
Exemplos:
Elemento africano:
Orixás, cantos, instrumentos de som, guias (colares), comidas, bebidas,
trabalhos, ervas sagradas, orações, oferendas etc. Tendo em vista que, é a parte
mais forte, cerca de uns 65% a 70% desta religião. E que particularmente, luto
para que seja no mínimo 90%, pois é o que seria correto.
Elemento
indígena: Culto aos caboclos, culto aos
antepassados, ervas sagradas, defumações, bebidas etc. Esta parte também é bem
forte, representando uma média de 15% a 20% desta religião. Sendo que na parte
africana, o culto aos Caboclos já é contado (nação de Angola), mas, é muito
importante que conheçamos as raízes indígenas do Brasil, pois afinal de contas,
é a nação da Umbanda.
Elemento
católico: Sincretismo com os Santos católicos,
orações etc. Esta parte é mínima, diga-se de passagem. Tem mais ou menos uns 2%
a 3%, e está sendo combatida. Sendo que existem muitos umbandistas, se é que
posso chamá-los assim, que pregam até mesmo a bíblia, que não é o fundamento da
Umbanda, que é uma religião de fortes princípios africanos e indígenas e, não
católicos; pois o catolicismo existente na Umbanda e no Candomblé, foi imposto
na inquisição, no tempo da escravidão, e o Candomblé já o combateu em grande
parte, e a Umbanda, ainda permite esse mesmo na maioria dos casos, o que é
completamente errado.
Elemento
oriental e ocultista: Defumações, pontos
riscados (cabalísticos), amuletos, astrologia, meditações etc.
Elemento
espírita (Kardecista): Orações, passes,
doutrina etc. Concordo com a doutrina, mas, não a usada no Kardecismo, pois é
muito forte o catolicismo.
O nome Umbanda, se originou dos sacerdotes
africanos Quimbundos, que em suas nações, possuíam o nome de m’banda, que
significa: sacerdote, mestre, médico, curandeiro, filosofo; pois o sacerdote era
tudo isso. Deixando assim, alguns dos frequentadores dessas reuniões, um pouco
confusos, passando a chamarem o culto que viera a se tornar uma religião de:
“Umbanda”. Ficando bem claro aqui, que este significado muda muito de região
para região, e que se discute muito este assunto. Pois como todos nós
umbandistas sabemos, a Umbanda tem várias ramificações, fazendo assim, com que a
mesma se torne bem variada, até mesmo nos fundamentos. Um exemplo, é que a
palavra Umbanda, é um vocábulo sagrado da língua Abanheenga, que era falada
pelos integrantes do tronco Tupy. Na verdade, encontram-se registros da
utilização do termo Umbanda, apenas depois de 1934, pelo que pude pesquisar,
entre os cultos de origem afro-ameríndia. Mas, isso quer dizer somente que, o
termo aumbandam ou m’banda, ou seja lá qual for o outro, que passou a ser
chamado de Umbanda por questão de pronuncia, e, não por qualquer outro motivo. O
termo Umbanda, considerado a "Palavra Perdida" por muitos, pode ser traduzida,
também, da seguinte forma: AUM - BAN - DAN. Sua tradução pode ser comprovada
através do alfabeto Adâmico ou Vattânico, revelado ao Ocidente pelo Marquês
Alexandre Saint-Yves d'Alveydre, na sua obra "O ARQUEÔMETRO". AUM significa: "A
DIVINDADE SUPREMA"; BAN significa: "CONJUNTO OU SISTEMA"; DAN significa: "REGRA
OU LEI". Ficando assim: AUMBANDAN, que significa: "O CONJUNTO DAS LEIS DIVINAS",
ficando assim, a palavra UMBANDA, que é de uma pronuncia bem mais fácil. Um
outro exemplo, é que a palavra Umbanda significa caminho da verdade ou caminho
ao Deus Supremo em muitos lugares.
Como podemos ver, a palavra Umbanda é mais um
grande mistério, e não se pode ter total certeza do seu verdadeiro significado.
Sendo o mais provável, que a sua origem seja realmente a primeira demonstrada
aqui (m’banda). Particularmente, é a que mais acredito ser a verdadeira;
principalmente pela linhagem de Umbanda que sigo. Gostaria muito, que um dia,
fossem separadas a Umbanda que acredita na origem M’BANDA e a Umbanda que
acredita na origem AUMBANDAM; pois são bastante diferentes em seus fundamentos,
e, poderiam e, deveriam ser religiões diferentes; pois a Aumbandam, usa mantras,
zodíaco etc.; e a M’banda, procura apenas as origens africanas e indígenas.
Lembrando que, nenhuma possui nada a ver com catolicismo e, nem mesmo o
sincretismo com os santos católicos deve ser aceito; ele deve existir com
consciência, ou seja, o sincretismo deve existir, apenas como fundamento
histórico e, não como fundamento religioso.
Minha opinião particular: a Umbanda hoje em
dia, vem fazendo de tudo para se tornar cada vez mais aprofundada nas suas
principais origens, que são as origens africanas em primeiro lugar, e as origens
indígenas em segundo lugar.