O     V E R S O
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Textos de Jorge Ribeiro Araújo - Academia Caetiteense de Letras - Caetité - Bahia - 2003 - Todos os direitos pertencem ao Autor
O verso é uma pedra em movimento
bólido que agride a consciência.
O verso arde, acende o pensamento,
e liberta o coração da intransigência.
O verso é a substância quente,
é o ácido, o veneno que atinge,
sem destruir, o coração da gente,
fincando então o verbo na laringe.
Exato como o brado do profeta
o verso é diabólico e divino.
O verso é o sangue do poeta
como o sonho é o mundo do menino.
Míssil que explode no rochedo,
o verso vem de dentro da paixão.
O verso é o mensageiro do medo
Como a verdade é o sopro da razão.
Novembro de 2001