R I O P E Q U E N O |
Textos de Jorge Ribeiro Araújo - Academia Caetiteense de Letras - Caetité - Bahia - 2003 - Todos os direitos pertencem ao Autor |
Tu que nasces todo dia, No mais alto pico da Bahia, Lá onde a terra beija o céu! Sempre te amei e te amarei. Eu, e todo o povo que te bebe E te beberá. Seiva divina! Também, a jaçanã que pula No lodo de tua margem oscilante Em tua viagem para o mar. Depois de muito andar Pegas carona no Velho Chico, eterno viajante! Só quem não te sentiu na pele Pode te desprezar. Gota do céu! As lavadeiras vão tingindo De bolhas teu sangue E ainda ris, ris porque nasceste belo E impávido como tudo que nasce. Todo ano te enfraqueces e enquanto Choras quase exangue, no calor da noite, Eu te escuto o pranto. Mas não temo por ti, Fênix baiana! Antes de partires, Maktub! Renovas-te a cada ano. Sorrio para ti! Só rio para mim! Sorte para ti, Rio Paramirim! |