AVENTURA GEOLÓGICA

Marcos, meu pai, já teve muitas aventuras quando era geólogo. Uma delas foi quando fazia um mapeamento de uma parte do estado de Goiás.

Marcos viajou com outro geólogo e um motorista durante dois meses. Usaram um JIPE, cavalos e uma canoa. Com a canoa, desceram partes dos rios Maranhão, Tocantins e Araguaia.

Na descida dos rios, dormiam em redes armadas entre as árvores, ao lado da praia. Levavam só arroz, feijão, café e sal. Tinham que caçar e pescar para completar as refeições.

Uma vez se hospedaram num sítio em região de onça. De noite ouviram a onça rosnar em volta do sítio. Conheceram muitos animais que vivem no cerrado. Exploraram cavernas e viram lindas estalactites e estalagmites.

No travessão da junção do rio Maranhão com o Tocantins, um dos amigos da região que remava a canoa, caiu na água e não sabia nadar. A canoa se movia muito com a corredeira, foi muito difícil se aproximarem dele e afinal dar o remo para ele segurar. Um grande sufoco. Conseguiram salvar a vida dele.

Visitaram garimpos onde conheceram o modo de vida e de trabalho dos garimpeiros, gente muito pobre, e explorada pelos espertalhões da cidade, que compram deles pedras preciosas, pagando uma miséria, e depois revendem as pedras na cidade por preços muito maiores (incomparáveis).

 

 

Pablo de Arruda

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