XV Jogos Pan-Americanos - Rio de Janeiro, Brasil                                                                                     

Quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro 2007

31/07/2007
Pan: Manifestantes defendem Cuba durante maratona

31/07/2007
Fidel Castro: A repugnante compra e venda de atletas

25/07/2007
CUBA NOS XV JOGOS PAN-AMERICANOS DO RIO DE JANEIRO 2007

25/07/2007
Cuba pára a fim de assistir à medalha de ouro no beisebol

25/07/2007
Cuba derrota Estados Unidos e ganha beisebol pela décima vez seguida

14/07/2007
Quadro de medalhas de todos os Jogos Pan-Americanos

14/07/2007
Quadro de Medalhas dos Jogos Pan-Americanos - Havana 1991 - Cuba

14/07/2007
Esportistas cubanos recebem no Rio demonstrações de respeito e carinho dos amigos brasileiros


 

 

 

 

 

 

 


Manifestantes defendem Cuba durante maratona

Uma bandeira cubana foi pendurada em uma das passarelas do Aterro do Flamengo.
Público comemorou vitória do brasileiro debaixo de chuva.

Dório Victor Do G1, no Rio entre em contato
Dório Victor/G1

Manifestantes penduraram bandeira cubana numa passarela do Aterro do Flamengo (Foto: Dório Victor/G1)

Um grupo de pessoas compareceu na manhã deste domingo no Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio, não só para assistir a vitória do maratonista Franck Caldeira, mas também para dar apoio aos atletas cubanos que deixaram a Vila do Pan antes da cerimônia de encerramento dos Jogos Pan-americanos. Os manifestantes fazem parte do Movimento Brasileiro de Solidariedade a Cuba.

Veja a cobertura completa do Pan

"Como você se sentiria se uma empresa alemã tentasse tirar os atletas brasileiros da nossa delegação? Eu me sentiria péssima. Por isso, defendo a ida dos atletas cubanos antes que algum deles seja iludido com propostas capitalistas", disse Aline Castro, 50 anos, que coordenava a manifestação.

Dório Victor/G1

Franck Caldeira comemorou a vitória na maratona junto com o público (Foto: Dório Victor/G1)

Na ocasião, os manifestantes penduraram numa das passarelas do Aterro uma bandeira de Cuba. "Apoiamos a atitude de Cuba. Essa pequena ilha tem muita coragem, mesmo sofrendo boicote econômico e sendo ameaçada constantemente pelos Estados Unidos. E, mesmo assim, ela ainda conseguiu ficar entre os países com mais medalhas neste Pan" argumentou a professora Téa Munhoz, 55 anos.

A manifestação ocorreu em clima de paz e não causou nenhum transtorno aos demais expectadores da maratona. Além dos atletas cubanos, os manifestantes aproveitaram a ocasião para defender a política de Fidel Castro.

"Cuba exporta médicos, atletas e professores, não exporta armas nem drogas. Cuba nunca invadiu nenhum país. É um exemplo de administração, que consegue priorizar sempre a sua população", defendeu a escritora Teresa Briggs, 50 anos.


Fidel Castro: A repugnante compra e venda de atletas

"Qual tem sido o pior problema dos paises pobres do ponto de vista tecnológico e econômico? O roubo de cérebros. Qual o ponto de vista patriótico e educativo? O roubo de talentos". Mais uma reflexão de Fidel, desta vez dedicada ao caso da cooptação de dois atletas do boxe de Cuba, nos recém encerrados jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Traduzido por Eduardo Sergio*.

Órgãos locais da imprensa de paises pobres e pessoas sãs interessadas no esporte começam a perguntar-se por quê roubam seus talentos desportivos, depois dos sacrifícios e os gastos que investem para formá-los. 

Cuba, cujos resultados e esforços no esporte amador ninguém pode negar, sofre mais que qualquer outro país as mordidas das piranhas. Veja-se como se comportam os fixadores de tarifas frente à denúncia cubana. Quando falei da máfia alemã e dos milhões de dólares de que dispunha para subornar atletas cubanos, de imediato se sentiram aludidos e declararam: "não, não, nós não somos nenhuma máfia".

Contaram em detalhes como funciona o vergonhoso negócio de compra e venda de boxeadores. Suas palavras, abaixo citadas, foram as seguintes na ordem em que chegaram às minhas mãos: 

"Hamburgo, 24 de julho (DPA) - Os responsáveis pela Arena Box Promotions, uma das empresas alemãs que captam boxeadores amadores do estrangeiro para convertê-los em profissionais, se defenderam hoje ante as críticas do presidente cubano, Fidel Castro." 

"Müller-Michaelis soube através da DPA das acusações de Castro, quem confirmou em um artigo que difunde hoje a imprensa cubana as deserções de Guillermo Rigondeaux, bicampeão mundial e olímpico,  e de Erislandy Lara, campeão mundial, que compunham a delegação de seu país nos Panamericanos do Rio de Janeiro." 

"‘Na Alemanha existe uma máfia que se dedica a selecionar, comprar e promover boxeadores cubanos nas competições esportivas internacionais’, afirmou o líder cubano. ‘Usa métodos psicológicos refinados e muitos milhões de dólares’, acrescentou." 

"Hamburgo, 25 de julho (DPA) - Os dois boxeadores cubanos que desertaram durante os atuais Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro, Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, utilizaram mediadores para entrar em contato com a promotora alemã Arena Box Promotions, segundo declarou a um diário de Berlim o turco-alemão Ahmet Öner, chefe da promotora. 

"Em suas breves declarações para o jornal, Öner diz que foram os pugilistas que saíram da delegação de seu país e que começaram a busca por contatos em sua companhia e não ao contrário, como se insinuou em alguns meios cubanos.   

"Devido a isto, Öner que não se encontra na Alemanha, mas de férias em algum lugar do sul da Europa, disse que decidiu enviar emissários para a América do Sul para tentar entrar em contato com Rigondeaux e Lara, sem dar mais detalhes.   

"As declarações de Öner foram confirmadas hoje em Hamburgo pelo porta-voz da Arena, Malthe Müller-Michaelis, que reiterou que a iniciativa partiu dos 'desertores‘ cubanos, segundo a agência DPA ".   

" Trata-se neste caso de Odlanier Solís, Yuriolquis Gamboa e Yan Barthelemy que não estão na Alemanha neste momento, mas de férias fora do país ".  

"Por outro lado, Peter Danckert, presidente da Comissão de Esportes da Bundestag (Câmara Baixa) do Parlamento alemão, recusou-se a prestar declarações sobre os boxeadores cubanos fugidos. 

" 'Isso que o façam os experts no assunto', disse a um requerimento da agência DPA em Berlim."

" Hamburgo, 26 de Julho (DPA) - Os dois pugilistas cubanos que 'desertaram' dos Jogos Pan-americanos 2007 no Rio de Janeiro, Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, encontram-se na Turquia onde esperam concessão de permanência na Alemanha, segundo afirma hoje o diário ‘Morgenpost'.   

" ‘Contratamos Rigondeaux e Lara’, confirmou ao jornal o chefe da Arena Box Promotion hamburguês, o turco Ahmet Öner. 

" ‘Fidel está naturalmente zangado, mas ele não tem razões para se admirar. Seus pugilistas não querem continuar sendo amadores por toda a vida, e sim ganhando dinheiro ', menciona o jornal a Öner.   

"‘Fidel quer esconder do mundo seus formidáveis lutadores. Eu os mostro para o mundo’, destacou o jovem promotor de 34 anos.  “Rigondeaux, 26 anos, possui um cartel extraordinário. Duas vezes campeão olímpico peso-galo ganhou 142 combates consecutivos entre 1999 e 2003”.

Apesar do aborrecimento de Castro contra a 'máfia alemã', Öner disse ao 'Morgenpost' que deseja fazer negócios com o presidente cubano. 'Vou-lhe propor organizar em breve uma velada de boxe em Havana".

Hamburgo, 26 de Julho (DPA) – Os boxeadores cubanos Guillermo Rigondeaux, bi-campeão olímpico do peso-galo, e Erislandy Lara, campeão do mundo do peso welter, assinaram contratos com a promotora alemã Arena Box Promotions após ‘desertar’ durante os Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro.

“ 'As especulações chegaram ao fim. Rigondeaux e Lara têm contratos assinados por cinco anos com Arena,’ diz hoje um comunicado difundido pelo grupo hamburguês do empresário turco-alemão, Ahmet Öner.

"Os dois pugilistas viajarão em breve para a Alemanha. Öner recusou-se a revelar o lugar onde estão Ringondeaux e Lara neste momento, 'por motivos óbvios', segundo disse o comunicado da Arena, mas adiantou que estavam fazendo os trâmites legais necessários para adquirir visto e residência na Alemanha".

"Hamburgo 26 de jul (AP) - Os dois boxeadores cubanos que desertaram durante os Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro firmaram contratos na quinta-feira por cinco anos com uma cadeia de televisão a cabo. 

"O peso galo Guillermo Rigondeaux, bi-campeão olímpico e mundial de boxe amador, e o peso welter Erislandy Lara, campeão mundial amador, firmaram contratos com a empresa Arena TV.

" Arena TV é a companhia com a qual haviam firmado contrato outros três pugilistas cubanos de primeira linha que desertaram em dezembro. 

Hamburgo, 26 de Julho (DPA) – Os lutadores de boxe cubanos Guillermo Rigondeaux, duplo campeão olímpico do peso-galo, e Erislandy Lara, campeão do mundo do peso welter, assinaram contratos com a promotora alemã Arena Box Promotions após ‘desertar’ durante os Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro.

"‘Agora as melhores promessas do boxe profissional mundial disputam pela Arena’, declarou o diretor da empresa, Ahmet Öner."  

Rigondeaux e Lara não se apresentaram a suas lutas no domingo no Rio e desde então não se têm notícias deles.

Desde os Jogos Olímpicos de 2004, o boxe cubano perdeu várias de suas figuras principais, que agora lutam como profissionais nos Estados Unidos e na Europa.”

“A Arena quer ganhar presença no mundo das transmissões esportivas e estima que os cubanos representam um grande investimento.”

“Rio de Janeiro, 26 de Julho (EFE). - O empresário alemão Ahmet Öner, promotor de quatro pugilistas cubanos, já refugiados na Alemanha, admitiu em declarações a um jornal brasileiro que organizou a fuga dos dois pugilistas cubanos que desertaram durante os Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro.

“ 'Fui eu quem organizou tudo,' afirmou o proprietário da empresa Arena Box Promotions em declarações publicadas hoje no jornal Folha de São Paulo e nelas admitiu ter pago por volta de meio milhão de dólares pela operação.

Rigondeaux, 26 anos, bicampeão olímpico e mundial do peso-galo, era uma das principais figuras de Cuba nos Pan-americanos do Rio de Janeiro e considerado como medalha assegurada para seu país.

“A fuga dos dois pugilistas foi descoberta quando se ausentaram nesta semana da seção de pesagem à que tinham que submeter-se para disputarem os combates pelas suas respectivas categorias, nas quais eram favoritos à medalha de ouro.

“ 'Um grupo aqui na Alemanha com contatos na América do Sul me trouxe em Dezembro a Barthelemy, Gamboa e Solís. Paguei um bom dinheiro. Eles acabaram me trazendo a Rigondeaux e Lara,' afirmou o representante dos pugilistas.

“ 'Cuidei bem de Solís, Gamboa e Barthelemy, que são amigos de Rigondeaux e de Lara. Acho que isso ajudou,' acrescentou o empresário ao referir-se que a amizade entre os pugilistas influiu para que os outros dois campeões olímpicos também optassem por desertar para começarem as carreiras como profissionais na Alemanha.”

“O promotor alemão disse que a operação de dezembro passado para organizar a deserção dos três pugilistas e seu deslocamento até a Alemanha lhe custou cerca de 1,5 milhões de dólares.”

“'Os cinco serão campeões mundiais (de boxe profissional). Hoje sou o promotor europeu mais jovem no boxe. Com eles serei o maior,' assegurou.

Hamburgo, 26 de Julho (DPA) - [...] A fuga já estava prevista para há alguns meses, por ocasião de um torneio em Ancara. Mas nessa oportunidade os cubanos participaram com um time B, sem Rigondeaux, que era o que mais interessava a Öner.

Posteriormente, quando os cubanos decidiram não participar do torneio de Halle na Alemanha, onde se disputa a tradicional 'Chemie Pokal’, Öner começou a suspeitar que os cubanos haviam recebido uma informação de que algum pugilista pensava em desertar. A cidade de Halle e a ‘Chemie Pokal’ foram o cenário, há mais de uma década, da deserção do peso cruzador cubano Juan Carlos Gómez.” (Um quarto boxeador comprado com antecedência).

“'Por isso nos concentramos no Rio e nos Pan-americanos, onde conseguimos finalmente nosso objetivo, ’ disse.”

“‘Agora estamos em questões burocráticas com os rapazes, e quando arranjarmos todos os documentos viajaremos para a Alemanha, onde lhes vamos dar as boas-vindas no contexto adequado,‘ indicou”. Os dois cubanos assinarão um contrato por cinco anos.

“'Para os outros cubanos tudo isto durou três meses. Acho que com estes dois rapazes demoraremos a metade; isto é, um mês e meio.’“

Vejam a maneira como ostentam o feito cometido contra o país. Conhecia-se perfeitamente que no boxe, Cuba obteria quase todas as medalhas de ouro. Tinha que  golpeá-la, e não apenas compraram dois dos atletas que tinham ouro garantido, mas golpearam o excelente moral dos outros atletas que continuaram defendendo com valor suas medalhas de ouro. Até nos juízes influiu o golpe baixo.

Com todo o dinheiro do mundo jamais teriam comprado homens como Stevenson, Savón ou o falecido Roberto Balado, que tão formosa tradição deram à glória do boxe cubano.

Já temos, apesar de tudo, 44 medalhas de ouro.

Fidel Castro Ruz
27 de Julho de 2007
18h:35


CUBA NOS XV JOGOS PAN-AMERICANOS DO RIO DE JANEIRO 2007

     

ACOMPANHAMOS DE PERTO OS ATLETAS CUBANOS NO PAN 2007

     

Estimados amigos do mundo, é através da indispensável página WEB do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP) , que é nossa representação mundial na solidariedade com Cuba alem de nosso interlocutor em todas as Redes Internacionais de Solidariedade a Cuba, é através deste indispensável meio de informação rápida que envio algumas notícias do carinho e apoio brasileiro à delegação cubana de atletas no Rio de Janeiro pelos XV JUEGOS PANAMERICANOS 2007.

1) Na chegada da delegação no aeroporto internacional Antônio Carlos Jobim (Rio de Janeiro)

2) Honra ao MÉRITO PAN-AMERICANO, a medalha mais importante de Mérito Esportivo da Cidade do Rio de Janeiro

3) Jogos de beisebol com o time cubano no estádio Esportivo "Cidade do Rock"

4) Jogos diversos com os times cubanos em estádios esportivos "Multiuso" do PAN

ALINE CASTRO - REDE DE SOLIDARIEDADE A CUBA - BRASIL


Cuba pára a fim de assistir à medalha de ouro no beisebol

RIO DE JANEIRO, 20 de Julho - As luvas são de couro. A bola é de borracha. O taco é de madeira. A paixão é de ouro. Nesta sexta-feira, Cuba parou para assistir ao décimo título consecutivo de seu país no beisebol dos Jogos Pan-Americanos, conquistado com uma vitória de 3 a 1 sobre os Estados Unidos na Cidade do Rock. A torcida cubana era maioria nas arquibancadas do estádio, e davam voz aos milhões que assistiam ao duelo por toda a ilha caribenha.

São cerca de 11 milhões de habitantes. Estima-se que pelo menos metade ficou em frente à televisão, que transmitiu ao vivo para todo país a glória dos jogadores cubanos. "Falei com meu filho agora por telefone e ele nem foi trabalhar para ver o jogo. O país está muito empolgado", relata Ivis Peres, jornalista independente, devidamente uniformizada com as cores da delegação de seu país.

O beisebol é o esporte mais popular de Cuba. Todos os jogadores da seleção atuam na Liga Nacional, que conta com 16 equipes, nove delas com pelo menos um representante na equipe cubana. Os jogos costumam arrastar multidões aos estádios, como na última final entre Santiago e Industriales - maior rivalidade do país.

"Os Industriales são o Real Madrid de Cuba. São o time mais popular e os maiores campeões do país, com 11 títulos. Os jogos em Santiago e em Havana lotam, alguns com cerca de 60 mil pessoas nos estádios", afirma o jornalista Oscar Sanchez Serra, do diário Granma, especialista em beisebol.

O esporte deu a Cuba três medalhas de ouro e uma de prata (em Sydney-2000) nos últimos quatro Jogos Olímpicos. O desempenho não é por acaso. A paixão do povo pelo beisebol começa cedo.

"O beisebol é praticado em todo canto, nas escolas, nas ruas, onde tem um terreno vazio tem garotos jogando beisebol. É o esporte e o orgulho nacional", afirma Jones Martinez, atleta de futsal que acompanhava a final nas arquibancadas, junto com diversos compatriotas de outras modalidades.

Observando das arquibancadas mais uma medalha de ouro para seu país, a consagrada ex-jogadora de vôlei Regla Torres comemorou a coroação de Cuba em seu esporte predileto.

"Estou trazendo sorte e fico feliz por isso. Os cubanos gostam muito de beisebol e esta é uma medalha muito importante. Os meninos e meninas no nosso país tem vários ídolos no esporte, e isso incentiva. É uma grande paixão em Cuba", diz a tricampeã olímpica.

Para Oscar Sanchez, os maiores ídolos atualmente são o primeira base Alexander Mayeta, o jardineiro-central Giorvis Duvergel e o terceira base Yuliesky Gourriel. A experiência e o desempenho dos três acabou sendo fundamental após a derrota para o Panamá na estréia.

"São jogadores reconhecidos e aplaudidos nas ruas. São grandes ídolos para os meninos e meninas. Cuba já havia perdido para o Panamá há algumas semanas, na Venezuela, e voltou a ser derrotada aqui. Deixou o país cabisbaixo, mas é algo que acontece. Em 49 jogos, ganhamos 44 deles. Das cinco vezes que perdemos, duas foram recentemente. Mas o time foi capaz de se recuperar bem", lembra o jornalista.

A bandeira cubana tremulou mais alto pela décima vez seguida. Depois do susto na estréia, quatro vitórias consecutivas, sobre México, Venezuela, Nicarágua e Estados Unidos. Se a paixão é de ouro, o sonho continua sendo de couro, borracha e madeira para o povo cubano.


Cuba derrota Estados Unidos e ganha beisebol pela décima vez seguida


Pela 10ª Vez CUBA vence

RIO DE JANEIRO, 20 de julho - A torcida cubana contou até dez nas arquibancadas e a equipe campeã olímpica não decepcionou em campo. Nesta sexta-feira, dia 20, Cuba se tornou decacampeã pan-americana vencendo os Estados Unidos por 3 a 1 no campo 1 a Cidade do Rock.

A ilha caribenha parou para ver o título tão esperado no esporte mais popular do país.

Desde Cali-1971, os cubanos não perdem uma medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos. Das dez conquistas, seis foram em finais contra os americanos. A medalha de bronze ficou com o México e com a Nicarágua. Os mexicanos tinham vôo marcado para a manhã desta sexta-feira e não puderam comparecer à cerimônia de premiação.

Com dez rebatidas válidas no total, Cuba controlou a partida e acabou consagrada mais uma vez, agora no Rio de Janeiro. Num dia de sol e céu azul, ao contrário dos últimos, os cubanos sorriram pela décima vez consecutiva nos Jogos Pan-Americanos.

Na grande final, o primeira base Alexander Mayeta impulsionou duas corridas na terceira entrada, com Giorvis Duvergel e Yoandry Urgelles abrindo o placar, dando a vantagem definitiva aos cubanos.

Na quarta entrada, Eduardo Paret rebateu para a terceira corrida dos caribenhos, de Osmani Urrutia, abrindo 3 a 0. O americano Justin Smoak ainda impulsionou Jordan Danks na mesma quarta entrada, mas a recuperação ficou por aí.

A bela atuação do arremessador Adiel Palma - permitindo apenas quatro rebatidas válidas americanas - e do fechador Pedro Luiz Lazo, que atuou nas duas últimas entradas e permitiu apenas uma rebatida válida, coroou a bela campanha cubana, que começou com um susto.

Contra o Panamá, uma derrota inesperada, a quinta em 49 jogos na história dos Jogos. Mas a equipe campeã olímpica  conseguiu quatro vitórias seguidas, contra México, Venezuela, Nicarágua, nas semifinais, e Estados Unidos, que utilizaram cinco arremessadores diferentes durante a final.

"Estou muito feliz. Para mim, é sempre um orgulho defender as cores de Cuba. Fizemos uma grande partida, contra um adversário extremamente forte, e felizmente vencemos mais uma vez", afirma Eduardo Panet.

"Nossa equipe saiu bem para o jogo e isso nos ajudou a vencer. Com esse título, agora eu posso dormir mais tranqüilo. Seria melhor se tivéssemos ganhado por 17 a 1, pois não sofreria tanto assim no final do confronto", afirmou o treinador de Cuba, Rey Vicente Anglada.


Quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro 2007

 

 


Quadro de medalhas de todos os Jogos Pan-Americanos

 

Posição

País

Ouro

Prata

Bronze

Total

              

EUA

1.651

1.207

821

3.679

               

Cuba

722

496

440

1.658

               

Canadá

309

503

627

1.439

              

Argentina

247

263

330

840

              

Brasil

187

243

336

766

              

México

139

193

378

710

              

Venezuela

61

133

189

383

              

Colômbia

43

89

149

281

              

Chile

31

65

99

195

10º              

Porto Rico

18

66

101

185

 


Quadro de Medalhas dos Jogos Pan-Americanos - Havana 1991 - Cuba

 

Posição

País

Ouro

Prata

Bronze

Total

              

 Cuba

 140

 62

 63

 265

               

 Estados Unidos

 130

 125

 97

 352

               

 Canadá

22

 46

 59

 127

              

 Brasil

21

 21

 37

 79

              

 México

14

 23

 38

 75

              

 Argentina

11

 15

 29

 55

              

 Colômbia

 5

 15

 21

 41

              

 Venezuela

4

 14

 20

 38

              

 Porto Rico

3

 13

 11

 27

10º              

 Chile

2

 1

 7

 10

 


Esportistas cubanos recebem no Rio demonstrações de respeito e carinho dos amigos brasileiros

 

Nossa correspondente Aline Castro posa junto com uma das figuras emblemáticas do esporte cubano, o tricampeão mundial Teófilo Stevenson, outros integrantes da delegação cubana ao Rio e amigos da solidariedad neste gigante sul-americano.

A causa de nossos cinco compatriotas encarcerados injustamente em prisões norte-americanas também esteve presente em cada momento do encontro cubano-brasileiro por ocasião dos Jogos Pan-Americanos do Rio.

No ato de entrega da medalha do Mérito Pan-Americano, concedida aos nossos esportistas pelo Vereador do Rio, Pedro Porfírio, estavam presentes na mesa de trabalhos o vice-presidente do Instituto Cubano de Esportes, Educação Física e Lazer, Alberto Juantorena e nosso embaixador no Brasil, Pedro Núñez Mosquera.


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