XV Jogos Pan-Americanos - Rio
de Janeiro, Brasil
Uma bandeira
cubana foi pendurada em uma das passarelas do Aterro do Flamengo.
Público comemorou vitória do brasileiro debaixo de chuva.
Dório Victor
Do G1, no Rio
entre em contato
Dório
Victor/G1
Manifestantes penduraram bandeira cubana numa passarela do Aterro do
Flamengo (Foto: Dório Victor/G1)
Um grupo de pessoas compareceu na manhã deste domingo no Aterro do Flamengo,
Zona Sul do Rio, não só para assistir a vitória do maratonista Franck
Caldeira, mas também para dar apoio aos atletas cubanos que deixaram a Vila
do Pan antes da cerimônia de encerramento dos Jogos Pan-americanos. Os
manifestantes fazem parte do Movimento Brasileiro de Solidariedade a Cuba.
Veja
a cobertura completa do Pan
"Como você se
sentiria se uma empresa alemã tentasse tirar os atletas brasileiros da nossa
delegação? Eu me sentiria péssima. Por isso, defendo a ida dos atletas
cubanos antes que algum deles seja iludido com propostas capitalistas",
disse Aline Castro, 50 anos, que coordenava a manifestação.
Dório Victor/G1
Franck Caldeira comemorou a vitória na maratona junto com o público (Foto:
Dório Victor/G1)
Na ocasião, os manifestantes penduraram numa das passarelas do Aterro uma
bandeira de Cuba. "Apoiamos a atitude de Cuba. Essa pequena ilha tem muita
coragem, mesmo sofrendo boicote econômico e sendo ameaçada constantemente
pelos Estados Unidos. E, mesmo assim, ela ainda conseguiu ficar entre os
países com mais medalhas neste Pan" argumentou a professora Téa Munhoz, 55
anos.
A manifestação ocorreu em clima de paz e não causou nenhum transtorno aos
demais expectadores da maratona. Além dos atletas cubanos, os manifestantes
aproveitaram a ocasião para defender a política de Fidel Castro.
"Cuba exporta médicos, atletas e professores, não exporta armas nem drogas.
Cuba nunca invadiu nenhum país. É um exemplo de administração, que consegue
priorizar sempre a sua população", defendeu a escritora Teresa Briggs, 50
anos.
Fidel
Castro: A repugnante compra e venda de atletas
"Qual tem sido o pior problema dos
paises pobres do ponto de vista tecnológico e econômico? O roubo de cérebros.
Qual o ponto de vista patriótico e educativo? O roubo de talentos". Mais uma
reflexão de Fidel, desta vez dedicada ao caso da cooptação de dois atletas
do boxe de Cuba, nos recém encerrados jogos Pan-Americanos do Rio de
Janeiro. Traduzido por Eduardo Sergio*.
Órgãos locais da imprensa de paises pobres e pessoas sãs
interessadas no esporte começam a perguntar-se por quê roubam seus talentos
desportivos, depois dos sacrifícios e os gastos que investem para formá-los.
Cuba, cujos resultados e esforços no esporte amador
ninguém pode negar, sofre mais que qualquer outro país as mordidas das
piranhas. Veja-se como se comportam os fixadores de tarifas frente à
denúncia cubana. Quando falei da máfia alemã e dos milhões de dólares de que
dispunha para subornar atletas cubanos, de imediato se sentiram aludidos e
declararam: "não, não, nós não somos nenhuma máfia".
Contaram em detalhes como funciona o vergonhoso negócio
de compra e venda de boxeadores. Suas palavras, abaixo citadas, foram as
seguintes na ordem em que chegaram às minhas mãos:
"Hamburgo, 24 de julho (DPA) - Os
responsáveis pela Arena Box Promotions, uma das empresas alemãs que captam
boxeadores amadores do estrangeiro para convertê-los em profissionais, se
defenderam hoje ante as críticas do presidente cubano, Fidel Castro."
"Müller-Michaelis soube através da
DPA das acusações de Castro, quem confirmou em um artigo que difunde hoje a
imprensa cubana as deserções de Guillermo Rigondeaux, bicampeão mundial e
olímpico, e de Erislandy Lara, campeão mundial, que compunham a
delegação de seu país nos Panamericanos do Rio de Janeiro."
"‘Na Alemanha existe uma máfia que se dedica a selecionar,
comprar e promover boxeadores cubanos nas competições esportivas
internacionais’, afirmou o líder cubano. ‘Usa métodos psicológicos refinados
e muitos milhões de dólares’, acrescentou."
"Hamburgo, 25 de julho (DPA) - Os
dois boxeadores cubanos que desertaram durante os atuais Jogos Panamericanos
do Rio de Janeiro, Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, utilizaram
mediadores para entrar em contato com a promotora alemã Arena Box
Promotions, segundo declarou a um diário de Berlim o turco-alemão Ahmet Öner,
chefe da promotora.
"Em suas breves declarações para o
jornal, Öner diz que foram os pugilistas que saíram da delegação de seu país
e que começaram a busca por contatos em sua companhia e não ao contrário,
como se insinuou em alguns meios cubanos.
"Devido a isto, Öner que não se
encontra na Alemanha, mas de férias em algum lugar do sul da Europa, disse
que decidiu enviar emissários para a América do Sul para tentar entrar em
contato com Rigondeaux e Lara, sem dar mais detalhes.
"As declarações de Öner foram confirmadas hoje em
Hamburgo pelo porta-voz da Arena, Malthe Müller-Michaelis, que reiterou que
a iniciativa partiu dos 'desertores‘ cubanos, segundo a agência DPA ".
" Trata-se neste caso de Odlanier Solís, Yuriolquis
Gamboa e Yan Barthelemy que não estão na Alemanha neste momento, mas de
férias fora do país ".
"Por outro lado, Peter Danckert,
presidente da Comissão de Esportes da Bundestag (Câmara Baixa) do Parlamento
alemão, recusou-se a prestar declarações sobre os boxeadores cubanos fugidos.
" 'Isso que o façam os experts no assunto', disse a um
requerimento da agência DPA em Berlim."
" Hamburgo, 26 de Julho (DPA) - Os dois pugilistas
cubanos que 'desertaram' dos Jogos Pan-americanos 2007 no Rio de Janeiro,
Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, encontram-se na Turquia onde esperam
concessão de permanência na Alemanha, segundo afirma hoje o diário ‘Morgenpost'.
" ‘Contratamos Rigondeaux e Lara’, confirmou ao jornal o
chefe da Arena Box Promotion hamburguês, o turco Ahmet Öner.
" ‘Fidel está naturalmente zangado, mas ele não tem
razões para se admirar. Seus pugilistas não querem continuar sendo amadores
por toda a vida, e sim ganhando dinheiro ', menciona o jornal a Öner.
"‘Fidel quer esconder do mundo seus formidáveis lutadores.
Eu os mostro para o mundo’, destacou o jovem promotor de 34 anos. “Rigondeaux,
26 anos, possui um cartel extraordinário. Duas vezes campeão olímpico peso-galo
ganhou 142 combates consecutivos entre 1999 e 2003”.
“Apesar do aborrecimento de Castro
contra a 'máfia alemã', Öner disse ao 'Morgenpost' que deseja fazer negócios
com o presidente cubano. 'Vou-lhe propor organizar em breve uma velada de
boxe em Havana".
“Hamburgo, 26 de Julho (DPA) – Os
boxeadores cubanos Guillermo Rigondeaux, bi-campeão olímpico do peso-galo, e
Erislandy Lara, campeão do mundo do peso welter, assinaram contratos com a
promotora alemã Arena Box Promotions após ‘desertar’ durante os Jogos Pan-americanos
do Rio de Janeiro.
“ 'As especulações chegaram ao fim. Rigondeaux e Lara têm
contratos assinados por cinco anos com Arena,’ diz hoje um comunicado
difundido pelo grupo hamburguês do empresário turco-alemão, Ahmet Öner.
"Os dois pugilistas viajarão em breve para a Alemanha.
Öner recusou-se a revelar o lugar onde estão Ringondeaux e Lara neste
momento, 'por motivos óbvios', segundo disse o comunicado da Arena, mas
adiantou que estavam fazendo os trâmites legais necessários para adquirir
visto e residência na Alemanha".
"Hamburgo 26 de jul (AP) - Os dois
boxeadores cubanos que desertaram durante os Jogos Pan-americanos do Rio de
Janeiro firmaram contratos na quinta-feira por cinco anos com uma cadeia de
televisão a cabo.
"O peso galo Guillermo Rigondeaux, bi-campeão olímpico e
mundial de boxe amador, e o peso welter Erislandy Lara, campeão mundial
amador, firmaram contratos com a empresa Arena TV.
" Arena TV é a companhia com a qual haviam firmado
contrato outros três pugilistas cubanos de primeira linha que desertaram em
dezembro.
“Hamburgo, 26 de Julho (DPA) – Os
lutadores de boxe cubanos Guillermo Rigondeaux, duplo campeão olímpico do
peso-galo, e Erislandy Lara, campeão do mundo do peso welter, assinaram
contratos com a promotora alemã Arena Box Promotions após ‘desertar’ durante
os Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro.
"‘Agora as melhores promessas do boxe profissional
mundial disputam pela Arena’, declarou o diretor da empresa, Ahmet Öner."
“Rigondeaux e Lara não se
apresentaram a suas lutas no domingo no Rio e desde então não se têm
notícias deles.
“Desde os Jogos Olímpicos de 2004,
o boxe cubano perdeu várias de suas figuras principais, que agora lutam como
profissionais nos Estados Unidos e na Europa.”
“A Arena quer ganhar presença no mundo das transmissões
esportivas e estima que os cubanos representam um grande investimento.”
“Rio de Janeiro, 26 de Julho (EFE). - O empresário alemão
Ahmet Öner, promotor de quatro pugilistas cubanos, já refugiados na Alemanha,
admitiu em declarações a um jornal brasileiro que organizou a fuga dos dois
pugilistas cubanos que desertaram durante os Jogos Pan-americanos do Rio de
Janeiro.
“ 'Fui eu quem organizou tudo,' afirmou o proprietário da
empresa Arena Box Promotions em declarações publicadas hoje no jornal Folha
de São Paulo e nelas admitiu ter pago por volta de meio milhão de dólares
pela operação.
“Rigondeaux, 26 anos, bicampeão
olímpico e mundial do peso-galo, era uma das principais figuras de Cuba nos
Pan-americanos do Rio de Janeiro e considerado como medalha assegurada para
seu país.
“A fuga dos dois pugilistas foi descoberta quando se
ausentaram nesta semana da seção de pesagem à que tinham que submeter-se
para disputarem os combates pelas suas respectivas categorias, nas quais
eram favoritos à medalha de ouro.
“ 'Um grupo aqui na Alemanha com contatos na América do
Sul me trouxe em Dezembro a Barthelemy, Gamboa e Solís. Paguei um bom
dinheiro. Eles acabaram me trazendo a Rigondeaux e Lara,' afirmou o
representante dos pugilistas.
“ 'Cuidei bem de Solís, Gamboa e Barthelemy, que são
amigos de Rigondeaux e de Lara. Acho que isso ajudou,' acrescentou o
empresário ao referir-se que a amizade entre os pugilistas influiu para que
os outros dois campeões olímpicos também optassem por desertar para
começarem as carreiras como profissionais na Alemanha.”
“O promotor alemão disse que a operação de dezembro
passado para organizar a deserção dos três pugilistas e seu deslocamento até
a Alemanha lhe custou cerca de 1,5 milhões de dólares.”
“'Os cinco serão campeões mundiais (de boxe profissional).
Hoje sou o promotor europeu mais jovem no boxe. Com eles serei o maior,'
assegurou.
“Hamburgo, 26 de Julho (DPA) -
[...] A fuga já estava prevista para há alguns meses, por ocasião de um
torneio em Ancara. Mas nessa oportunidade os cubanos participaram com um
time B, sem Rigondeaux, que era o que mais interessava a Öner.
“Posteriormente, quando os cubanos
decidiram não participar do torneio de Halle na Alemanha, onde se disputa a
tradicional 'Chemie Pokal’, Öner começou a suspeitar que os cubanos haviam
recebido uma informação de que algum pugilista pensava em desertar. A cidade
de Halle e a ‘Chemie Pokal’ foram o cenário, há mais de uma década, da
deserção do peso cruzador cubano Juan Carlos Gómez.” (Um quarto boxeador
comprado com antecedência).
“'Por isso nos concentramos no Rio e nos Pan-americanos,
onde conseguimos finalmente nosso objetivo, ’ disse.”
“‘Agora estamos em questões burocráticas com os rapazes,
e quando arranjarmos todos os documentos viajaremos para a Alemanha, onde
lhes vamos dar as boas-vindas no contexto adequado,‘ indicou”. Os dois
cubanos assinarão um contrato por cinco anos.
“'Para os outros cubanos tudo isto durou três meses. Acho
que com estes dois rapazes demoraremos a metade; isto é, um mês e meio.’“
Vejam a maneira como ostentam o feito cometido contra o
país. Conhecia-se perfeitamente que no boxe, Cuba obteria quase todas as
medalhas de ouro. Tinha que golpeá-la, e não apenas compraram dois dos
atletas que tinham ouro garantido, mas golpearam o excelente moral dos
outros atletas que continuaram defendendo com valor suas medalhas de ouro.
Até nos juízes influiu o golpe baixo.
Com todo o dinheiro do mundo jamais teriam comprado
homens como Stevenson, Savón ou o falecido Roberto Balado, que tão formosa
tradição deram à glória do boxe cubano.
Já temos, apesar de tudo, 44 medalhas de ouro.
Fidel Castro Ruz
27 de Julho de 2007
18h:35
CUBA NOS XV JOGOS PAN-AMERICANOS DO RIO DE JANEIRO 2007
ACOMPANHAMOS DE PERTO OS ATLETAS CUBANOS NO PAN 2007
Estimados amigos do mundo, é através da indispensável
página WEB do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP) , que é nossa
representação mundial na solidariedade com Cuba alem de nosso interlocutor
em todas as Redes Internacionais de Solidariedade a Cuba, é através deste
indispensável meio de informação rápida que envio algumas notícias do
carinho e apoio brasileiro à delegação cubana de atletas no Rio de Janeiro
pelos XV JUEGOS PANAMERICANOS 2007.
1) Na chegada da delegação no aeroporto internacional
Antônio Carlos Jobim (Rio de Janeiro)
2) Honra ao MÉRITO PAN-AMERICANO, a medalha mais
importante de Mérito Esportivo da Cidade do Rio de Janeiro
3) Jogos de beisebol com o time cubano no estádio
Esportivo "Cidade do Rock"
4) Jogos diversos com os times cubanos em estádios
esportivos "Multiuso" do PAN
ALINE CASTRO - REDE DE SOLIDARIEDADE A CUBA - BRASIL
Cuba pára a
fim de assistir à medalha de ouro no beisebol
RIO DE JANEIRO, 20 de Julho - As luvas são de couro. A bola é de borracha. O
taco é de madeira. A paixão é de ouro. Nesta sexta-feira, Cuba parou para
assistir ao décimo título consecutivo de seu país no beisebol dos Jogos Pan-Americanos,
conquistado com uma vitória de 3 a 1 sobre os Estados Unidos na Cidade do
Rock. A torcida cubana era maioria nas arquibancadas do estádio, e davam voz
aos milhões que assistiam ao duelo por toda a ilha caribenha.
São cerca de 11 milhões de habitantes. Estima-se que pelo menos metade ficou
em frente à televisão, que transmitiu ao vivo para todo país a glória dos
jogadores cubanos. "Falei com meu filho agora por telefone e ele nem foi
trabalhar para ver o jogo. O país está muito empolgado", relata Ivis Peres,
jornalista independente, devidamente uniformizada com as cores da delegação
de seu país.
O beisebol é o esporte mais popular de Cuba. Todos os jogadores da seleção
atuam na Liga Nacional, que conta com 16 equipes, nove delas com pelo menos
um representante na equipe cubana. Os jogos costumam arrastar multidões aos
estádios, como na última final entre Santiago e Industriales - maior
rivalidade do país.
"Os Industriales são o Real Madrid de Cuba. São o time mais popular e os
maiores campeões do país, com 11 títulos. Os jogos em Santiago e em Havana
lotam, alguns com cerca de 60 mil pessoas nos estádios", afirma o jornalista
Oscar Sanchez Serra, do diário Granma, especialista em beisebol.
O esporte deu a Cuba três medalhas de ouro e uma de prata (em Sydney-2000)
nos últimos quatro Jogos Olímpicos. O desempenho não é por acaso. A paixão
do povo pelo beisebol começa cedo.
"O beisebol é praticado em todo canto, nas escolas, nas ruas, onde tem um
terreno vazio tem garotos jogando beisebol. É o esporte e o orgulho nacional",
afirma Jones Martinez, atleta de futsal que acompanhava a final nas
arquibancadas, junto com diversos compatriotas de outras modalidades.
Observando das arquibancadas mais uma medalha de ouro para seu país, a
consagrada ex-jogadora de vôlei Regla Torres comemorou a coroação de Cuba em
seu esporte predileto.
"Estou trazendo sorte e fico feliz por isso. Os cubanos gostam muito de
beisebol e esta é uma medalha muito importante. Os meninos e meninas no
nosso país tem vários ídolos no esporte, e isso incentiva. É uma grande
paixão em Cuba", diz a tricampeã olímpica.
Para Oscar Sanchez, os maiores ídolos atualmente são o primeira base
Alexander Mayeta, o jardineiro-central Giorvis Duvergel e o terceira base
Yuliesky Gourriel. A experiência e o desempenho dos três acabou sendo
fundamental após a derrota para o Panamá na estréia.
"São jogadores reconhecidos e aplaudidos nas ruas. São grandes ídolos para
os meninos e meninas. Cuba já havia perdido para o Panamá há algumas semanas,
na Venezuela, e voltou a ser derrotada aqui. Deixou o país cabisbaixo, mas é
algo que acontece. Em 49 jogos, ganhamos 44 deles. Das cinco vezes que
perdemos, duas foram recentemente. Mas o time foi capaz de se recuperar bem",
lembra o jornalista.
A bandeira cubana tremulou mais alto pela décima vez seguida. Depois do
susto na estréia, quatro vitórias consecutivas, sobre México, Venezuela,
Nicarágua e Estados Unidos. Se a paixão é de ouro, o sonho continua sendo de
couro, borracha e madeira para o povo cubano.
Cuba
derrota Estados Unidos e ganha beisebol pela décima vez seguida
Pela 10ª Vez CUBA vence
RIO DE JANEIRO, 20 de julho - A torcida cubana contou até dez nas
arquibancadas e a equipe campeã olímpica não decepcionou em campo. Nesta
sexta-feira, dia 20, Cuba se tornou decacampeã pan-americana vencendo os
Estados Unidos por 3 a 1 no campo 1 a Cidade do Rock.
A ilha caribenha parou para ver o título tão esperado no esporte mais
popular do país.
Desde Cali-1971, os cubanos não perdem uma medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos.
Das dez conquistas, seis foram em finais contra os americanos. A medalha de
bronze ficou com o México e com a Nicarágua. Os mexicanos tinham vôo marcado
para a manhã desta sexta-feira e não puderam comparecer à cerimônia de
premiação.
Com dez rebatidas válidas no total, Cuba controlou a partida e acabou
consagrada mais uma vez, agora no Rio de Janeiro. Num dia de sol e céu azul,
ao contrário dos últimos, os cubanos sorriram pela décima vez consecutiva
nos Jogos Pan-Americanos.
Na grande final, o primeira base Alexander Mayeta impulsionou duas corridas
na terceira entrada, com Giorvis Duvergel e Yoandry Urgelles abrindo o
placar, dando a vantagem definitiva aos cubanos.
Na quarta entrada, Eduardo Paret rebateu para a terceira corrida dos
caribenhos, de Osmani Urrutia, abrindo 3 a 0. O americano Justin Smoak ainda
impulsionou Jordan Danks na mesma quarta entrada, mas a recuperação ficou
por aí.
A bela atuação do arremessador Adiel Palma - permitindo apenas quatro
rebatidas válidas americanas - e do fechador Pedro Luiz Lazo, que atuou nas
duas últimas entradas e permitiu apenas uma rebatida válida, coroou a bela
campanha cubana, que começou com um susto.
Contra o Panamá, uma derrota inesperada, a quinta em 49 jogos na história
dos Jogos. Mas a equipe campeã olímpica conseguiu quatro vitórias seguidas,
contra México, Venezuela, Nicarágua, nas semifinais, e Estados Unidos, que
utilizaram cinco arremessadores diferentes durante a final.
"Estou muito feliz. Para mim, é sempre um orgulho defender as cores de Cuba.
Fizemos uma grande partida, contra um adversário extremamente forte, e
felizmente vencemos mais uma vez", afirma Eduardo Panet.
"Nossa
equipe saiu bem para o jogo e isso nos ajudou a vencer. Com esse título,
agora eu posso dormir mais tranqüilo. Seria melhor se tivéssemos ganhado por
17 a 1, pois não sofreria tanto assim no final do confronto", afirmou o
treinador de Cuba, Rey Vicente Anglada.
Quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos
do Rio de Janeiro 2007
Quadro de medalhas de
todos os Jogos Pan-Americanos
Quadro de Medalhas dos Jogos Pan-Americanos - Havana 1991 - Cuba
Posição
|
País
|
Ouro
|
Prata
|
Bronze
|
Total
|
1º
|
Cuba
|
140
|
62
|
63
|
265
|
2º
|
Estados Unidos
|
130
|
125
|
97
|
352
|
3º
|
Canadá
|
22
|
46
|
59
|
127
|
4º
|
Brasil
|
21
|
21
|
37
|
79
|
5º
|
México
|
14
|
23
|
38
|
75
|
6º
|
Argentina
|
11
|
15
|
29
|
55
|
7º
|
Colômbia
|
5
|
15
|
21
|
41
|
8º
|
Venezuela
|
4
|
14
|
20
|
38
|
9º
|
Porto Rico
|
3
|
13
|
11
|
27
|
10º
|
Chile
|
2
|
1
|
7
|
10
|
Esportistas cubanos
recebem no Rio demonstrações de respeito e carinho dos amigos brasileiros
Nossa correspondente Aline Castro posa junto com uma das figuras
emblemáticas do esporte cubano, o tricampeão mundial Teófilo Stevenson,
outros integrantes da delegação cubana ao Rio e amigos da solidariedad neste
gigante sul-americano.
A causa de nossos cinco compatriotas encarcerados injustamente em prisões
norte-americanas também esteve presente em cada momento do encontro
cubano-brasileiro por ocasião dos Jogos Pan-Americanos do Rio.
No ato de entrega da medalha do Mérito Pan-Americano, concedida aos nossos
esportistas pelo Vereador do Rio, Pedro Porfírio, estavam presentes na mesa
de trabalhos o vice-presidente do Instituto Cubano de Esportes, Educação
Física e Lazer, Alberto Juantorena e nosso embaixador no Brasil, Pedro Núñez
Mosquera.
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