~ Título: Punks no jardim-de-infância
~ Legenda: Nas grandes cidades surgem os emos, jovens que aliam o som pesado à sexualidade flexível
~ Não é incomum que os emos sejam insultados ou ate agredidos por outros jovens. Na Galeria do Rock, em São Paulo, onde se reúnem às sextas-feiras sãofreqüentes arrastões em que a garotada, perplexa, é expulsa do local a tapas por punks mais velhos
~ Os próprios donos das lojas desconfiam da presença infanto-juvenil, dizem que os emos espantam fregueses.
~ Um adolecente emo de um tradicional colégio paulista.Teve de sair da escola depois de publicar no Orkut uma foto em que beijava um colega.

~ Os comentários mais maldosos ficam para os meninos."Já disseram que eu era gay e me chamaram de emocinha", diz Bruno Tonel, de 17 anos, de São Paulo.Ele diz namorar uma garota emo e afirma ter amigos de sexualmente flexíveis.
[Eu tenho que fazer uma obsevação sobre esse último testo.Bruno Tonel, mais conhecido por Burns Tonel, até ano passado estudava no mesmo colégio que eu.Quem será que chamava ele de gay???]
~ Em São Paulo, eles se reúnem na saída das escolas, em lojas de artigo de rock, em show no Hangar 110 ou em casas noturnas como Attari e A Torre.Por serem muito jovens, não fovam até mais tarde na balada."Quando saio, volto para casa à meia-noite" afirma Fernanda Rocha, de 17 anos.
[Outra observação, essa é a namorada do Burns ¬¬']
~ Eles chegam a chorar de forma compulsiva nos shows - o que pode parecer estranho para quem acompanha a batida pesada do hardcore que embala as canções.Versos como Já tentei fazer com que você voltasse/Também já tentei sozinho encontrar a solução/Pra acabar com essa dor que hoje assola meu coração, da banda gaúcha Fresno, soariam perfeitos na boca de Sandy, mas são entoadas como hino pelos emos mais radicais."Choro ao ouvrir um som que fala de smor.A música me faz lembrar de coisas que vivi ou deixei de faze", diz Angelo Coffy, de 23 anos.
[Sou obrigada a fazer outra observação.Será que ele chora quando escuta Zezé di Camargo e Luciano?]
~ Esses alunos do jardim-de-infância da cultura pop têm na ponta da língua a resposta para os problemas da transição entre infância e o mundo adukto."A gente se abraça porque é disso que mais precisamos nesta fase da vida.E não recebemos isso dos outros", diz Laura, de 14 anos.
[É nessas horas que eu me pergunto: cadê a mãe dos emos???]
- Ser emo é:
~ Usarcabelos lisos com enormes franjas no rosto.Usando somente de um lado, denotam certa ambigüidade sexual
E o destaque
~ Lutar por um mundo sem violência, em que um dia todos se abracem sem parar