Despedida
Serenata
do Adeus
Ai, a lua que no céu surgiu
Não
é a mesma que te viu
Nascer dos braços meus
Cai a noite sobre o nosso amor
E agora só restou do amor
Uma palavra: adeus
Ai, vontade de ficar
Mas tendo de ir embora
Ai, que amar é se ir morrendo pela vida afora
É refletir na lágrima
Um momento breve
De uma estrela pura, cuja luz morreu
Ah, mulher, estrela a refulgir
Parte, mas antes de partir
Rasga o meu coração
Crava as garras no meu peito em dor
E esvai em sangue todo o amor
Toda a desilusão
Ai, vontade de ficar
Mas tendo de ir embora
Ai, que amar é se ir morrendo pela vida afora
É refletir na lágrima
Um momento breve de uma estrela pura
Cuja luz morreu
Numa noite escura
Triste como eu
Vinicius
de Moraes
Adeus
Um
abraço...
Um aceno...
Um olhar...
E cada vez mais longe ficas do meu olhar...
Não podes mais ver o meu aceno...
E inacessível estás aos meus braços
Adeus, eu digo
Mas também minha voz não mais te alcança
A brisa que brinca com meus cabelos
Mansamente leva-me pra longe
Suavemente me empurra pra frente
Preciso prosseguir...
Faço força pra firmar cada passo
Não tenho coragem de olhar pra trás
A esperança de voltar me consola
O medo de não voltar me assusta
Mas preciso ir...
Rumo ao Sol, antes que se faça a noite
E assim será o meu adeus
Triste, suave e bela, como esta poesia...
Chuva
na vidraça, lágrimas nos olhos...
Faz
frio lá fora...
e os pingos de chuva batem em minha vidraça
Dentro de mim também sinto frio
e no coração dor intensa
Dor de saudade...
Tal qual as nuvens do céu choram meus olhos
Mas as lágrimas não encontram terra onde cair
Porque você não está aqui para enxugá-las...
Fecho
os olhos e lembro dos nossos momentos
Cada palavra, cada gesto, cada toque, cada beijo
Sozinha no meu quarto, penso em ti e te desejo...
Te quero, preciso de ti
Chamo teu nome baixinho, minha alma grita por socorro
Mas não podes me ouvir
Longe estás de meus braços, de meus olhos, de minha voz!
Às
vezes vens em meus olhos
e tudo volta ao feliz passado dos dias ensolarados
Passeamos nas colinas floridas
Sentamos na grama e trocamos juras de amor...
Porém ao acordar, volto ao presente, lá fora ainda chove
A cama vazia, minha alma em prantos
E mais uma vez voltam as lágrimas
Não
me basta a voz no telefone
Quisera eu estar contigo agora!
Disfarço o sofrimento com uma voz alegre
Mas dentro o pranto me invade lentamente
Você
teve que ir, me prometeu que um dia voltava
Desde que você se foi, meus dias são frios, nublados e chuvosos
Mas você me prometeu que voltaríamos ao passado..
Aos tempos bons e aos dias de sol
Você disse que me amava, me pediu pra esperar
Me abraçou carinhosamente, enxugou minhas lágrimas
Beijou-me longamente e se foi
Desapareceu no frio e branco corredor do aeroporto...
Te
amo e te espero
Te espero porque te amo
E cada dia mais te amo
A cada momento sonho com sua volta
Encho meu íntimo de sua presença
E meu coração de recordações
Então
me tranco em meu quarto
Coloco a nossa música
E entre o pranto sussurro uma oração
Pedindo a Deus forças para suportar essa dor
Dor da espera....
Dor da solidão...
Dor da saudade....
E lá fora, recomeça a chuva...
e as gotas batem em minha vidraça....
Lady
Darknes