Telmo Bastos
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No limiar do Terceiro Milênio, e quando profetas anunciam, com hora e data marcada, o "fim do mundo", aflora o pensamento místico sobre o destino de nossas almas. Muitos se voltam para o auto-flagelo, a clausura, ou procuram justificar, através de atitudes de natureza beneficente, a sua finalidade neste mundo. A Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis fundamenta sua doutrina sobre o ponto basilar da fraternidade iniciática e cultural, surgida no Egito Antigo, antes de Cristo, e revitalizada no século XVII com a publicação de três manifestos estabelecendo os objetivos e metodologias da Ordem. Autodefine-se como uma instituição de natureza fundamentalmente mística. É uma Organização de caráter educacional, cultural e fraternal, não religiosa e apolítica, atuando em nível internacional, e composta de homens e mulheres de boa vontade para despertar suas faculdades interiores. Oferece sua filosofia e práticas tradicionais a fim de que o ser humano possa levar uma vida mais harmonizada, saudável e alegre. O rosacrucianismo foi estabelecido no continente americano no começo do século 20, em 1915, nos Estados Unidos, pelo Dr. Harvey Spencer Lewis, expandindo-se em seguida para o restante do continente. A Ordem relembra as palavras do seu principal divulgador: "Existem poucas organizações chamadas fraternais ou sociais, voltadas para o crescimento do ser humano, que tiveram uma publicidade e uma divulgação externa tão abrangente quanto a Ordem Rosacruz teve". Traça a História até a introdução da prensa tipográfica ou até o início do desenvolvimento das artes gráficas, quando a impressão começou a ser usada extensivamente de forma econômica e racional. A história da Ordem sempre esteve associada ao desenvolvimento da comunicação. H. Spencer Lewis historiou que entre os anos 1610 e 1620, quando a arte da impressão foi desenvolvida a um ponto economicamente viável, os rosacruzes foram os primeiros a usa-la para propaganda mundial. A propaganda rosacruz daquele século, através de panfletos, dos quais foram impressos milhares de cópias, equivalente a uma transmissão por rádio nos nossos dias. Diz Spencer que esses panfletos não eram direcionados de forma conservadora para alguns poucos, ou para pessoas seletas, eleitas, intelectuais ou ricas, mas às pessoas pensantes do mundo. Aspectos históricos da Ordem devem ser conhecidos. O faraó Akhenaton, da XVIII Dinastia do Egito Antigo, foi o Grande Mestre tradicional da antiga Fraternidade. Ele é conhecido pela iniciativa de formulação da primeira concepção monoteísta. Por isso o ano rosacruz é contado a partir de 1353 a.C. A Ordem Rosacruz autodefine-se como uma filosofia de natureza não religiosa, calcada no conceito do misticismo como a busca de conhecimento direto mediante processos psíquicos que ultrapassam as funções intelectuais. Sua características básicas é a experiência pessoal da Divindade, sem qualquer mediação. Sua doutrina estabelece que as coisas e os seres que conhecemos e que constituem nosso mundo e universo em geral têm a mesma essência: a essência do Ser Cósmico, que está presente no âmago do seu ser como um potencial infinito de inteligência, poder e comunhão. Sua fundamentação está centrada nas faculdades humanas. Baseia-se no conhecimento adquirido através da assimilação de princípios e conceitos universais sobre a natureza do ser humano, do universo e da vida; e da prática através de rituais e exercícios para a maior expressão do seu ser, auto-conhecimento e realização mística. Pode ser sintetizada na frase "conhece-te a ti mesmo". O nome Rosacruz é um termo composto que designa o símbolo fundamental da organização, uma cruz dourada com uma única rosa rubra entreaberta no centro. A cruz representa as vicissitudes da vida humana no mundo; a rosa, a evolução do ser humano, mediante essas vicissitudes. Pensadores como Descartes, Isaac Newton foram iniciados rosacruzes, que deixaram grandiosas contribuições para o desenvolvimento do livre pensar da humanidade.