ROBERTO LANDELL DE MOURA
(Porto Alegre, Brasil, Rio Grande do Sul - 1861-1928)
Nota prévia: Este artigo foi escrito para a "Minha Rádio" por Luiz Netto, um
dos maiores estudiosos e divulgadores da vida e obra de Landell de Moura.
Roberto Landell de Moura, sacerdote-cientista brasileiro, nasceu na cidade
de Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, numa casa de esquina na
rua de Bragança, hoje Marechal Floriano, com a antiga Praça do Mercado, aos
21 de Janeiro de 1861. Ele era o quarto filho de uma família tradicional,
com ascendência inglesa, pelo lado da mãe. Foi educado dentro dos principios
da Igreja Católica e estudou com o pai, o capitão Ignácio José Ferreira de
Moura, as primeiras letras. Sua mãe, com quem teve grande identidade,
chamava-se Sara Marianna Landell de Moura e teve quatorze filhos.
Quando já sabia ler e começava aprender a tabuada, Landell de Moura
procurava algum meio para não decorar. Tinha aversão por decorar aquilo que
não entendia bem. Na infância ele ficou impressionado com as manchas da lua,
o abatimento moral dos pobres e as coisas científicas, e na adolescência,
com o inseto carregado pela formiga, a força da cobra vencida pelas forças
do agrupamento de formigas agarradas a ela, - força elástica ou de
elasticidade; a procura da conservação da carne verde; a sondagem dos
charcos de lagoas para ver o que nelas existia; abrir os animais mortos ou
assistir à sua abertura para ver como eram feitos interiormente; a grande
pena que tinha ao ver matar um animal e indignação que experimentava ao ver
que o malhavam matando ou prolongavam seu sofrimento.
Seu pendor pelas ciências se manifestou muito cêdo. Aos dezesseis anos, um
ano depois de ter sido anunciado o invento do telefone por Graham Bell,
construiu um telefone, provavelmente sem nunca ter visto o aparelho. Nessa
mesma época, desenvolveu alguns compostos químicos, como um dos que utilizou
para remover a carie dos dentes, fez autópsia de um gato e estudou a
influência que a eletricidade atmosféria podia ter sobre o animal.
Landell de Moura cultivou gosto pela música, poesia e prosa poética. Gostava
de ler Telêmaco e as composições poéticas. Em plena puberdade, o gosto pelos
conceitos filosóficos, pelo estudo da mecânica celeste, pelo estudo das
ciências físicas e químicas, prenunciavam que por sua inteligência algo de
muito importante seria produzido.
Após a conclusão de seus estudos de Humanidades, transferiu-se de Porto
Alegre para o Rio de Janeiro, Em 1878 seguiu com seu irmão Guilherme para
Roma, tendo ingressado no Colégio Pio Americano para os estudos religiosos
tendo frequentado também concomitantemente a Universidade Gregoriana para
seus estudos de Ciências Físicas e Químicas. Matriculou-se a 22 de Março de
1878 Foi ordenado sacerdote a 28 de Outubro de 1886, rezando sua primeira missa.
E foi em Roma que Landell de Moura concebeu as primeiras idéias da teoria
intitulada - UNIDADE DAS FORÇAS FÍSICAS E A HARMONIA DO UNIVERSO.
Concluidos os estudos, quando viajava de de Roma à Paris observou um
fenômeno, muito comum no estio, que reafirmou seu ponto de vista: O ar
quanto aquecido, parece galopar no espaço. Havia possibilidade de enviar
mensagens por ele.
Voltando a residir no Rio de Janeiro, no tradicional seminário de São José,
na então Rua da Ajuda, ao pé do Morro do Castelo, chegou a substituir o
coadjutor do capelão do Paço Imperial e manteve longas palestras de caráter
científico com D. Pedro II. Regressou ao Rio Grande do Sul, em vinte de
fevereiro de 1887. Foi nomeado Capelão da Igreja do Bomfim e, ao mesmo
tempo, professor de história universal no Seminário Episcopal de Porto
Alegre. Passou por Uruguaiana e, em 1892, partiu para o Estado de São
Paulo, onde seria vigário sucessivamente nas cidades de Santos, Campinas, e
São Paulo.
Em Campinas, continuando seus estudos científicos, padre Landell enunciou o
seguinte principio: " Todo movimento vibratório que até hoje, como no
futuro, puder ser transmitido através de um condutor, poderá ser transmitido
através de um feixe luminoso; e, por esse mesmo fato, poderá ser também
transmitido sem o concurso desse agente" . Imediatamente deduziu a seguinte
lei:
" Todo movimento vibratório tende a transmitir-se na razão direta de sua
intensidade, constância e uniformidade de seus valores ondulatórios e na
razão inversa dos obstáculos que se opuserem à sua marcha e produção".
Depois disso enunciou um postulado maior: "Dai me um movimento vibratório
tão extenso quanto a distância que nos separa dessas outras terras que rolam
sobre as nossas cabeças, ou sob nossos pés, e eu farei chegar a minha voz
até lá"
Definidas as suas teorias, revolucionárias para a época, os problemas e
dificuldades não tardariam a surgir. Em 1893, Padre Landell foi ao Rio de
Janeiro solicitar à Igreja subvenção para as suas experiências de telegrafia
e telefonia sem fio. Subiu a escadaria da Igreja da Glória e foi conversar,
na sacristia, com o Monsenhor Molina. O fato repercutiu entre as pessoas que
já sabiam a que padre Landell fora à capital da República. O depoimento de
uma delas, publicado em um jornal do Rio de Janeiro, muitos anos depois,
revelou o desenlace: "O olhar entristecido parecia fitar ao longe uma imagem
adorada que desaparecia... e que ele queria guardar para sempre na retina...
E os seus lábios, crispados por uma dor sem fim, não mais descerraram para
falar de suas esperanças... Foi lhe negada a subvenção para as experiências
do telégrafo sem fio, e de um outro aparelho, que apanharia as ondas sonoras,
e faria ouvir qualquer voz de um continente a outro... Nunca mais pude
esquecer o padre Landell de Moura". Apesar do revés, padre Landell não
desistiu e com enorme esforço dar seqüencia a seus projetos.
"Tendo residido trinta anos no Estado de São Paulo, dos quais 25 na capital,
ouvi muitas vezes falar, ali, das experiências realizadas por aquele ilustre
sacerdote (padre Landell), de transmissões de telegrafia e telefonia sem fio,
do alto da Avenida Paulista para o alto do bairro de Santana, numa distância
aproximada de uns oito quilômetros em linha reta, fatos esses ocorridos mais
ou menos entre os anos de 1892 a 1894. O curioso desse testemunho de Jayme
Leal Velloso (Jornal da Manhã de Porto Alegre, de dezesseis de julho de 1933),
é que as datas mostram que Landell se antecipou à Marconi nas radiocomunicações,
pois oficialmente consta que o cientista italiano realizou sua primeira
experiência em 1895, na vila de Pontecchio, quando, utilizando o oscilador
de Hertz, a antena de Popov e o coesor de Branly, transmitiu sinais
radiotelegráficos (em código Morse) entre dois pontos distanciados de uma
centena de metros.
O senhor Ernani Fornari, um dos biógrafos de Landell, que com ele privou,
afirma em seu livro " O incrível padre Landell de Moura" que as primeiras
experiências de transmissão e recepção sem fio efetuadas pelo padre Landell,
com pleno êxito, ocorreram entre os anos de 1893 e 1894. Infelizmente não há
documentação sobre estas experiências, mas documentada está a experiencia
levada a efeito em 03 de Junho de 1900, com presença de autoridades,
incluindo o Consul inglês em Sáo Paulo P.C.P Lupton, com a presença da
imprensa, onde foi feita a transmissão e recepção de sinais de voz, no
ponto costumeiro que Landell utilizava para suas experiências em São Paulo,
entre a Avenida Paulista, (onde hoje estão as antenas de transmissão de TV)
e os altos do bairro de Santana.
No Jornal do Comércio de 10 de Junho de 1900 há uma nota assim redigida:
" No domingo próximo passado, no Alto de Sant´Ana, cidade de São Paulo, o
Padre Roberto Landell de Moura, fez uma experiência particular com vários
aparelhos de sua invenção, no intuito de demonstrar algumas leis por ele
descobertas no estudo da propagação do som, da luz, e da eletricidade,
através do espaço, da terra e do elemento aquoso, as quais foram coroadas
de brilhante êxito. Estes aparelhos, eminentemente práticos, são, como
tantos corolários, deduzidos das leis supracitadas. Assistiram a esta prova,
entre outras pessoas o Sr. P.C.P. Lupton, representante do Governo Britânico,
e sua familia".
Jornal do Comércio, Rio de Janeiro - 10 de junho de 1900
Ao que tudo indica, Landell utilisou-se de dois meios para a transmissão de
sinais sonoros, nesta experiência, o primeiro através de seu Transmissor de
Ondas, e o segundo através de seu Telefone Sem Fio, utilizando a Luz como
uma onda portadora de informação de som. Houve também a demonstração de
transmissão e recepção de telegrafia. Sabemos que Fessenden também conseguiu
transmitir som, seis meses mais tarde que Landell, em 25 de Dezembro de 1900.
O Jornal "O Estado de São Paulo" de 16 de julho de 1899, anunciava uma das
experiências públicas de Landell: " Telephonia Sem Fios: Hoje ás 9 horas da
manhan, no Collegio das Irmans de S.José, em Sant´Anna, realisar-se-á uma
experiência de telephonia sem fios, com a apparelhos inventados pelo redvmo.
padre Landell de Moura. A experiência versará sobre a telephonia aerea e
subterranea. O Sr. Padre Landell de Moura, que convidou para este acto de
varias autoridades, homens de sciencia e representantes de imprensa, fará
uma preleicção antes de proceder nas experiências de seu invento".
Notícia publicada no jornal " O Estado de São Paulo"
16 de Julho de 1899 - (A segunda notícia)
Em 14 de junho de 1899, o Jornal do Comércio, noticiava sobre um dos
inventos de Landell utilizado nas telecomunicações: O TELÉFORO.
Muitos foram os inventos de Landell de Moura, a maior parte não se tem
especificações técnicas detalhadas mas apenas a função a que se destinavam.
Assim temos:
Gouraudfônio - Tellegostomo - transmite a voz humana sem fios a uma distância
de oito, dez ou doze quilômetros.
(Alguns aparelhos embora utilizem os mesmos principios de funcionamento
recebem nomes diferentes dependendo, do meio em que são usados e também
pelos anexos diferentes utilizados).
Algumas variantes desses aparelhos permitiam a telefonia aquática e
subterrânea.
Teletiton - Espécie de telegrafia fonética, sem fios. Duas pessoas podem
conversar sem que sejam ouvidas por outras.
.
Telauxiofônio - Telefonia com fios - Transmite o som com muita clareza e
vigor a grandes distâncias. Com ele se obtém todos os efeitos do telefone
"alto-parlatore" e e do "teatrofone", com esta notável diferença, que,
tratando-se de teatrofonia, é bastante um só transmissor por maior que seja
o número dos concertantes.
Caleofono - Trabalha também com fios, é original porque em vez de tocar a
campainha para chamar, faz ouvir o som articulado ou intrumental - É
apropriado para escritórios.
Edífono - Aparelho que serve para depurar, dulcificar, as vibrações
parasitas a voz fonografada, reproduzindo-a ao natural. Segundo Landell este
aparelho se tornaria amigo inseparável dos músicos compositores e dos
oradores.
Anematofono - Sem fios - Através desse aparelho obtém-se todos os efeitos da
0telefonia comum, porém com muito mais nitidez e segurança visto funcionar
ainda mesmo com vento e mau tempo.
Landell obteve uma patente no Brasil, a 9 de março de 1901 para "aparelho
destinado à transmissão fonética à distância, com ou sem fio, através do
espaço, da terra e do elemento aquoso". O pedido de privilégio foi
matriculado sob número 2274 e a patente recebeu o número 3279. Jules Geraud,
Leclerc & Cia. assinam o documento como seus procuradores. Padre Landell
garantia que, com sua invenção podia "Projetar pelo espaço a voz a distâncias
bem regulares. Funciona com sol, chuva, tempo úmido e forte cerração, como
também com vento contrário e se usarmos de placas automáticas e, nestes dois
últimos casos, a distância a que se pode chegar é verdadeiramente prodigiosa".
Patentes nos Estados Unidos:
Incompreendido, carente de recursos, porém consciente de que suas invenções
tinham grande valor, padre Landell tomou uma decisão ousada: patentear seus
inventos nos Estados Unidos. E, em julho de 1901, logo após conseguir sua
patente brasileira, partiu para os Estados Unidos. Instalou seu gabinete de
física na cidade de Nova York, distrito de Manhattan, onde residiu por três
anos. Já em 04 de Outubro de 1901 deu entrada no "The Patent Office at
Washington" pedindo privilégio para suas invenções, protocolado sob número
77576. Este primeiro requerimento seria desmembrado posteriormente, em mais
uma invenção, protocolada sob número 89976, em 16 de janeiro de 1902. A 9
de fevereiro de 1903, padre Landell requeria nova patente, protocolada sob
número 142440. Durante sua permanência nos Estados Unidos teve que, várias
vezes, procecer a alterações nos seus projetos de invenções para atender as
exigências do departamento de patentes, que lhe eram comunicadas pelos seus
advogados que acompanhavam o processo. Inicialmente padre Landell trabalhou
com Munn & Co, mas em Agosto de 1902 já confiava os serviços a outros
advogados: Baldwin, Davidson e Wight.
Segundo o jornal New York Herald, 12 de Outubro de 1902 - a telegrafia sem
fio já era um fato aceito pelos cientistas e pelo público. A telefonia sem
fio, entretanto pairava no ar. E citava que cientistas, na Inglaterra e na
Alemanha, estavam interessados no assunto. " As várias tentativas públicas
nunca tiveram um líder que as conduzissem a finalidades positivas",
registrava o jornal. E dizia: " Por entre os cientistas, o brasileiro Padre
Landell de Moura é muito pouco conhecido. Poucos deles têm dado atenção aos
seus títulos para ser o pioneiro nesse ramo de investigação elétricas.
Brightom, na Inglaterra e Ruhmer, na Alemanha, empenharam o seu saber,
recentemente, em experimentos de telefonia sem fio. Mas, antes de Brighton
e Ruhmer, Padre Landell, após anos de experimentação, conseguiu obter uma
patente brasileira para sua invenção, que ele chamou de Gouradphone".
O diário nova-yorquino revelou também que o Padre Landell recebeu a
"declaração de que as suas teorias eram tão revolucionárias que a patente
(nos EUA) não poderia ser concedida sem a apresentação de modelos para
fazer demonstrações de suas verdades. Esses modêlos ele apresentou mais
tarde, assim que teve condições de fazê-lo".
O jornalista que escreveu a matéria assim narrou a sua impressão sobre o
padre Landell, que ele encontrara, pela primeira vez, há poucos dias:" Eu o
achei um gentleman de cerca de 40 anos de idade, esbelto e seco de corpo,
inteligência viva e entusiástica. Estava perfeitamente habilitado para falar
acerca de seu invento, ao qual dedicou toda sua vida. O seu primeiro
pensamento é para a religião, o segundo para a ciência".
"Quero mostrar ao mundo - dizia-me - que a igreja católica não é inimiga da
ciência e do progresso humano. Indivíduos na Igreja podem neste ou naquele
caso estar opostos à luz, porém eles cegam a verdade católica. Eu mesmo
tenho-me encontrado em oposição com os meus queridos crentes. No Brasil, uma
multidão supersticiosa acusava-me participante com o diabo, interromperam
meus estudos e quebraram meus aparelhos. Todos os meus amigos de educação e
inteligência, dentro ou fora das ordens santas, olhavam as minhas teorias
como contrárias à ciencia. Conheci o que é sentir como Galileu para gritar:
" Eppur si muove". Quando todos eram contra mim, simplesmente pus-me de pé
sobre o solo e disse: " Isto é assim, isto não pode ser de outro modo.
O Padre Landell explicou que não lhe era possível dar os detalhes
concernentes às suas teorias e invenção tão longamente quanto foi pedido
para as patentes. Porém, de um modo geral, ele explicou que o seu sistema
de telefone sem fio repousa sobre um novo principio da luz, o qual ele
descobriu".
Nos Estados Unidos padre Landell adoeceu e passou um tempo em Cuba para
fazer tratamento de uma pneumonia.
Padre Landell se endividou nos Estados Unidos e chegou a dever a um amigo,
Daniel Tamagno, a quantia de 4.000 dolares que só conseguiu pagar muitos
anos mais tarde quando de volta ao Brasil. Consta que foi proibido de
oficiar, por razões ocultas. Este foi um duro golpe, um duríssimo
sacrificio, para quem a religião estava em primeiro lugar.
Monsenhor Vicente Lustosa, em viajem aos Estados Unidos, encontrou-se com
padre Landell. Em crônica escrita a 7 de maio de 1904, em Nova York, e
publicada a19 de junho no " Jornal do Comércio", Rio de Janeiro, destacou
que Padre Landell " montou um modesto gabinete e conseguiu descobrir novas e
interessantes aplicações de eletricidade". E mais: " Os jornais de Nova York
já se ocuparam honrosamente de seu nome, publicando o seu retrato e
diplomando-o de sábio. E distintos engenheiros, em sinal de apreço, e
consideração, ofereceram-lhe um jantar". (Segundo informações colhidas com
Antonio Carvalho Landell de Moura, sobrinho do padre-cientista, Landell
esteve numa reunião com inventores nos Estados Unidos, onde falou das
dificuldades para a projeção do seu invento no Brasil. Falou, inclusive que
talvez desistisse de tudo).
Ao terminar sua referência, Lustosa dizia: " O padre Landell está
inteiramente abandonado de seus patrícios, vive aqui com parcos recursos e
sem poder alargar a esfera de sua atividade nos seus inventos e aplicações.
Uma companhia exploradora já quis comprar, por preço insignificante, os seus
privilégios para rotular tudo como coisas americanas. O Americano é muito
cioso de seu gênio inventivo".
Ultrapassadas as dificuldades, foram outorgadas ao Padre Landell as
patentes sob os números 771917, em 11 de outubro de 1904, para um
Transmissor de Ondas - 775337, em 22 de novembro de 1904, para um Telefone
Sem Fio - e 775846, na mesma data para um Telégrafo Sem Fio.
Retornando ao Brasil, ao ter requisitado do Presidente da República do
Brasil, Rodrigues Alves, já com suas patentes conseguidas no U.S.Patent
Office - (Wireless Telephone, Wave Transmitter e Wireless Telegraph), dois
navios para fazer demonstração de seus aparelhos, o enviado do presidente
quiz saber de Landell qual a distância que os navios deveriam guardar um do
outro:
"Quantas milhas Reverendo? - Respondeu o cientista: As que quizerem ou
puderem, afirmou com decisão : Os meus aparelhos podem estabelecer
comunicação com quaisquer pontos da terra, por mais afastados que estejam
uns dos outros. Isto, presentemente, por que FUTURAMENTE, servirão até
mesmo para COMUNICAÇÕES INTERPLANETARIAS." Naturalmente que a ingenuidade
de Landell ao acreditar que o enviado do presidente pudesse compreender-lo
em suas palavras, custou-lhe muitíssimo caro: O enviado retornou com a
sentença já feita: "Imagine presidente, o homem é totalmente louco, disse
que seus aparelhos poderão se prestar para comunicações com outros mundos..."
e pronto, foi-lhe negado o pedido.
Era intenção de Landell voltar aos Estados Unidos para continuar o
aperfeiçoamento de seus aparelhos, no entanto foi-lhe desta vez negado o
pedido para viajar. Landell recolheu-se então sómente dedicado à vida
religiosa. Em 30 de Junho de 1928, no Hospital da Beneficiência Portuguesa
em Porto Alegre faleceu vitimado por uma tuberculose. Seus restos mortais
foram recentemente transferidos para a Igreja do Rosário em Porto Alegre,
onde Padre Landell, foi vigário de 1915 a 1928.
Fontes de Consulta para elaboração deste resumo biográfico:
Livros:
"O Outro Lado Das Telecomunicações" - B.Hamilton Almeida
"O Incrível Padre Landell de Moura" - Ernani Fornari
"Landell De Moura" - B.Hamilton Almeida
"Subsidios Para Saldar Uma Dívida" - Arnaldo Nascimento e Murillo de Sousa
Reis -
Arnaldo Nascimento - radioamador portugues - CT4QI - Murillo de Sousa Reis
- PY2 AJN - radioamador brasileiro.
"Site da internet de responsabilidade do luso-brasileiro Luiz da Silva
Netto:"
http://www.rlandell.hpg.ig.com.br/