Orixá yorubá.
Divindade guerreira semelhante à Oya. Orixá originária do rio de mesmo nome na
Nigéria, rio Obá, Ligada à água doce como Oxum, ao contrário desta está
presente nas águas revoltas como: enchentes, inundações e cheias dos rios e
também no corisco, que lhe foi dado pelo marido Xangô foi a terceira das
esposas de Xangô, e também mulher de Ogum. É o orixá que domina a paixão. Obá
rege a desilusão amorosa, a tristeza, o sentimento de perda, a incapacidade do
homem de ter o que ama e deseja. Obá é a raiva, a frustração, a solidão, a
depressão, o sentimento de abandono.
Embora a diga ser Obá uma guerreira vencedora, ela conseguiu seu encantamento
no oposto, ou seja, na derrota. Segundo uma lenda de Ifá, Obá cortou uma de
suas orelhas e cozinhou com a sopa para Xangô. Motivo pelo qual, quando Obá se
manifesta em alguma das suas iniciadas, leva a mão para cobrir a orelha
esquerda, ou ata-se um torço (turbante), a fim de esconder uma das orelhas.
Sua cor é vermelha, sendo sua saudação: Oba sire [Obá xirê].
São mulheres de
muito valor, mas incompreendidas, atitudes agressivas em virtude da
experiência não são bem sucedidas, tendências viris, ambiciosas, buscam tudo
na vida, não gostam de perder, são masculinizadas, tem forte aparência física,
não levam desaforos, julgam-se superiores, junto as outras pessoas e as outras
mulheres.
Cozinhe a
moranga inteira. Depois de cozida abra um circulo em cima da moranga, tire a
tampa e as sementes. Corte a língua de vaca em tiras (como se corta couve),
refogue com cebola, dendê e os camarões, coloque o refogado dentro da moranga
e ofereça a Obá.
"Obá era muito
enérgica e forte, mais que alguns orixás masculinos, vencendo na luta, Oxalá,
Xangô e Orunmilá. Obá era esposa de Xangô, juntamente com Oxum, a rivalidade
surgiu entre ela e Oxum. Esta jovem e elegante. Obá mais velha e sem muita
vaidade, mas com pretensão ao amor de Xangô. Sabendo o quanto este era guloso,
procurava sempre surpreender os segredos da receitas de cozinha utilizada por
Oxum, que irritada decidiu-se pregar-lhe uma peça, quando um dia pediu-lhe que
viesse assistir a preparação de determinado prato, que, segundo Oxum, Xangô, o
esposo comum, adorava. Quando Obá chegou, Oxum estava com a cabeça coberta
com um pano que lhe escondia as orelhas, e, cozinha uma sopa na qual boiavam
dois cogumelos. Oxum mostrou dizendo que havia cortado as próprias orelhas,
colocando na sopa, para preparar o prato predileto de Xangô. Quando lhe foi
servido, tomou com apetite e satisfação, retirando-se, todo gentil na
companhia de Oxum. Na semana seguinte que era a vez de Obá cuidar de Xangô,
decidiu fazer a receita predileta de Xangô, cortou uma de suas orelhas e
cozinhou com a sopa. Xangô ficou repugnado e furioso com a cena. Neste momento
apareceu Oxum, retirou seu lenço, onde Obá viu que as orelhas de Oxum nunca
haviam sido cortadas, sendo por esta caçoada, seguiu-se violenta luta
corporal, Xangô mostrou toda sua irritação e furor. Oxum e Obá, fugiram
apavoradas e transformaram-se nos rios que levam seus nomes."
"Obá, é
possuída por Ogun. Obá escolheu a guerra como prazer nesta vida. Enfrentava
qualquer situação e assim procedeu com quase todos os orixás. Um dia Obá
desafiou para a luta Ogun o valente guerreiro. O ardiloso Ogun, sabendo dos
feitos de Obá, consultou os Babalaôs. Eles aconselharam Ogun a fazer oferendas
de espigas de milho e quiabos, tudo pilado, formando uma massa viscosa e
escorregadia. Ogun preparou tudo como foi recomendado e depositou o ebó num
canto do lugar onde lutariam. Chegada a hora Obá, em tom desafiador começou a
dominar a luta. Ogun levou-a ao local onde estava a oferenda. Obá pisou no ebó,
escorregou e caiu. Ogun aproveitou-se da queda de Obá, num lance rápido
tirou-lhe os panos e a possuiu ali mesmo, tornando-se, assim, seu primeiro
homem. Mais tarde Xangô roubou Obá de Ogun."