Sinhá Moça

A grande FamíliaA Diarista

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Últimos capítulos!
O Barão quer porque quer achar seu ouro
 
O mundo do senhor Barão de Araruna desabou. Agora não existem mais escravos nem escravidão, o tronco não tem mais serventia e a senzala não tem mais motivos para permanecer trancada. A única coisa que o Barão ainda carrega é a sua loucura e a sua obstinação em reaver a fortuna dos Ferreira.

Justo e Balbina aproveitam um momento de solidão do coronel Ferreira para se aproximarem. “Vassuncê num qué sabê donde tá enterrado o vosso ôro?”, pergunta Justo, malandro. O Barão gosta quando Justo diz que conseguiram lembrar onde esconderam. “Tá tudo enterrado na senzala”, garante Justo.

Mais do que depressa, Ferreira corre para a senzala com enxadão em punho e põe-se a cavar o chão que lhe parece mais úmido. Ávido por encontrar seu tesouro, o Barão nem percebe quando as portas da senzala se fecham atrás dele. Em seguida, Justo conta a Fulgêncio que Bastião já está trazendo o querosene.

Justo, Balbina, Fulgêncio e Bastião, unidos, incendeiam suas tochas e, sorrateiramente, ateiam fogo nas laterais da senzala. As chamas vão lambendo as palhas e ganhando força. Completamente alheio ao que está acontecendo, o Barão segue cavoucando a terra e amaldiçoando os negros.

Será este o fim do Barão de Araruna?

Últimos capítulos!
Ana e Eduardo assinam contrato de casamento
 
Eduardo não pretende chegar atrasado desta vez e, nem bem Ana se separa de Ricardo, já está lá, na casa de Manoel, para pedir a mão de sua filha em casamento. “Eu entendo que a situação é constrangedora, dona Nina... Mas eu lhe asseguro que minhas intenções são as melhores possíveis!”, garante o jovem engenheiro.

Manoel pergunta o que Ana acha de tudo isso e ela pergunta a Eduardo se ele pretende ter filhos. Nina quase morre de vergonha. Manoel acha melhor deixarem os dois conversarem sozinhos e puxa a esposa para a cozinha. Ana aproveita e pede uma prova de amor a Eduardo... Um beijo!

Quando Manoel e Nina voltam da cozinha, Eduardo se levanta e pede solenemente a mão de Ana em casamento. O pedido é aceito. “Só que, como ela, por enquanto, está casada com aquele outro, ‘segundo manda a lei da Santa Madre Igreja’, eu sugiro que ao invés de celebrarmos um casamento, a gente assine um contrato”, surpreende Manoel explicando que é para maior segurança dela e dos filhos que eles pretendem ter.

Fontes é quem redige o tal contrato de casamento diante de Eduardo, Ana, Manoel e Nina. E, acreditem, Ricardo é chamado para servir de testemunha! Vai entender...

Últimos capítulos!
A Voz de Araruna anuncia a abolição
 
Que grande honra! Augusto recebe do telegrafista a notícia vinda da corte. Não demora muito para sua tipografia se encher de gente. Fontes, Ricardo, Coutinho, Martinho, Bobó... Todos estão ansiosos pela novidade. “Eu mandei que eles viessem pra cá para ouvir a notícia da sua boca, Augusto”, explica o telegrafista.

O velho Augusto, emocionado, toma a palavra. “O meu jornal... A Voz de Araruna... mereceu a honra de ser o primeiro a saber... Por favor, minha neta, leia em voz alta, para que todos saibam que grande momento estamos vivendo!”, fala entregando o telegrama para Juliana. Ela toma o papel em suas mãos e lê, diante da expectativa de todos, a lei sancionada pela Princesa Izabel : “É declarada extinta, desde a data desta lei, a escravidão no Brasil!”, anuncia, igualmente emocionada.

A cidade de Araruna está em festa. Bobó faz o sino da Igreja tocar e espalhar seu som pelos quatro cantos, fazendo chegar a todos a alegria do momento. Augusto, Juliana e Maria das Dores seguem para a fazenda do Barão, loucos para levar a liberdade a Dimas e aos escravos que ainda vivem o martírio da escravidão... Viva a abolição!

Últimos capítulos!
O Barão é rendido e preso na senzala
 
Um choro de criança, vindo da senzala, atrai a atenção do senhor Barão de Araruna. Às suas ordens, os capangas destrancam as portas permitindo sua passagem. Ferreira entra e pára em frente à Sinhá Moça, que tem um recém-nascido em seus braços. “O que é?”, pergunta seco, direto, sem nenhum sorriso nos lábios.

Sinhá Moça o enfrenta e mente dizendo que teve uma linda menina. Furioso por não ser o neto varão que tanto esperava, o Barão a chama de imprestável e infeliz. E é nesse momento, aproveitando a distração do coronel e seus capangas, que Dimas, Fulgêncio e outros escravos dominam os homens de Ferreira e o colocam sob sua mira.

Dimas deixa nas mãos de Sinhá Moça o destino do pai. Ela, então, explica que seu filho é homem, o neto varão que ele tanto queria, e que estava apenas colocando-o à prova. “Nasceu seu herdeiro, meu pai... Nasceu seu herdeiro! E é da vontade dele que o senhor alforrie hoje mesmo todos os escravos desta senzala, onde ele nasceu”, resolve Sinhá Moça.

Depois, avisa que vai pra casa com seu filho e completa: “Meu pai vai ficar aqui, com vocês! Por favor, não o maltratem!”. Ferreira sente que está mesmo perdido... A vida é assim, coronel: um dia é do caçador e o outro é da caça!

Últimos capítulos!
Ricardo e Ana rompem definitivamente
 
Ricardo levou Ana ao altar e disse que a aceitava como esposa, diante de Deus e da comunidade. No entanto, por mais que tente, não consegue tirar a Baronesa dos seus pensamentos. Ana morre de vergonha, mas confessa que ela e Ricardo não conseguiram consumar a união.

Fontes quer saber do filho que história é esta de negar fogo na hora H. Ricardo explica que não achava justo se deitar com Ana fazendo de conta que ela era a Baronesa e, por isso, não consumou seu casamento.

Enquanto Fontes e Manoel vão conversar com Frei José e pedir a anulação do casamento, Ricardo tenta se explicar com Ana. “Não precisa falar nada, Ricardo... Eu já entendi. A gente descasa e pronto!”, fala Ana, compreensiva. Ela também se julga culpada, afinal, aceitou se casar mesmo sabendo que ele ainda pensava na Baronesa.

Ana ainda esclarece que, a partir daquele momento, Ricardo não tem mais direito algum sobre ela nem vai correr atrás de ninguém na cidade por sua causa. O caçula dos Fontes concorda e promete que vai cumprir o combinado. “Puxa, como ela mudou!”, exclama Ricardo.

Últimos capítulos!
Nasce o filho de Sinhá Moça e Rodolfo
 
Tensão na senzala. Sinhá Moça começa a sentir as dores do parto antes da hora. Cândida alerta que a criança está querendo nascer, mas é Virgínia quem assume a situação. “Os home vão ficá do lado de lá... As mulhé vão rodeá a Sinhaninha... Ela vai tê o fio dela aqui na senzala, do jeito que a gente sempre teve os nosso... Vâmo, gente, vâmo!”, orienta a Bá.

Rodolfo, obediente às ordens de Virgínia, se despede de Sinhá Moça e vai se juntar aos homens que estão do outro lado da senzala. As escravas formam uma roda em volta da sinhaninha protegendo-a das vistas dos outros negros.

“Ele não podia nascer agora, mamãe! Não podia!”, lamenta Sinhá Moça entre um gemido e outro. Cândida procura dar-lhe forças e pede que a filha tenha calma. “Deus sabe o que faz... Se o seu filho quer nascer agora, deixe ele nascer”, consola com carinho de mãe.

Sinhá Moça está cansada e insiste que ainda não está na hora. Virgínia ralha com ela: “Ocê dêxe essa criança vim ao mundo, fia! Dêxa ela vim ao mundo! Num vai sê nem a primêra, nem a úrtima que nasce antes do tempo! Anda! Força!”. De repente, o choro de criança invade a senzala.

Passado o susto, Virgínia coloca o bebê nos braços de Rodolfo. “Apesar de estar fora de tempo, o danadinho é forte, não é?”, pergunta olhando admirado para o filho. “É... Cum a graça de Deus, ele é forte!”, concorda Virgínia.

Pois é, o neto que o senhor Barão tanto queria nasceu na senzala da Araruna, como tantos e tantos negros escravos. Que grande ironia do destino...

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Justo e Balbina confessam que roubaram o ouro
 
Justo e Balbina perderam a razão, mas nem tanto. Vendo o sofrimento de Bastião no tronco, eles resolvem saber até onde o Barão pretende castigá-lo. Afinal, não é justo que ele pague por uma coisa que não fez.

“Vassuncê vai batê no Bastião de novo, sinhozinho?”, pergunta Justo. O Barão garante que vai açoitá-lo até que ele conte quem ensinou o caminho do ouro e onde ele está agora. Justo e Balbina se olham, cúmplices, divertidos... Justo fala que Bastião não é o culpado pelo desaparecimento do ouro e deixa o Barão com a pulga atrás da orelha: como eles podem afirmar isso? Os dois confessam, com a cara mais lavada deste mundo, que foram os responsáveis pelo sumiço do ouro.

Nervoso, Ferreira pressiona Justo para saber onde está seu ouro, a fortuna de décadas de trabalho. Justo avisa que eles enterraram e Balbina confirma. Mas, quando o Barão cobra o lugar exato, Justo diz que não lembra, irritando ainda mais o coronel. “Num assusta ele, não, sinhozinho... Ele tá caducâno, eu num lhe falei?”, defende Balbina. Ora essa... Esses dois se meteram numa encrenca dos diabos e nem se deram conta disso!

Últimos capítulos!
Ana não quer mais saber de Ricardo
 
Já tem um bom tempo que Ana e Ricardo subiram ao altar e fizeram juras de amor eterno, mas até agora... Nada! Ana já tentou de tudo, até fingiu ser a Baronesa pra ajudar o marido a entrar no clima e, nem assim, conseguiu consumar seu casamento. Como paciência tem limite e Ana não agüenta mais os olhares de pena que a acompanham, decide dar um jeito nessa situação.

Quando Nina pergunta se Ricardo vai dormir lá com ela, Ana desabafa: “Eu não sei, mãe... E pra mim, tanto faz! Ele pode dormir aqui, ou na mãe dele, que tanto faz!”. Nina sente a agonia da filha e fica sem saber o que fazer... Seu espanto aumenta quando Ana completa: “Eu não quero mais dormir com meu marido, mãe... Não quero mais! Simplesmente porque ele não é, nem nunca foi meu marido!”.

Ana parece decidida... O problema vai ser explicar e fazer Manoel entender que, do jeito que está, não pode e nem dá pra continuar!

Últimos capítulos!
Bastião, no tronco, prova que é filho de Pai José
 
O mundo caiu lá na fazenda Araruna. O Barão está completamente louco, furioso com o sumiço do tesouro dos Ferreira e quer saber, a todo custo, quem mostrou a Bastião o esconderijo do ouro. Depois de prender todo mundo na senzala, inclusive a Baronesa e Sinhá Moça, o coronel Ferreira decide arrancar a verdade de Bastião... No tronco!

“Quem foi que lhe contou onde estava o ouro, negrinho? Quem foi?”, pressiona o Barão. Bastião, preso no tronco, garante que achou o esconderijo do ouro sem querer, e resiste bravamente às chibatadas que recebe. De dentro da senzala, Virgínia sente as dores do filho.

Passado um tempo, Bastião volta a ser castigado pelo Barão e, apesar da dor e da humilhação, insiste que não sabe quem roubou o ouro. O filho de Virgínia sofre, mas defende Justo e Balbina o quanto pode. É valente o nosso Bastião... Filho de Pai José, guerreiro do rei!

Últimos capítulos!
O Barão descobre o sumiço do ouro
 
Rodolfo não aceita mais as ordens do senhor Barão. Ao contrário: deixa claro para o sogro que não pretende ganhar sua confiança comportando-se como um feitor. No dia seguinte, ao lado de Sinhá Moça, comunica que vai embora da fazenda, mas que não deixará a casa sem ela. O Barão diz que agora é ele quem não o quer mais lá e o expulsa debaixo de ameaças. Sinhá Moça fica sem ação diante da ameaça do pai. “Cuide para que ele saia sozinho”, ordena ao capanga de plantão enquanto segue para os fundos.

O Barão entra no quarto de despejo, arrasta o armário e some adega adentro. Quando o lampião em sua mão clareia o ambiente, Ferreira pára. “Quem esteve aqui? Quem fez isso? Quem? Quem?”, pergunta, nervoso, enquanto verifica o vazio nas prateleiras. O ouro dos Ferreira desapareceu!

Num acesso de fúria, Ferreira avisa que ninguém mais deixará a casa e põe-se a revirar as malas de Rodolfo à procura de seu tesouro. O Barão explica que roubaram o ouro e, completamente descontrolado, manda os três para a senzala. Cândida, Rodolfo e Sinhá Moça parecem não acreditar na ordem, mas Ferreira é taxativo: “Para a senzala!”, repete aos berros.

É... Pelo visto, o Barão de Araruna endoidou de vez!

Últimos capítulos!
Ferreira cobra de Sinhá Moça um neto varão
 
As coisas não tem sido nada fáceis para Sinhá Moça. Apesar das sandices do pai, ela o ama e tem esperanças de que ele se torne uma pessoa melhor. Mas, parece que para o senhor Barão de Araruna só importa a sua própria vontade.

Cada diálogo com a filha é uma cobrança. Ele quer que a criança que Sinhá Moça espera nasça homem de qualquer maneira, e não tem a menor cerimônia em afirmar isso. Por mais que a sinhaninha diga que não tem como garantir que dará a luz um menino, Ferreira insiste: “Será um varão! Será um varão! Você não será tão incompetente como sua mãe”, esbraveja.

Sinhá Moça sente as palavras do pai, mas se mantém firme e pergunta, agastada, o que vai acontecer se Deus permitir que ela tenha uma menina. “Eu o amaldiçoarei...”, responde o Barão... “Pela segunda vez, eu o amaldiçoarei!”

Rodolfo e Sinhá Moça devem ficar atentos porque agora todo o cuidado com o Barão é pouco. Ele não está de brincadeira e Sinhá Moça sabe disso.

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Augusto recebe carta de Maria das Dores, mãe de Dimas
 
A alegria chega pelo correio, em forma de carta, e enche de esperança o coração de Juliana, Augusto e Mário. “Estava no correio, vovô”, explica Juliana ao entregar o envelope.

Assim que começa a leitura, o rosto do velho Augusto se ilumina, parece não acreditar nas palavras ali escritas. Aflitos, Juliana e Mário pedem para que Augusto leia a carta em voz alta, se ele puder. Augusto concorda e pede que eles prestem bastante atenção. A carta é de uma senhora que leu a transcrição de um artigo do “A Voz de Araruna”, assinado por um tal de Rafael do Quilombo, na edição dominical do “A Província de São Paulo”.

“Pelo conteúdo do referido artigo, senhor Augusto, e pela amargura que ele contém, estou adivinhando que seu autor seja meu filho, Rafael, de quem eu me perdi há muitos anos”, relata a autora da carta. Ela conta ainda que foi uma das muitas negras que povoaram a senzala da citada fazenda Araruna e que se chamava, então, Maria das Dores.

Augusto não consegue esconder a emoção. Juliana está eufórica e é preciso que Mário peça calma para escutar o resto da leitura. As palavras de Maria das Dores não deixam dúvidas: é ela a mãe de Rafael, o nosso Dimas! Mário, determinado, avisa que vai procurá-la para que mãe e filho possam se ver antes que o Barão acabe com ele. Que alegria, meu Deus... Que alegria!

Últimos capítulos!
Eduardo volta a Araruna e reencontra Ana
 
José Coutinho entra em sua casa acompanhado do ressabiado Eduardo. O jovem engenheiro, depois que foi posto pra correr da cidade por Ricardo, ainda está bastante temeroso. “Do jeito que eu saí dessa cidade, eu acho que seria linchado, se voltasse aqui, de peito aberto”, confessa.

José adverte que ele estava mexendo num vespeiro, afinal, Ana é uma mulher casada. Eduardo diz que não se conforma daquele “caipira” ser marido de uma coisa tão linda, tão preciosa como a Ana. Antes que ele possa terminar seu rosário de elogios à filha de Manoel, Ana surge acompanhada de Adelaide, deixando Eduardo desconcertado.

José Coutinho se apressa em explicar que o doutor Eduardo voltou para botar a máquina de beneficiamento de café para funcionar. O engenheiro completa dizendo que sua estada na cidade será breve e aproveita para pedir desculpas pelo acontecido.

Ana, balançada com a presença de Eduardo, concorda em não comentar com Ricardo sobre sua presença na cidade. “Eu fugi dele em sua homenagem, senhora... Mas não o farei novamente”, garante o engenheiro.

Últimos capítulos!
Cândida e Sinhá Moça conversam sobre Ricardo
 
Nem sempre pais e filhos se entendem, trocam idéias, confidências. Mas, o relacionamento entre Cândida e Sinhá Moça é invejável. As duas extrapolam os papéis de mãe e filha para serem verdadeiramente amigas e cúmplices uma da outra.

Os últimos acontecimentos na fazenda deixam Cândida ainda mais desapontada com Ferreira. Sinhá Moça a consola do jeito que pode e afirma que não existe amor, por maior que ele seja, capaz de resistir a tanta amargura. “O amor não é feito de subserviência, nem de humilhações, mamãe... É feito de cumplicidade, de ternura, de respeito, de carinho... Eu acho que o papai nunca amou a senhora de verdade, mamãe!”, desabafa Sinhá Moça.

Cândida se surpreende com as palavras da filha e a verdade nelas contida. Envergonhada, confessa que se sente bem ao saber que ainda desperta ternura e amor no coração de um menino como Ricardo. Sinhá Moça garante que o irmão de Rodolfo é apaixonado por ela, mas Cândida tenta afastá-lo de seu pensamento dizendo que ele tem idade pra ser seu filho e, agora, é um homem casado.

Sinhá Moça, carinhosa, diz à sua mãe que não pode jogá-la nos braços de Ricardo, mas também não pode impedi-la de ser feliz... “Faça a senhora o que fizer, eu quero que a senhora saiba que eu vou estar sempre do seu lado!”, garante Sinhá Moça. Cândida sorri e beija a filha com doçura e gratidão.

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Rodolfo é taxado de traidor
 
Rodolfo está apostando tudo em sua estratégia de agradar o Barão e conquistar sua confiança. Sua mudança de atitude está escandalizando a cidade e pondo em risco antigas amizades.

Ao acompanhar o Barão de Araruna, seu sogro, ao armazém de Manoel, Rodolfo conta que teve que açoitar Dimas no tronco para ver se ele desmentia que era filho do coronel Ferreira. “Dimas é um escravo alforriado, senhor Manoel... E foi o cabeça da rebelião que houve lá na fazenda... É preciso puni-lo, pra dar o exemplo!”, explica o estranho Rodolfo.

Mário, que participava da conversa, fica apavorado com a revelação e mais ainda com a confirmação de Bastião de que tudo o que estava sendo comentado dentro do armazém aconteceu de fato. Ligeiro, ele segue para a tipografia e dá a triste notícia a Augusto e sua neta. “Faça alguma coisa, vovô!”, implora a sofrida Juliana.

A reunião que seguia, lá no armazém, é interrompida pela chegada de Augusto. “Ora, sente-se, ilustre jornalista!”, convida o senhor Barão. Mas, Augusto, revoltado com o que acabara de saber, devolve, com os olhos em Rodolfo: “Eu não me sento com traidores”. O primogênito dos Fontes não tem coragem de encarar o velho Augusto. Este, aliás, ainda despeja uma dúzia de verdades em cima do coronel Ferreira, sem medir as palavras, antes de voltar para sua tipografia.

Só ele, Rodolfo, sabe o quanto está lhe custando fingir que apóia o Barão... Um preço muito alto para quem sempre esteve do outro lado.

Últimos capítulos!
Justo e Balbina roubam o tesouro dos Ferreira
 
Doido, maluco, biruta, pirado... Chamem do que quiser. O fato é que Justo está caducando tanto quanto Balbina e agora, os dois, com uma adorável irresponsabilidade, entram no quarto do ouro. Nem Justo, nem Balbina temem o perigo. Eles querem apenas fazer a vontade da sinhá Maria e do sinhozinho Ferreira, que eles dizem escutar.

Diante de todo aquele ouro, Justo e Balbina chegam à conclusão de que riqueza nenhuma “paga as pena dessa vida”, afinal, o sinhozinho Ferreira e a sinhá Maria não levaram nenhum ouro com eles quando morreram. “Mais nóis vâmo levá... É... Nóis vâmo levá”, fala Balbina para Justo, determinada. Justo só entende o que Balbina quer dizer quando ela completa dizendo que eles vão levar o ouro para o túmulo da sinhá Maria e do sinhozinho Ferreira.

Eles enchem um saco com barras de ouro, trancam cuidadosamente a porta da adega e seguem levando o primeiro carregamento. Meu Deus... Justo e Balbina são, de fato, dois maravilhosos malucos! Ai deles se o Barão descobrir o que estão aprontando... Ai deles!

Últimos capítulos!
Rodolfo castiga Dimas no tronco
 
As coisas parecem estar mudando na fazenda Araruna, e a favor do Barão. Rodolfo, depois que viu a imensa fortuna que o coronel Ferreira esconde na casa grande, decide se aliar ao sogro, para espanto de toda a cidade. Sinhá Moça e Cândida sabem que Rodolfo é a mesma pessoa de sempre, e continua defendendo os mesmos ideais abolicionistas de sempre. O que ele pretende é ganhar a confiança do Barão, num jogo pra lá de arriscado.

Diante do Barão, Rodolfo interpreta. E, quando é questionado sobre o futuro de Bastião, responde: “Nós não precisamos ter pressa, pra dar fim à vida dele”. O Barão gosta do que ouve, e fica ainda mais animado quando observa o genro se aproximar de Dimas, que está no tronco, para castigá-lo.

“Eu vou ter que surrá-lo, meu amigo... Pelo amor de Deus, entenda”, desculpa-se Rodolfo. “Ele quer que você desminta que é filho dele... Por favor, me perdoe”, completa. A frase de Rodolfo vem acompanhada da primeira chibatada. Os escravos presos na senzala parecem incrédulos. Como pode o Irmão do Quilombo ter mudado tanto?

Ferreira de diverte com a cena e espera que, ao final do castigo, Dimas negue que é seu filho, o que não acontece. Assim que Ferreira se afasta, Rodolfo confessa que também ele sentiu as dores do castigo. “Não fraqueje, Rodolfo, não fraqueje... Ou ele não vai se convencer que você está do lado dele”, encoraja Dimas. Resta saber até quando eles suportarão este fardo, que parece pesado demais.

Um novo Rodolfo!
Depois de ver o ouro do Barão, ele vira outra pessoa
 
Preocupada com a afirmação de Bastião de que a vida de Rodolfo está em perigo, Sinhá Moça decide ir embora da fazenda com seu marido. Arguto, Ferreira finge não se importar com a partida deles, garantindo que nunca teve a intenção de prejudicar Rodolfo e, muito menos, de dar fim à vida de Bastião. Pretendia apenas assustá-lo, para que ele não revelasse a ninguém onde os Ferreira guardam seu tesouro.

Nos rostos de Cândida, Rodolfo e Sinhá Moça, é visível a expressão de incredulidade naquelas palavras. O Barão continua seu discurso alertando o genro de que, também ele, deverá se preocupar com a guarda do ouro, e o convida a segui-lo.

“Eu nunca imaginei que pudesse existir tamanha fortuna, senhor Barão!”, exclama Rodolfo diante do ouro. Ferreira explica que um dia tudo será dele, já que é marido de Sinhá Moça e pai do seu neto, e completa dizendo que precisa confiar nele. “Eu quero você lutando do meu lado, Rodolfo! Quero você como meu aliado, não como meu inimigo!”, joga o Barão.

Rodolfo, questionado pelo Barão sobre que destino dar a Bastião, afirma que, decididamente, não podem dar fim à sua vida, não “antes que ele nos confesse como chegou até o ouro!”. Ferreira, satisfeitíssimo com a resposta do genro, deixa que ele mesmo consiga a informação. Rodolfo explica que esta era a sua intenção e garante que o Barão pode confiar e contar com ele.

Salvo pelo gongo!
Cândida e Virgínia salvam Bastião da ira do Barão
 
De repente, depois de toda a confusão e, vendo que o único desaparecido é Bastião, o Barão se dá conta de que é ele o sujeito trancado no quartinho do ouro. Determinado a descobrir quem cagüetou o lugar, Ferreira abre a porta da adega e se depara com um Bastião abatido, quase desmaiado e sedento... Beberia toda a água do mundo se pudesse.

Esperto, o Barão deixa que ele tome apenas alguns goles de água e afasta dele a caneca. “Primeiro você vai me dizer como que você entrou aí dentro... E quem foi que lhe contou sobre o esconderijo”, pressiona o Barão.

Bastião jura que descobriu o ouro por acaso. Apesar de achar que tudo não passa de uma grande mentira, Ferreira considera e acaba estendendo a caneca para ele saciar sua sede. Sob sua mira, o Barão ordena que Bastião volte para o interior da adega. “Vassuncê me trancô lá dentro porque pensava que eu era o dotô Rodorfo, num foi? Eu ouvi vassuncê chamá por ele, antes de trancá a porta... eu ouvi”, enfrenta Bastião. O Barão perde a paciência e manda, pela última vez, que ele volte para junto do ouro.

Mãe é mãe!
“O sinhô num vai fazê isso cum ele, sinhô Barão! Num vai!”, avisa Virgínia, junto à porta. É a mãe enfrentando o lobo para proteger sua cria. Cândida não acredita na cena que vê e cobra uma explicação de Ferreira. Ele se justifica dizendo que Bastião sabe demais e não pode continuar vivo. O espanto da Baronesa é ainda maior. Ela manda que a Bá leve seu filho de lá e garante que o Barão não vai fazer mal a ninguém. Dessa o Bastião escapou, mas até quando?

Não é justo!
Justo investe contra o próprio filho para salvar Sinhá Moça
 
Sinhá Moça ama o Barão de Araruna, seu pai, apesar de tudo o que sofreu em sua mão e de todas as maldades que o viu cometer. Tanto que ela, vendo o pai atado ao tronco, à mercê dos escravos que o serviram durante toda a vida e desejam vingar os maus-tratos que receberam, corre e se abraça a ele na esperança de impedir que Ferreira seja atingido.

Rodolfo e Cândida estão desesperados, mas nada podem fazer, visto que estão dominados pelos outros escravos. Só lhes resta tentar convencer o Capitão a desistir da vingança. “Pelo amor de Deus, Capitão!”, implora Cândida pela filha, que se põe à frente do pai na tentativa de protegê-lo.

“Dêxa esse mardito apanhá, Sinhaninha... Dêxa ele apanhá, como os negro apanhava!”, ordena o Capitão. No fundo, não deseja castigar Sinhá Moça. Ela, no entanto, não suporta a idéia de ver o pai ser açoitado e se agarra ainda mais forte para protegê-lo. O Capitão, agastado, desce o braço e atinge as costas de Sinhá Moça. Rodolfo se revolta e promete vingança. A cena se repete e Sinhá Moça é atingida pela segunda vez.

Justo, que observa tudo à parte, é quem põe um ponto final na crueldade do Capitão. Ele coloca o filho em sua mira e, neste instante, silêncio e espanto tomam conta do terreiro. “Num faiz isso, meu filho... Num faiz isso! É mardade demais! É mardade demais!”, lamenta Justo. Ver o filho padecer à sua frente é sofrimento demais. Pobre Justo... Pobre Justo.

Ricardo confessa que nega fogo!
E que, até agora, não consumou seu casamento com Ana
 
Ana agüenta o quanto pode, mas também não é de ferro. Ela está cansada de ver que Ricardo só pensa na Baronesa, só fala na Baronesa e só se preocupa com a Baronesa. “Mas eu largo dele... é. Eu ainda largo dele!”, garante a pobre Ana.

Frei José, preocupado com o rumo que as coisas estão tomando, chama Ricardo pra conversar. Quer saber que diabo está acontecendo entre eles. “Ara... Não tá havendo nada. É... Não tá havendo nada... Nadica de nada! E não é força de expressão, Frei José... Eu e a Ana nos casamos, e ainda não está acontecendo absolutamente nada”, explica Ricardo com a cara mais lavada desse mundo.

Ana, por sua vez, faz queixa a Nina e a Manoel. Revoltado, ele promete que vai falar com o compadre Fontes que o filho dele está negando fogo. Ana explica ainda que morria de vergonha de contar que ele não a queria e, por isso, guardou segredo este tempo todo. Manoel não sabe o que fazer. Afinal, se não houve nada entre eles até agora, não houve casamento, não é verdade? Que situação!

O problema de Ricardo parece ter um nome: Cândida! Ele confessa a Frei José que, na hora H, ele lembra da Baronesa e não consegue seguir adiante com Ana. O complicado vai ser explicar isso para Fontes, Manoel e, principalmente, Ana...

O Barão vai para o tronco!
E é Dimas quem se prepara para açoitá-lo
 
Tensão na Araruna. Justino, Fulgêncio e o Capitão do Mato resolvem se vingar do Barão. Querem que ele seja punido por todas as maldades que já cometeu contra seus escravos. Rendido pelos guerreiros de Pai José, o Barão parece não ter saída e sente o perigo que está correndo.

Ameaça maior é Dimas que, preocupado com Sinhá Moça, pede para entrar na casa grande. “Justino! Fulgêncio! Capitão! Não se esqueçam: o coronel Ferreira é meu!”, lembra o filho bastardo do Barão. Passado um tempo, ele vai até o quarto onde estão Sinhá Moça e a Baronesa para tranqüilizá-las, dizendo que vai fazer com que elas sejam libertadas pela manhã.

Ferreira, amarrado, sustenta seu olhar em Dimas, que também se mantém firme, altivo. Quando o Capitão anuncia que Justo e Rodolfo foram embora e que as mulheres estão dormindo, sugerindo que eles levem o Barão para a senzala, Ferreira se preocupa e pergunta o que é que eles pretendem fazer. “Levá-lo para o tronco, coronel... Vamos erguer um novo, em sua homenagem”, explica Dimas, irônico.

Dito e feito! A cantoria dos negros marca a chegada do Barão de Araruna ao terreiro. Humilhado pelos seus próprios atos, subjugado por aqueles que maltratou. Parece que, finalmente, a profecia de Pai José vai se cumprir...

E agora?
Bastião fica preso no quarto do ouro
 
São muitas pessoas atrás do ouro do Barão, mas é Bastião quem passa maus momentos para pegá-lo. Depois de se recusar a dar qualquer informação sobre o paradeiro de Justino, Fulgêncio e Capitão do Mato, Bastião resolve ir até o esconderijo, há pouco tempo descoberto, para se apossar de parte da fortuna e sair à procura dos três para fugirem juntos. O que ele não poderia imaginar é que ficaria preso no quarto onde está a fortuna. É que o Barão supõe que Rodolfo invadiu o lugar e tranca a porta sem se preocupar com o genro.

Desesperado, Bastião grita, esperneia, mas ninguém o ouve. O armário que esconde o quarto onde está o tesouro já está em seu devido lugar, abafando o som. Para conseguir sair de lá, só resta a Bastião uma vela, que logo estará gasta, e a enorme preocupação de sua mãe Virgínia. Ela não sossega enquanto não tem notícias do filho. Será que poderá ajudá-lo?

Caça ao Barão!
Justino, Fulgêncio e o Capitão querem vingar Pai José
 
É o chamado efeito bumerangue. Se praticamos o bem, recebemos o bem. Mas, se lançamos o mal, é o mal de volta pra nós. O Barão tanto maltratou seus escravos que agora Justino, Fulgêncio e o Capitão estão imbuídos da missão de fazê-lo pagar por todas as maldades que cometeu. A determinação deles é tanta que nem mesmo o Irmão do Quilombo consegue demovê-los desta idéia.

O Barão é informado, por um de seus escravos, que os três pretendem acabar com a sua vida. Então, reúne seus homens e sai à procura deles pela fazenda. Mas, Rodolfo os encontra primeiro e insiste para que eles desistam e voltem em paz para o Quilombo. “A gente tá cansado de vivê fungino, dotô Rodorfo”, justifica Justino. Em seguida, os três somem na mata, deixando Rodolfo sem ação.

Ora são caça, ora caçadores
Cientes de que estão sendo caçados, os irmãos seguem outro rumo: o da casa grande. “Vâmo pegá a Baronesa e a Sinhá Moça, irmão”, sugere o Capitão. Justino gosta da idéia: “Ele vai ficá nas nossas mão”, conclui.

Cândida, Virgínia e Sinhá Moça são surpreendidas pelos três homens enquanto conversavam na sala de estar. Eles exigem que elas fiquem quietas e avisam que não querem lhes fazer mal. “Ele tá caçano nóis, tia, lá no meio da mata... e nóis tá aqui! Esperâno pur ele!”, explica Fulgêncio a Virgínia.

É, com Cândida e Sinhá Moça na mira dos guerreiros de Pai José, parece que o Barão não vai ter saída desta vez.


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