Será (2:28)
A Dança
(4:00)
Petróleo
do Futuro (3:02)
Ainda é
Cedo (3:55)
Pedidos
no Espaço (2:57)
Geração
Coca-Cola (2:20)
O Reggae (3:32)
Baader-Meinhof
Blues (3:10)
Soldados (4:50)
Teorema (3:04)
Por enquanto(3:15)
Dado Villa Lobos: Guitarras,
Violões, Efeitos
Renato Russo
: Voz, Violões, Teclados
Marcelo Bonfá
: Bateria, Percussão, Glockenspiel
Tire suas mãos de mim
Eu não pertenço a você
Não é me dominando assim
Que você vai me entender
Eu posso estar sozinho
Mas eu sei muito bem aonde estou
Você pode até duvidar
É só que isso não
é amor.
Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em
vão?
Será que vamos conseguir vencer?
Nos perderemos entre monstros
Da nossa própria criação
Serão noites inteiras
Talvez por medo da escuridão
Ficaremos acordados
Imaginando alguma solução
P´rá que esse nosso egoísmo
Não destrua nosso coração.
Brigar p´rá quê
Se é sem querer
Quem é que vai
Nos proteger?
Será que vamos ter
Que responder
Pelos erros a mais
Eu e você?
Tire suas mãos de mim
Eu não pertenço a você
Não é me dominando assim
Que você vai me entender
Eu posso estar sozinho
Mas eu sei muito bem aonde estou
Você pode até duvidar
É só que isso não
é amor.
Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em
vão?
Será que vamos conseguir vencer?
Nos perderemos entre monstros
Da nossa própria criação
Serão noites inteiras
Talvez por medo da escuridão
Ficaremos acordados
Imaginando alguma solução
P´rá que esse nosso egoísmo
Não destrua nosso coração.
Brigar p´rá quê
Se é sem querer
Quem é que vai
Nos proteger?
Será que vamos ter
Que responder
Pelos erros a mais
Eu e você?
Ah, se eu soubesse lhe dizer o que eu
sonhei ontem a noite
Você ia querer me dizer tudo sobre
o seu sonho também.
E o que é que eu tenho a ver com
isso?
Ah, se eu soubesse lhe dizer o que eu
vi ontem a noite
Você ia querer ver mas não
ia acreditar.
E o que é que eu tenho a ver com
isso?
Filósofos suicidas
Agricultores famintos
Desaparecendo
Embaixo dos arquivos
Ah, se eu soubesse lhe dizer qual é
a sua tribo
Também saberia qual é a
minha
Mas você também não
sabe
E o que é que eu tenho a ver com
isso?
Sou brasileiro errado
Vivendo em separado
Contando os vencidos
De todos os lados.
[solo]
Ah, se eu soubesse lhe dizer
O que fazer pra todo mundo ficar junto
Todo mundo já estava ha muito
tempo
E o que é que eu tenho a ver com
isso?
Filósofos suicidas
Agricultores famintos
Desaparecendo
Embaixo dos arquivos
Uma menina me ensinou
Quase tudo o que eu sei
Era quase escravidão
Mas ela me tratava como um rei
Ela fazia muitos planos
Eu isso queria estar ali
Sempre ao lado dela
Eu não tinha aonde ir
Mas, egoísta que eu sou,
Me esqueci de ajudar
A ela como ela me ajudou
E não quis me separar.
Ela também estava perdida
E por isso se agarrava a mim também
Eu me agarrava nela
Porque eu não tinha mais ninguém.
E eu dizia: - Ainda é cedo
cedo
cedo
cedo
cedo
[solo]
Sei que ela terminou
O que eu não comecei
E o que ela descobriu
Eu aprendi também, eu sei.
Ela falou: - Você tem medo.
Aí eu disse: - Quem tem medo é
você.
Falamos o que não devia
Nunca ser dito por ninguém
Ela me disse:
"- Eu não sei mais o que eu sinto
por você.
Vamos dar um tempo, um dia a gente se
vê."
E eu dizia: - Ainda é cedo
cedo
cedo
cedo.
Escrevi pra você e você não
respondeu
Também não respondi quando
você me escreveu
Anotei seu telefone num pedaço
de papel
E calculei seu ascendente no recibo do
aluguel.
Esqueci seu sobrenome,
Mas me lembro de você.
E a rotina crescia como planta
E engolia a metade do caminho
E a mudança levou tempo por ser
tão veloz
Enquanto estávamos a salvo
Ficamos suspensos,
Perdidos no espaço.
Escrevi pra você e você não
respondeu
Também não respondi quando
você me escreveu
Anotei seu telefone num pedaço
de papel
E calculei seu ascendente no recibo do
aluguel.
Esqueci seu sobrenome,
Mas me lembro de você.
E era como se jogassem Space Invaders
Perdendo mais dinheiro de muitas maneiras
Vivendo num planeta perdido como nós
Quem sabe ainda estamos a salvo?
Ficamos suspensos
Perdidos no espaço.
Quando nascemos fomos programados
A receber o que vocês nos empurraram
Com os enlatados dos USA, de 9 às
6.
Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial
Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima
de vocês.
[refrão]
Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola.
[I]
Depois de vinte anos na escola
Não é difícil aprender
Todas as manhas do jogo sujo
Não é assim que tem que
ser?
Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então, vocês
vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as
suas leis.
[refrão]
[solo de voz]
[repete I]
[refrão]
Ainda me lembro aos três anos
de idade
O meu primeiro contato com as grades
O meu primeiro dia na escola
Como eu senti vontade de ir embora
Fazia tudo que eles quisessem
Acreditava em tudo que eles me dissessem
Me pediram para ter paciência
Falhei
Então gritaram: - Cresça
e apareça!
Cresci e apareci e não vi nada
Aprendi o que era certo com a pessoa
errada
Assistia o jornal da TV
E aprendi a roubar pra vencer
Nada era como eu imaginava
Nem as pessoas que eu tanto amava
Mas e daí, se é mesmo assim
Vou ver se tiro o melhor pra mim.
[solo]
Me ajuda se eu quiser
Me faz o que eu pedir
Não faz o que eu fizer
Mas não me deixe aqui
Ninguém me perguntou se eu estava
pronto
E eu fiquei completamente tonto
Procurando descobrir a verdade
No meio das mentiras da cidade
Tentava ver o que existia de errado
Quantas crianças Deus já
tinha matado.
Beberam meu sangue e não me deixam
viver
Tem o meu destino pronto e não
me deixam escolher
Vem falar de liberdade pra depois me
prender
Pedem identidade pra depois me bater
Tiram todas minhas armas
Como posso me defender?
Vocês venceram esta batalha
Quanto a guerra,
Vamos ver.
A violência é tão
fascinante
E nossas vidas são tão
normais
E você passa de noite e sempre
vê
Apartamentos acessos
Tudo parece ser tão real
Mas você viu esse filme também.
Andando nas ruas
Pensei que podia ouvir
Alguém me chamando
Dizendo meu nome.
Já estou cheio de me sentir vazio
Meu corpo é quente e estou sentindo
frio
Todo mundo sabe e ninguém quer
mais saber
Afinal, amar ao próximo é
tão demode.
Essa justiça desafinada
É tão humana e tão
errada
Nós assistimos televisão
também
Qual é a diferença?
Não estatize meus sentimentos
Pra seu governo,
O meu estado é independente.
Nossas meninas estão longe daqui
Não temos com quem chorar e nem
pra onde ir
Se lembra quando era isso brincadeira
Fingir ser soldado a tarde inteira?
Mas agora a coragem que temos no coração
Parece medo da morte mas não era
então
Tenho medo de lhe dizer o que eu quero
tanto
Tenho medo e eu sei porque:
Estamos esperando.
Quem é o inimigo?
Quem é você?
Nos defendemos tanto tanto sem saber
Porque lutar.
Nossas meninas estão longe daqui
E de repente eu vi você cair
Não sei armar o que eu senti
Não sei dizer que vi você
ali.
Quem vai saber o que você sentiu?
Quem vai saber o que você pensou?
Quem vai dizer agora o que eu não
fiz?
Como explicar pra você o que eu
quis
Somos soldados
Pedindo esmola
E a gente não queria lutar.
Não vá embora
Fique um pouco mais
Ninguém sabe fazer
O que você me faz
É exagero
E pode até não ser
O que você consegue
Ninguém sabe fazer.
Parece energia mas é isso distorção
E não sabemos se isso é
problema
Ou se é a solução.
Não tenha medo
Não preste atenção
Não dê conselhos
Não peça permissão.
É só você quem deve
decidir o que fazer
Pra tentar ser feliz.
Parece energia mas é só
distorção
E parece que sempre termina
Mas não tem fim.
Não vá embora
Fique um pouco mais
Ninguém sabe fazer
O que você me faz
É exagero
E pode até não ser
O que você consegue
Ninguém sabe fazer.
Parece um teorema sem ter demonstração
E parece que sempre termina
Mas não tem fim.
Mudaram as estações e nada
mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Esta tudo assim tão diferente
Se lembra quando a gente chegou um dia
a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber
Que o pra sempre
Sempre acaba?
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém
Só penso em você
E aí então estamos bem
Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo
como esta
E nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz
Estamos indo de volta
Pra casa.
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