Loucuras de Amor

 

Um Ótimo 2006 a todos

 
12/01/2006
Beijo de goiano
DM realiza enquete para saber quem são os personagens beijáveis e os não-beijáveis em Goiás

 

Créditos: Ludmilla Balduíno
Da editoria do DMRevista


Goianos são difíceis. Não saem por aí beijando qualquer um. Para merecer um beijo da população, por exemplo, políticos do Estado de Goiás devem ser eficientes. Artistas precisam ser extremamente carismáticos. A admiração que sai dos lábios goianienses pode tornar-se repugnância facilmente. Basta que tais personalidades dêem um sinal de corrupção, arrogância, preguiça ou demagogia.

A equipe do Diário da Manhã saiu às ruas de Goiânia para saber quem seriam os goianos beijáveis e os não-beijáveis. Cerca de 30% dos entrevistados preferiram não dizer quem não beijariam. Mas a maioria (60%) aproveitou a deixa para reclamar.

Uma das entrevistadas que soltou o verbo foi a autônoma Dulce Dâmaso, 44. Depois de elogiar o governador de Goiás, Marconi Perillo, Dulce desceu a lenha no prefeito de Goiânia, Iris Rezende Machado. “Acho que ele é muito demagogo. Este eu não beijo de jeito nenhum”, diz. O prefeito foi recordista entre os não-beijáveis. Metade das pessoas que responderam à enquete cravaram que não dariam um mísero beijinho no político.

O restante dos participantes preferiu não falar de política, e sim de música. Entretanto, o que mais valia não era ser detentor de uma voz de sabiá, nem ter músicas de arranjos perfeitos, muito menos lindas composições. Nestes casos, a beleza dos cantores falou mais alto.
Do total, 30% prefere lascar a bitoca no cantor sertanejo Leonardo.

Apaixonada pelo sertanejo, a promotora de vendas Polyana Rodrigues Ferreira, 22, não pensaria duas vezes se visse o bonitão em sua frente. “Aquele homem é tudo de bom. Eu adoro, sou fã”, diz, com brilho nos olhos e amplo sorriso.

O homens preferem a cantora Maíra, com 10% das “indicações”. Em segundo lugar ficou a não menos bela Wanessa Camargo. O laboratorista Weniskly Chrisley, 23, pensou durante alguns minutos e decidiu: beijaria a filha de Zezé Di Camargo. “Mas nada de beijar a mãe dela, Dona Zilú”, brinca.

Representantes da ala masculina que preferiram falar de outros homens tiveram cautela. Como “fica esquisito”, segundo o estudante Danilo Lopes Vieira, 20, falar em beijar homens, ele preferiu conceder apenas um aperto de mãos. O respeitoso cumprimento vai para Rodrigo Tabata, do Goiás. “Ele foi a revelação do time, joga bem”, admira. Confira abaixo quem são os beijáveis e os não-beijáveis de Goiás:
 
Nilva Gomes de Brito,
35, cabeleireira
“Marcelo Barra. Ele é bonito, charmoso. Também a Maíra, que apareceu no Fama”

Nayara Gomes Carneiro,
17, estudante
“Leonardo, que é bonito. Wanessa Camargo também
é simpática”

Arissane Dâmaso,
24, estudante
“Leonardo. Acho ele simpático. Depois da fama, manteve-se humilde. Não beijo Luciano, que faz dupla com Zezé Di Camargo. Ele é muito arrogante”

Dulce Dâmaso
44, autônoma
“Beijo o governador Marconi Perillo, que tem uma personalidade forte, é dinâmico. Mas eu acho o prefeito Iris muito demagogo. Este eu não beijo”

Najla Regina de Morais
28, comerciante
“Daria um beijo no Leonardo, é o cantor mais bonito. Não beijo Iris, porque não vale a pena”

Ana Paula Silva Santana
19, agente educadora
“Leonardo, porque é lindo, humilde e não tem vergonha de falar de Goiânia, como alguns goianos têm. Não beijo Darci Accorsi, porque ele jogou sujo na política”

Polyana Rodrigues
22, promotora de vendas
“Lascaria um beijo no Leonardo. Aquele homem é tudo de bom, adoro ele”

Kelly Pimentel
19, auxiliar de vendas
“Leonardo. Ele é uma pessoa humilde. Não beijo o Iris. Não concordo com o método de administração dele”
 
 
 
 


 

16/01/2005

 
Parada Sertaneja - 09/01/2006 à 13/01/2006
          A dupla Bruno e Marrone entrou o ano com o pé direito, e com o sucesso "Choram as Rosas" em primeiro lugar na Parada Sertaneja.

Confira quais foram as 10 músicas sertaneja mais tocadas na primeira semana de 2006 nas principais rádios do Brasil.

Este relatório é gentilmente fornecido pela
Crowley Analisys do Brasil, que aufere as execuções nas principais emissoras de rádios do Brasil.
 
 
Nome Interprete
01 Choram as Rosas Bruno e Marrone    
02 Foi Zezé di Camargo e Luciano
03 E Pra Sempre te Amar Guilherme e Santiago    
04 Se Ainda Existe Amor Leonardo    
05 No dia em que eu saí de casa Zezé di Camargo e Luciano    
06 Não tem dia não tem hora Edson e Hudson    
07 Desejo de amar Daniel    
08 Doidinho por você Rick e Renner    
09 Por que choras? Bruno e Marrone    
10 Jogo do Amor Pedro e Thiago


 

 

29/01/2006

Devoção a Leandro

POR CAROL HUNGRIA FOTOS RENATA FREITAS

Um fenômeno religioso está tomando forma em Trindade, pequena cidade a 45 km de Goiânia (GO). Fãs do cantor Leandro estão transformando a adoração ao sertanejo, morto em 1998 vítima de um câncer no tórax, em devoção. A principal parada dos "fiéis" é o Santuário do Pai Eterno, que abriga um memorial em homenagem ao cantor.
Ao lado esquerdo da basílica, fica a Sala dos Milagres. Coincidentemente, nesse local, fechados numa redoma de vidro, foram colocados alguns dos pertences de Leandro. "Os objetos foram doados pela família, que teve junto com a igreja a idéia de montar um espaço para o cantor, que, assim como sua mãe, era muito devoto ao Pai Eterno", afirma o padre Antônio Carlos Oliveira, explicando a presença das peças no espaço. No memorial, estão um traje completo do cantor -botas de couro, calça jeans, blusa xadrrez e chapéu de peão-, uma toalha com o nome da dupla e até um troféu recebido pelos sertanejos no final dos anos 80.
É justamente em frente aos pertences dos ídolos que os "devotos" de Leandro têm feito seus pedidos. O movimento é intenso durante o intervalo entre as missas. Ninguém duvida que a maior parte dos visitantes é formada por curiosos, mas não faltam comentários sobre um suposto milagre do sertanejo.
A história começou em 2004, quando, após detectar a cura de um câncer, a professora mineira Edna Ferreira Silva, 52 anos, atribuiu ao músico o "milagre". O local que ela escolheu para agradecer foi justamente a Sala dos Milagres.
Depois de enfrentar várias sessões de quimioterapia, a professora não acreditava mais que pudesse se livrar de um tumor que afetava as suas duas mamas. Nem mesmo os médicos contavam com a possibilidade. Na mesa de cirurgia para a retirada do seio, diz, o "milagre" foi detectado. Edna não tem dúvida. Para ela, quem a curou foi o sertanejo.
Fã de carteirinha do cantor, a devoção começou em 2003, quando, após várias exames, recebeu a notícia de que seu tumor era maligno e havia se espalhado nas duas mamas. "Fiquei muito deprimida. Achei que ia morrer, principalmente quando o médico me falou sobre a quimioterapia, que eu perderia meus cabelos e que a cura não era garantida. Mas foi esse mesmo médico quem me aconselhou. Disse que eu precisava me apegar a alguma coisa. Decidi me apegar ao Leandro. Comecei a pedir para ele me ajudar a enfrentar o câncer e que me curasse."
Nascida na pequena cidade de Ituiutaba, no interior de Minas Gerais, Edna conta que fazia tratamento no Hospital do Câncer de Barretos, onde morou por cerca de um ano, e que foi lá que teve a resposta às suas preces. "Entrei no Pavilhão Leandro e Leonardo [nome de um dos complexos do hospital], inaugurado no hospital em 1999, para fazer mais uma batelada de exames. Estava exausta, quase careca. Sem aviso prévio, senti no meu coração a presença do Leandro. É como se ele estivesse pairando no ar, dizendo-me para seguir em frente, que tudo daria certo. Pode parecer loucura, mas, depois daquele dia, fiquei muito otimista em relação à minha cura".
Milagre ou não, o fato é que os médicos já tinham acertado a operação da professora, que teria de retirar as duas mamas. "Cheguei a entrar na sala de cirurgia. Quando abriram o peito para ver o tumor, detectaram que ele havia sido diluído com a quimioterapia. Meu médico nem conseguia acreditar. Só tive de fazer uma limpeza e uma cirurgia plástica, continuo com meus seios naturais", comemora a professora.
Como sua batalha contra a doença ainda não completou cinco anos, Edna faz novos exames de 30 em 30 dias, em Barretos. "Hoje não peço mais nada, porque ele já me ajudou. O que faço é rezar e agradecer", diz ela, que não cogita a possibilidade de a doença voltar. Em casa, Edna mantém muitas lembranças do cantor em CDs, fotos, suvenires de shows e vídeos gravados. E não faltam histórias sobre o ídolo: "Certa vez estava em um show do Leonardo, quando uma pomba branca pousou no palco e ali ficou durante toda a apresentação. Todos os fãs viram e comentaram que aquela ave da paz só podia ser o espírito do Leandro. Como não acreditar que um homem tão bom não possa, depois de morto, ajudar as pessoas?", questiona.
Se depender da família de Leandro e padres da região, esta história nunca será apurada. Eles não querem nem ouvir falar dos poderes milagreiros de Leandro e classificam a história como uma lenda (leia mais na pág. x). Enquanto isso, fãs do cantor são vistos fazendo pedidos ao sertanejo.
Foi em frente ao memorial em Trindade que a Revista da Hora conversou com a aposentada Maria Rosa do Carmo, 64 anos, que freqüenta a missa dominical. Sem duvidar da "força" do músico, ela diz que, recentemente, fez uma promessa a Leandro para que um dos filhos arrume emprego. "Não posso dizer o que prometi, porque ainda não aconteceu, mas sei que ele vai nos ajudar", diz.
Maria Rosa conta ainda que sempre reza ao sertanejo pedindo ajuda para enfrentar seus problemas. "Acho que ele pode ajudar as pessoas depois de morto porque, quem é daqui, sabe de tudo que ele fez na vida, de coisas boas para os humildes. Ele também era humilde. Já ouvi a história do milagre e não consigo duvidar da verdade dele", acrescenta.
Outro devoto, bastante emocionado, visitava o memorial pela segunda vez no mesmo dia da reportagem. "Sou um grande fã do Leandro e, na primeira vez que vim a Trindade, apareci para acompanhar a missa de um ano da morte dele", diz o policial militar Abimael Rufino de Oliveira, 40 anos. "Esse dia me fez muito bem, e as coisas começaram a dar mais certo na minha vida. Arrumei um emprego, por exemplo. Acho que tem a ver com o pensamento bom que ele manda hoje para os fãs que realmente gostam dele", arrisca.
Juely Vieira Paula, 27 anos, é mais cética. Ela não acredita que o cantor tenha o dom de curar ninguém, mas diz que sempre ouve falar da história de um milagre. "Acho que é porque ele morreu dessa doença", diz.
Apesar de não ter ainda seus amuletos comercializados, o cantor já movimenta, de certa forma, o comércio local. O fotógrafo Hélio Batista de Bastos, que há 53 anos faz imagens dos romeiros e suas famílias, atesta a popularidade do memorial na Sala dos Milagres. "Ao menos três fotos por dia eu faço de gente ao lado dos pertences dele. No total, fecho um dia com dez fotos em todos os lugares sagrados e imagens que temos no santuário", relata.
Cemitério
Outros dois lugares vêm ganhando popularidade em Goiás: o cemitério das Palmeiras, onde o cantor foi enterrado, e a Casa de Apoio São Luís projeto do próprio Leandro, que dá assistência a doentes de câncer, ambos em Goiânia.
A instituição tem um memorial com alguns pertences do sertanejo e uma capela, que todo dia 23 realiza uma missa especial em sua homenagem. Em junho, mês da sua morte, é quando o local recebe o maior número de fãs (leia pág. x).
Segundo Lindonei dos Santos Nascimentos, jardineiro do jazigo do sertanejo, o túmulo dele é, de longe, o mais visitado do local. "São mais de 80 pessoas por dia. Já vi muita gente rezando ajoelhada e chorando na grama. Muitas são pessoas que vêm pedir milagres para ele, algumas falam sobre isso."
Nas cerca de quatro horas em que a reportagem a Revista da Hora passou em frente ao túmulo para observar o movimento, foram pouco mais de dez visitas, a maioria de fãs. A mais fanática de todas era Rose Mari Dal Secco, 45 anos, que saiu do Guarujá, no litoral sul paulista, para ver o jazigo do ídolo pela segunda vez, levando a filha Paula Caroline e as amigas Mara Cristina e Mara Regina. Apaixonada pela música "Pensa em Mim", ela conta que tem todos os CDs e DVDs do artista. "Mas não acredito na história do milagre, as pessoas são carentes e precisam acreditar em alguém. O que acontece é que ele era muito carismático e querido no Estado todo", refuta.
Na dúvida, o fã Roberto Rodrigues Cerqueira, 28 anos, que vai ao cemitério ao menos uma vez por semana, não deixa de fazer um pedido. ""Posso não acreditar no milagre, mas não custa nada fazer uma rezinha", brinca ele.

 

Créditos a Vera M. Pelo repasse da matéria.