"Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação." (Habacuqye 3:18)

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Falta de Deus gera violência?

Se Deus é onipresente, onisciente e onipotente, por que então ele não acaba com a violência no Brasil?

Os índices de violência no Brasil são alarmantes. Paulatinamente crescem as estatísticas de assassinatos, sequestros, estupros, roubos e furtos, além de outras barbaridades. Há anos, mesmo com as sucessivas mudanças de governos federais, estaduais e municipais, a situação criminal no País vem piorando. Planos são criados, vultosos recursos públicos e privados são investidos no combate à marginalidade. Entretanto, nada disso parece surtir efeito.

Quais seriam as soluções para esta complexa situação? Algumas pessoas crêem que tudo pode ser resumido devido a incompetência dos governantes. Certos cidadãos acreditam que o ser humano, por si só, conseguirá resolver ou amenizar esta questão. Outros pensam que é apenas questão de tempo. Com o passar dos anos, este problema será solucionado. Algumas, no entanto, afirmam que o agravamento da violência no país seria a falta de Deus. Essa afirmação teria fundamento?

De acordo com a Bíblia Deus nunca ausenta-se, está sempre presente. No salmo 139 está escrito que o Criador está em todos os lugares. Sendo assim, por que ele não acaba com este martírio? Apesar de ser onipresente, o Pai Celestial não atua conforme a vontade do homem, e sim conforme a vontade e o tempo dele próprio. Percebe-se, então, que o aumento da criminalidade não é conseqüência da ausência de Deus, pois ele está sempre presente em qualquer situação (embora, aos olhos humanos, nem sempre esteja agindo).

Além disto, o Rei do Universo tem um tempo bem diferente do homem, como percebe-se no terceiro capítulo do livro de Eclesiastes. Mas, o relógio exclusivo e a onipresença do Criador ainda não explicam totalmente o porquê do aumento da violência em nossos dias. Guerras sempre existiram em toda história da humanidade, mas nunca com tantas mortes quanto nas batalhas registradas desde o início do século XX. Assassinatos, roubos, corrupção, também sempre foram registrados nos livros de história, mas nunca com tamanha intensidade e iniqüidade quanto ao que acontece hoje.

Será que estaríamos vivendo o tempo da volta de Jesus, como Cristo afirmou no capítulo 24 de Mateus? É provável que sim. Vejamos o que ele disse nesta passagem bíblica: “Estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores. Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará.” (Mt. 24.3-12.)

Uma hipótese bastante provável do aumento de guerras, epidemias, e até das catástrofes naturais em nossos dias é o regresso do Salvador Jesus Cristo, como está óbvio no trecho acima. Refletindo sobre estes versículos, pode-se questionar que nada mais falta para Jesus voltar, já que aparentemente tudo aquilo que ele afirmou está se cumprindo.

O que falta para o retorno de Jesus?

Todavia, há algo que precisa ser cumprido nestas afirmações feitas aos discípulos: (...) e este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim (Mt. 24.14). Percebe-se aí a importância das missões cristãs que levam a Palavra de Deus por todo o planeta. Os grupos missionários internacionais cumprem não só o mandamento de Marcos 16.15 – que ordena ir por todo o mundo e pregar o Evangelho a toda criatura – como também buscam concluir a profecia da volta de Jesus Cristo de Mateus 24.

O que o cristão comum, de qualquer classe social ou nível cultural, sofre com as tribulações oriundas da violência, pode fazer a este respeito? Será que os discípulos de hoje podem ter alguma influência na volta do Senhor? É óbvio que sim. Como? Sendo um missionário entre seus familiares, vizinhos, amigos e colegas de trabalho – por meio do evangelismo, bom testemunho e oração. Portanto, quem crê na proximidade da volta do Salvador, faça a sua parte!


Autor: Leonardo Silva Horta – Correio Eletrônico: leocristao@gmail.com  –

Publicado no Site da Igreja Batista da Lagoinha (Belo Horizonte – Minas Gerais, em agosto de 2003)

e no Site pessoal de Juliane Beckedorff (agosto de 2003)