lportcap.GIF (5952 bytes)

História de Le Port

A história de Le Port se confunde com a própria história geral da capitania de Le Port, antiga Dábliu. Vamos trazer uma pequena resenha histórica da capital, associando-a com a conjuntura geral de Reunião em cada época, desde a colonização até a recente independência.

1. O período colonial em Le Port (1507-1797)

Le Port surgiu por possuir um atracadouro natural na Ponta das Galhetas, onde os portugueses estabeleceram uma feitoria de comércio (1513). Com a cessão de terras ao fidalgo português Felício Morgado, surgiu um povoado em volta da feitoria, chamada de Freguesia do Porto de Santa Maria.

A vila nunca prosperou, devido ao desinteresse da coroa portuguesa com a região, mais preocupada que esteve durante todo o período colonial com o comércio de especiarias com as Índias e, posteriormente, cultivo da cana no Nordeste brasileiro. A vila consistia de algumas casas humildes, e três solares mais abastados, além da pequena igreja de Santa Maria e da Câmara Municipal (apesar de ser freguesia, Porto de Santa Maria era um município).

Ninguém se referia ao povoado como "Porto de Santa Maria". Dizia-se somente "o porto", pois era, na verdade, o lugar de maior comércio da coroa portuguesa em toda a ilha de Reunião.

Mais de um século se passou nessa estagnação, até que em 1643 a França, vendo o desinteresse de Portugal nas ilhas, e pretendendo explorá-la, conquistou as ilhas Reunião e Maurício. Desse modo, mudou todos os nomes, elevando a pequena Le Port (o nome consagrou-se em francês) à categoria de capitale da capitania hereditária (sistema antigo, que ainda permanece no Império) de Dábliu. Esse sistema de capitanias hereditárias foi abolido na independência, mas voltou com Strauss em 1871.

Sob a soberania francesa, o pequeno povoado se tornou vila (1689), com o principal porto da colônia. Por ele, eram trazidos escravos de Madagascar, para o cultivo da baunilha e da cana-de-açúcar em toda a capitania. Le Port, com seu porto movimentado, tinha até mais movimento que a capital da colônia, Saint-Denis. Uma sociedade urbana, com as casas de grandes proprietários de terras e trabalhadores ligados ao mar e ao comércio, começou a surgir. Foi aí a origem do bairro das Docas, hoje ponto turístico e de passeio na cidade.

2. A independência paisense e o século XIX (1797-1903)

A independência paisense da França, em 1797, mudou pouco a configuração sócio-econômica em Le Port. A cidade participou de alguns movimentos da época, como o abaixo-assinado ao governo central paisense para a transformação de Reunião em Vice-Reino, a guerra Jubiléia (com grande destaque para o general Alberto Legrand) e algumas mudanças nos governos. Teve grande impacto na economia da cidade o Sistema de Lucros Retidos, implantado em 1835. Isso gerou uma crise sem precedentes, já que a renda da Alfândega, antes dirigida ao tesouro municipal, passou a ir diretamente para o Tesouro Imperial Paisense.

Essa crise, entretanto, melhorou com as reformas de Strauss, entre elas, a abertura dos portos reuniãos à França (1860). O comércio francês trazia grande dinamismo à cidade, além de eles serem conhecedores do comércio reunião (por terem sido metrópole do Vice-Reino). Também representou um grande avanço para a cidade a volta do sistema de capitanias hereditárias (1871). A descentralização da administração do vice-reino alavancou a burocracia leportense.

Nesse mesmo tempo, governou a cidade o alcaide Martim Echelles (1871-1903), que reformou a cidade com medidas sanitaristas e de planejamento urbano, inspirado nas reformas parisienses empreendidas pelo barão Haussmann. Entre elas, fez a retificação do Rio dos Higinos em trecho urbano (1873-1881), base para o loteamento dos bairros da Margem Alegre (1882) e do Bon Climat (1885). Erradicou cortiços do Centro e das Docas (1892), assim como criou redes de água e esgoto (1891-1895) e novas praças (da Independência, da Alfândega, do Nouveau Temps) e avenidas (Avenida General Alberto Legrand e Avenida dos Descobridores), do final do século (cerca de 1897-1900).

3. O século XX antes da independência reuniã (1903-1997)

O século XX constituiu-se em uma grande depressão, seguida por um grande progresso. Reformada por Echelles, a capital cresceu economicamente, agora com o turismo após 1905, por meio do Departamento Nacional de Turismo, no governo Alfredo Saint-Germain (1903-1917) Com a extinção do Sistema de Lucros Retidos (1909), Valvek von Alles é aclamado em Le Port, que volta a receber o rendimento da sua lucrativa alfândega, aumentando ainda mais a sua prosperidade.

O Ano Maldito (1917) foi conturbadíssimo na capital, porque paralisou a economia do vice-reino. Batalhas constantes, e a situação de hostilidade entre Maurício e Reunião obstruíram o porto, grande ponto de contato de Reunião com Maurício e com o resto do mundo. A política leportense se abala, com a morte do Alcaide de Le Port, Carlos Dauphin, no atentado do Congresso de Alcaides Reuniãos. Tropas reuniãs se aquartelam em Le Port, tomando os bairros costeiros. Com o assassinato do vice-rei, a cidade sofre intervenção de Dupõe, que nomeia o alcaide Joaqum Ferraz Chaillot, governando de 1917 a 1944, ano em que morre.

Os próximos trinta anos foram conturbadíssimos. A capital não se desenvolveu nesse período, com a ascensão de regimes nazistas no vice-reino. Apesar do surgimento de algumas indústrias, a repressão e a situação política agravada pela II Guerra Mundial prejudicaram a principal fonte econômica da cidade: o porto, que sofreu intervenções constantes pelo governo real.

Em 1944, é nomeado alcaide Pedro Echeverría, governando até 1970. Seu período foi de grandes progressos sociais: melhoria da educação (pela política da vice-rainha Clarabela Null), investimentos no setor de habitação e saúde. De 1970 a 1997, governou Le Port o alcaide Júlio Miremont. Seu governo recebeu as políticas de Tassinari, com uma breve depressão no período de Mike Simpson. Com ele, a cidade foi embelezada e reurbanizada (suas praças e jardins), além de ter o porto totalmente modernizado e informatizado.

No início de 1987, Yako McPhill é nomeado capitão donatário de Dábliu (atual Le Port), sendo que a sua demissão, dez anos depois, em 1997, por Sua Sacra Majestade Imperial Cláudio I (então Vice-Rei de Reunião) foi o pivô da Independência Reuniã. O imperador paisense Dreck von Alles não permitiu a concretização desse ato, gerando um atrito entre as duas administrações. A cidade entrou em polvorosa, pois viu-se centro de um momento que marcaria para sempre a história Reuniã.

5. A História Recente de Le Port - da independência aos dias atuais (1997-...)

Breve a história recente de Le Port Capital estará disponível. Estamos realizando pesquisas com antigos moradores para elaborarmos a real história da cidade.


Voltar à página inicial