Arcachon, 07 de dezembro de 2000 - Edição nº4

Índice

- Editorial
- O que todo cristão deve saber sobre homossexualidade.
- Como eu sei que sou gay? Aprenda a gostar de você mesmo.

- Drink Hability, por Alex Vicente
- Últimas Notícias

- Especial: Dia Mundial da Aids - Os homens fazem a diferença.


Editorial

Ouvi muitos comentários esse mês por causa da terceira edição do Les Petites Papillons, um dos comentários foi a respeito do artigo sobre Zumbi. Fiquei pensando e não vejo onde "desabona" a figura de guerreiro do Zumbi dos Palmares. Onde o fato de ser gay faz dele menos do que ele foi? O guerreiro Zumbi não deixou de existir, muito pelo contrário, talvez até o torne mais digno de orgulho, pois ele soube enfrentar além de tudo o preconceito de uma época. Talvez...quem pode saber? Eu não estava lá, e nem você! Qualquer conjectura a respeito disso é mera especulação, mas isso é bom, para revermos os nossos conceitos de masculinidade e homossexualismo.

Outra questão levantada foi a da crítica ao Bispo de Jundiaí, onde não se levou em conta o "aplauso" ao Arcebispo de Belo Horizonte, mostrando que o que se condenou foi a atitude de uma pessoa não de uma instituição. E isso me levou novamente a reflexão a respeito da bandeira que cada um levanta, quando somos batizados e crismados, e aceitamos Cristo como único salvador de nossas vidas, estamos dizendo que seguiremos os passos Dele, e quais eram as pessoas que andavam com Jesus? Pescadores, prostitutas, cobradores de impostos...e as pessoas apontavam para Ele e diziam: "Ele come com os publicanos e com gente de má vida?"(Marcos, 2, 18) Eu poderia dizer da passagem em que ele diz que vemos o cisco no olho de nosso irmão e não vemos a trave que está em nossos olhos, ou quando ele diz que com a medida que medirmos o nosso irmão seremos medidos. Mas me sensibiliza mais a passagem em que Ele diz: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo."(Mateus22,39 e Lev 19,18)

Por conta disso tudo encontrei um texto chamado "O que todo cristão deve saber sobre o homossexualismo", ainda que nem todo mundo compartilhe das idéias do texto, vale a pena dar uma conferida. Como eu sei que sou gay e como me aceitar, é o tema da segunda matéria do LPP. Alex Vicente na nossa coluna de Drinks e um artigo de Luiz Mott sobre a AIDS finaliza nossa edição.

Boa Leitura!!!

 Desirée Loche           
Editor                 

"E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!" (João, 8:32)


¦  Não há, na Bíblia, nenhuma só vez as palavras homossexual, lésbica ou homossexualidade. Todas as Bíblias que empregam estas expressões estão erradas e mal traduzidas. A palavra homossexual só foi criada em 1869, reunindo duas raízes lingüísticas: Homo (do Grego, significando "igual") e Sexual (do latim). Portanto, como a Bíblia foi escrita entre 2 e 4 mil anos atrás, não poderiam os escritores sagrados terem usado uma palavra inventada só no século passado. Elementar, irmão!

¦  A prática do amor entre pessoas do mesmo gênero, porém, é muito mais antiga que a própria Bíblia. Há documentos egípcios de 500 anos antesde Abraão, que revelam práticas homossexuais não somente entre os homens,mas também entre Deuses Horus e Seth. Segundo o poeta e escritor Goethe, "a homossexualidade é tão antiga quanto a humanidade". Certamente, cada tempo com sua experiência singular, mas com o mesmo direcionar de desejo: o igual.

¦ No antigo Oriente, a homossexualidade foi muito praticada. Entre os Hititas, povo vizinho e inimigo de Israel, havia mesmo uma lei autorizando o casamento entre homens (1.400 antes de Cristo). Como explicar, então,que, entre as abominações do Levítico, apareça esta condenação: "O homem que dormir com outro homem como se fosse mulher, comete uma abominação, ambos serão réus de morte" (Levítico, 18:22 e 20:12). Segundo os Exegetas (estudiosos das escrituras sagradas), fazia parte da tradição de inúmeras religiões de localidades circunvizinhas à Israel, a prática de rituais homoeróticos, de modo que esta condenação visa fundamentalmente afastar a ameaça daqueles rituais idolátricos e não a homossexualidade em si. Prova disto é que estes versículos condenam apenas a homossexualidade masculina: teria Deus Todo Poderoso se esquecido das lésbicas ou, para Javé, a homossexualidade feminina não era pecado? Considerando que, do imenso número de leis do Pentateuco, apenas duas vezes há referência à homossexualidade (e só à masculina), concluem os exegetas que a supervalorização que os cristãos conferem a este versículos é sintoma claro e evidente de intolerância machista de nossa sociedade, um entulho histórico, e não um desígnio eterno de Javé, do mesmo modo que inúmeras outras abominações do Levítico, como os tabus alimentares (por exemplo, comer carne de porco) e os tabus relativos ao esperma e ao sangue menstrual, hoje completamente abandonadas e esquecidas. Por que católicos e protestantes conservam somente a negação contra a homossexualidade, enquanto abandonaram dezenas de outras proibições decretadas pelo mesmo Senhor?. Intolerância machista e ignorância que Freud explica!

¦ Se a homossexualidade fosse prática tão condenável, como justificar a indiscutível relação homossexual existente entre David e Jônatas?! Eis a declaração do salmista para seu bem-amado: "Tua amizade me era mais maravilhosa do que o amor das mulheres. Tu me eras deliciosamente querido!"
(II Samuel, 1:26). Alguns crentes argumentarão que se tratava apenas de um amor espiritual, ágape. Preconceito primário, pois só as coisas materiais são referidas com a expressão "delicioso", e não resta a sombra da menor dúvida que David, em sua juventude, foi adepto do "amor que não ousava dizer o nome". Não foi gratuitamente que o maior escultor de nossa civilização, Miguel Ângelo, ele próprio, também homossexual, escolheu o jovem Davi, nu, como modelo de sua famosa escultura de Florença, na Itália.
Negar o amor homossexual entre estes dois importantes personagens bíblicos ("amizade mais maravilhosa que o amor (Eros) das mulheres") é negar a própria evidência dos fatos. "Tendo olhos, não vedes? E tendo ouvido, não ouvis?!" (Marcos, 8:18).

¦ Pelo visto, embora o Levítico fosse extremamente severo contra a prática da cópula anal (determinando igualmente a pena de morte contra o adultério e o bestialismo), outros livros sagrados revelam maior tolerância face ao homoerotismo. O Eclesiastes ensina: "É melhor viverem dois homens juntos do que separados. Se os dois dormirem juntos na mesma cama se aquecerão melhor" (4:11). Num país quente como a Judéia, o interesse em dormir junto só podia ser mesmo erótico. Portanto, na teoria o Levítico era uma coisa e a prática, desde os tempos bíblicos, parece ter sido outra. "Deus nos fez ministros da nova aliança, não a da letra e sim a do Espírito. Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica." (II Coríntios, 3:6)

¦ A destruição de Sodoma e Gomorra? Indagarão alguns. Oferecemos três informações fundamentais e cientificamente comprovadas que, em geral, são propositadamente escondidas e desconhecidas pelos cristãos: 1) não há evidência histórica ou arqueológica que confirme a real existência dessas cidades; 2) este relato é obra dos "Javistas" (escritores bíblicos do século X a.C.), que se apropriaram de relatos mitológicos de outros povos anteriores aos judeus; 3) a própria destruição da suposta intenção homoerótica dos habitantes de Sodoma em relação aos três visitantes de Abraão (anjos ou homens?) apresenta dificuldades sérias de interpretação, pois quando os habitantes de Sodoma declararam desejar conhecer os visitantes, maliciosamente se interpretou o verbo "conhecer" como sinônimo de "ato sexual". Segundo os exegetas, das 943 vezes que aparece esta palavra no Antigo Testamento ("yadac" em hebraico), em apenas 10 ela tem significado heterossexual - nenhuma vez o sentido homossexual. A associação do pecado dos "sodomitas e gorromitas" com a homossexualidade é um grave erro histórico, que tem sua oficialização pela igreja católica apenas na Idade Média, a "idade das trevas".

¦  A própria Bíblia e o filho de Deus nos dão a chave para corrigir esta maliciosa identificação de Sodoma e Gomorra com a homossexualidade. Segundo os mais respeitados estudiosos das Sagradas Escrituras, o pecado de Sodoma é a injustiça e a anti-hospitalidade, nunca a violação homossexual. Prova disto, é que todos os textos que aludem à Sodoma no Antigo Testamento atribuem sua destruição a outros pecados e não ao "homossexualismo": falta de justiça (Isaías, 1:10 e 3:9), adultério, mentira e falta de arrependimento (Jeremias, 23:14); orgulho, intemperança na comida, ociosidade e "por não ajudar o pobre e indigente" (Ezequiel, 16:49); insensatez, insolência e falta de hospitalidade (Sabedoria, 10:8; 19;14; Eclesiástico, 16:8). No Novo Testamento, não há qualquer ligação da destruição de Sodoma com a sexualidade e, muito menos, com a homossexualidade (Mateus,10:14; Lucas, 10:12 e 17:29). Só nos livros neotestamentários tardios de Judas e Pedro, é que aparece em toda a Bíblia alguma conexão entre Sodoma e a sexualidade (Judas, 6:7, Pedro, 2:4 e 6;10). Mesmo aí, inexiste relação com o "homoerotismo".

¦ Dirão, agora, os crentes mais intolerantes: e as condenações de São Paulo aos homossexuais? Autoridades exegetas protestantes e católicas - como Mcneill, Thevenot, Noth, Kosnik, e muitos outros -, ao examinarem, cuidadosamente, na língua original, os textos das Epístolas aos Romanos 1:2, I Coríntios 6:9, Colosences 3:5 e I Timóteo 1:10, concluíram que, até agora, os cristãos têm dado uma interpretação errada a estas passagens. Quando Paulo diz que certas categorias de pecadores não entrarão no Reino dos Céus - ao lado dos adúlteros, bêbados, ladrões etc... - muitas Bíblias incluem nesta lista os "efeminados" e "homossexuais". Logo de início, há uma condenação injusta, pois muitos efeminados (como muitas mulheres masculinizadas no comportamento) não são necessariamente homossexuais. As mais modernas e abalizadas pesquisas exegéticas concluem que, se Paulo de Tarso quisesse condenar especificamente os praticantes do homoerotismo, teria empregado o termo corrente em sua época e de seu perfeito conhecimento, "pederastas". Em vez desta palavra, Paulo usou as expressões gregas "malakoi", "arsenokoitai" e "pornoi" - que as melhores edições da Bíblia em português traduzem por "pervetores", "pervertidos" e "imorais". Portanto, foram estes pecadores que Paulo incluiu na lista dos afastados do Reino dos Céus, e não os "pederastas", e muito menos os "homossexuais", palavra desconhecida na Antigüidade. Segundo os historiadores, vivendo São Paulo numa época de grande licenciosidade sexual - tempo de Calígula, Nero e de Satiricon -, esperando o próximo retorno do Cristo e o fim do mundo, ele condenou, sim, os excessos e abusos sexuais dos povos vizinhos, mas nunca o amor inocente e recíproco, tal qual o de David e Jônatas. Há teólogos protestantes que chegam a diagnosticar Paulo de Tarso como homossexual latente (alusão feita por ele próprio ao misterioso "espinho na carne" que tanto o preocupava, além de sua manifesta e cruel "misoginia" ou ódio às mulheres). E, se a condenação paulina inclui também os bêbados, corruptos, caluniadores, por que atirar tanta pedra somente nos homossexuais? Também aqui, Freud explica! E tem mais: o próprio Filho de Deus disse que "há eunucos que assim nasceram desde o seio de suas mães" (Mateus 19:12), ensinando, num sentido figurado, que faz parte dos planos do Criador que alguns homens tenham uma sexualidade não reprodutora biologicamente. Todos somos imagem de Deus!

¦ O maior argumento para se comprovar que as Escrituras Sagradas não condenam o amor entre pessoas do mesmo gênero, é o fato de Jesus Cristo nunca ter falado nenhuma palavra contra os homossexuais! Se o "homossexualismo" fosse uma coisa tão abominável, certamente o Filho de Deus teria incluído esse tema em sua mensagem. O que Jesus condenou, sim, foi a dureza de coração, a intolerância dos fariseus hipócritas, a crueldade daqueles que dizem Senhor, Senhor!, mas esquecem da caridade e do respeito aos outros (Mateus, 7:21). E foi o próprio Messias quem deu o exemplo de tolerância em relação aos "desviados", andando e comendo com prostitutas, pecadores e publicanos. E tem mais: Jesus Cristo mostrou-se particularmente aberto à homossexualidade, revelando carinhosa predileção por João Evangelista, "o discípulo que Jesus amava", o qual, na última Ceia, esteve delicadamente recostado no peito do Divino Mestre. Há teólogos que chegam a sugerir que Jesus era homossexual, pois além de nunca ter condenado o homoerotismo, conviveu predominantemente com companheiros do seu próprio gênero, manifestou particular predileção pelo adolescente João e nunca se casou, além de revelar muita sensibilidade com as crianças e com os lírios do campo, comportamentos muito mais comuns entre homossexuais do que entre machões. O ensinamento do discípulo que Jesus amava não podia ser mais claro: "Filhinhos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e tudo o que é amor é nascido de Deus e conhece a Deus" (I João, 4:4).

¦ A Bíblia é um livro muito antigo, repleto de imagens simbólicas, parábolas e figurações. Interpretar as Escrituras ao pé da letra é ignorância, fanatismo e até pecado, pois o próprio Filho de Deus garantiu: "Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á a verdade" (João, 16:12). Do mesmo modo como Galileu ensinou-nos a verdade a respeito da Astronomia, corrigindo a Bíblia e opondo-se à crença dos cristãos de sua época, assim também hoje todos os ramos da Ciência garantem que a homossexualidade é um comportamento normal, saudável e tão digno moralmente como a orientação sexual da maioria das pessoas. Negar esta evidência científica é repetir a mesma ignorância intolerante do Papa que condenou Galileu. Não devemos temer a verdade que liberta, pois o próprio Jesus nos mandou imitar "o escriba instruído nas coisas do Reino dos Céus, que como um pai de família, tira de seu tesouro coisas novas e velhas" (Mateus, 13:52). Mesmo que o Papa ou os pastores continuem a negar os direitos humanos dos gays e lésbicas, mesmo que cristãos ignorantes continuem a repetir as ultrapassadas abominações do Velho Testamento, para os verdadeiros crentes o que vale é o exemplo do Filho de Deus, Jesus Cristo, que nunca condenou a prática da homossexualidade. "E conhecereis a verdade, a verdade vos libertará!" (João,8:32).

 

COMO EU SEI QUE SOU GAY?

Você pode não saber como lidar com seus impulsos sexuais. Você não precisa se apressar e criar um rótulo para você mesmo agora. A identidade sexual é algo que se desenvolve com o tempo. A maior parte dos adolescentes é bastante sexual na puberdade (mais ou menos entre os 12 e 15 anos), quando o corpo começa a mudar e os hormônios passam a agir de outra maneira. Seus impulsos sexuais podem ser tão fortes que não se dirigem a pessoas em particular ou situações e parecem surgir a qualquer hora. Em geral quando essa fase passa pode-se perceber com mais clareza por quem nos sentimos realmente atraídos.

Rapazes realmente gays passam a ter uma atração mais clara por outros rapazes e homens. Você pode se ver apaixonado pelo seu colega de classe ou tendo uma queda por um homem mais adulto. Você pode achar essas experiências agradáveis ou preocupantes ou ainda uma mistura desses sentimentos. Por volta dos 16, 17 anos rapazes com tendências homossexuais começam a pensar em como deve se chamar, enquanto outros preferem esperar um pouco. Se você acha que é gay, pergunte a você mesmo:

Quando eu sonho ou tenho uma fantasia sexual, o objeto de desejo é um cara ou uma garota?

Eu já me apaixonei ou senti tesão por um rapaz ou um homem?

Meus sentimentos por outros caras é verdadeiro e claro?

Se você não conseguir responder essas perguntas, Não se preocupe. Tudo ficará mais claro a seu tempo. VOCÊ É SÓ VOCÊ sabe a seu respeito, não deixe que ninguém lhe convença do contrário.

APRENDA A GOSTAR DE VOCÊ MESMO

Não é fácil descobrir que você é gay. A sociedade em geral deixa muito claro o que acha sobre gays. Sempre escutamos piadas horríveis e idéias errôneas sobre gays e lésbicas. Não é à toa que você queira esconder o fato de ser gay dos outros. Você pode querer até se esconder de você mesmo. Você pode ter dúvidas se você é uma pessoa normal. Talvez você tenha medo dos outros descobrirem que você é gay. Talvez você evite outras pessoas com receio do que elas podem pensar. Cada vez mais jovens estão aprendendo a sentir-se bem consigo mesmos. Quanto mais você escutar seus sentimentos mais profundos e aprender o que realmente significa ser gay, você vai começar a se sentir mais confortável com sua sexualidade

collins.jpg (5100 bytes)Drink Hability

Hoje resolvi falar de uma paixão particular minha, o VINHO, coisa que eu amo  demais, sou fissurado por uma boa taça de vinho, abaixo eu coloco alguns drink a base de vinho, eu provei alguns e gostei pacas, espero que gostem tb, mas, será q alguém já experimentou alguma receita? Se não hoje vai se a primeira vez!!! Bem chega de papo e vamos lá!!!


Cup de Vinho e Frutas

1 laranja cortada em rodelas
12 morangos
1 pera cortada em fatias
12 cerejas ao marasquino
1 dose de conhaque e Grand
Marnier
1 garrafa de vinho
rose frisante
 
Misture tudo em uma jarra!

Cup de Vinho Grego

1 limão em fatias
1 laranja em fatias
1 dose de ouzo
1 dose de curaçau
1 garrafa de vinho branco
 
Misture tudo em uma jarra 
 
Mint Rose Cup

1 limão em rodelas
1 laranja em rodelas
4 fatias de abacaxi
1 dose de conhaque e Grand
Marnier
1 dose de licor de marasquino
1/5 litro de vinho
rose espumante
 
Misture tudo em uma jarra 
 
Sangria

2 limões em rodelas
1 laranja em rodelas
1/4 xícara de açúcar
2 doses de conhaque
1 garrafa de vinho tinto
seco
club soda
 
Coloque cubos de gelo em 1/4 de
altura de uma jarra de 3 litros. Junte as frutas, o conhaque e o
acúcar e mexa. Acrescente o vinho. Complete com club soda.

Alex Vicente                        

     

Últimas Notícias

bola.gif (1189 bytes) Uma carta assinada por Paulo Roberto Teixeira (foto), Coordenador Nacional de DST e AIDS, do Ministério da Saúde, relata como as ações do Programa Nacional de DST e Aids estão comprometidas. A carta foi veiculada em diversas listas de discussões de grupos gays no Brasil. O texto mostra o déficit que o Programa de DST e AIDS tem hoje e como isso pode prejudicar não só a Campanha do dia 1º de dezembro, mas todo o programa de prevenção e combate à AIDS. A situação é bem ruim e representa um alerta para que a sociedade se organize para refletir sobre ações e pedir providências imediatas para que a situação se normalize, já que durante o ano, muitas notícias no mundo consideraram o programa do Governo brasileiro para AIDS, um modelo para ser seguido. (30/11/2000)

bola.gif (1189 bytes) Hoje Niterói vai dormir sorrindo... Vencemos mais uma etapa na nossa luta pela cidadania plena. Logo após às 19h, na Câmara Municipal de Niterói construímos mais um pedaço da nossa história. Conseguimos a aprovação do Projeto de Lei que pune os estabelecimentos que discriminem pessoas pela sua orientação sexual. Dos 21 vereadores 18 estavam presentes e o Projeto já seguiu para as mãos do nosso prefeito, agora só depende dele para entrar em vigor. Temos que agradecer a vitória desta batalha ao eficaz vereador do PT, Rodrigo Neves (aliás, reeleito para mais quatro anos de mandato) que nestes últimos meses lutou por nós e por todos aqueles que acreditam em uma sociedade justa e que nem precisaria ser inclusiva. Pedidos para que o nosso prefeito sancione a lei só por escrito, já que o gabinete não possui um e-mail, quem puder, aí está o endereço: Ao Exmº Prefeito Jorge Roberto Silveira Rua Visconde de Sepetiba nº 987, 6º andar, Centro, Niterói, RJ. CEP 24020-206.Vamos colaborar para que mais uma cidade no Brasil seja um exemplo de cidadania gay, como Brasília, Juiz de Fora e Rio de Janeiro.(30/11/2000)

bola.gif (1189 bytes) Especialistas de Organizações Governamentais e Não-Governamentais vão discutir, a partir de hoje, em Brasília, as experiências na área de direitos humanos em quatro Câmaras Técnicas Temáticas. O objetivo é elaborar um projeto comum que permita definir competências e identificação de mecanismos que vão garantir base nas ações e serviços oferecidos à sociedade. As quatro câmaras temáticas são: Balcão de Direitos, Defesa e Promoção dos Direitos da Pessoa Idosa, Capacitação em Direitos Humanos e Defesa e Promoção dos Direitos dos Homossexuais. Os eventos serão realizados até o próximo dia 15. (04/12/2000 )

bola.gif (1189 bytes) Incrível o grau de importância dado ao fato de que homens brasileiros gostam de depilação. O fato antes associado a prática homossexual parece estar proliferando em cidades como o Rio de Janeiro, principalmente dentre homens que tem alguma atividade física, ou por questões higiênicas ou apenas por estética.(03/12/2000)

bola.gif (1189 bytes) A Alemanha aprovou lei legalizando a união entre pessoas do mesmo sexo. Vantagens: usar o sobrenome do/a parceiro/a; pequena tutela para administrar o cotidiano dos filhos que vieram com os parceiros/as; levar parceiro/a estrangeiro/a para morar na Alemanha. Todavia alguns inconvenientes vieram junto coma proposta como, por exemplo: não poder adotar filhos e a extensão de benefícios. Com tudo isso, resta desejar sucesso aos novos casais num pais onde skinhaeds homofóbicos e nazistas extremos atacam homossexuais.A Mídia deu pouca importância ao Dia Mundial Contra a AIDS.(02/12/2000)

bola.gif (1189 bytes) Dia Mundial da AIDS. Foram poucos os jornais que deram hoje a devida atenção ao fato. Na televisão, a MTV (como sempre) voltou sua programação para este assunto, já que seu público é eminentemente jovem e seus diretores de programação sabem a responsabilidade que têm. Na Internet, os portais de maior tráfego como O SITE, UOL, TERRA e STARMEDIA mostraram trabalho com canais apropriados, chat, entrevistas.(01/12/2000)




Especial: 

 Dia Mundial da Aids: Os Homens fazem a diferença

Todos os anos, a primeiro de dezembro, Dia Mundial da Aids, a OrganizaçãoMundial de Saúde sugere um tema de reflexão que sirva ao mesmo tempo de agenda política no enfrentamento desta epidemia para os próximos doze meses. Em anos anteriores, foram privilegiados os jovens, a solidariedade, as crianças, as mulheres, o terceiro mundo, etc.

Neste Dia Mundial da Aids de 2000, o tema é: "Os homens fazem a diferença". Escolha acertadíssima para marcar a entrada no século XXI, não só por que a população masculina representa ainda o grupo social mais atingido pela Aids, mas, sobretudo, porque são os homens os principais responsáveis – para não dizer culpados – pela transmissão do HIV.

No Brasil, segundo o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, dos 190 mil casos de Aids já registrados, 75% são do sexo masculino. Mesmo crescendo de forma preocupante o número de mulheres contaminadas, parece-nos mais do que acertado estimular a prevenção junto aos homens, posto que embora também as mulheres possam ser transmissoras do HIV por via sexual, são os machos, inegavelmente, seus principais transmissores. Primeiro por que tecnicamente, a quantidade de vírus existente no esperma, numa ejaculação, é muitíssimo maior do que a encontrada na secreção vaginal de uma portadora. Segundo, devido à força cultural do machismo, que permeia e domina entre nós as interações sexuais, o homem quando vence a barreira do preconceito e decide usar o preservativo, está preocupado, sobretudo em se proteger de uma eventual contaminação, raramente usando a camisinha para resguardar a parceira ou o parceiro, da transmissão do HIV no caso de ser ele o portador.

Portanto, a diferença entre o controle desta pandemia ou seu alastramento incontrolável, depende fundamentalmente dos homens, posto que em nossa cultura falocrática, o macho detém o papel de "ativo" e condutor da interação erótica, sendo o varão quem, no frigir dos ovos, impõe, pela força ou pela lábia, como será a relação: sexo com risco ou sexo seguro. Apesar de a camisinha feminina, às vezes introduzida disfarçadamente na vagina sem que seja notada sua presença, tenha representado uma alternativa eficaz para proteger as mulheres contra parceiros que recusam usar o preservativo masculino, dado o seu alto preço e difícil acesso, ainda é diminuto o número de suas usuárias.

Assim sendo, nós, homens, independentemente de nossa orientação sexual, heterossexuais ou gays, jovens ou adultos, temos em nossas mãos o destino desta epidemia: em primeiro lugar, a camisinha. "Ponha esta idéia na cabeça!" é a mensagem usada no mundo inteiro para estimular o uso da camisa de Vênus. A prática do sexo seguro é a principal solução para estancarmos a expansão desta síndrome que, embora se torne cada vez mais tratável, continua causando enormes dores e a morte de milhões de pessoas.

Compete, sobretudo a nós, homem adulto: pais, mestres, irmãos mais velhos, membros das ONGs/Aids, convencer os jovens da indispensabilidade e facilitar-lhes o acesso ao preservativo. Toca prioritariamente ao poder público implementar campanhas educativas que substituam no imaginário masculino o mito do super-homem, invulnerável à infecção pelo HIV – por um sentimento realista da imprescindibilidade da prática do sexo sem risco para se proteger e para não ser transmissor desta epidemia.

Cabe, porém a todos nós, mulheres e homens, fazer com que aqueles componentes mais desumanos do machismo: a violência, o egoísmo falocrático, o autoritarismo, cedam lugar a sentimentos mais humanitários: diálogo, responsabilidade, igualdade de direitos, os únicos meios de controlar a epidemia. Uma reflexão não só para o Dia Mundial da Aids, mas agenda para todos os dias, até que a epidemia do século e a violência sexista se tornem coisas do passado.

Luiz Mott                   

Bacharel e Licenciado em Ciências Sociais ( USP-1968), Mestre em etnologia pela Universidade de Paris, (Sorbonne,1972),Doutor em Ciências Humanas, pela Universidade de Campinas, 1975 (Unicamp) e atual professor dos mestrados de Ciências Sociais e História da Universidade Federal da Bahia (UFBa).

 

Expediente:

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                   O que todo cristão deve saber sobre homossexualidade - 
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                  Especial (consulta):
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                                              Luiz Mott

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