" A história do incenso não é nova:
podemos dizer que ela é tão antiga
quanto o homem. A palavra "perfumum",
que significa "pela fumaça"; e a palavra
"incensum", que significa textualmente
"incendiar" ou "atear fogo". Apenas pela
etimologia dessas duas palavras podemos
deduzir sua origem. O homem, antes mesmo
de dominar o fogo, travou conhecimento
com os "perfumes"e "incensos" através de
incêndios espontâneos que ocorreram em
grandes florestas onde havia árvores,
cujo tronco era constituído de madeira
odorífica, como os pinheiros, por exemplo.
Posteriormente, quando o fogo foi dominado,
ele deliberadamente passou a queimar essas
madeiras e folhas para sentir novamente o
aroma que tanto o agradara.
Quando a humanidade ingressou em seu período
histórico, formando as primeiras civilizações
e impérios, verificamos que o incenso sempre
esteve presente entre eles. Egípios, gregos,
romanos, árabes, judeus, indianos chineses,
etc, todos fizeram largo uso dele. Há 2.000
anos, quando nasceu Cristo, os três reis magos,
vindos do Oriente, o presentearam com ouro,
incenso e mirra, um metal precioso
e duas resinas aromáticas, muito usadas até
hoje. Até entre os chamados "povo primitivos"
o incenso esta presente. Todas as tribos
do mundo, nos 5 continentes, possuem
os seus "rituais de fumaça", onde folhas
e madeiras resinosas são queimadas para
exorcismo, invocações, etc.
Como podemos constatar, a história do incenso
se perde na noite dos tempos. Mas essa longa
história não fez com que ele envelhece ou
perdesse seu encanto e fascínio. Pelo contrário,
ele se torna mais jovem a cada dia e cada vez mais
presente no nosso cotidiano. Muitas são as propriedades
atribuídas a determinadas fragrâncias, que antes eram
restritas ao campo da magia e atualmente são confirmadas
e explicadas pela Aromaterapia. Sabe-se hoje em dia
que a canela tem uma efetiva ação antidepressiva,
que o aroma da rosa branca atua contra o estresse,
facilitando a meditação e a compreensão entre
pessoas, que o almiscar estimula a sensualidade
e o romantismo... Cada aroma possui propriedades
e indicações específicas.
O uso dos incensos nada tem a ver com determinadas
crenças ou religiões. Seu uso pode e deve ser
natural e espontâneo. Todas as pessoas apreciam um
bom perfume para colocar sobre o corpo. Por que
então não perfumar a atmosfera onde vivemos e trabalhamos.
O incenso, ao mesmo tempo antigo e moderno,
regional e universal, mágico e científico é uma
verdadeira ponte entre os homens e os deuses.
João Bosco é tarólogo {tel: 714 7456}
|