AKJ: Almeida-1753 compatibilizada com a KJB-1611, com grafia e
gramática inspiradas na ACF-1995
2º LIVRO
DE SAMUEL
Capítulos 13-24
Capítulo 13
1 E aconteceu
depois disto que, tendo Absalão, filho de Davi, uma irmã formosa,
cujo nome era Tamar, Amnom, filho de Davi, amou-a.
2 E angustiou-se
Amnom, até adoecer, por Tamar, sua irmã, porque ela era virgem;
e parecia aos olhos de Amnom dificultoso fazer-lhe coisa alguma.
3 Tinha, porém,
Amnom um amigo, cujo nome era Jonadabe, filho de Siméia, irmão
de Davi; e era Jonadabe homem mui sagaz.
4 O qual lhe
disse: Por que tu de dia em dia tanto emagreces, sendo filho do rei? Não
me dirás isto? Então lhe disse Amnom: Amo a Tamar, irmã
de Absalão, meu irmão.
5 E Jonadabe
lhe disse: Deita-te sobre tua cama, e finge-te doente; e, quando teu pai te
vier visitar (para trazer bem), dize-lhe: Peço-te que minha irmã Tamar venha,
e me dê de comer pão, e prepare a comida diante dos meus olhos,
para que eu veja isto e coma da sua mão.
6 Deitou-se,
pois, Amnom, e fingiu-se doente; e, vindo o rei visitá-lo
(para trazer bem), disse Amnom, ao rei: Peço-te que minha irmã Tamar venha, e prepare
dois bolos diante dos meus olhos, para que eu coma de sua mão.
7 Então Davi enviou mensageiros a Tamar,
à casa dela, a dizerem: Vai à casa de Amnom, teu irmão,
e faze-lhe alguma comida.
8 E foi Tamar
à casa de Amnom, seu irmão (ele porém estava deitado),
e tomou a massa, e a amassou, e fez bolos diante dos seus olhos, e cozeu
os bolos.
9 E tomou
a frigideira, e os tirou diante dele; porém ele recusou comer. E
disse Amnom: Fazei retirar a todos os homens da minha presença. E todos
os homens se
retiraram dele.
10 Então
disse Amnom a Tamar: Traze a comida ao quarto, e comerei da tua mão.
E tomou Tamar os bolos que fizera, e levou-os a Amnom, seu irmão,
no quarto.
11 E chegando-lhos,
para que comesse, ele fortemente a agarrou, e disse-lhe: Vem, deita-te comigo, minha
irmã.
12 Porém
ela lhe respondeu: Não, meu irmão, não me forces, porque não
se faz assim em Israel; não faças tal vil- loucura.
13 Porque,
aonde faria eu ir a minha vergonha? E tu serias como um dos loucos de Israel.
Agora, pois, peço-te que fales ao rei, porque não me negará
a ti.
14 Porém
ele não quis dar ouvidos à sua voz; antes, sendo mais forte
do que ela, a forçou, e se deitou com ela.
15 Depois, Amnom a odiou grandissimamente,
porque maior era o ódio com que a odiava
do que o amor com que a amara. E disse-lhe Amnom: Levanta-te e vai-te.
16 Então
ela lhe disse: Não há razão de me despedires assim; maior
seria este mal do que o outro que já me tens feito. Porém
ele não lhe quis dar ouvidos.
17 E ele chamou
a seu jovem- servo que o servia, e disse:
Põe fora a esta mulher, e
trava a porta
após ela.
18 E trazia
ela uma roupa de muitas cores (porque
com tais
capas se vestiam as filhas virgens
dos reis); e o servo dele
a fez sair até fora de casa, e
travou a porta após
ela.
19 Então
Tamar tomou cinza sobre a sua cabeça, e a roupa
de muitas cores
que trazia rasgou; e pôs as mãos sobre a cabeça, e foi
andando e clamando.
20 E Absalão,
seu irmão, lhe disse: Esteve Amnom, teu irmão, contigo? Ora,
pois, minha irmã, cala-te; é teu irmão. Não se angustie
o teu coração por isto. Assim permaneceu Tamar, e esteve
desolada
em casa de Absalão seu irmão.
21 E, ouvindo
o rei Davi todas estas coisas, muito se lhe acendeu a ira.
22 Porém
Absalão não falou com Amnom, nem mal nem bem; porque Absalão
odiava a Amnom, por ter forçado a Tamar sua irmã.
23 E aconteceu
que, passados dois anos inteiros, Absalão tinha tosquiadores em Baal-Hazor,
que está junto a Efraim; e convidou Absalão a todos os filhos
do rei.
24 E foi Absalão
ao rei, e disse: Eis que teu servo tem tosquiadores; peço que o
rei e os seus servos venham com o teu servo.
25 O rei,
porém, disse a Absalão: Não, filho meu, não vamos
todos juntos, para não te sermos pesados. E instou com ele; porém
não quis ir, mas o abençoou.
26 Então
disse Absalão: Quando não, deixa ir conosco Amnom, meu irmão.
Porém o rei disse: Para que iria contigo?
27 E, instando
Absalão com ele, deixou ir com ele a Amnom, e a todos os filhos do
rei.
28 E Absalão
deu ordem aos seus jovens- servos, dizendo: Tomai sentido; quando o coração
de Amnom estiver alegre do vinho, e eu vos disser: Feri a Amnom, então
o matareis; não temais: porque porventura não sou eu quem vo-lo
ordenei? Esforçai-vos, e sede valentes.
29 E os jovens- servos
de Absalão fizeram a Amnom como Absalão lho havia ordenado. Então
todos os filhos do rei se levantaram, e montaram cada homem no seu mulo, e
fugiram.
30 E aconteceu
que, estando eles ainda no caminho, chegou a nova a Davi, dizendo-se: Absalão
feriu a todos os filhos do rei, e nenhum deles ficou.
31 Então
o rei se levantou, e rasgou as suas vestes, e se lançou por terra;
da mesma maneira todos os seus servos estavam com vestes
havendo sido rasgadas.
32 Mas Jonadabe,
filho de Siméia, irmão de Davi, respondeu, e disse: Não
diga o meu senhor que mataram a todos os moços filhos do rei, porque
só morreu Amnom; porque assim tinha resolvido fazer Absalão,
desde o dia em que forçou a Tamar sua irmã.
33 Não
se lhe ponha, pois, agora no coração do rei meu senhor tal
coisa, dizendo: Morreram todos os filhos do rei; porque só morreu
Amnom.
34 E Absalão
fugiu; e o moço que estava de guarda, levantou os seus olhos, e
olhou; e eis que muito povo vinha pelo caminho por detrás dele,
pelo lado do monte.
35 Então
disse Jonadabe ao rei: Eis aqui vêm os filhos do rei; conforme à
palavra de teu servo, assim sucedeu.
36 E aconteceu
que, tão logo ele acabou de falar, os filhos do rei vieram, e levantaram a sua
voz, e choraram; e também o rei e todos os seus servos choraram
com mui grande choro..
37 Assim Absalão
fugiu, e foi a Talmai, filho de Amiur, rei de Gesur. E Davi
chorava- lamentando por
seu filho todos aqueles dias.
38 Assim Absalão
fugiu, e foi para Gesur; esteve ali três anos.
39 Então a alma do rei Davi
se consumia (de saudades) para ir a Abslão;
porque já se tinha consolado acerca de Amnom, porque
estava morto.
Capítulo 14
1 Conhecendo,
pois, Joabe, filho de Zeruia, que o coração do rei estava inclinado
para Absalão,
2 Joabe enviou mensageiros a Tecoa, e tomou de lá uma mulher
sábia e disse-lhe: Ora,
finge estar chorando- lamentando (em luto); veste roupas de
choro- lamentação- de- luto, e não te unjas com óleo, e sê
como uma mulher que há já muitos dias
chora- lamentando (em luto)
por algum morto.
3 E entra ao
rei, e fala-lhe conforme a esta palavra. E Joabe lhe pôs as palavras
na boca.
4 E a mulher
tecoíta falou ao rei, e, caindo com o rosto em terra, se
prostrou- em- reverência,
e disse: Socorre-me, ó rei.
5 E disse-lhe
o rei: Que tens? E respondeu ela: Na verdade sou mulher viúva; morreu
meu marido.
6 Tinha, pois,
a tua serva dois filhos, e
ambos brigaram entre si no campo, e não
houve quem os apartasse; assim um feriu ao outro, e o matou.
7 E eis que
toda a parentela se levantou contra a tua serva, e disseram: Dá-nos
aquele que feriu a seu irmão, para que o matemos, por causa da vida
de seu irmão, a quem matou, e para que destruamos também ao
herdeiro. Assim apagarão a brasa que me restou, de modo que não
deixam a meu marido nome, nem remanescente sobre a terra.
8 E disse
o rei à mulher: Vai para tua casa; e eu mandarei ordem acerca de
ti.
9 E disse
a mulher tecoíta ao rei: A injustiça, rei meu senhor, venha
sobre mim e sobre a casa de meu pai; e o rei e o seu trono fiquem inculpáveis.
10 E disse
o rei: Quem falar contra ti, traze-mo a mim; e nunca mais te tocará.
11 E disse
ela: Ora, lembre-se o rei do SENHOR teu Deus, para que
não consintas que os vingadores do sangue
multipliquem o destruir, e não exterminem
a meu filho. Então disse ele: Vive o SENHOR, que não há
de cair no chão nem um dos cabelos de teu filho.
12 Então
disse a mulher: Peço-te que a tua serva fale uma palavra ao rei
meu senhor. E disse ele: Fala.
13 E disse
a mulher: Por que, pois, pensaste tu uma tal coisa contra o povo de Deus?
Porque, falando o rei tal palavra, fica como culpado; visto que o rei não
torna a trazer o seu banido.
14 Porque
certamente morreremos, e seremos como águas derramadas
sobre a terra, as quais não
podem ser novamente ajuntadas. E {*} Deus não faz acepção
respeitando pessoa nenhuma, todavia Ele pensa meios para que
aquele antes banido (por Ele) não seja
(permanentemente) banido para longe dEle. {* Outra tradução
possível: "Porque Deus não tem tirado sua vida, Ele tem também pensado meios
para que aquele..."}
15 E se eu
agora vim falar esta palavra ao rei, meu senhor, é porque o povo
me atemorizou; dizia, pois, a tua serva: Falarei, pois, ao rei; porventura
fará o rei segundo a palavra da sua serva.
16 Porque
o rei ouvirá, para livrar a sua serva da mão do homem que intenta
destruir juntamente a mim e a meu filho da herança de Deus.
17 Dizia mais
a tua serva: Seja agora a palavra do rei meu senhor para descanso; porque
como um anjo de Deus, assim é o rei, meu senhor, para
discernir o bem
e o mal; e o SENHOR teu Deus será contigo.
18 Então
respondeu o rei, e disse à mulher: Peço-te que não me
encubras o que eu te perguntar. E disse a mulher: Ora fale o rei, meu senhor.
19 E disse
o rei: Não é verdade que a mão de Joabe anda contigo em
tudo isto? E respondeu a mulher, e disse: Vive a tua alma, ó rei
meu senhor, que ninguém se poderá desviar, nem para a direita
nem para a esquerda, de tudo quanto o rei, meu senhor, tem falado: Porque
Joabe, teu servo, é quem me deu ordem, e foi ele que pôs
na boca da tua serva todas estas palavras:
20 Para mudar
o aspecto deste caso foi que o teu servo Joabe fez esta
coisa; porém sábio
é meu senhor, conforme à sabedoria de um anjo de Deus, para
entender tudo o que há na terra.
21 Então
o rei disse a Joabe: Eis que fiz isto; vai, pois, e torna a trazer o jovem
Absalão.
22 Então
Joabe se prostrou sobre o seu rosto em terra, e se inclinou, e agradeceu
ao rei; e disse Joabe: Hoje conhece o teu servo que achei graça
aos teus olhos, ó rei meu senhor, porque o rei fez segundo a palavra
do teu servo.
23 Levantou-se,
pois, Joabe, e foi a Gesur, e trouxe Absalão a Jerusalém.
24 E disse
o rei: Torne para a sua própria casa, e não veja a minha face. Tornou, pois, Absalão para sua
própria casa, e não viu a face do rei.
25 Não
havia, porém, em todo o Israel homem tão belo e a
ser louvado,
como Absalão; desde a planta do pé até o mais alto da
cabeça
não havia nele defeito algum.
26 E, quando
tosquiava a sua cabeça (e sucedia que no fim de cada ano a tosquiava,
porquanto muito lhe pesava, e por isso a tosquiava), pesava o cabelo da
sua cabeça duzentos siclos, segundo o peso real.
27 Também
nasceram a Absalão três filhos e uma filha, cujo nome era Tamar;
e esta era mulher formosa à vista.
28 Assim habitou Absalão dois anos inteiros em Jerusalém, e não viu a face
do rei.
29 Então Absalão enviou
mensageiros
a Joabe, para o enviar ao rei; porém Joabe não
quis vir a ele (Absalão); e
Absalão enviou mensageiros ainda segunda vez e, contudo,
Joabe não quis vir.
30 Então Absalão
disse aos seus servos: Vedes ali o pedaço de campo de Joabe pegado
ao meu, e tem cevada nele; ide, e ponde-lhe fogo. E os servos de Absalão
puseram fogo ao pedaço de campo.
31 Então
Joabe se levantou, e veio a Absalão, à sua casa, e disse-lhe: Por que
puseram os teus servos fogo ao pedaço de campo que é meu?
32 E respondeu Absalão a Joabe: Eis que enviei
mensageiros a ti, dizendo: Vem cá, para
que te envie ao rei, a dizer-lhe: Para que vim de Gesur? Melhor me fora
estar ainda lá. Agora, pois, veja eu a face do rei; e, se há
ainda em mim alguma culpa, que me mate.
33 Então
veio Joabe ao rei, e assim lho disse. Então chamou
a Absalão, e ele veio ao rei, e se inclinou sobre o seu rosto em terra diante
do rei; e o rei beijou a Absalão.
Capítulo 15
1 E aconteceu
depois disto que Absalão fez aparelhar carros e cavalos, e cinqüenta
homens que corressem adiante dele.
2 Também
Absalão se levantava ao alvorecer, e
postava-se a um lado do caminho
da porta. E sucedia que a todo o homem que tinha alguma demanda para vir
ao rei para pedir julgamento, o chamava Absalão a si, e lhe dizia: De que
cidade és tu? E, dizendo ele: De uma das tribos de Israel é
teu servo;
3 Então
Absalão lhe dizia: Olha, os teus negócios são bons e retos,
porém não tens quem te ouça da parte do rei.
4 Dizia mais
Absalão: Ah, quem me dera ser
constituído para estar julgando
na terra, para que viesse a mim
todo o homem que tivesse demanda ou questão, para que eu lhe fizesse
justiça!
5 Sucedia
também que, quando alguém se chegava a ele para se
prostrar- em- reverência
diante dele, ele estendia a sua mão e, fortemente
agarrando-o, o beijava.
6 E desta
maneira fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao rei
para pedir julgamento;
assim, furtava Absalão o coração dos homens de Israel.
7 Aconteceu, pois, ao fim de quarenta anos {*}, que Absalão disse ao rei: Deixa-me
ir pagar em Hebrom o meu voto que votei ao SENHOR.
{* 40 anos desde a primeira unção de
Samuel sobre Davi? Ou, mais provável, desde que o povo murmurou e pediu um rei,
Saul?}
8 Porque,
morando eu em Gesur, na Síria, votou o teu servo um voto, dizendo:
Se o SENHOR outra vez me fizer tornar a Jerusalém, servirei ao SENHOR.
9 Então
lhe disse o rei: Vai em paz. Levantou-se, pois, e foi para Hebrom.
10 E enviou
Absalão espiões através de todas as tribos de
Israel, dizendo-lhes:
Tão logo ouvirdes
o som das trombetas, direis: Absalão reina em Hebrom.
11 E de Jerusalém
foram com Absalão duzentos homens tendo sido convidados, porém iam na
sua
inteireza- completude, porque nada sabiam daquele negócio.
12 Também
Absalão, ao tempo em que sacrificava os seus
sacrifícios, enviou mensageiros a chamarem Aitofel
(o gilonita, que aconselhava Davi)
desde a sua cidade, a
saber, desde Giló;
e a conspiração se fortificava, e vinha o povo, e ia crescendo
com Absalão.
13 Então
veio um mensageiro a Davi, dizendo: O coração de cada
homem em
Israel vai após Absalão.
14 Disse,
pois, Davi a todos os seus servos que estavam com ele em Jerusalém:
Levantai-vos, e fujamos, porque não poderíamos escapar diante
de Absalão. Dai-vos pressa a caminhar, para que porventura não
se apresse ele, e nos alcance, e lance sobre nós algum mal, e fira
a cidade a fio de espada.
15 Então
os servos do rei disseram ao rei: Eis aqui os teus servos, para tudo quanto
determinar o rei, nosso senhor.
16 E saiu
o rei, com toda a sua casa, a pé; deixou, porém, o rei dez
mulheres concubinas, para guardarem a casa.
17 Tendo,
pois, saído o rei com todo o povo a pé, pararam num lugar
distante.
18 E todos
os seus servos passavam a seu lado, como também todos os quereteus e
todos os peleteus; e todos os giteus, seiscentos homens que vieram de Gate a pé,
passavam diante do rei.
19 Disse,
pois, o rei a Itai, o giteu: Por que irias tu também conosco? Volta
ao teu lugar,
e fica-te com o rei, porque és estrangeiro, e também
banido
de teu lugar.
20 Ontem vieste,
e te levaria eu hoje conosco a caminhar
para cima e para baixo? Pois eu vou para onde puder ir;
volta, pois, e torna a levar teus irmãos contigo, beneficência
e fidelidade sejam contigo.
21 Respondeu,
porém, Itai ao rei, e disse: Vive o SENHOR, e vive o rei meu senhor,
que no lugar em que estiver o rei meu senhor, seja para morte seja para
vida, aí certamente estará também o teu servidor.
22 Então
Davi disse a Itai: Vem, pois, e passa adiante. Assim passou Itai, o giteu,
e todos os seus homens, e todas as crianças que havia com ele.
23 E toda
a terra chorava a grandes vozes, passando todo o povo; também o
rei passou o ribeiro de Cedrom, e passou todo o povo na direção
do caminho do deserto.
24 Eis que
também Zadoque ali estava, e com ele todos os levitas,
os quais levavam
a arca da aliança de Deus; e puseram ali a arca de Deus, e subiu Abiatar, até que todo o povo acabou de passar
para fora da cidade.
25 Então
disse o rei a Zadoque: Torna a levar a arca de Deus à cidade. Se
eu achar graça aos olhos do SENHOR, Ele me tornará a trazer
para lá e me deixará ver a ela e a Sua habitação.
26 Se, porém,
disser assim: Não tenho prazer em ti; eis-me aqui, faça de
mim como bom- parecer aos Seus olhos.
27 Disse mais
o rei a Zadoque, o sacerdote: Não és tu porventura vidente?
Torna, pois, em paz para a cidade, e convosco também vossos dois
filhos, Aimás, teu filho, e Jônatas, filho de Abiatar.
28 Olhai que
me demorarei nas campinas do deserto até que me venha
palavra vossa para me informar.
29 Zadoque,
pois, e Abiatar, tornaram a levar para Jerusalém a arca de Deus;
e permaneceram ali.
30 E subiu
Davi pela subida do monte das Oliveiras, subindo e chorando, e com a cabeça
coberta; e caminhava com os pés descalços; e todo o povo
que ia com ele cobria cada homem a sua cabeça, e subiam chorando
enquanto subiam.
31 Então
declararam a Davi, dizendo: Também Aitofel está entre
os que se conspiraram com Absalão. Pelo que disse Davi: Ó SENHOR, peço-Te
que torne em loucura o conselho de Aitofel.
32 E aconteceu
que, chegando Davi ao cume do monte, para adorar ali a Deus, eis que Husai, o arquita,
veio encontrar-se com ele com a roupa rasgada e terra sobre a cabeça.
33 E disse-lhe
Davi: Se passares comigo, ser-me-ás pesado.
34 Porém
se voltares para a cidade, e disseres a Absalão: Eu serei, ó
rei, teu servo; bem fui antes servo de teu pai, mas agora serei teu servo;
dissipar-me-ás então o conselho de Aitofel.
35 E não
estão ali contigo Zadoque e Abiatar, sacerdotes? E será que
todas as coisas que ouvires da casa do rei, declararás a Zadoque,
e a Abiatar, sacerdotes.
36 Eis que
estão também ali com eles seus dois filhos, Aimaás filho
de Zadoque, e Jônatas filho de Abiatar; pela mão deles aviso
me enviareis, de todas as coisas que ouvirdes.
37 Husai,
pois, amigo de Davi, veio para a cidade; e Absalão entrou em Jerusalém.
Capítulo 16
1 E passando
Davi um pouco mais adiante do cume do monte, eis que Ziba, o jovem-
servo de Mefibosete,
veio encontrar-se com ele, com um par de jumentos albardados {*}, e sobre eles
duzentos pães, com cem cachos de passas, e cem de frutas de verão
e um odre de vinho. {* Albarda é sela rústica, enchumaçada
de palha, para bestas de carga}
2 E disse
o rei a Ziba: Que pretendes com isto? E disse Ziba: Os jumentos são
para a casa do rei, para se montarem neles; e o pão e as frutas de
verão para comerem os moços; e o vinho para beberem os cansados
no deserto.
3 Então
disse o rei: Ora, onde está o filho de teu senhor? E disse Ziba
ao rei: Eis que permaneceu em Jerusalém; porque disse: Hoje
a casa de Israel me restituirá o reino de meu pai.
4 Então
disse o rei a Ziba: Eis que teu é tudo quanto tem Mefibosete. E
disse Ziba: Eu me inclino, que eu ache graça em teus olhos, ó
rei meu senhor.
5 E, chegando
o rei Davi a Baurim, eis que dali saiu um homem da linhagem da casa de
Saul, cujo nome era Simei, filho de Gera, e, saindo, ia amaldiçoando.
6 E apedrejava com pedras
a Davi, e a todos os servos do rei Davi; ainda que todo
o povo e todos os valentes iam à direita e à esquerda
dele (de Davi).
7 E Simei, ao amaldiçoar, assim dizia: Sai, sai, homem de sangue, e homem de Belial.
8 O SENHOR fez agora voltar sobre ti todo o sangue da casa de Saul, em cujo lugar tens
reinado; já deu o SENHOR o reino na mão de Absalão teu
filho; e eis-te agora na tua desgraça, porque és um homem
de sangue.
9 Então
disse Abisai, filho de Zeruia, ao rei: Por que amaldiçoaria este
cão morto ao rei meu senhor? Deixa-me passar, e lhe tirarei a cabeça.
10 Disse,
porém, o rei: Que tenho eu convosco, filhos de Zeruia? Ora deixai-o
amaldiçoar; pois o SENHOR lhe disse: Amaldiçoa a Davi; quem
pois diria: Por que assim fizeste?
11 Disse mais
Davi a Abisai, e a todos os seus servos: Eis que meu filho, que saiu das
minhas entranhas, procura tirar a minha
vida; quanto mais ainda este benjamita?
Deixai-o, que amaldiçoe; porque o SENHOR lho ordenou.
12 Porventura
o SENHOR olhará para a minha miséria; e o SENHOR me pagará
com bem a sua maldição deste dia.
13 Prosseguiram,
pois, o seu caminho, Davi e os seus homens; e também Simei ia ao
longo do monte, defronte dele, caminhando e amaldiçoando, e atirava
pedras contra ele, e levantava poeira.
14 E o rei
e todo o povo que ia com ele chegaram cansados, e refrescaram-se ali.
15 Absalão,
pois, e todo o povo, os homens de Israel, vieram a Jerusalém; e
Aitofel com ele.
16 E sucedeu
que, chegando Husai, o arquita, amigo de Davi, a Absalão, disse Husai
a Absalão: Viva o rei, viva o rei!
17 Porém
Absalão disse a Husai: É esta a tua beneficência para
com o teu amigo? Por que não foste com o teu amigo?
18 E disse
Husai a Absalão: Não, porém daquele que eleger o SENHOR,
e todo este povo, e todos os homens de Israel, dele serei e com ele
habitarei.
19 E, demais
disto, a quem serviria eu? Porventura não seria diante de seu filho?
Como servi diante de teu pai, assim serei diante de ti.
20 Então
disse Absalão a Aitofel: Dai conselho entre vós sobre o que
devemos fazer.
21 E disse
Aitofel a Absalão: Entra às concubinas de teu pai, que deixou para
guardarem a casa; e assim todo o Israel ouvirá que te fizeste
aboninável
para com teu pai; e se fortalecerão as mãos de todos os que estão
contigo.
22 Estenderam,
pois, para Absalão uma tenda sobre o teto da casa; e Absalão
entrou às concubinas de seu pai, perante os olhos de todo o Israel.
23 E era o
conselho de Aitofel, que aconselhava naqueles dias, como se
um
homem tivesse
pedido pela palavra de
Deus; tal era todo o conselho de Aitofel, assim para com
Davi como para com Absalão.
Capítulo 17
1 Disse mais
Aitofel a Absalão: Deixa-me escolher doze mil homens, e me levantarei,
e perseguirei
após Davi esta noite.
2 E chegarei sobre
ele enquanto está cansado e fraco das mãos; e o farei
tremer, e
fugirá todo o povo que está com ele; e então ferirei
somente o rei.
3 E farei
tornar a ti todo o povo; pois o homem a quem tu buscas é como se
tornassem todos; assim todo o povo estará em paz.
4 E esta palavra
pareceu boa aos olhos de Absalão, e aos olhos de todos os anciãos
de Israel.
5 Disse, porém,
Absalão: Chamai agora também a Husai o arquita; e ouçamos
também o que ele dirá.
6 E, chegando
Husai a Absalão, lhe falou Absalão, dizendo: Desta maneira falou
Aitofel; faremos conforme à sua palavra? Se não, fala tu.
7 Então
disse Husai a Absalão: O conselho, que Aitofel esta vez
aconselhou não
é bom.
8 Disse mais
Husai: Bem conheces tu a teu pai, e a seus homens, que são valorosos,
e que estão com o espírito amargurado, como a ursa no campo,
roubada dos cachorros; e também teu pai é homem de guerra,
e não passará a noite com o povo.
9 Eis que
agora estará escondido nalguma cova, ou em qualquer outro lugar;
e será que, caindo no princípio alguns dentre eles, cada
um que o ouvir então dirá: Houve matança entre o povo que segue
a Absalão.
10 Então
até o homem valente, cujo coração é como coração
de leão, sem dúvida se derreterá; porque todo o Israel
sabe que teu pai é valoroso, e homens valentes
são os que estão
com ele.
11 Eu, porém,
aconselho que com toda a pressa se ajunte a ti todo o Israel desde Dã
até Berseba, em multidão como a areia do mar; e tu em pessoa
vás com eles à peleja.
12 Então
chegaremos sobre ele, em qualquer lugar
em que ele que se achar, facilmente cairemos sobre
ele, como o orvalho cai sobre a terra; e não restará dele e
de todos os homens que estão com ele nem ainda um só.
13 E, se ele
se retirar para alguma cidade, todo o Israel levará cordas àquela
cidade; e arrastá-la-emos até ao ribeiro, até que
não se ache ali (na cidade) nem uma só pedrinha.
14 Então
disse Absalão e todos os homens de Israel: Melhor é o conselho
de Husai, o arquita, do que o conselho de Aitofel (porém assim o
SENHOR o ordenara, para aniquilar o bom conselho de Aitofel, para que o
SENHOR trouxesse o mal sobre Absalão).
15 E disse
Husai a Zadoque e a Abiatar, sacerdotes: assim e assim aconselhou Aitofel
a Absalão e aos anciãos de Israel; porém assim e assim
aconselhei eu.
16 Agora,
pois, enviai mensageiros apressadamente, e avisai a Davi, dizendo: Não passes
esta noite nas campinas do deserto; mas sem demora
atravessa para o outro lado,
para que o rei e todo o povo que com ele está não seja devorado.
17 E Jônatas e Aimaás estavam postados
junto a En-Rogel <Fonte de
Rogel>; e foi
uma criada, e lhes avisou {*}, e eles foram e o disseram ao rei Davi, porque
eles
não podiam ser vistos entrar na cidade. {* tudo, desde
v. 1}
18 Mas um moço os viu, e avisou a Absalão; porém ambos logo
partiram apressadamente, e entraram em casa de um homem, em Baurim, o qual
tinha um poço no seu pátio, e desceram para dentro dali.
19 E tomou
a mulher a tampa, e a estendeu sobre a boca do poço, e espalhou
grão descascado sobre ela; assim nada se soube.
20 Chegando,
pois, os servos de Absalão à mulher, àquela casa, disseram:
Onde estão Aimaás e Jônatas? E a mulher lhes disse:
Já passaram o vau das águas. E havendo-os buscado, e não
os achando, voltaram para Jerusalém.
21 E sucedeu
que, depois que eles se retiraram,
Aimaás e Jônatas
subiram para fora
do poço, e foram, e anunciaram a Davi; e disseram a Davi: Levantai-vos,
e passai depressa as águas, porque assim aconselhou contra vós Aitofel.
22 Então
Davi e todo o povo que com ele estava se levantou, e passaram o Jordão;
e já pela luz da manhã nem ainda faltava um só que não
tivesse passado o Jordão.
23 Vendo,
pois, Aitofel que se não tinha seguido o seu conselho, albardou {*} o
seu jumento, e levantou-se, e foi para sua casa e para a sua cidade, e
pôs a sua casa em ordem, e se enforcou, e morreu, e foi sepultado na sepultura
de seu pai. {* Albarda é sela rústica, enchumaçada de
palha, para bestas de carga}
24 E Davi
foi a Maanaim; e Absalão passou o Jordão, ele e todos os homens
de Israel com ele.
25 E Absalão
constituiu a Amasa em lugar de Joabe como capitão sobre o arraial; e era Amasa filho
de um homem cujo nome era Itra, o israelita, o qual
entrara a Abigail,
filha de Naás, irmã de Zeruia, mãe de Joabe.
26 Israel,
pois, e Absalão acamparam na terra de Gileade.
27 E sucedeu
que, chegando Davi a Maanaim, Sobi, filho de Naás, de Rabá,
dos filhos de Amom, e Maquir, filho de Amiel, de Lo-Debar, e Barzilai,
o gileadita, de Rogelim,
28 Tomaram
camas e bacias, e vasilhas de barro, e trigo, e cevada, e farinha, e
grãos de cereais
torrados, e favas, e lentilhas, e
grãos de leguminosas torrados,
29 E mel,
e manteiga, e ovelhas, e queijos de vacas, e os trouxeram a Davi e ao povo
que com ele estava, para comerem, porque disseram: Este povo no deserto
está faminto, cansado e sedento.
Capítulo 18
1 E Davi
numerou em revista o povo que tinha consigo, e pôs sobre eles capitães de mil
e capitães de cem.
2 E Davi enviou
o povo, um terço sob a mão de Joabe, e outro terço sob
a mão de Abisai, filho de Zeruia, irmão de Joabe, e outro terço
sob a mão de Itai, o giteu; e disse o rei ao povo: Eu
seguramente sairei
convosco, eu mesmo.
3 Porém
o povo disse: Não sairás, porque, se formos obrigados a fugir,
não porão o coração em nós; e, ainda que metade de nós
morra, não porão o coração em nós, porque
tu és
do valor de dez mil de nós; portanto, melhor será, pois, que
da cidade nos sirvas de socorro.
4 Então
disse-lhe Davi: O que bom- parecer aos vossos olhos, farei. E o rei se pôs
junto ao lado da porta, e todo o povo saiu em centenas e em milhares.
5 E o rei
deu ordem a Joabe, e a Abisai, e a Itai, dizendo: Brandamente tratai, por
amor de mim, ao jovem Absalão. E todo o povo ouviu quando o rei deu
ordem a todos os capitães acerca de Absalão.
6 Saiu, pois,
o povo ao campo, a encontrar-se contra Israel, e deu-se a batalha no bosque
de Efraim.
7 E ali foi
ferido o povo de Israel, diante dos servos de Davi; e naquele mesmo dia
houve ali uma grande matança de vinte mil.
8 Porque ali
se estendeu a batalha sobre a face de toda aquela terra; e foram mais os
do povo que o bosque consumiu do que os que a espada consumiu naquele dia.
9 E Absalão
se encontrou com os servos de Davi; e Absalão ia montado
sobre um mulo;
e, entrando o mulo debaixo dos espessos ramos de um grande carvalho,
a cabeça dele (Absalão) ficou presa no carvalho, e
ele ficou entregue entre o céu e a terra;
e o mulo, que estava debaixo dele, passou adiante.
10 E
um certo homem viu isto e
o declarou a Joabe, e disse: Eis que vi a Absalão pendurado
num carvalho.
11 Então
disse Joabe ao homem que lho declarara: Pois que o viste, por que o
não feriste logo ali derrubando-o até a terra? E forçoso seria o eu dar-te
dez moedas de prata e um cinto.
12 Disse,
porém, aquele homem a Joabe: Ainda que eu pudesse pesar nas minhas
mãos mil moedas de prata, mesmo assim eu não estenderia a minha mão contra
o filho do rei, pois bem ouvimos que o rei deu ordem a ti, e a Abisai,
e a Itai, dizendo: Guardai-vos, cada um de vós, de tocar no jovem Absalão.
13 Ainda que
eu tivesse operado falsidade
contra a minha própria vida, nem por isso coisa nenhuma se
esconderia ao rei; e tu mesmo te colocarias contra mim.
14 Então
disse Joabe: Não me demorarei assim contigo aqui. E tomou três
dardos em sua
mão, e traspassou com eles o coração de Absalão, estando
ele ainda vivo no meio do carvalho.
15 E o cercavam
dez moços, que levavam as armas de Joabe. E feriram a Absalão,
e o mataram.
16 Então
tocou Joabe a buzina, e voltou o povo de perseguir
após Israel, porque Joabe
deteve o povo.
17 E tomaram
a Absalão, e o lançaram no bosque, numa grande cova, e levantaram
sobre ele um mui grande montão de pedras; e todo o Israel fugiu, cada
um para a sua tenda.
18 Ora, Absalão,
quando ainda estava vivo, tinha tomado e levantado para si uma coluna, que está
no vale do rei, porque dizia: Filho nenhum tenho para
fazer meu nome ser lembrado. E chamou aquela coluna pelo seu próprio nome; por isso
até este dia de hoje se chama o Mão de Absalão.
19 Então
disse Aimaás, filho de Zadoque: Deixa-me correr, e levar a
notícia ao
rei, como já o SENHOR o vingou da mão de seus inimigos.
20 Mas Joabe
lhe disse: Tu não serás hoje o portador de novas, porém
outro dia as levarás; mas hoje não darás a nova, porque
é morto o filho do rei.
21 E disse
Joabe a Cusi: Vai tu, e dize ao rei o que viste. E Cusi se inclinou a Joabe,
e correu.
22 E prosseguiu Aimaás, filho de Zadoque, e disse a Joabe: Seja o que for deixa-me
também correr após Cusi. E disse Joabe: Para que agora correrias
tu, meu filho, visto que não encontrarás diferente
nova (para dar)?
23 Seja o
que for, disse Aimaás, deixa-me correr. E
ele (Joabe) lhe disse: Corre.
Então Aimaás
correu pelo caminho da planície, e ultrapassou Cusi.
24 E Davi
estava assentado entre as duas portas; e a sentinela subiu ao terraço
da porta, sobre o muro; e levantou os olhos, e olhou, e eis que um homem
corria só.
25 Gritou,
pois, a sentinela, e o disse ao rei.
E o rei respondeu: Se
ele vem só, há novas
em sua boca. E vinha andando e chegando.
26 Então
viu a sentinela outro homem que corria, e a sentinela gritou ao porteiro,
e disse: Eis que lá vem outro homem correndo só. Então
respondeu o rei: Também traz este novas.
27 Disse mais
a sentinela: Vejo o correr do primeiro, que parece ser o correr de Aimaás,
filho de Zadoque. Então disse o rei: Este é homem de bem, e
virá com boas novas.
28 Gritou,
pois, Aimaás, e disse ao rei: Paz. E inclinou-se ao rei com o rosto
em terra, e disse: Bendito seja o SENHOR,
teu Deus, que entregou os homens que levantaram
a mão contra o rei meu senhor.
29 Então
disse o rei: Vai bem com o jovem, com Absalão? E Aimaás
respondeu:
Vi um grande alvoroço, quando Joabe mandou o servo do rei, e a mim
teu servo; porém não sei o que era.
30 E disse-lhe
o rei: Vira-te para o lado, e põe-te aqui. E virou-se
para o lado, e fiocou
postado de pé.
31 E eis que
vinha Cusi; e disse Cusi: Recebe as boas novas, ó
rei, meu senhor, que hoje
o SENHOR te vingou da mão de todos os que se levantaram contra ti.
32 Então
disse o rei a Cusi: Vai bem com o jovem, com Absalão? E
respondeu Cusi:
Sejam como aquele jovem os inimigos do rei meu senhor, e todos os que se
levantam contra ti para te fazer mal.
33 Então
o rei se perturbou, e subiu à câmara- elevada que estava por cima da porta,
e chorou; e andando, dizia assim: Meu filho Absalão, meu filho, meu
filho, Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão,
meu filho, meu filho!
Capítulo 19
1 E disseram
a Joabe: Eis que o rei anda chorando, e chora- lamentando por Absalão.
2 Então
a vitória se tornou naquele mesmo dia em choro-
lamentação- de- luto para todo o povo;
porque naquele mesmo dia o povo ouvira dizer: Mui triste está o
rei por causa de seu filho.
3 E naquele
mesmo dia o povo entrou às furtadelas na cidade, como
o povo, estando envergonhado, se escoa
quando foge da peleja.
4 Estava,
pois, o rei com o rosto coberto; e o rei gritava a alta voz: Meu filho
Absalão! Absalão meu filho, meu filho!
5 Então
entrou Joabe na casa do rei, e disse: Hoje envergonhaste o rosto de todos
os teus servos, que salvaram hoje a tua vida, e a vida de teus filhos,
e de tuas filhas, e a vida de tuas esposas, e a vida de tuas concubinas;
6 Amando tu
aos que te odeiam, e odiando
tu aos que te amam. Porque hoje fizeste
saber que nada valem para contigo príncipes e servos; porque
percebo hoje que se Absalão vivesse, e todos nós hoje fôssemos
mortos, isto bom- pareceria aos teus olhos.
7 Levanta-te,
pois, agora; sai, e fala ao coração de teus servos;
porque pelo SENHOR te juro que, se não saíres, nem um só
homem permanecerá contigo esta noite; e maior mal te será isto
do que todo o mal que tem vindo sobre ti desde a tua mocidade até
agora.
8 Então
o rei se levantou, e se assentou à porta; e declararam a todo
o povo dizendo: Eis que o rei está assentado à porta. Então
todo o povo veio apresentar-se diante do rei; porém Israel havia
fugido cada homem para a sua tenda.
9 E todo o
povo, em todas as tribos de Israel, andava porfiando entre si, dizendo:
O rei nos salvou das mãos de nossos inimigos, e ele nos livrou das
mãos dos filisteus; e agora fugiu da terra por causa de Absalão.
10 E Absalão,
a quem ungimos sobre nós, já morreu na peleja; agora, pois,
por que vos calais, e não fazeis voltar o rei?
11 Então
o rei Davi enviou mensageiros a Zadoque e a Abiatar, sacerdotes,
dizendo: Falai aos anciãos
de Judá, dizendo: Por que seríeis vós os últimos
em tornar a trazer o rei para a sua casa? Porque as palavras de todo o
Israel chegaram ao rei, até à sua casa.
12 Vós
sois meus irmãos, meus ossos e minha carne sois vós; por que,
pois, seríeis os últimos em tornar a trazer o rei?
13 E a Amasa
direis: Porventura não és tu meu osso e minha carne? Assim
me faça Deus, e outro tanto, se não fores capitão do
exército
diante de mim para sempre, em lugar de Joabe.
14 Assim moveu
ele o coração de todos os homens de Judá, como o de
um só homem; e enviaram mensageiros ao rei, dizendo: Volta tu com todos os teus
servos.
15 Então
o rei voltou, e chegou até ao Jordão; e Judá veio a
Gilgal, para ir encontrar-se com o rei,
para conduzir o rei ao outro lado do Jordão.
16 E apressou-se
Simei, filho de Gera, benjamita, que era de Baurim; e desceu com os homens
de Judá a encontrar-se com o rei Davi.
17 E com ele
mil homens de Benjamim, como também Ziba, jovem- servo da casa de Saul,
e seus quinze filhos, e seus vinte servos com ele; e prontamente passaram
o Jordão adiante do rei.
18 E, atravessando
a barca, para fazer passar a casa do rei e para fazer o que
bom- parecesse
aos seus olhos, então Simei, filho de Gera, se prostrou diante do
rei, quando ele passava o Jordão.
19 E disse
ao rei: Não me impute meu senhor a minha iniqüidade, e não te lembres
do que tão perversamente fez teu servo, no dia em que o rei meu senhor
saiu de Jerusalém; não conserve o rei isso no coração.
20 Porque
teu servo deveras conhece que pecou; porém eis que eu sou o primeiro
que de toda a casa de José desci a encontrar-me com o rei meu senhor.
21 Então
respondeu Abisai, filho de Zeruia, e disse: Não seria
morto, pois, Simei
por isto, havendo amaldiçoado ao ungido do SENHOR?
22 Porém
Davi disse: Que tenho eu convosco, filhos de Zeruia, para que hoje me sejais
adversários? Seria morto algum homem hoje em Israel? Pois porventura
não sei que hoje fui feito rei sobre Israel?
23 E disse
o rei a Simei: Não morrerás. E o rei lho jurou.
24 Também
Mefibosete, filho de Saul, desceu a encontrar-se com o rei, e não
tinha tratado dos pés, nem tinha feito a barba, nem tinha lavado as
suas vestes desde o dia em que o rei tinha saído até ao dia
em que voltou em paz.
25 E sucedeu
que, vindo ele a Jerusalém a encontrar-se com o rei, disse-lhe o
rei: Por que não foste comigo, Mefibosete?
26 E respondeu
ele: Ó rei meu senhor, o meu servo me enganou; porque o teu servo dizia: Albardarei {*} um jumento, e
sobre ele montarei, e irei
ter com o rei; pois o teu servo
é coxo. {* Albarda é sela rústica, enchumaçada de
palha, para bestas de carga}
27 Demais
disto, falsamente acusou a teu servo diante do rei meu senhor; porém
o rei meu senhor é como um anjo de Deus; faze, pois, o que
bom- parecer aos teus olhos.
28 Porque
toda a casa de meu pai não era senão de homens dignos de morte
diante do rei meu senhor; e contudo puseste a teu servo entre os que comem
à tua própria mesa; e que mais direito tenho eu de clamar ao rei?
29 E disse-lhe
o rei: Por que ainda mais falas de teus negócios? Já disse
eu: Tu e Ziba reparti as terras.
30 E disse
Mefibosete ao rei: Tome ele também tudo; pois já veio o rei
meu senhor em paz à sua própria casa.
31 Também
Barzilai, o gileadita, desceu de Rogelim, e passou com o rei o Jordão,
para o acompanhar ao outro lado do Jordão.
32 E era Barzilai
muito velho, da idade de oitenta anos; e ele tinha sustentado o rei, quando
tinha a sua morada em Maanaim, porque era
mui grande homem.
33 E disse
o rei a Barzilai: Passa tu comigo, e sustentar-te-ei comigo em Jerusalém.
34 Porém
Barzilai disse ao rei: Quantos serão os dias dos anos da minha vida,
para que suba com o rei a Jerusalém?
35 Da idade
de oitenta anos sou eu hoje; poderia eu discernir entre o bom e o mau?
Poderia o teu servo ter gosto no que comer e beber? Poderia eu mais ouvir
a voz dos cantores e cantoras? E por que será o teu servo ainda
pesado ao rei meu senhor?
36 Com o rei
passará teu servo ainda um pouco mais além do Jordão;
e por que me recompensará o rei com tal recompensa?
37 Deixa voltar
o teu servo, e morrerei na minha própria cidade, junto à sepultura de meu
pai e de minha mãe; mas eis aí está o teu servo Quimã;
passe ele com o rei meu senhor, e faze-lhe o que bom- parecer aos teus olhos.
38 Então
disse o rei: Quimã passará comigo, e eu lhe farei como bom- parecer aos teus olhos, e tudo quanto me pedires te farei.
39 Havendo,
pois, todo o povo passado o Jordão, e passando também o rei,
beijou o rei a Barzilai, e o abençoou; e ele voltou para o seu
próprio lugar.
40 E dali
passou o rei a Gilgal, e Quimã passou com ele; e todo o povo de Judá
conduziu o rei, como também a metade do povo de Israel.
41 E eis que
todos os homens de Israel vieram ao rei, e disseram ao rei: Por que te
furtaram nossos irmãos, os homens de Judá, e conduziram o rei
e a sua casa dalém do Jordão, e todos os homens de Davi com
eles?
42 Então
responderam todos os homens de Judá aos homens de Israel: Porquanto
o rei é nosso parente; e por que vos irais por isso? Porventura
comemos alguma coisa às custas do rei, ou nos deu algum presente?
43 E responderam
os homens de Israel aos homens de Judá, e disseram: Dez partes temos
no rei, e até em Davi mais temos nós do que vós; por
que, pois, não fizestes conta de nós, para que a nossa palavra
não fosse a primeira, para tornar a trazer o nosso rei? Porém
a palavra dos homens de Judá foi mais forte do que a palavra dos
homens de Israel.
Capítulo 20
1 Então
se achou ali por acaso um homem de Belial, cujo nome era Seba, filho de
Bicri, homem de Benjamim, o qual tocou a buzina, e disse: Não temos
parte em Davi, nem herança no filho de Jessé; cada um às
suas tendas, ó Israel.
2 Então
todos os homens de Israel deixaram de
seguir Davi, e seguiram Seba, filho
de Bicri; porém os homens de Judá se uniram ao seu rei desde
o Jordão até Jerusalém.
3 Vindo, pois,
Davi para sua casa, em Jerusalém, tomou o rei as dez mulheres, suas
concubinas, que deixara para guardarem a casa, e as pôs numa casa
sob guarda, e as sustentava; porém não entrou a elas; e estiveram
encerradas até ao dia da sua morte, vivendo como viúvas.
4 Disse mais
o rei a Amasa: Convoca-me os homens de Judá para o terceiro dia;
e tu então apresenta-te aqui.
5 E foi Amasa
para convocar a Judá; porém demorou-se além do tempo
que lhe tinha sido designado.
6 Então
disse Davi a Abisai: Mais mal agora nos fará Seba, o filho de Bicri,
do que Absalão; por isso toma tu os servos de teu senhor, e persegue
após ele,
para que não ache para si cidades fortes; e escape dos nossos olhos.
7 Então
saíram atrás dele os homens de Joabe, e os quereteus, e os
peleteus, e todos os valentes; estes saíram de Jerusalém
a perseguirem
após Seba, filho de Bicri.
8 Chegando
eles, pois, à pedra grande, que está junto a Gibeom, Amasa
veio diante deles; e estava Joabe cingido da sua roupa que vestira, e sobre
ela um cinto, ao qual estava presa a espada a seus lombos, na sua bainha;
e, adiantando-se ele, lhe caiu a espada.
9 E disse
Joabe a Amasa: Vais bem, meu irmão? E Joabe, com a mão direita,
pegou da barba de Amasa, para o beijar.
10 E Amasa
não se resguardou da espada que estava na mão de Joabe, de modo
que este o feriu com ela na quinta costela, e lhe derramou por terra as
entranhas, e não o feriu segunda vez, e morreu; então Joabe e
Abisai, seu irmão, perseguiram
após Seba, filho de Bicri.
11 Mas um
dentre os homens de Joabe parou junto a ele, e disse: Quem há que
tenha prazer em Joabe, e quem seja por Davi, vá
em seguimento a Joabe.
12 E Amasa
estava envolto no seu sangue no meio da estrada
elevada; e, vendo aquele homem,
que todo o povo parava ali, removeu a Amasa da estrada elevada para o campo, e lançou
sobre ele um manto; porque via que todo aquele que chegava a ele parava.
13 E, como
estava removido da estrada elevada, todos os homens
seguiram
após Joabe, para perseguirem
a Seba, filho de Bicri.
14 E ele (Joabe) passou
através de todas as tribos de Israel até Abel, e
até Bete-Maaca, e até todos os
beritas; e ajuntaram-se todos, e também o seguiram.
15 E vieram,
e o cercaram em Abel de Bete-Maaca, e levantaram uma barreira- de- terra-
amontoada contra a cidade, e isto se postava de pé
no antemuro; e todo o povo que estava com Joabe
batia no muro, para derrubá-lo.
16 Então
uma mulher sábia gritou de dentro da cidade: Ouvi, ouvi, peço-vos
que digais a Joabe: Chega-te aqui, para que eu te fale.
17 Chegando-se
a ela, a mulher lhe disse: Tu és Joabe? E disse ele: Eu sou. E ela
lhe disse: Ouve as palavras da tua serva. E respondeu ele: Ouço.
18 Então
falou ela, dizendo: Antigamente costumava-se falar,
dizendo: Certamente pediram
conselho a Abel; e assim davam um fim ao assunto.
19 Sou eu
uma das pacíficas e das fiéis em Israel; e tu procuras matar
uma cidade que é mãe em Israel; por que, pois, devorarias a
herança do SENHOR?
20 Então
respondeu Joabe, e disse: Longe, longe de mim que eu devore ou arruíne!
21 A coisa
não é assim; porém um só homem do monte de Efraim,
cujo nome é Seba, filho de Bicri, levantou a mão contra o rei,
contra Davi; entregai-me só este, e retirar-me-ei da cidade. Então
disse a mulher a Joabe: Eis que te será lançada a sua cabeça
pelo muro.
22 E a mulher,
na sua sabedoria, foi a todo o povo, e cortaram fora a cabeça de Seba,
filho de Bicri, e a lançaram a Joabe; então este tocou a buzina,
e se retiraram da cidade, cada homem para a sua tenda, e Joabe voltou a Jerusalém,
ao rei.
23 E Joabe
estava sobre todo o exército de Israel; e Benaia, filho de Joiada,
sobre os quereteus e sobre os peleteus;
24 E Adorão
sobre os trabalhos forçados; e Jeosafá, filho de Ailude, era o cronista;
25 E Seva era o escrivão; e Zadoque e Abiatar
eram os sacerdotes;
26 E também
Ira, o jairita, era o oficial-mor de Davi.
Capítulo 21
1 E houve
nos dias de Davi uma fome de três anos,
ano após ano; e Davi
buscou a face do SENHOR, e o SENHOR lhe
respondeu: É por causa de Saul e da sua casa
sanguinária, porque matou os gibeonitas.
2 Então
chamou o rei aos gibeonitas, e lhes falou (ora os gibeonitas não eram
dos filhos de Israel, mas do restante dos amorreus, e os filhos de Israel
lhes tinham jurado, porém Saul, no seu zelo à causa dos filhos
de Israel e de Judá, procurou matá-los).
3 Disse, pois,
Davi aos gibeonitas: Que quereis que eu vos faça?
Com que farei expiação, para que abençoeis a herança do SENHOR?
4 Então
os gibeonitas lhe disseram: Não é por prata nem ouro que temos
questão com Saul e com sua casa; nem tampouco pretendemos
que mates pessoa
alguma em Israel. E disse ele: O que disserdes, isto vos
farei.
5 E disseram
ao rei: O homem que nos consumiu, e planejou contra nós
para que fôssemos
destruídos, sem que pudéssemos subsistir em limite
algum de Israel,
6 De seus
filhos se nos dêem sete homens, para que os enforquemos ao SENHOR
em Gibeá de Saul, o eleito do SENHOR. E disse o rei: Eu os darei.
7 Porém
o rei poupou a Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, por
causa do juramento do SENHOR, que entre eles houvera, entre Davi e Jônatas,
filho de Saul.
8 Mas tomou
o rei os dois filhos de Rispa, filha de Aiá, que tinha
dado à luz para Saul,
a Armoni e a Mefibosete; como também os cinco filhos de
Mical, filha de Saul, aos quais ela criara para Adriel, filho de Barzilai, meolatita,
9 E os entregou
na mão dos gibeonitas, os quais os enforcaram no monte, perante o
SENHOR; e caíram estes sete juntamente; e foram mortos nos dias
da ceifa, nos dias primeiros, no princípio da ceifa da cevada.
10 Então
Rispa, filha de Aiá, tomou um pano de cilício, e estendeu-lho
sobre uma penha, desde o princípio da ceifa até que a água
caiu sobre eles desde o céu; e não deixou as aves do ar
pousar sobre eles de dia, nem os animais do campo de noite.
11 E foi contado
a Davi o que fizera Rispa, filha de Aiá, concubina de Saul.
12 Então
foi Davi, e tomou os ossos de Saul, e os ossos de Jônatas seu filho,
dos homens habitantes de Jabes-Gileade, os quais os furtaram da rua de Bete-Sã,
onde os filisteus os tinham pendurado, quando
os filisteus feriram a Saul em Gilboa.
13 E fez subir
dali os ossos de Saul, e os ossos de Jônatas seu filho; e ajuntaram
também os ossos daqueles
(sete) que haviam sido enforcados.
14 Enterraram
os ossos de Saul, e de Jônatas seu filho na terra de Benjamim, em
Zela, na sepultura de seu pai Quis, e fizeram tudo o que o rei ordenara;
e depois disto Deus se aplacou para com a terra.
15 Tiveram
mais os filisteus uma peleja contra Israel; e desceu Davi, e com ele os
seus servos; e tanto pelejaram contra os filisteus, que Davi se cansou.
16 E Isbi-Benobe,
que era dos filhos do gigante, o peso de cuja lança
era de trezentos siclos
de bronze, e que cingia uma espada nova, intentou ferir a Davi.
17 Porém,
Abisai, filho de Zeruia, o socorreu, e feriu o filisteu, e o matou. Então
os homens de Davi lhe juraram, dizendo: Nunca mais sairás conosco
à peleja, para que não apagues a lâmpada de Israel.
18 E aconteceu
depois disto que houve em Gobe ainda outra peleja contra os filisteus;
então Sibecai, o husatita, feriu a Safe, que era dos filhos do gigante.
19 Houve mais
outra peleja contra os filisteus em Gobe; e El-Hanã, filho de Jaaré-Oregim,
o belemita, feriu
o
irmão de {*} {**} Golias, o giteu, de cuja lança era a haste como
eixo de tear de tecelão. {* Foi Davi quem, com suas mãos,
matou Golias (1Sm 17:50-51) e foi El-Hanã (filho de Jaaré-Oregim = Jair) quem,
com suas mãos, matou Lami, o irmão de Golias (1Cr 20:5). Ora, entre muitos
povos, um irmão mais novo podia passar a ser conhecido pelo nome do irmão mais
velho que havia morrido, particularmente se o nome dele (como no caso de
"Golias", que pode ser entendido como "o esplenderoso") pode ser visto como um
adjetivo, um título, e se morreu como herói nacional, que seria bom ser
continuado. Por isso, um leitor judeu entenderia que quem foi morto por El-Hanã
foi Lami, o irmão do
Golias morto por Davi, e que havia sucedido ao morto na posição de campeão. Os
tradutores da KJB, além de terem levado em conta tudo isto, podem ter notado que
"Beyth hal-Lachmiy" é o adjetivo pátrio de quem nasceu em "Beyth (casa) Lechem
(do pão)", isto é, "Belém", mas também há alguma possibilidade de ser
interpretado como "a casa de Lami", portanto o hebraico de "o belemita, feriu
Golias" tem alguma possibilidade de ser traduzido como "feriu a casa de Lami". Em português, o que nós (iguais à KJB)
acrescentamos em itálicas é o indicado, à luz de tudo isto} {** Mas Almeida, ao
traduzir como "o belemita, feriu Golias, o giteu," pode
ter pensado assim: v. 22 diz que o "gigante de Gate" tinha 4 filhos; v. 16-17
dizem que um desses filhos foi Is-Benote (morto por Abisai), v. 18 diz que outro foi Safe
(morto por Sibecai), v. 20-21 falam de outro deles (sem nome citado, morto por
Jônatas), e v. 19 diz que um desses filhos foi Golias, o giteu;
ora, o "gigante de Gate" (v.22) deve ter sido o Golias morto por Davi em 1Sm; portanto, o
Golias aqui do v. 19 é "Golias JUNIOR", filho do Golias de 1Sm}
20 Houve ainda
também outra peleja em Gate, onde estava um homem de alta estatura,
que tinha em cada mão seis dedos, e em cada pé outros seis
dedos,
vinte e quatro em número total, e também este nascera do gigante.
21 E injuriava
a Israel; porém Jônatas, filho de Simei, irmão de Davi,
o feriu.
22 Estes quatro
nasceram ao gigante em Gate; e caíram pela mão de Davi e pela
mão de seus servos.
Capítulo 22
1 E Falou
Davi ao SENHOR as palavras deste cântico, no dia em que o SENHOR
o livrou das mãos de todos os seus inimigos e das mãos de Saul.
2 Disse pois:
O SENHOR é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador.
3 Deus é
o meu rochedo, nEle confiarei; o meu escudo, e a força {*}
da minha salvação, a minha torre de defesa, e o meu refúgio.
Ó meu
Salvador, da violência me salvas.
{* Literalmente, o chifre}
4 O SENHOR,
digno de louvor, invocarei, e de meus inimigos serei salvo.
5 Porque me
cercaram as ondas de morte; as torrentes dos homens
de Belial me assombraram.
6 Cordas das dores do
inferno {*}me
circundaram; laços de morte chegam antes- e- diante de mim. {* Ao morrerem, antes da ascensão de Cristo, os salvos iam imediatamente para a metade do inferno que ficava protegida das chamas (compare Dan 3:19-27; Luc 16:19-31). Para os perdidos, Sheol sempre tem que ser traduzido para INFERNO de sofrimento eterno e consciente, para onde eles sempre foram e vão}
7 Estando
em angústia, invoquei ao SENHOR, e a meu Deus clamei; do Seu templo
ouviu Ele a minha voz, e o meu clamor chegou aos Seus ouvidos.
8 Então
se abalou e tremeu a terra, os fundamentos do céU se moveram e
abalaram, porque Ele se irou.
9 Subiu fumaça de Suas narinas, e da Sua boca um fogo devorador; carvões
foram incendiados por Ele.
10 E abaixou
os céus, e desceu; e escuridão havia debaixo de Seus pés.
11 E subiu
sobre um querubim, e voou; e foi visto sobre as asas do vento.
12 E por tendas
pôs as trevas ao redor de Si; escuridão de águas,
densas nuvens
dos céus.
13 Pelo resplendor
da Sua presença brasas de fogo se acenderam.
14 Trovejou
desde o céU o SENHOR; e o Altíssimo fez soar a Sua voz.
15 E disparou
flechas, e os dissipou; raios, e os perturbou.
16 E apareceram
os leitos- dos- canais do mar, e os fundamentos do mundo
foram desnudados; pela repreensão
do SENHOR, pelo iroso sopro do vento das Suas narinas.
17 Desde o
alto enviou, e me tomou; tirou-me das muitas águas.
18 Livrou-me
do meu poderoso inimigo, e daqueles que me tinham ódio, porque eram
mais fortes do que eu.
19 Chegam antes- e- diante de mim
no dia da minha calamidade; porém o SENHOR Se fez o meu
esteio- de- sustentação.
20 E tirou-me
para um lugar espaçoso, e livrou-me, porque tinha prazer em mim.
21 Recompensou-me
o SENHOR conforme a minha justiça; conforme a pureza de minhas mãos
me retribuiu.
22 Porque
guardei os caminhos do SENHOR; e não me apartei impiamente do meu
Deus.
23 Porque
todos os Seus juízos estavam diante de mim; e de Seus estatutos
não me desviei.
24 Porém
estive sem culpa perante Ele; e guardei-me da minha iniqüidade.
25 Por isso me retribuiu
o SENHOR conforme a minha justiça, conforme a minha pureza diante
dos Seus olhos.
26 Com o misericordioso,
Te revelas {*} misericordioso; com o homem íntegro
Te revelas {*} perfeito.
{* como realmente o és}
27 Com o puro
Te mostras puro; mas com o perverso Te mostras avesso.
28 E salvas o povo pobre (de espírito); mas Teus olhos são contra os altivos, e Tu os abaterás.
29 Porque
Tu, SENHOR, és a minha lâmpada; e o SENHOR ilumina as minhas
trevas.
30 Porque
conTigo passo pelo meio de um esquadrão; pelo meu Deus salto um muro.
31 O caminho
de Deus é perfeito, e a palavra do SENHOR refinada; e é o
escudo de todos os que nEle confiam.
32 Por que,
quem é Deus, senão o SENHOR? E quem é rochedo, senão
o nosso Deus?
33 Deus é
a minha fortaleza e a minha força, e Ele faz
desamarrar o meu caminho fazendo-o perfeito.
34 Faz Ele
os meus pés como os das cervas, e me põe sobre os meus
lugares altos.
35 Instrui
as minhas mãos para a peleja, de maneira que um arco de
aço se quebra
pelos meus braços.
36 Também
me deste o escudo da Tua salvação, e pela Tua brandura me vieste
a engrandecer.
37 Alargaste
os meus passos debaixo de mim, e não escorregaram os meus
pés.
38 Persegui
os meus inimigos, e os destruí, e nunca me
voltei atrás até que os
tivesse consumido.
39 E os consumi,
e os atravessei, de modo que nunca mais se levantaram, mas caíram
debaixo dos meus pés.
40 Porque
me cingiste de força para a peleja; fizeste abater-se debaixo de
mim os que se levantaram contra mim.
41 E deste-me
o pescoço de meus inimigos, daqueles que me tinham ódio,
e os destruí.
42 Olharam,
porém não havia ninguém para salvar; sim,
olharam para o SENHOR, porém
Ele não lhes respondeu.
43 Então
os moí como o pó da terra; como a lama (dura) das ruas os
pulverizei
e espalhei longe.
44 Também
me livraste das contendas do meu povo; guardaste-me para
ser eu cabeça
dos gentios; o povo que eu não conhecia me servirá.
45 Os filhos
de estrangeiros encolher-se-ão diante de mim;
tão logo ouçam a minha voz, obedecer-me-ão.
46 Os filhos
de estrangeiros desfalecerão,
e
espavoridos-
sairão dos seus
lugares fechados.
47 Vive o
SENHOR, e bendito seja o meu rochedo; e exaltado seja Deus, a rocha da
minha salvação,
48 O Deus
que me dá inteira vingança, e faz prostar os povos debaixo de
mim.
49 E o que
me tira dentre os meus inimigos; e Tu me exaltas sobre os que contra mim
se levantam; do homem violento me tens livrado.
50 Por isso,
ó SENHOR, entre os gentios eu renderei graças a Ti, e
salmodiarei {*} ao Teu
nome. {* Salmodiar = louvar com a voz e dedilhar
cordas, uma de cada vez, com os dedos}
51 Ele é
a torre das salvações do Seu rei, e usa de misericórdia com
o Seu ungido, com Davi, e com a sua semente para sempre.
Capítulo 23
1 E estas
são as últimas palavras de Davi: Diz Davi, filho de Jessé,
e diz o homem que foi levantado em altura, o ungido do Deus de Jacó,
e o doce salmista {*} de Israel.
{* Salmista = louvador com voz e dedilhador de cordas, uma de cada vez, com os
dedos}
2 O Espírito
do SENHOR falou por mim, e a Sua palavra está na minha
língua.
3 Disse o
Deus de Israel, a Rocha de Israel falou a mim:
Aquele
que domina sobre os homens, tem que ser justo,
dominando no temor de Deus.
4 E será
como a luz da manhã, quando sai o sol, da manhã sem nuvens, quando
pelo seu resplendor depois da chuva a
tenra grama brota da terra.
5 Ainda que
a minha casa não seja tal para com Deus, contudo estabeleceu comigo
uma aliança eterna, que em tudo será bem ordenado e guardado,
pois toda a minha salvação e todo o meu prazer está
nEle, apesar de que ainda não o faz brotar.
6 Porém
os filhos de Belial todos serão como os espinhos que se lançam
fora, porque não podem ser tomados com a mão.
7 Mas o homem
que os tocar se armará de ferro e da haste de uma lança;
e a fogo serão totalmente queimados no mesmo lugar.
8 Estes são
os nomes dos poderosos que Davi teve: Josebe-Bassebete
<Aquele Repousando Sobre a Cadeira>,
o Taquemonita,
o principal entre os capitães; este era Adino, o eznita, que se opusera
a oitocentos, e os feriu de uma vez.
9 E depois
dele Eleazar, filho de Dodó, filho de Aoí, um dentre os três
valentes que estavam com Davi quando provocaram os filisteus que ali se
ajuntaram à peleja, e quando se retiraram os homens de Israel.
10 Este se
levantou, e feriu os filisteus, até lhe cansar a mão e ficar
a mão pegada à espada; e naquele dia o SENHOR efetuou um grande
livramento; e o povo voltou para seguir atrás dele, somente
para tomar o despojo.
11 E depois
dele Samá, filho de Agé, o hararita, quando os filisteus
se ajuntaram numa tropa, onde havia um pedaço de terra cheio
de lentilhas, e o povo fugira de diante dos filisteus.
12 Este, pois,
se pôs no meio daquele pedaço de terra, e o defendeu, e feriu
os filisteus; e o SENHOR ali efetuou um grande livramento.
13 Também
três dos trinta chefes desceram, e no tempo da ceifa foram a Davi,
à caverna de Adulão; e a tropa dos filisteus acampara
no vale de Refaim.
14 Davi estava
então num lugar forte, e a guarnição dos filisteus
estava então em
Belém.
15 E teve
Davi desejo, e disse: Quem me dera beber da água da cisterna de
Belém, que está junto à porta!
16 Então
aqueles três homens poderosos romperam
através do arraial dos filisteus, e tiraram
água da cisterna de Belém, que está junto à
porta, e a tomaram, e a trouxeram a Davi; porém ele não a quis
beber, mas derramou-a perante o SENHOR.
17 E disse:
Longe de mim, ó SENHOR, que
eu tal faça; beberia eu o sangue
dos homens que foram com risco da sua vida? De maneira que não a quis
beber; isto fizeram aqueles três homens poderosos.
18 Também
Abisai, irmão de Joabe, filho de Zeruia, era chefe
entre três;
e este alçou a sua lança contra trezentos e os feriu; e tinha
nome entre os três.
19 Porventura
este não era o mais nobre dentre estes três? Pois era o primeiro
deles; porém aos primeiros três {*} não chegou.
{* os valentes de Davi estavam em três grupos: (1) o mais elevado: Jasobeão,
Eleazar e Samá; (2) médio: Abisai, Benaia e Asael; (3) restante: os trinta
(inclusive Urias), chefiados pelo mesmo Asael}
20 Também
Benaia, filho de Joiada, filho de um homem valoroso de Cabzeel, grande em obras,
este feriu dois homens- semelhantes- a- leão, de Moabe; e desceu ele,
e feriu um leão no meio duma cova, no tempo da neve.
21 Também
este feriu um egípcio, homem de grande aparência; e na mão do egípcio
havia uma lança, porém ele (Benaia) desceu a ele com um cajado, e
arrancou a lança da mão do egípcio, e o matou
com a própria lança dele.
22 Estas coisas
fez Benaia, filho de Joiada, pelo que teve nome entre três poderosos.
23 Dentre
os trinta ele era o mais nobre, porém aos três primeiros não
chegou; e Davi o pôs sobre os seus guardas.
24 Asael,
irmão de Joabe, estava entre os trinta; El-Hanã, filho de Dodó,
de Belém;
25 Samá,
harodita; Elica, harodita;
26 Helez,
paltita; Ira, filho de Iques, tecoíta;
27 Abiezer,
anatotita; Mebunai, husatita;
28 Zalmom,
aoíta; Maarai, netofatita;
29 Elebe,
filho de Baaná, netofatita; Itai, filho de Ribai, de Gibeá
dos filhos de Benjamim;
30 Benaia,
piratonita; Hidai, dos ribeiros de Gaás;
31 Abi-Albom,
arbatita; Azmavete, barumita;
32 Eliaba,
saalbonita; os filhos de Jásen e Jônatas;
33 Samá,
hararita, Aião, filho de Sarar, ararita;
34 Elifelete,
filho de Aasbai, filho de um maacatita; Eliã, filho de Aitofel, gilonita;
35 Hesrai,
carmelita; Paarai, arbita;
36 Igal, filho
de Natã, de Zobá; Bani, gadita;
37 Zeleque,
amonita; Naarai, beerotita, o que trazia as armas de Joabe, filho de Zeruia;
38 Ira, itrita;
Garebe, itrita;
39 Urias,
heteu; trinta e sete ao todo.
Capítulo 24
1 E a ira
do SENHOR se tornou a acender contra Israel; e isto
moveu Davi a dizer contra eles: Vai, numera a Israel e a Judá
{*}. {* Tradução semelhante a uma sugerida por John
Gill, combinada com a da KJB. Deus se irou; Deus permitiu e Satanás incitou Davi
(compare 1Cr 21.1); Davi reagiu à ira de Deus e incitação de Satanás, e decidiu
sozinho e pecou (toda a culpa é dele), ele disse a um seu subordinado "Vai
numera Israel e Judá". Para as boas Bíblias que traduzem "e Ele [Deus] incitou
...", é dada a explicação que a Bíblia às vezes diz que Deus fez uma coisa,
significando que Ele PERMITIU que isso fosse feito. Neste caso, Deus apenas
PERMITIU Satanás incitar Davi.}
2 Disse, pois,
o rei a Joabe,
o comandante do seu exército, o qual
tinha consigo:
Corre de uma para outra parte de todas as tribos de Israel, desde Dã até Berseba, e
numera o povo, para que eu saiba o número do povo.
3 Então
disse Joabe ao rei: Ora, multiplique o SENHOR teu Deus a este povo cem
vezes tanto quanto agora é, e os olhos do rei meu senhor vejam
isto;
mas, por que tem prazer o rei meu senhor
neste negócio?
4 Porém
a palavra do rei prevaleceu contra Joabe, e contra os capitães do
exército; Joabe, pois, saiu com os capitães do exército
da presença do rei, para numerar o povo de Israel.
5 E passaram
o Jordão; e acamparam-se em Aroer, à direita da cidade que
está no meio do ribeiro de Gade, junto a Jazer.
6 E foram
a Gileade, e à terra de Tatim-Hodsi
<Terra Baixa Recém-Habitada>; também foram até
Dã-Jaã, e ao redor de Sidom.
7 E foram
à fortaleza de Tiro, e a todas as cidades dos heveus e dos cananeus;
e saíram para o lado do sul de Judá, a Berseba.
8 Assim correram de uma para outra parte de
toda a terra; e ao cabo de nove meses e vinte dias
chegaram (de volta) a Jerusalém.
9 E Joabe
deu ao rei a soma do número do povo contado; e havia em Israel oitocentos
mil homens de guerra, que arrancavam da espada; e os homens de Judá
eram quinhentos mil homens.
10 E o coração de Davi o golpeou, depois de haver numerado o povo; e disse
Davi ao SENHOR: Muito pequei no que fiz; porém agora ó SENHOR,
peço-te que faças passar a iniqüidade do teu servo; porque tenho
procedido mui loucamente.
11 Levantando-se,
pois, Davi ao alvorecer, veio a palavra do SENHOR ao profeta Gade, vidente
de Davi, dizendo:
12 Vai, e
dize a Davi: Assim diz o SENHOR: Três coisas te ofereço; escolhe
uma delas, para que ta faça.
13 Foi, pois,
Gade a Davi, e declararou-lhe isto; e disse-lhe: Queres que sete anos de fome
te venham à tua terra; ou que por três meses fujas
diante de teus
inimigos, enquanto eles te
perseguem; ou que por três dias haja peste na
tua terra? Considera agora, e vê que resposta hei de
fazer voltar ao Que me
enviou.
14 Então
disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; porém caiamos
nas mãos do SENHOR, porque grandes são as Suas misericórdias;
mas nas mãos dos homens não caia eu.
15 Então
enviou o SENHOR a peste a Israel, desde o alvorecer até ao tempo
determinado; e desde Dã até Berseba, morreram setenta mil homens
do povo.
16 Estendendo,
pois, o Anjo a sua mão sobre Jerusalém, para a destruir, o
SENHOR se arrependeu daquele mal; e disse ao Anjo que fazia a destruição
entre o povo: Basta, agora detem a tua mão. E o Anjo do SENHOR estava
junto à eira de Araúna, o jebuseu.
17 E, vendo
Davi ao anjo que feria o povo, falou ao SENHOR, dizendo: Eis que eu sou
o que pequei, e eu que iniqüamente procedi; porém estas ovelhas
que fizeram? Seja, pois, a tua mão contra mim, e contra a casa de
meu pai.
18 E Gade
veio naquele mesmo dia a Davi, e disse-lhe: Sobe, levanta ao SENHOR um
altar na eira de Araúna, o jebuseu.
19 Davi subiu
conforme à palavra de Gade, como o SENHOR lhe tinha ordenado.
20 E olhou
Araúna, e viu que vinham para ele o rei e os seus servos; saiu,
pois, Araúna e inclinou-se diante do rei com o rosto em terra.
21 E disse
Araúna: Por que vem o rei meu Senhor ao seu servo? E disse Davi:
Para comprar de ti esta eira, a fim de edificar nela um altar ao SENHOR,
para que esta praga cesse de sobre o povo.
22 Então
disse Araúna a Davi: Tome, e ofereça o rei meu senhor o que
bom- parecer aos seus olhos; eis aí bois para o holocausto, e os
instrumentos de trilhar, e o aparelho dos bois para a lenha.
23 Tudo isto
deu Araúna, como
um rei a um rei; disse mais Araúna ao rei: O SENHOR teu
Deus tome prazer em ti.
24 Porém
o rei disse a Araúna: Não, mas seguramente por preço justo to comprarei,
porque não oferecerei ao SENHOR meu Deus holocaustos que não
me custem nada. Assim Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta siclos de prata.
25 E edificou
ali Davi ao SENHOR um altar, e ofereceu holocaustos, e ofertas pacíficas.
Assim o SENHOR se aplacou para com a terra e cessou aquela
praga de sobre
Israel.