AKJ: Almeida-1753 compatibilizada com a KJB-1611, com
grafia e gramática inspiradas na ACF-1995
LIVRO DOS PROVÉRBIOS
Capítulos 11-20
Capítulo 11
1 Balança
enganosa é abominação para o SENHOR, mas o peso justo
é o Seu prazer.
2 Em vindo
a soberba, virá também a afronta; mas com os humildes está
a sabedoria.
3 A sinceridade
dos íntegros os guiará, mas a perversidade dos aleivosos
{*} os destruirá. {*
Enganadores e traidores}
4 De nada
aproveitam as riquezas no dia da ira, mas a justiça livra da morte.
5 A justiça
do homem íntegro fará reto o seu caminho,
mas o ímpio cairá pela sua
própria impiedade.
6 A justiça
dos retos os livrará, mas os
transgressores serão apanhados na sua
própria perversidade.
7 Morrendo
o homem ímpio perece sua esperança, e
a expectação
do homem iníquo perecerá.
8 O justo
é libertado da angústia, e vem o ímpio para
ficar em seu
lugar.
9 O hipócrita
com a sua boca destrói o seu próximo, mas os justos serão libertados
pelo conhecimento.
10 No bem-estar
dos justos exalta a cidade; e perecendo os ímpios, há
canto- retumbante (de júbilo).
11 Pela bênção
dos homens retos a cidade se exalta, mas pela boca dos
ímpios é
derrubada.
12 O que despreza
o seu próximo é falto de entendimento, mas o homem entendido se mantém
calado.
13 O mexeriqueiro- intrigante revela o segredo, mas o fiel de espírito mantém
a palavra em oculto.
14 Não
havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos
há segurança.
15 Decerto
gritará por causa de sofrimento aquele que
fica por fiador do estranho, mas o que aborrece o afiançar estará seguro.
16 A mulher
graciosa guarda a honra e os homens violentos guardam as riquezas.
17 O homem misericordioso faz o bem à sua própria
alma, mas o cruel
perturba a sua própria carne.
18 O homem ímpio
faz obra falsa, mas para o que semeia justiça haverá
seguro galardão
.
19 Como a
justiça encaminha para a vida, assim o que segue o mal vai para
a sua própria morte.
20 Abominação
ao SENHOR são os perversos de coração, mas os de caminho
íntegro são o Seu deleite.
21 Ainda que junte as mãos, o mau não ficará impune, mas a semente
dos justos será libertada.
22 Como jóia
de ouro no focinho de uma porca, assim é a mulher formosa que não
tem discrição.
23 O desejo
dos justos é tão somente para o bem, mas a
expectativa
dos ímpios é a ira.
24 Alguns há que distribuem liberalmente
e, todavia, aumentam mais; e outros há que retêm mais do que é
justo, mas isto tende à pobreza.
25 A alma
generosa será feita gorda {*}, e aquele que
regar também será
regado. {* Será feita próspera, ou untada com
óleo}
26 Ao que
retém o trigo o povo amaldiçoa, mas bênção
haverá sobre a cabeça do que o vende.
27 O que cedo- e- diligentemente
busca o bem, busca favor, mas o que procura o mal, esse lhe sobrevirá.
28 Aquele
que confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão
como a folhagem.
29 O que perturba
a sua própria casa herdará o vento, e o tolo será servo do sábio
de coração.
30 O fruto
do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio.
31 Eis que
o justo recebe na terra a retribuição; quanto mais o ímpio
e o pecador!
Capítulo 12
1 O que ama
o castigo- instrutivo ama o conhecimento, mas o que odeia a repreensão
é estúpido.
2 O homem
de bem alcançará o favor do SENHOR, mas ao homem de ímpias
imaginações Ele condenará.
3 O homem
não se estabelecerá pela impiedade, mas a raiz dos justos não será removida.
4 A esposa
virtuosa é a coroa do seu marido, mas a que o envergonha é
como podridão nos seus ossos.
5 Os pensamentos
dos justos são retos, mas os conselhos dos ímpios
são engano.
6 As palavras
dos ímpios armam emboscadas para derramar sangue, mas a boca dos
retos os livrará.
7 Os ímpios
serão transtornados e não subsistirão, mas a casa dos justos
permanecerá.
8 Cada homem
será louvado segundo o seu entendimento, mas aquele
cujo coração é pervertido
estará em desprezo.
9 Melhor é
o que se estima em pouco, e tem servos, do que o que se vangloria e tem
falta de pão.
10 O justo
tem consideração pela vida dos seus animais, mas as
entranhas de misericórdia
dos ímpios são cruéis.
11 O que lavra
a sua terra será saciado de pão; mas o que segue
coisas (e pessoas) vãs é
vazio de juízo.
12 O ímpio
deseja a rede dos maus, mas a raiz dos justos produz o seu fruto.
13 O ímpio
se enlaça na transgressão dos seus lábios, mas o justo sairá
da angústia.
14 Cada homem será saciado
de bem pelo fruto da sua boca, e
ao homem será retornada a recompensa das obras das suas
mãos.
15 O caminho
do insensato é reto aos seus próprios olhos, mas o que dá
ouvidos ao conselho é sábio.
16 A ira do
insensato se conhece no mesmo dia, mas o prudente encobre a afronta.
17 O que diz
a verdade manifesta a justiça, mas a falsa testemunha diz engano.
18 Há
alguns que falam como que espada penetrante, mas a língua dos sábios
é saúde.
19 O lábio
da verdade será estabelecido para sempre, mas a língua da falsidade,
dura
apenas um momento.
20 No coração
dos que maquinam o mal há engano, mas os que aconselham a paz têm
alegria.
21 Nenhum
agravo sobrevirá ao justo, mas os ímpios serão enchidos de
mal.
22 Os lábios
mentirosos são abomináveis ao SENHOR, mas os que agem fielmente
são o Seu deleite.
23 O homem
prudente encobre o conhecimento, mas o coração dos tolos proclama
a estultícia.
24 A mão
dos diligentes dominará, mas os negligentes estarão
debaixo de trabalho forçado.
25 A ansiedade
no coração do homem o faz encurvar (abatido), mas
uma boa palavra o alegra.
26 O justo
é mais excelente do que o seu próximo, mas o caminho dos
ímpios os seduz para errar.
27 O preguiçoso
deixa de assar a sua caça, mas os bens do homem diligente
são preciosos.
28 Na vereda
da justiça está a vida, e no caminho da sua carreira não há morte.
Capítulo 13
1 O filho
sábio dá ouvidos ao castigo- instrutivo do pai; mas o escarnecedor
não dá ouvidos à repreensão.
2 Do fruto
da sua boca cada homem comerá o bem, mas a alma dos pérfidos
comerá
a violência.
3 O que guarda
a sua boca conserva a sua vida, mas o que abre muito os seus lábios
sofre destruição.
4 A alma do
preguiçoso deseja, e coisa nenhuma alcança, mas a alma dos
diligentes será feita gorda {*}.
{* Será feita próspera, ou ungida com óleo}
5 O justo
odeia a palavra de mentira, mas o ímpio fede a repugnância e
é envergonhado.
6 A justiça
guarda ao que é íntegro em seu caminho, mas a impiedade transtornará
o pecador.
7 Há
alguns que se fazem de ricos, e não têm coisa nenhuma, e outros
que se fazem de pobres e têm muitas riquezas.
8 O resgate
da vida de cada homem são as suas riquezas, mas o pobre não ouve
ameaças.
9 A luz dos
justos alegra, mas a candeia dos ímpios será apagada.
10 Da soberba
só provém a contenda, mas com os que se aconselham se acha
a sabedoria.
11 A riqueza
que procede da vanidade será diminuída, mas quem
a ajunta com o
próprio trabalho terá aumento.
12 A esperança
adiada faz adoecer o coração, mas quando o desejo
chega (a ser concedido)
isto é
árvore de vida.
13 O que despreza
a palavra será destruído, mas o que teme o mandamento será galardoado.
14 A doutrina
do sábio é uma fonte- jorrante de vida para nos desviar dos laços
da morte.
15 O bom entendimento
concede favaor, mas o caminho dos pérfidos é áspero.
16 Todo prudente
procede com conhecimento, mas o insensato espraia a sua loucura.
17 O mensageiro ímpio se precipita no mal, mas o embaixador fiel é saúde.
18 Pobreza
e afronta virão ao que rejeita o castigo- instrutivo, mas o que
guarda a repreensão será honrado.
19 O desejo
que se alcança é doce à alma, mas apartar-se do mal é abominável
para os insensatos.
20 O que anda
com os sábios será sábio, mas o companheiro dos
tolos gritará (ao ser destruído).
21 O mal perseguirá
os pecadores, mas os justos serão galardoados com o bem.
22 O homem
de bem deixa uma herança aos filhos de seus filhos, mas a riqueza
do pecador é depositada para o justo.
23 Abundância de mantimento há na terra- arada
do pobre, mas há os que são destruídos por falta de juízo.
24 O que não
faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, sem
demora o busca com castigo- instrutivo.
25 O justo
come até à satisfação de sua própria
alma, mas o ventre dos ímpios passará
necessidade.
Capítulo 14
1 Toda mulher
sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias
mãos.
2 O que anda
na sua retidão teme ao SENHOR, mas o que perverte
os seus caminhos O
despreza.
3 Na boca
do tolo está a vara punitiva da soberba, mas os sábios
se conservam pelos próprios lábios.
4 Não
havendo bois o estábulo fica limpo, mas pela força do boi
há abundância de lucro- de- colheita.
5 A testemunha fiel não mentirá, mas a testemunha falsa se desboca
em
mentiras.
6 O escarnecedor
busca sabedoria e não acha nenhuma, para o prudente, porém,
o conhecimento é fácil.
7 Desvia-te
de diante do homem insensato, porque
nele não divisarás lábios de
conhecimento.
8 A sabedoria
do prudente é entender o seu próprio caminho, mas a estultícia dos
insensatos é engano.
9 Os insensatos
zombam do pecado, mas entre os retos há benevolência.
10 O coração
conhece a sua própria amargura, e o estranho não participará
no íntimo da sua alegria.
11 A casa
dos ímpios será destruída, mas a tenda dos retos florescerá.
12 Há
um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos
da morte.
13 Até
no riso o coração sente dor e o fim da alegria é tristeza.
14 O que no
seu coração está voltando atrás,
fartar-se-á dos seus próprios caminhos, mas
o homem bom ficará satisfeito com o que está
em si mesmo.
15 O simples
dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para o
seu caminhar.
16 O sábio
teme, e desvia-se do mal, mas o tolo se encoleriza, e dá-se por
seguro.
17 O que presto se ira fará doidices, e o homem de maus intentos será
odiado.
18 Os simples
herdarão a estultícia, mas os prudentes serão coroados
de conhecimento.
19 Os maus
inclinam-se diante dos bons, e os ímpios diante das portas dos justos.
20 O pobre é odiado até pelo seu próprio vizinho, porém os amigos
dos ricos são muitos.
21 O que despreza
ao seu próximo peca, mas o que se compadece dos humildes é
bem-aventurado.
22 Porventura
não erram os que maquinam o mal? mas beneficência e fidelidade
haverá para os que planejam o bem.
23 Em todo
trabalho há proveito, mas ficar só em palavras nos
lábios leva somente à
pobreza.
24 A coroa
dos sábios é a sua riqueza, a estultícia dos tolos
é só estultícia.
25 A testemunha
verdadeira livra as almas, mas o que se desboca em mentiras é enganador.
26 No temor
do SENHOR há firme confiança e ele será um refúgio
para Seus filhos.
27 O temor
do SENHOR é fonte- jorrante de vida, para desviar dos laços da morte.
28 Na multidão
do povo está a glória do rei, mas na falta de povo a ruína
do príncipe.
29 O longânimo
para a ira
é grande em entendimento, mas o que é de espírito
impaciente exalta a loucura.
30 O coração
sadio {*} é vida para a carne, mas a inveja é podridão para
os ossos. {* Literal e figurativamente, sãos
sentimentos}
31 O que oprime
o pobre insulta Aquele que o criou, mas o que se compadece do necessitado
O honra.
32 Pela sua
própria maldade é lançado fora o ímpio,
mas o justo até na sua própria morte se mantém confiante.
33 A sabedoria repousa no coração
do prudente, mas o que está no interior dos
tolos se faz conhecido.
34 A justiça
exalta uma nação, mas o pecado é a vergonha
de qualquer povo.
35 O favor do rei é gozado pelo servo prudente, mas sobre o que o envergonha cairá o seu
furor.
Capítulo 15
1 A resposta
branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.
2 A língua
dos sábios adorna a sabedoria, mas a boca dos tolos derrama a estultícia.
3 Os olhos
do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons.
4 A língua
saudável é árvore de vida, mas a perversidade nela
é um esmagamento do espírito.
5 O tolo despreza
o castigo- instrutivo de seu pai, mas o que observa a repreensão
se haverá prudentemente.
6 Na casa
do justo há um grande tesouro, mas nos ganhos do ímpio há
perturbação.
7 Os lábios
dos sábios derramam o conhecimento, mas o coração dos
tolos não faz assim.
8 O sacrifício
dos ímpios é abominável ao SENHOR, mas a oração
dos retos é o Seu deleite.
9 O caminho
do ímpio é abominável ao SENHOR, mas Ele ama ao que segue
a justiça.
10 Severo castigo- instrutivo há para o que deixa a vereda,
e o que odeia a repreensão
morrerá.
11 O inferno
e a perdição estão perante o SENHOR; quanto mais os corações
dos filhos dos homens?
12 O escarnecedor
não ama aquele que o repreende, ele não irá aos sábios.
13 O coração
alegre faz o rosto formoso- de- alegria, mas pela dor do coração o espírito
é ferido.
14 O coração
daquele que tem entendimento buscará o conhecimento, mas a boca dos tolos se apascentará
de estultícia.
15 Todos os
dias do oprimido são maus, mas aquele de coração alegre
tem
um banquete contínuo.
16 Melhor
é o pouco com o temor do SENHOR, do que um grande tesouro
e
inquietação com ele.
17 Melhor
é a comida de hortaliça, onde há amor, do que o boi
cevado, e com ele o ódio.
18 O homem
iracundo suscita contendas, mas o longânimo
para a ira apaziguará a
luta.
19 O caminho
do preguiçoso é como uma cerca de espinhos, mas a vereda dos retos
é bem aplanada.
20 O filho
sábio alegra seu pai, mas o homem insensato despreza a sua mãe.
21 A estultícia
é alegria para o que é destituído de entendimento, mas o homem entendido
anda retamente.
22 Quando
não há conselhos os planos são frustrados, mas
com a multidão de
conselheiros eles são estabelecidos.
23 O homem
tem alegria na resposta de sua boca, e quão boa é a palavra
dita a seu
tempo!
24 Para o
entendido, o caminho da vida leva para cima, para que se desvie do inferno
em baixo.
25 O SENHOR
desarraiga a casa dos soberbos, mas estabelece o limite da viúva.
26 Abomináveis
são para o SENHOR os pensamentos do mau, mas as palavras dos puros
são aprazíveis.
27 O que desonesta- violentamente- ganhar ganho-
desonesto- violento perturba a sua própria casa, mas o que odeia presentes
(de suborno) viverá.
28 O coração
do justo medita no que há de responder, mas a boca dos ímpios
jorra coisas más.
29 O SENHOR
está longe dos ímpios, mas escutará a oração dos justos.
30 A luz dos
olhos faz regozijar o coração, a boa notícia
faz gordo os ossos.
31 Os ouvidos
que atendem à repreensão da vida farão a sua morada no
meio dos sábios.
32 O que rejeita
castigo- instrutivo menospreza a
sua própria alma, mas o que
dá ouvidos à repreensão adquire entendimento.
33 O temor
do SENHOR é o castigo- instrutivo da sabedoria, e
precedendo a
honra vai a humildade.
Capítulo 16
1 Do homem
são as preparações do coração, mas do SENHOR
a resposta da língua.
2 Todos os
caminhos do homem são puros aos seus próprios olhos, mas o SENHOR pesa os
espíritos.
3 Confia ao
SENHOR as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos.
4 O SENHOR
fez todas as coisas para os Seus próprios
propósitos,
até o ímpio para o dia do mal {*}. {* O dia do castigo
do ímpio}
5 Abominação
é ao SENHOR todo o altivo de coração; ainda que ele
junte mão à mão, não ficará
impune.
6 Pela misericórdia
e verdade a iniqüidade é coberta (em expiação), e pelo temor do SENHOR
os
homens se desviam do pecado.
7 Sendo os
caminhos do homem agradáveis ao SENHOR, Ele faz com que até a seus inimigos
tenham paz consigo.
8 Melhor é o pouco com justiça, do que a abundância de
ganhos sem justiça.
9 O coração
do homem planeja o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos.
10 Nos lábios
do rei deve estar a sentença divina;
portanto, não transgrida a sua boca no julgar.
11 O peso
e a balança justos são do SENHOR; obra Sua são
todos os pesos
da bolsa.
12 Abominação
é aos reis praticarem impiedade, porque o trono é
estabelecido através da justiça.
13 Os lábios
de justiça são o contentamento dos reis; eles amarão o
que fala coisas retas.
14 O furor
do rei é como mensageiros da morte, mas o homem sábio apaziguará
isto (o furor do rei).
15 No semblante
iluminado do rei está a vida, e a sua benevolência é
como a nuvem da chuva serôdia {*}.
{*
Serôdio: último, ou depois do tempo devido}
16 Quão
melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! e o adquirir entendimento
quão mais deve ser escolhido do que a prata!
17 A estrada elevada dos retos
é desviarem-se do mal; o que guarda o seu caminho preserva
a sua alma.
18 A soberba
precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.
19 Melhor
é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir
o despojo com os soberbos.
20 O que atenta
prudentemente para
a palavra achará o bem, e o que confia no SENHOR
será bem-aventurado.
21 O sábio
de coração será chamado prudente, e a doçura
dos lábios aumentará o ensinar.
22 O entendimento
para aqueles que o possuem, é uma fonte- jorrante de vida, mas o
castigo- instrutivo
dos tolos é a sua estultícia.
23 O coração
do sábio instrui a sua boca, e aumenta o ensinar dos seus lábios.
24 As palavras
agradáveis {*} são como favos de mel, doces para a alma, e saúde para os
ossos. {* Agradáveis primeiramente a Deus, depois ao
homem}
25 Há
um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos
da morte.
26 A
alma daquele
que labora, labora para si mesmo, porque a sua boca o incita
a isto.
27 O homem
ímpio <de Belial> cava o mal, e nos seus lábios há como que um fogo
ardente.
28 O homem
perverso semeia a contenda, e o
sussurrador de difamações separa os maiores amigos.
29 O homem
violento enganosamente persuade o seu próximo, e
o faz ir por caminhos nada
bons.
30 Ele fecha
os seus olhos para maquinar coisas ruins,
movendo os seus lábios ele faz
o mal se realizar.
31 Coroa de
honra são as cãs, quando elas são achadas no caminho da justiça.
32 Melhor
é o que é longânimo para a ira do que o poderoso, e o que controla o seu ânimo
do que aquele que toma uma cidade.
33 A sorte é lançada no regaço, mas provem do
SENHOR todo o julgamento decisório {*}. {* Sobre o que fazemos com ela}
Capítulo 17
1 É
melhor um bocado seco, e com ele a tranqüilidade, do que a casa cheia
de (carne de) sacrifícios, com
contenda.
2 O servo
prudente dominará sobre o filho que faz envergonhar; e
terá parte na herança, entre os irmãos.
3 O crisol
é para a prata, e o forno para o ouro; mas o SENHOR é quem
prova os corações.
4 Aquele que obra o mal dá atenção ao lábio iníquo, o mentiroso inclina os ouvidos
à língua maligna.
5 O que escarnece
do pobre insulta ao seu Criador, o que se alegra da calamidade não
ficará impune.
6 A coroa
dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos
são seus pais.
7 Não
convém ao tolo a fala excelente; quanto menos ao príncipe,
o lábio mentiroso.
8 O presente de suborno
é, aos olhos dos que o recebem, como pedra preciosa; para onde quer
que isto se volte, isto fará
prosperar.
9 Aquele que
encobre a transgressão busca o amor, mas o que revolve o assunto
separa os maiores amigos.
10 A repreensão
penetra mais profundamente no prudente do que cem açoites no tolo.
11 Na verdade o homem mau não busca
senão a rebelião; por isso, um mensageiro cruel
será enviado contra ele.
12 Encontre-se
o homem com a ursa roubada dos filhos, mas não com o tolo na sua
estultícia.
13 Quanto
àquele que paga o bem com o mal, não se apartará o mal
da sua casa.
14 Como o
soltar das águas é o início da contenda, assim, antes
que sejas envolvido afasta-te do contender.
15 O que justifica
o ímpio, e o que condena o justo, tanto um como o outro são
abomináveis ao SENHOR.
16 De que
serviria o preço na mão do tolo para comprar sabedoria, visto
que não tem coração para isto?
17 Em todo
o tempo ama o amigo e para a hora da adversidade nasce o irmão.
18 O homem
destituído de entendimento
bate as mãos (em sinal de comprometimento), tornando-se fiador na presença
do seu amigo.
19 O que ama
a transgressão ama a contenda; o que exalta a sua porta busca a ruína.
20 O perverso
de coração jamais achará o bem; e o que torce a
sua língua vem a cair no mal.
21 O que gera
um tolo para a sua tristeza o faz; e o pai do insensato não tem alegria.
22 O coração
alegre é como o bom remédio, mas o espírito que foi
ferido
seca até os ossos.
23 O ímpio
tira presentes (suborno)
do seio para perverter as veredas da justiça.
24 No rosto
do entendido se vê a sabedoria, mas os olhos do tolo vagam pelas
extremidades da terra.
25 O filho
insensato é tristeza para seu pai, e amargura para aquela que o
deu à luz.
26 Também
não é bom punir o justo, nem tampouco ferir aos príncipes
por causa da sua eqüidade.
27 O que possui
o conhecimento poupa as suas palavras, e o homem de entendimento é
de precioso espírito.
28 Até
o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; e o que cerra
os seus lábios é tido por entendido.
Capítulo 18
1 Busca satisfazer
seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda
sabedoria.
2 O tolo não
tem prazer na sabedoria, mas só em que se manifeste aquilo que agrada
o seu coração.
3 Vindo o
ímpio, vem também o desprezar, e com a ignomínia a
vergonha.
4 Águas profundas
são as palavras da boca do homem, e ribeiro transbordante é
a fonte- jorrante da sabedoria.
5 Não
é bom ter respeito à presença do ímpio, e com isso,
derribar o justo em julgamento.
6 Os lábios
do tolo entram na contenda, e a sua boca brada por açoites.
7 A boca do
tolo é a sua própria destruição, e os seus lábios
um laço para a sua alma.
8 As palavras do mexeriqueiro- intrigante
são como
feridas auto-infligidas, e elas descem ao mais
interior
do ventre.
9 O que é
negligente na sua obra é também irmão de um
grande desperdiçador.
10 Torre forte
é o nome do SENHOR; a ela correrá o justo, e estará
em alto refúgio.
11 Os bens
do rico são a sua cidade forte, e como uma
alta muralha na sua
própria imaginação.
12 O coração
do homem se exalta antes de ser abatido e diante da honra vai a humildade.
13 O que responde
uma questão antes de ouvir comete estultícia que é para vergonha sua.
14 O espírito
do homem susterá a sua enfermidade, mas ao espírito abatido,
quem o levantará?
15 O coração
do entendido adquire o conhecimento, e o ouvido dos sábios busca
a sabedoria.
16 Com presentes (de suborno) o homem alarga o
seu caminho e o
leva diante dos grandes.
17 O que primeiro começa o seu pleito parece justo, porém vem o seu próximo
e o examina.
18 A sorte
faz cessar os pleitos, e faz separação entre os poderosos.
19 O irmão
ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte;
e as contendas são como os ferrolhos de um palácio.
20 Do fruto
da boca de cada homem se saciará o seu ventre; com a colheita dos seus
lábios ficará satisfeito.
21 A morte
e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá
do seu fruto.
22 Aquele
que encontra uma esposa, acha uma boa coisa, e alcança a benevolência
do SENHOR.
23 O pobre
fala com rogos, mas o rico responde com dureza.
24 O homem
de muitos amigos deve mostrar-se amigável, mas há um amigo
mais chegado do que um irmão.
Capítulo 19
1 Melhor é
o pobre que anda na sua
inteireza- completude do que o perverso de lábios
e tolo.
2 Assim como
não é bom ficar a alma sem conhecimento, peca aquele que se
apressa com seus pés.
3 A estultícia
do homem perverterá o seu caminho, e o seu coração se
irará contra o SENHOR.
4 As riquezas
granjeiam muitos amigos, mas o pobre é separado do seu
próprio amigo.
5 A falsa
testemunha não ficará impune e o que respira mentiras não
escapará.
6 Muitos suplicarão pela face do príncipe, e cada
homem é amigo
daquele que dá presentes (de suborno).
7 Todos os
irmãos do pobre o odeiam; quanto mais se afastarão dele os seus
amigos! Corre após eles com palavras, que não servem de nada.
8 O que adquire
entendimento ama a sua própria alma; o que
guarda a inteligência para entender achará
o bem.
9 A falsa
testemunha não ficará impune; e o que profere mentiras perecerá.
10 Ao tolo
não é convém o deleite; quanto menos ao servo dominar
sobre os príncipes!
11 A prudência
do homem faz reter a sua ira, e é glória sua o passar por
cima da transgressão.
12 Como o
rugido do leão jovem é a indignação do rei, mas
como o orvalho sobre a relva é a sua benevolência.
13 O filho
insensato é uma desgraça para o seu pai, e
um gotejar contínuo
são as contendas da esposa.
14 A casa
e os bens são herança dos pais; porém do SENHOR vem
a esposa prudente.
15 A preguiça
faz cair em profundo sono, e a alma indolente padecerá fome.
16 O que guardar
o mandamento guardará a sua própria alma; porém o que desprezar os
Seus caminhos morrerá.
17 Ao SENHOR
empresta o que se compadece do pobre, Ele lhe pagará de
volta aquilo que deu.
18 Castiga
o teu filho enquanto há esperança, mas não deixes que
o teu ânimo se exalte até o matar.
19 O homem
de grande indignação deve sofrer o dano; porque se tu o livrares
ainda terás de tornar a fazê-lo.
20 Ouve o
conselho, e recebe o castigo- instrutivo, para que no
teu fim sejas sábio.
21 Muitos
propósitos há no coração do homem, porém
o conselho do SENHOR permanecerá.
22 O que o
homem mais deseja é o que lhe faz bem; porém é melhor
ser pobre do que mentiroso.
23 O temor
do SENHOR encaminha para a vida; aquele que o tem
permanecerá satisfeito,
e não o visitará (para trazer punição) mal nenhum.
24 O preguiçoso
esconde a sua mão ao seio; e não tem disposição nem
de torná-la à sua boca.
25 Açoita
o escarnecedor, e o simples tomará aviso; repreende ao entendido,
e aprenderá conhecimento.
26 O que despoja
o seu pai, ou manda embora sua mãe, é filho que
causa vergonha
e traz desonra.
27 Filho Meu,
ouvindo o castigo- instrutivo, cessa de te desviares das palavras do
conhecimento.
28 A
testemunha ímpia
<de Belial> escarnece do juízo, e a boca dos ímpios devora a iniqüidade.
29 Preparados
estão os juízos para os escarnecedores, e os açoites
para as costas dos tolos.
Capítulo 20
1 O vinho
é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele
que neles andar extraviado nunca será sábio.
2 Como o rugido
do leão é o terror do rei; o que o provoca à ira peca
contra a sua própria alma.
3 Honroso
é para o homem desviar-se de contendas, mas todo tolo
se intromete (nelas).
4 O preguiçoso
não lavrará por causa do frio, pelo que mendigará
na ceifa, mas nada receberá.
5 Como as
águas profundas é o conselho no coração do homem;
mas o homem de inteligência- para- entender o trará para fora.
6 A multidão
dos homens apregoa a sua própria bondade, porém o homem fidedigno
quem o achará?
7 O justo
anda na sua
inteireza- completude; bem-aventurados serão os seus filhos depois
dele.
8 Assentando-se
o rei sobre o trono do juízo, com os seus olhos dissipa todo o mal.
9 Quem poderá
dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado?
10 Diferentes espécies de peso e diferentes espécies de medida são abominação
ao SENHOR, tanto uma coisa como
a outra.
11 Até
a criança se dará a conhecer pelas suas ações,
se a sua obra é pura e reta.
12 O ouvido
que ouve, e o olho que vê, o SENHOR os fez a ambos.
13 Não
ames o sono, para que não empobreças; abre os teus olhos, e
serás satisfeito com de
teu próprio pão.
14 Nada vale,
nada vale, dirá o comprador, mas, indo-se, então se gabará.
15 Há
ouro e abundância de rubis, mas os lábios do conhecimento
são jóia preciosa.
16 Ficando
alguém por fiador de um estranho, tome-se-lhe a roupa; e,
tome-se penhor daquele que se obriga pela mulher estrangeira
(prostituta).
17 Doce é
ao homem o pão da mentira, mas depois a sua boca será
enchida
de cascalho.
18 Cada pensamento
é estabelecido por conselho e com bons conselhos
faze a guerra.
19 O que anda
como um mexeriqueiro- intrigante revela o segredo; não te intrometas com o que lisonjeia
com os seus lábios.
20 O que amaldiçoa
seu pai ou sua mãe, a sua lâmpada será apagada em negras
trevas.
21 A herança
que no princípio é adquirida às pressas, no fim não
será abençoada.
22 Não
digas: Repagarei o mal; espera pelo SENHOR, e Ele te livrará.
23 Pesos diferentes
são uma abominação ao SENHOR, e balança enganosa não
é boa.
24 Os passos
do homem são dirigidos pelo SENHOR; como, pois, entenderá o
homem o seu próprio caminho?
25 Laço
é para o homem dizer precipitadamente: "É santo", e
só refletir depois de
ter feito os votos.
26 O rei sábio
dispersa os ímpios e faz girar sobre eles a roda.
27 O espírito
do homem é a lâmpada do SENHOR, que esquadrinha todo
o mais íntimo do ventre.
28 Benignidade
e verdade preservam o rei, e com benignidade sustém
ele o seu trono.
29 A glória
do jovem é a sua força; e a beleza dos velhos são as
suas cãs.
30 Os vergões
das feridas são a purificação dos maus, como também
as pancadas que penetram até o mais íntimo do ventre.