A variedade original, encontrada na natureza, tem o corpo cinza com as bordas das asas brancas. A crista do macho é amarela sobre uma cabeça amarela e, na fêmea, cinza amarelado com a cabeça cinza.
Ambos têm as "bochechas" formadas por uma mancha vermelha, circular, em cada lateral da cara, de tom mais suave na fêmea. A cauda é totalmente negra no macho e na fêmea intercala negro com amarelo na parte de baixo.
No macho adulto, a cabeça é amarela, com duas manchas circulares laterais (bochechas) de cor vermelha, crista amarela, corpo revestido com penas de cor cinza, com o dorso mais escuro, bordas das asas brancas e cauda negra.
A fêmea adulta apresenta a mesma coloração dos filhotes. O corpo é de cor cinza, cabeça também cinza com as bochechas de cor vermelha mais suave, crista cinza-amarelada, bordas das asas brancas e face interior da cauda estriada de amarelo e preto, com penas laterais externas amarelas. Em ambos os sexos, os olhos são marrons, o bico cinza escuro e as pernas e pés, cinza escurecido.
Sem dúvida alguma, é o padrão mais popular e apreciado, tendo surgido nos EUA em 1958. Essa mutação causa perda do pigmento melanina (que confere o tom cinza à ave). Desse modo, são aves de cor dominante branca, com olhos vermelhos, pés rosados, crista amarela, bico marfim, cabeça amarelada com bochechas vermelhas. Nas asas e cauda, também está presente o amarelo.
Na realidade, os lutinos não podem ser considerados como brancos ou albinos, pois não são inteiramente brancos, em razão da presença das cores amarela e vermelha (dadas pelo pigmento psitacina).
Os indivíduos podem apresentar desde um amarelo forte até um branco quase total no corpo. Neste padrão ocorre um defeito de origem genética, caracterizado pela existência de uma área sem penas localizada atrás da cabeça. Fêmea com estrias amarelas na face inferior da cauda e spots amarelos embaixo da asa.
Surgiu pela primeira vez na Alemanha Ocidental em 1967. É uma mutação que afeta as penas individualmente (há uma falta de melanina no centro de cada pena, individualmente), fazendo com que haja uma falta de coloração uniforme, resultando em penas com coloração em forma de "concha".
São aves extremamente vistosas, sendo que o padrão básico pode variar bastante. De modo geral, mostram as duas manchas laterais à cabeça, as faces são amarelas salpicadas de cinza, e a crista amarela riscada de cinza. As penas das costas exibem um padrão “escamado”, resultante da ausência de melanina no seu centro, podendo a cor desta parte das penas variar do branco ao amarelo. As penas das asas são cinza, com faixas amarelas. A cauda é amarela, e o peito e a barriga, listrados de amarelo e cinza.
As fêmeas carregam o perolado nas costas, asas, nuca e cabeça, com uma concentração maior nas costas. Os machos adultos podem perder totalmente o perolado, principalmente na cabeça e na nuca.
É a mutação mais antiga,
surgida nos EUA em 1949. Mutação que causa alteração ou disrupção da
coloração normal em áreas randômicas./p
Esse padrão é extremamente variável, podendo apresentar aves bastantes semelhantes ao normal até aquelas com poucas áreas de cor cinza, predominando o amarelo claro e apenas algumas penas de coloração cinza.
A cabeça exibe um amarelo forte, bochechas vermelhas e crista amarela. Idealmente, uma arlequim deve mostrar 75% de penas com ausência de melanina e 25% com presença.
Um arlequim puro possui, idealmente, uma máscara “limpa”, livre de manchas cinzas, uma cauda limpa e asas de vôos com um balanço igual de marcas, com simetria perfeita.
Nesse padrão, é virtualmente impossível a distinção de sexo (uma vez que a marcação arlequim obscurece as diferenças de plumagem), só sendo possível no caso em que a fêmea apresente barras na parte inferior do rabo.
São reconhecidas quatro classificações de arlequim: claro (ou light, com 75% ou mais de melanina), escuro (ou heavy, com apenas 25% de melanina), reverso (ou reverse, com marcações apenas nas asas de vôos, tendo o restante do corpo sem melanina) e limpo (ou clear, um pássaro totalmente amarelo ou branco; é também chamado de lutino com olhos pretos).
Também conhecida como Isabelino, surgiu pela primeira vez na Bélgica, em 1960.
As aves são semelhantes ao padrão normal, com exceção da alteração na coloração da melanina, produzindo uma coloração marrom-claro (ou canela).
Também as pernas e os olhos são de coloração mais clara. Os machos adultos são um pouco mais escuros que as fêmeas (em razão da maior presença de melanina).
Algumas fêmeas podem ter mais amarelo na face do que os machos, além de apresentarem o barramento típico sob as asas da cauda.
O padrão Cara Branca surgiu na Holanda por volta de 1969. No final da década de 1970 passou a ser produzido na Alemanha e Inglaterra.
Essa mutação causa perda do pigmento psitacina (que confere tons amarelo e laranja), causando a falta da pigmentação laranja e amarela nas bochechas e no corpo.
A fêmea tem o corpo cinza, bordas das asas brancas e face interior da cauda com estrias pretas e brancas não apresentando a “bochecha”, tornando a face inteiramente cinza.
O macho segue um padrão parecido com o normal, porém com a face totalmente branca e as cores cinzas com um tom mais escuro, crista cinza e bordas das asas brancas.
Ave inteiramente branca, com os olhos vermelhos e pés rosados, com ausência total de qualquer pigmentação (na realidade, resultam da combinacao de duas mutações: lutino e cara branca).
Como a mutação lutino resulta na ausência de melanina e a mutação cara- branca na de lipocromos, há como resultado um pássaro sem pigmentação alguma. Assim, geneticamente, o termo correto não é calopsita albina, e sim lutino cara-branca. As fêmeas são mais fáceis de ser encontradas, por ser um padrão com herança ligada ao sexo.
Surgida na Europa na década de 80. Ainda não há notícia de sua existência no Brasil. Os primeiros exemplares deste padrão chegaram aos EUA por volta de 1992.
São em tudo semelhantes aos demais padrões, diferindo apenas na cor das bochechas, que, ao invés de serem vermelhas, mostram-se amarelas. A principal diferença entre os sexos é o amarelo da bochecha, que é mais forte no macho.
Há três formas dessa mutação (como ocorre com o padrão prata): a dominante simples-fator, a dominante duplo-fator e a recessiva.
Apesar de conferir a mesma coloração, o padrão Pastel não deve ser confundido com o cara amarela.
Essa é uma mutação sutil, que promove um tom mais brando de todas as cores. Também é um padrão de origem bastante recente (1989), tendo surgido possivelmente na Inglaterra.
Externamente é em tudo semelhante ao cara amarela, mas tem herança genética autossômica recessiva, o que facilita e acelera as combinações entre os padrões, principalmente com aqueles de herança ligada ao sexo.
É dominante apenas para o padrão cara branca. Também aqui ocorre duas formas: fator-simples e fator-duplo.